Capítulo 04
Nicolas
Tio Collin – Não compare um com o outro Andréia, ele podem ser gêmeos, mas seu coração e o seu caráter são extremamente diferentes. – Rosna alto e em um piscar de olhos todos se encontram na cozinha olhando aquela cena assustados, assim como minha avó Iranir com Diana nos braços e meu avô Mark ao seu lado, meu pai vinha interferir naquela discussão que pode se tornar muito séria, mas não permito lançando um olhar e aparece uma barreira na frente de todos impossibilitando eles nos verem ou ouvirem qualquer som fazendo parecer que foi minha mãe.
Mãe – Eu te amo meu irmão, mas não se meta mais na educação dos meus filhos. – Ele fica cada vez mais irritado e dá um passo em direção a ela, eu seguro em seu braço o impedindo de cometer uma loucura e ouço-o suspirar, porém seus olhos continuam vermelhos.
Tio Collin – Você educou sua filha e olha como ela é, olha o caráter que ela tem, não importa o que ela vai liderar sem caráter ela vai é acabar com o mundo todo, Nicolas foi educado por cada um aqui enquanto você só se preocupava com ela. – Ouvir isso sabendo que é verdade dói um pouco, mas finjo que isso não me afeta como sempre e que nem estou aqui. – Você é a LUNA SUPREMA e FILHA da deusa da lua com a grande fênix. – Destaca suas funções com um ar de ódio. – Mas eu não vejo mais. – Ele se aproxima e eu deixo observando ele ficar cara a cara com ela. – Eu não consigo chegar a ver ou tentar enxergar sequer um pedaço pequeno da MINHA IRMÃ em você. – Cospe cada palavra em seu rosto com desprezo para em seguida sair fumeando raivoso da cozinha e deixa minha mãe chorando ali, retiro o feitiço vendo todos ali muito preocupados com ela e olho para Amanda apontando para a porta que há poucos segundos meu tio saiu.
- Pai cuida da nossa mãe, vó ajude a Nicole com a cerimônia e Amanda vem comigo. – Todos apenas concordam e eu saio acompanhado da Amanda sem conseguir olhar para a minha mãe, sei que ela está sofrendo, mas as verdades que meu tio disse apesar de que eu sempre ignorei me fizeram perder um pedaço da minha mãe dentro de mim.
Amanda – O que aconteceu? – Pego seu braço correndo em direção a floresta sem rumo.
- Pelo amor que você sente por ele nós precisamos acha-lo antes que cometa alguma besteira. – Ela fica preocupada. – Seu laço com ele é mais forte, por favor, Amanda tente localiza-lo. – Ela olha de um lado para o outro desesperada e suspira correndo em alguma direção até ouvirmos alguns barulhos fortes, vejo ele arrancando com as mãos as árvores lançando elas longe deixando apenas o buraco aonde ficavam suas raízes, ela para se virando para mim.
Amanda – Melhor que eu fale com ele sozinha e ele não vai me fazer mal, apenas em me ver sei que ele não falará mais nada de tão surpreso e você vá para casa tentar controlar toda aquela situação, eu estarei lá daqui a pouco com ele. – Assinto apertando suas mãos tentando lhe passar força, pois sei que não é fácil fazer isso ainda mais na situação deles e espero de verdade que nesse momento de agora eles se resolvam.
Aproveito está pequena caminhada que irei fazer para pensar em tudo que ele disse a minha mãe e tentar descobrir se tenho alguma raiva dela, minha sorte é que não que apesar dela ter cuidado mais da Nicole eu tentava entender ela e procurar sempre dar o melhor de mim, as vezes doia? Com certeza e muito, mas eu sabia que apesar de passar minha infância visitando parentes aqui e ali eu sempre quando chegasse minha mãe iria me receber com um abraço, pelo menos carinho dela eu tive, chego em casa e assim que piso o pé na sala vejo minha mãe chorando horrores e meu pai tentando consola-la junto com meu avô, mas tio Zeny está num canto quieto e afastado bem sério, assim que ele me vê eu sorrio de lado o tranquilizando que tio Collin está muito bem e com Amanda lá ele logo estará em casa, minha mãe me olha, mas não sei o porque eu não consigo encara-la nesse momento por enquanto algo dentro de mim está doendo e eu prefiro descansar primeiro, encaro meu avô e Nicole que acabou de chegar com nossa avó carregando Diana.
- Eu vou para o meu quarto e me chamem na hora do jantar, por favor. – Nicole concorda e eu vou subindo em direção ao meu quarto mesmo ouvindo minha mãe me chamando, chegando eu tranco a porta indo para o banheiro e tomo um banho demorado apenas por ficar de baixo do chuveiro pensando, saio vestido com uma blusa regata e uma bermuda de moletom já que está quente hoje me jogando na cama olhando para o teto, fico assim por incontáveis minutos até penso ser horas e quando percebo tem alguém batendo insistentemente na minha porta, caminho até lá destrancando a mesma para ver em minha porta meu tio Collin e dou espaço para ele passar que o faz, fecho a porta voltando a minha cama. – Como o senhor está? – Quebro o silêncio descansando meu braço em meus olhos.
Tio Collin – Sinceramente quem deveria perguntar isso sou eu? – Não respondo nada. – Desculpa por tudo aquilo. – suspiro me sentando e encarando ele.
- Não foi sua culpa tio, eu sabia de tudo aquilo e ignorava para não acabar prejudicando algo na minha família, só não sei o porquê de não conseguir mais olhar no rosto da minha mãe sendo que não estou bravo. – Ele se senta na cadeira a minha frente.
Tio Collin – Na mente você não está com raiva, mas dentro de você está todo machucado. – Ele suspira. – Você guardou coisas demais Nic e só demorou em para enxergar isso. – Olho para a janela.
- Acho que eu preciso de umas férias e um tempo só para eu poder pensar. – Ele assente.
Tio Collin – Então vamos, eu sumi seis meses não é a toa e conheço um lugar ótimo para nós dois pensarmos na vida. – A idéia em si é louca já que semana que vem é a cerimônia mais importante da minha família, mas eu concordo pegando minha mala e colocando varias roupas. – Acaso queira voltar para a cerimônia eu irei te entender, mas se não quiser eu vou te apoiar. – Segura no meu ombro me passando força e assinto fechando a mala.
- Estou pronto. – Eu preciso de um momento desse para mim.
Tio Collin – Vou pegar o carro então pegue sua mala e me encontre lá em baixo. – Assinto e ele sai rápido dali, seguro minha mala e vou descendo as escadas até a sala, mas escuto um barulho estranho.
Mãe – Filho aonde você vai? – Peço pra ela fazer silêncio. – Está ouvindo alguma coisa Matt? – Eu sei se meu pai está, mas eu estou e bem no fundo um barulho de choro de criança bem fraquinho.
- Diana. – Digo alto e corro até a sala de descanso no final do corredor perto do escritório do meu pai percebendo que todos até o tio Collin estão atrás correndo junto comigo, quando abro a porta sou pego de surpresa por um cara todo de preto que me imobilizar e algo nele não permitem que eu use meus poderes, quando todos estão na sala vejo Nicole presa por outro cara e Diana chorando horrores nos braços da nossa vó, meu tio ia atacar, mas quando eu vejo a espada no pescoço da minha irmã eu faço sinal para ele não fazer isso e reparo bem naquelas estranhas espadas, eram negras cobertas por alguns fios vermelhos e seu cabo era como de ossos humanos, eu apenas tinha visto uma espada dessa quando tinha aulas com Jeremy.
Pai – O que querem? – Rosna. – Quem são vocês. – Eles não são lobos e nem vampiros, não sinto cheiro de bruxa não sinto nada específico que identifique o que eles são e na verdade nunca senti nada igual.