Capítulo 05
Nicolas
Cara 1 – Talvez você possa me ajudar, eu vou levar um dos três e vou dar oportunidade da sua mulher salvar dois. – “Eu vou ser levado”, esse pensamento não sai da minha mente.
Mãe – Por favor, deixe minha filha em paz. – Ela aponta para Nicole desesperada.
Cara 2 – Que escolha rápida não pensou duas vezes, ei garoto você é o rejeitado da família? – Começam a rir e vejo todos olharem para a minha mãe incrédulos, eles soltam Nicole a jogando para cima dos meus pais e eu tomo minha decisão, não posso, não vou e não quero deixar minha irmãzinha passar por isso nessa idade, ergo minha cabeça suspirando.
- Me levem logo e deixem minha irmãzinha em paz. – Todos olham apavorados. – Já sabem que entre mim e ela eles a escolheriam, então parem com esse teatro todo e soltem minha irmã. – Eles me olham surpresos.
Cara 1 – Tudo bem. – Deixa Diana no chão que vem correndo para as minhas pernas e um dos homens iria bater nela, mas eu não permito colocando meu braço em sua frente.
- Não ouse encostar um dedo que seja na minha irmã ou eu acabo com você. – Controlo meus olhos para não mudarem a um amarelo bem forte. – Deixa que eu falo com ela. – Ele assente ficando de olho nos demais, consigo me abaixar um pouco ainda com a espada apontada em direção as minhas costas onde está meu coração, fico a sua altura. – Diana. – Ela me olha com os olhos cheios de lágrimas. – Eu preciso sair, mas um dia eu volto está bem? - Ouço soluços da minha família, minha mãe chora abraçada em Nicole.
Diana – Mas Nic, esses caras são maus. – Beijo sua cabeça.
- Lembra no filme do rei leão onde tinha o cara mau? – Ela assente. – E mesmo assim ele foi derrotado, eu vou voltar para brincar muito com você ainda e enquanto isso toma conta das minhas coisas, essa é uma tarefa muito importante que eu estou passando para você, está bem? – Ela assente ainda chorando. – Então enxuga essas lágrimas e me dê um lindo sorriso. – Ela passa as mãos nos rosto e sorri largo para mim, abraço seu corpinho e ela me aperta bem forte. – Eu te amo meu pedaço de gente. – Ela ri.
Diana – Tumbém te amo. – Beijo sua bochecha e viro seu corpo em direção a minha avó.
- Vai lá. – Ela olha para trás uma última vez em seguida faz o que eu peço, me levanto e aqueles caras se aproximam de mim.
Cara 3 – Que bonitinho apesar de tudo pelo menos tem uma pessoa que te ama nessa família e tinha que ser uma criança mesmo. – Não digo nada me mantendo em silêncio.
Cara 2 – Vamos logo que estamos perdendo tempo e nosso mestre não vai gostar nadinha disso. – Suspiro quando eles estendem as mãos e em uma fumaça escura eu perco minha família de vista, aparecendo em um lugar totalmente diferente e é uma cela com uma cama de casal onde na porta ao lado havia um banheiro, só dá para saber que é uma cela por causa das grades, mas fora isso é limpo e aparentemente confortável.
- Quem são vocês? – Eles saem pelo portão me trancando.
Cara 1 – Somos as trevas. – Me isso que na serviu de nada já estão todos de preto e cabelos longos da luz é que eles não são.
- Obrigado por nada. – Suspiro me sentando naquela cama enorme.
Eu não sei quando exatamente e nem como eu consegui dormi naquele caos que estava minha mente, só reparo que dormi quando escuto o barulho da grade sendo aberta e olho para ela rapidamente analisando quem está entrando ali, vejo uma postura de dominância ali naquele homem, mas que não me afeta nem um pouco e também decido não perguntar nada para ele até ver o que ele pretende comigo, ele retira o capuz mostrando um homem de cabelos bem longos de barba e bigode aparentemente jovem, mas ele era bem menor do que eu fico o analisando um pouco ainda com preguiça eu suspiro me sentando finalmente expressando que sua presença ali não tem a menor diferença na minha vida, ele não diz nada e aumenta sua postura pensando que eu vou me encolher se enganou terrivelmente, eu coloco minhas mãos para trás de mim descansando no colchão totalmente relaxado e ainda bocejo de sono, coisa que ele pareceu não gostar nem um pouco e eu não me preocupo absolutamente em nada, mas reparo em um chicote feito com o mesmo material da espada.
Homem – Olá Nicolas. – Nem me preocupo com isso já que ele deve saber de tudo sobre minha família. – Pelo jeito você é mais do tipo calado. – Suspiro colocando as mãos na frente do meu corpo ainda olhando para ele sem reação nenhuma. – Minha intenção era pegar sua irmã e futura Luna Suprema, mas você me interessou muito menino. – Minha mãe nunca iria permitir que levasse ela mesmo. – Você vai receber um tratamento especial. – Ele faz sinal para um dos homens e eles aparecem com uma garota aparentemente da minha idade toda machucada, ela é bruxa e assim como eu estou impossibilitado de usar meus poderes, ela senta ao meu lado forçada pelo homem. – Vou deixar você decidir Nicolas, essa é a Liana e algumas vezes por dia ela recebe uma surra com esse chicote. – Ele mostra e sinto a mesma estremecer. – Você pode escolher se ela vai apanhar ou se vai ser você. – Covarde, ele sabe que não deixarei que batam nela.
- Covarde. – Ele se levanta batendo no meu rosto, mas nem viro minha cara.
Homem – Enquanto estiver aqui as regras são minhas. – Suspiro e ele tenta tocar nela, instintivamente eu protejo seu corpo com o meu e ela faz algo que me me pega de surpresa, ela se esconde nas minhas costas e aperta minha cintura com força.
- Se já acabou de gastar sua saliva comigo e com ela a toa, pode se retirar. – Ele me olha incrédulo e bufa de raiva saindo daquela cela com seus homens, quando ele tranca a cela eu me afasto dela de vagar enquanto ela ainda olha para o chão e eu me sento de frente para ela observando cada traço de seu rosto, levanto seu rosto com a mão par que eu possa olhar melhor para ela e enxergar seu rosto delicado com seus cabelos loiros, olhos azuis penetrantes delicadamente bem claros e boca bem desenhada carnuda vermelhinha. – Está ferida? – Ela assente. – Aonde? – Ela aponta para as suas costas. – Sabe pelo menos falar? – Ela ri e assente novamente. – Me deixa dar uma olhada para ver se posso fazer alguma coisa. – Se senta de costas para mim e retira sua blusa sem o mínimo de vergonha, percebo que ela está sem seu sutiã e o que mais me impressiona é o tanto de cortes que existem ali com sangue seco. – Pegue sua blusa para cobrir seus seios que eu irei ao banheiro ver se acho alguma coisa. – Saio andando até o banheiro e vejo um quite de primeiros socorros além de encher a banheira. – Tem quanto tempo que não toma banho? – Ela pensa.
Liana – Umas três semanas. – Sua voz sai baixa e suave.
- E há quanto tempo está aqui? – Ela abaixa a cabeça.
Liana – Não me lembro exatamente, eu era muito pequena quanto conheci aquele homem e apanho dele desde então. – Suspiro olhando para ela na cama como se estivesse sussurrando com medo de alguém ouvir.