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Capítulo 6

- Estou errado, ok então, acho melhor eu ficar aqui, né – ele diz com uma pequena risada e eu aceno com a cabeça.

E seguimos em direção à empresa, como faltou energia, os elevadores não funcionavam então subimos as escadas. Quando chegamos ao chão da minha sala, vamos direto para ele.

- Pode sentar no sofá se quiser - digo sentando na minha cadeira, acendo uma luminária que estava ali que não estava ligada, funcionava a pilhas.

Sento-me e começo a examinar os papéis que estava examinando antes de descer.

âmbar

Fiquei surpreso que o jovem me convidou para ficar aqui, primeiro pensei em todas as possibilidades, ele poderia ser um estuprador maluco e eu tinha acabado de entrar em uma sala com ele, ou poderia ser apenas um homem que sabe o que é . Era perigoso para uma mulher ficar sozinha numa rua escura e ela decidiu ajudar. Prefiro acreditar na segunda opção.

Pego meu celular para ligar para minha avó e avisar que estarei em casa mais tarde devido ao apagão, e quando aperto o botão para ligar para ela, o celular fica mudo, que bom dia.

Olho em volta e percebo que há um telefone em sua mesa.

- Posso usar seu telefone por um momento? - digo e ele levanta a cabeça dos papéis e me olha, ele balança levemente a cabeça e eu sorrio em gratidão, sentindo minhas bochechas esquentarem.

Vou até o telefone e sento na cadeira em frente à mesa dela, pego o telefone e disco o número da minha casa, depois de uns três toques minha avó atende.

"Eu sou Amber, vovó", digo depois que ela responde.

- Minha filha, você está bem? Onde você está?

- Estou bem vovó, procure um lugar para ficar.

- Tudo bem, quando a energia voltar, vá para casa rápido, será tarde demais para vir sozinho de ônibus.

- Ok, beijo de tchau - digo a ela e ela se despede, desligo meu celular e coloco na bolsa.

Fico imóvel e observo a sala, olhando em volta com as mãos apoiadas na coxa, então começo a notar o jovem que estava concentrado em seus papéis. Isso é uma loucura, estou com um cara que conheço há alguns minutos, no escritório dele, nem sei o nome dele, Deus me ajude e ele não é louco.

Ele levanta a cabeça e percebe que eu estava olhando para ele, sinto minhas bochechas esquentarem e desvio o olhar.

- então, você é o presidente aqui? - perguntei, quase me arrependendo, mas precisava acabar com aquele silêncio incômodo. Ele me olha sério e se endireita na cadeira.

-Sim – ele responde e olha novamente os papéis. Bem, vamos tentar mais uma vez.

- Do que se trata a sua empresa? - pergunto e ele me olha novamente.

-É uma empresa que abrange diversas áreas, mas a minha área é a arquitetura e o setor imobiliário- diz e mexe novamente nos papéis. Uau, que difícil

- Você está contratando aqui? Acabei de sair do restaurante onde trabalhava, você provavelmente sabe disso porque fica bem ao lado, e você ia lá todos os dias tomar café, não é que eu fiquei procurando, é só porque te vi lá algumas vezes. , e - paro de falar quando percebo que falei demais e rápido demais, e ele me olha com as sobrancelhas levantadas.

"Sinto muito, tenho o hábito de falar demais", eu disse, me mexendo no sofá e dando um sorriso estranho.

- Estamos fazendo entrevistas para um cargo de secretária, se quiser pode vir amanhã com seu currículo, as entrevistas começam em: - Fala e eu aceno com a cabeça, depois reúno os papéis sobre a mesa, colocando tudo em uma pasta.

"Obrigado pela oferta", eu digo e ele não responde com nada além de um aceno de cabeça.

Ok, dá para perceber que ele não gosta da conversa, então resolvi calar a boca e fiquei ali sentado olhando pela enorme janela. janela de vidro na cidade escura.

Francisco

Já estamos aqui há muito tempo, acabou: e a energia ainda não tinha voltado, eu estava olhando meu laptop, verificando mais alguns e-mails, as pessoas queriam alguns dos nossos arquitetos para construção, outras empresas queriam novos contratos , me senti inundado de coisas para responder.

Olho para o relógio mais uma vez e depois saio para a rua, não há trânsito e nenhum semáforo está aceso. Viro-me para olhar para Analuisa (acho que é o nome dela) e não sei quando, mas ela estava dormindo, sentada enrolada no canto do sofá apoiando a cabeça na bolsa. Balanço a cabeça e rio do barulho que ele estava fazendo. Quando ela menos esperava, a luz acendeu imediatamente e o som de buzinas começou na rua, fazendo com que Analuisa acordasse assustada.

- LIZA SAI – ela dá um pulo, e olha em volta, franze a testa e depois olha para mim – desculpe, acabei adormecendo – ela fala e eu apenas murmuro “Entendi”

“A energia finalmente voltou”, ele diz e se levanta, e eu me levanto também, pegando minha pasta para sair, só queria dormir.

- bem, obrigado por me deixar ficar aqui

"Sem problemas", eu digo e nós dois saímos da sala, tranco a porta e vou para o elevador. Há um silêncio constrangedor, e noto que ela bate os pés como se estivesse nervosa, e noto a estrela vermelha que ela está usando.

A porta se abre e saímos, seguimos em direção à saída e ela se despede e agradece novamente e sai pela porta. Vou até a garagem pegar meu carro, finalmente vou chegar em casa. Ligo o carro e saio da garagem.

Quando desço um pouco mais na calçada e vejo ela sentada no ponto de ônibus, sozinha.

E novamente aquele fragmento de consciência em minha mente começa a piscar

"porra", resmungo e recuo, parando em frente ao ponto de ônibus e abaixando a janela.

- Sim, olá, eu estava passando e vi você aí sozinho, quer uma carona para casa? - Levanta o rosto com a testa franzida.

“Bem, se você não se importa, acho melhor do que ficar aqui esperando o ônibus até tarde”, diz ele, sorrindo.

- Eu te ofereço, não incomoda - digo sem nem saber de onde tiro toda essa educação.

- Tudo bem – ele diz e se aproxima do carro, abre a porta e entra. Ele coloca o cinto de segurança e me diz onde fica a casa dele, que fica um pouco longe daqui. Passamos a viagem toda em silêncio, apenas ouvindo a música do rádio, às vezes eu a via mexer os pés no ritmo da música ou tamborilar os dedos nas coxas.

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