Capítulo 4
âmbar
Depois de hoje só quero chegar em casa, comer e dormir. Foi um dia cansativo, o refeitório estava cheio de :a : e eu tinha que, além de estar no balcão, servir de garçonete. E assim que eu estava servindo mesas apareceu aquela coisa nojenta, e quando a Linda foi servir, ela disse que só faria o pedido se eu servisse ela, eu quase fui embora e falei que ela poderia morrer de fome, mas antes que. Pensei nisso, o Sr. Thompson já estava lá me olhando com um olhar assustador. Além disso, tive que ficar até tarde ajudando a lavar e arrumar o refeitório, já é: e eu já estava chegando em casa, e meu horário de saída é às :.
Estaciono o carro na garagem e entro no prédio. Saio do elevador e vou para o meu apartamento, quando abro a porta sinto cheiro de bolo de banana e logo vejo minha avó na cozinha tirando o bolo do forno. Minha avó adora cozinhar, fazer bolos, biscoitos, tortas, tudo que ela pode e sabe fazer é fazer.
- Olá vovó, como foi seu dia? - digo me aproximando dela e lhe dando um beijo na bochecha.
- Minha filha foi ótima, Liza chegou e foi direto para o banheiro, ela disse que comeu alguma coisa em um café e agora está com dor de estômago.
- Já avisei para ela parar de comer essas comidas esquisitas de cafeteria, ela sabe que não vai cagar em nada.
- OUVI ISSO, VI AMBER – Liza grita do banheiro.
- EU DEVO MESMO TE ESCUTAR, VOCÊ TEM ESSA BUNDA SOLTA - grito e minha avó me dá um tapa
"Olha essa bobagem sobre rum e vai tomar um banho para podermos comer", ele diz e eu me viro para sair, mas primeiro ele diz
- Eu nem te perguntei, como foi seu dia hoje? Você ainda está incomodado com aquele velho chato? - diz ele sentando-se na cadeira da cozinha.
- O dia foi cansativo vó, e sim ainda me incomoda, já estou começando a procurar outros empregos para poder sair logo dessa situação, espero conseguir logo - digo a ela e ela assente .
Vou para o meu quarto e tomo meu banho quente para relaxar, aplico um pouco de óleo com aroma de rosas para me ajudar no processo de relaxamento. Depois do banho coloquei meu pijama de collants, eles são rosa e cheios de donuts coloridos, meus preferidos. Vou até a cozinha e encontro Liza e minha avó lá. Liza é linda, seus cabelos ruivos chegam até a cintura, sua pele é branca mas não muito pálida e seus olhos castanhos parecem duas bolas de chocolate. O melhor dela é que não tem vergonha de admitir que é linda, ela sabe que é e adora exibir isso.
Comemos e conversamos um pouco e depois todos foram para seus quartos dormir. Hoje foi um dia cansativo para todos. Espero que minha situação de trabalho melhore logo.
Francisco
Estou na fila do refeitório, esperando minha vez ser servida. Quando chega a minha vez percebo que dessa vez não é a garota de ontem que está aqui, mas sim outra loira. Faço meu pedido e espero o café ficar pronto. Logo a menina me dá o café e eu dou o dinheiro para ela, quando me viro para ir em direção a porta olho para o lado e vejo que a menina de ontem estava trabalhando hoje como garçonete servindo mesas, ela me olha um segundo antes . Ele volta seu olhar para o cliente na mesa que estava servindo. Simplesmente me viro e saio do estabelecimento em direção à empresa.
Não, ainda não contratei secretária, nenhuma delas tem as coisas que preciso. Alguns são muito fofos, outros passam metade do tempo flertando comigo e outros ainda tremem de medo só quando digo bom dia. Sério, acho que vou acabar desistindo.
- Bom dia - digo passando pela mesa da secretária do meu irmão, o nome dele era Eliot, outro cara que quase caga na roupa só de olhar para mim.
-bom dia – diz ele arrumando os óculos que estavam tortos
Concordo com a cabeça e entro na minha sala, jogando a pasta no sofá e me sentando na cadeira, pensando em quanto trabalho eu teria que fazer hoje. Como fiquei quase anos inteiros afastado da empresa, muitas coisas ficaram pendentes, perdi alguns clientes e contratos com outras empresas por conta da minha ausência, mas nada que importasse para mim, até que meu pai ameaçou tirar tudo de mim e isso me deu um choque de realidade, me mostrando que eu não poderia ficar bebendo e dormindo em minha casa para sempre. E falando do meu pai.
- Bom dia meu lindo filho – diz meu pai abrindo a porta com um sorriso no rosto.
- Olá pai - levanto os olhos e olho para ele - Como posso te ajudar?
- Eu só queria saber como você está, parece que você nem lembra dos seus pais, sua mãe está prestes a botar ovo em casa porque você não vai nos visitar - ele diz e se senta na cadeira em frente a ele minha mesa.
- Tentarei ir lá esta semana para vê-la.
- ok, que bom que você voltou ao trabalho, vai ser bom para você se distrair um pouco
- Você diz isso como se não tivesse me ameaçado.
- Nada como um empurrãozinho, certo? - diz ele com uma piscadela - tudo bem, agora vou para o quarto do seu irmão, vai ficar tudo bem, olha - ele diz e fecha a porta.
Finalmente sozinho de novo, não gosto muito de barulho, gosto de silêncio.
Abro meu computador para responder alguns e-mails, mas acabo desviando o olhar de uma pintura sobre a mesa. Era uma foto da Hilary, uma foto que eu tinha tirado dela uma tarde quando ela era pequena, ela estava distraída olhando algumas crianças e nem percebeu quando tirei a foto. Balanço a cabeça, afastando a lembrança, e abaixo a pintura para que ele possa se deitar.
âmbar
Foi mais um dia agitado no refeitório, já passava da meia noite e eu já estava me sentindo aliviada por estar chegando ao fim do dia. Mas toda a minha felicidade acabou quando vi o verme de Moore
Entrando pela porta, ele se senta à mesa e olha diretamente para mim, me chamando para atendê-lo. Olho em volta esperando Linda ou outra pessoa aparecer para ajudar em minha casa, mas ninguém aparece, apenas meu chefe que aparece na porta e aponta para ele, me dizendo para ir atender.
Dirijo-me para a mesa com toda a força do meu ódio.