Capítulo 6
- Que merda! - Eu o ouço gritar e depois começar a atirar.
Corro para me proteger e espero que ele termine de atirar novamente, quando fico paralisado ao ver uma granada cair no chão.
Que merda.
Saio correndo imediatamente quando o homem levanta a arma, mas sou mais rápido e o acerto na perna.
Ele agarra meu braço e, caindo no chão, rola escada abaixo, arrastando-me também... ouvimos a granada explodir e olhamos para cima.
É só por um segundo, porque imediatamente estou em cima dele e o acerto no rosto... não sei mais onde está a arma.
Ele inesperadamente prevalece sobre mim e me dá uma cotovelada na mandíbula, o que me faz fazer uma careta. Estou prestes a erguer outro punho, mas ele o bloqueia e, invertendo as posições, fica em cima de mim e começa a me dar socos.
Tento parar os golpes, mas ele é grande e eu estou exausto... Ele coloca as mãos em volta do meu pescoço e, começando a tossir, tento empurrá-lo em vão. O aperto é muito forte em minha garganta e começo a ver olhos negros.
Fecho os olhos por um momento, mas quando os abro novamente, não encontro mais minhas mãos sobre mim e o homem no chão ao meu lado... Olho para cima e vejo Martinez com uma vassoura na mão.
Ela estende a mão e, ajudando-me a levantar, me arrasta por um corredor... Deixo que ela me arraste, até que ela abre uma porta e encontramos a van à nossa frente.
- Entre - ele diz enquanto corre para o lado do motorista e, inserindo as chaves, imediatamente coloca o carro em marcha à ré.
Ouvimos tiros, mas logo saímos do beco e viramos na estrada principal.
- Para onde estou indo? - ele grita enquanto caminha pela rua.
- Continue em frente - eu digo enquanto olho em volta e vejo um ponto de ônibus e um ônibus à distância.
- Pare aí - aponto para o ponto de ônibus.
- Aqui? - ela pergunta, aproximando-se um pouco mais.
- Desça - eu digo enquanto ela também dá a volta na van e se junta a mim.
Imediatamente, ela pega sua mão e, entrelaçando nossos dedos, corremos para o ponto.
Levanto o outro braço para parar o ônibus e, quando entro, pergunto se ele vai até a rua do hotel. O motorista acena com a cabeça em sinal de agradecimento e vamos para o banco de trás sentar.
Só nós.
- Por que não usamos a van? - ele pergunta, sentando-se perto da janela.
Eu me sento ao lado dele e coloco meu braço em volta de seus ombros, digo a ele - Eles teriam nos rastreado com o GPS instalado na van, você tem seu celular com você? -
Ela balança a cabeça.
- Vou lhe dar uma dica mais segura: foi seguindo você que eles nos rastrearam? Ninguém mais sabia que estaríamos lá naquele momento.
Martinez começa a pensar sobre isso e olha para baixo, engolindo.
Pego seu queixo, viro seu rosto levemente e murmuro - Ei... Não estou dizendo que a culpa é sua.
Ela permanece em silêncio e eu acrescento: - Mesmo que eu tenha dito para você ir, não importa o que acontecesse.
- Como se eu não soubesse que não teria saído de lá sem você...
Eu sorrio e deixo um beijo suave em seus lábios... ela sorri e então se aconchega em meu peito enquanto eu acaricio seu cabelo e descanso meu queixo em sua cabeça.
Olho para baixo para vê-la de vez em quando e vejo seus olhos cansados que realmente querem se fechar, mas permanecem abertos.
Que fofo, eu a enchia de beijos para mantê-la acordada.
O motorista me faz um sinal depois de um tempo e eu entendo que temos que descer na próxima parada.
- Devemos descer? - ele pergunta com simpatia.
Eu aceno com a cabeça e, ao me levantar, pego sua mão com força na minha... ela segura um pedaço de pau e eu olho para trás para saber onde estamos.
As bússolas se abrem e descemos, nos encontramos em uma estrada principal onde alguns carros estão passando.
- Onde estamos? - ela pergunta, franzindo a testa.
- Não faço ideia, venha... vamos pedir informações - eu digo, indo em direção a um restaurante de fast food.
Perguntamos ao cara do caixa do hotel e ele nos diz que temos que andar mais um quilômetro.
- Quilômetros? - pergunta Martinez, olhando para seus saltos altos.
- Vamos fazer uma pequena pausa? Você não comeu nada no jantar.
- Não estou com muito apetite, especialmente depois de tudo o que vi? - ela murmura com tristeza.
- Por favor, tente comer alguma coisa. Você está pálida.
Ela suspira, acena lentamente com a cabeça e se dirige à placa com os pratos.
- O que você vai comer? - pergunto, ficando atrás dela e abraçando-a por trás.
Sinto falta, como o ar, do contato com ela.
- Uma costeleta de frango e batatas fritas, e você?
- Arroz pilaf e kebab por cima, para beber? -
- Coca-Cola. O que é falafel? -
- São bolinhos de vegetais fritos e temperados.
- Posso comê-los? -
- Claro - digo, transmitindo as ordens para o garoto.
- Urso? - ele pergunta, interrompendo-me.
- Sim? -
- Hum... Eu também gostaria de um milkshake, posso? -
- Como você gostaria? -
- Chocolate - ele diz enquanto eu faço o último pedido e nos sentamos em uma mesa com bancos.
Sentamos juntos e meu arroz com kebab em cima chega primeiro.
- Que cheiro - ele murmura, engolindo.
- Prove, sinta como é bom", eu digo, pegando outro garfo dele.
Seus olhos se arregalam com a primeira garfada e ela continua comendo mais sem conseguir parar.... Logo depois vem a costeleta com o milkshake e, enquanto ela bebe um pouco, eu corto a costeleta com garfo e faca.
- Molho de tomate? - pergunto, despejando o molho sobre as batatas fritas.
Lembro que ela adorava comê-las assim.
Trocamos os pratos e começamos a comer nossos respectivos pratos, mas logo depois Martinez pede o arroz com o kebab e eu o dou de bom grado, tirando a costeleta dele.
- Você quer um pouco? - ele pergunta, fazendo-me tomar um gole do milkshake.
Nós nem conversamos, ele está tão faminto e eu não consigo tirar os olhos dele.
Ainda acho surreal o fato de ele estar aqui, ao meu lado.
- Vamos embora? - ele pergunta, terminando seu milkshake.
Aceno com a cabeça e, pagando a conta, saímos com uma ideia mais clara de como proceder.
Pego a mão dele, seguro-a na minha e pergunto: "Você está melhor? -
- A verdade é que comi muito, não vejo a hora de poder me deitar em uma cama - sorrio para ele quando me pergunta - não vejo a hora de poder me deitar em uma cama.
Eu sorrio para ele quando ele pergunta - E como você está?
- Estou bem - murmuro, olhando para nossas mãos.
Ela também sorri e diz - Viviana vai ficar muito surpresa ao nos ver juntos - Estou bem.
- Se você quiser, podemos fingir por um tempo, o momento de... -
- Não, não, está tudo bem. No fundo, ela sabia que ainda sentia algo por você.
- O que... o que mudou? - pergunto com um pouco de medo.
- O medo de perder você... enquanto eu estava ouvindo aquele telefonema... quando ouvi que estavam procurando por você, que provavelmente o matariam - ele faz uma pausa e, balançando a cabeça, murmura - É como se... tudo tivesse desaparecido -
- Tudo o quê? -
- A verdade, aquela que venho tentando esconder há anos.
- Você fez a coisa certa. Queria proteger sua família e... -
- Não, hoje a culpa foi minha... desta vez fui eu quem colocou a vida de Viviana em risco. Que a culpa é minha.
- Se não fosse o seu celular, eles teriam criptografado o celular da Lena - tento tranquilizá-la.
Ela continua balançando a cabeça - Não é assim, mas eu não quero falar sobre isso... Quero deixar essa noite terrível para trás. Se eu pensar em Nadia, em Simona... em todos os mortos - ela faz uma careta e murmura novamente - Eu não sei o que eu teria feito se tivesse perdido você em minhas mãos - Eu não sei o que eu teria feito se tivesse perdido você em minhas mãos - Eu não sei o que eu teria feito.
Coloco meu braço em volta de seus ombros e, puxando-a para mim, sussurro: Estou aqui, agora estamos juntos. Não pense nisso, bonequinha.
- Embora seja tão difícil... -
- Eu sei, eu sei muito bem. Tudo vai ficar bem -
Ela acena com a cabeça, sorrindo levemente para mim e continuamos andando.
Depois de meia hora, finalmente chegamos ao hotel e Martinez mal consegue se levantar.
- Todos os outros já chegaram - informo Martinez, pedindo informações à recepcionista.
- Podemos ir até eles? -
- Primeiro vamos nos trocar e tomar um bom banho quente, ok? -
Ela acena com a cabeça e eu pego o cartão do quarto duplo, pego Martinez em meus braços e vamos para o elevador.
- Você também deve estar cansado... - ela murmura em meus braços.
- Está tudo bem", eu digo, não deixando que meu cansaço a domine.
Saímos do elevador e encontramos nosso quarto, eu passo o cartão e entro.
Martinez já está dormindo e, enquanto a coloco gentilmente na cama, tiro seus sapatos e a pego novamente para ir ao banheiro.
Acendo as luzes e a coloco no balcão da pia, abro espaço entre suas pernas e me inclino um pouco para tirar seu colar, brincos, pulseiras, relógio e anéis.
Tiro sua camisola de seda por cima e engulo lentamente... seus seios estão um pouco maiores e tantos flashes de meus lábios atormentando seu peito me fazem fechar os olhos e suspirar para me manter afastado.
Desvio o olhar de seus belos seios envoltos em um sutiã bege e passo para sua calça, desabotoo os primeiros botões e depois os puxo cuidadosamente para baixo.... Eu as dobro cuidadosamente e as coloco de volta no lugar.
- O que está fazendo? - Martinez pergunta com a testa apoiada em meu ombro, ela está tão exausta.
- Agora eu a coloco no chuveiro e espero por você lá fora, ok? -
- Não, não... venha comigo - murmura ela, ainda sonolenta.
- Agora? -
"Não vá", diz ela, soluçando.
- Não vou a lugar nenhum", murmuro, desabotoando minha camisa para entrar no chuveiro com ela.
- Espere um pouco, bonequinha", digo, dando um passo atrás para tirar minha calça e colocá-la ao lado das roupas dela.
- Mmm - ela geme de irritação quando me liberto dos sapatos e das meias com os pés, depois pego Martinez nos braços e entramos juntos no box do chuveiro.
Eu o coloco contra os azulejos pretos e, pegando uma esponja e um banho de espuma, ajoelho-me e começo a ensaboá-lo, começando pelos tornozelos.