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O caminho da tentação

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Kni-Bodian
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9.0
Notas

Resumo

***ATENÇÃO, POR FAVOR*** Esta é uma saga que contém 5 livros e deve ser lida na seguinte ordem: Livro 1: O encontro proibido Livro 2: Segredos na sala de aula Livro 3: O elo oculto Livro 4: O caminho da tentação Livro 5: Destino Compartilhado - Ame, ame loucamente, ame o máximo que puder e, se lhe disserem que é pecado, ame seu pecado e você será inocente. É um ano especial para Martinez Fernando, é o ano de seu bacharelado e ele pretende dar o melhor de si e viver seu último ano com serenidade... serenidade que é destruída desde o primeiro dia, quando seu namorado aparece na sala de aula. O professor Robis imediatamente sente uma faísca, aquela menina feriu seu orgulho e ele quer fazê-la pagar por isso, mas algo o impede, o incomoda, quase o fascina... mesmo que ela seja infiel, mesmo que ela vá contra os princípios de sua organização, mesmo que ele não esteja lá para ensiná-la... Ação, mistério e atração serão os verdadeiros protagonistas dessa história. Boa leitura, bonecas, mas aviso que o Professor Robis é persuasivo o suficiente para fazê-las cair na armadilha dele.

romance

Capítulo 1

- Eu nunca me permitiria contar a ninguém, comigo você pode ter certeza", ele a assegurou.

- Tenho certeza, Lenuccia, caso contrário eu não teria lhe contado nada... Sei que posso confiar em você.

Sorrio para ele e lhe pergunto, pensando no que ele disse: Quem é Bilel? -

Ele suspira e diz - Um apelido, é assim que chamamos Roman -.

- Ah... é Sr. Hammami, já entendi -.

Efrem ajeita o travesseiro sob sua cabeça e diz sorrindo - Sabe? É a primeira vez...

- Sobre? -

- Que estou na cama com uma linda garota em um roupão de banho sem transar conosco.

Eu corei de repente e murmurei - Sinto muito por ele... aqui estão seus planos -

- Não, está tudo bem. Gostei de conversar com você, você tem olhos lindos... não sei se já lhe disse isso - ele diz, olhando-me diretamente nos olhos.

Eu sorrio e digo - Sim, você me aconselhou a exibi-los mais para deixá-los mais animados - Não sei se já lhe disse isso.

- Você sabe, Lenuccia... uma pessoa deve amá-la pelo que você é. Deixe caras como eu em paz... eles só sabem falar besteira.

- Não é verdade - eu digo, sentindo pena dele.

- Não é verdade? -

- Não é verdade que você só sabe fazer isso, você também é um bom advogado.

Ele ri e diz - Você é tão genuíno e doce... meus pais teriam gostado de você - Minha mãe também teria gostado de você - Minha mãe também gosta de você.

- Minha mãe também gosta de você -

- Como... -

- Ela está sempre me fazendo perguntas sobre as pessoas com quem trabalho e uma vez mostrei a ela uma foto sua no Facebook -

- E você sabe que sou eu quem está pregando peças na filha dela? -

- Eu deixei isso de fora - murmuro, bocejando.

Efrem sorri para mim e, acariciando meu braço, diz: - Descanse, eu fico aqui para cuidar de você - eu cuido de você.

- E os outros? -

- Eu lhe ligo assim que tiver notícias deles, ok? -

- Tudo bem - eu digo, piscando lentamente e fechando os olhos... Estou tão exausto.

Lentamente, caio nos braços de Morfeu, mas no primeiro momento sinto lábios roçando minha bochecha e uma voz sussurrando - Vou proteger você de agora em diante -

O ponto de vista de VIVIANA:

- Eu disse para você esperar do lado de fora - eu me afasto quando algumas garotas entram no banheiro, mas elas imediatamente conseguem ver Adil lá dentro.

- Você não é capaz de dar um passo - diz ele, como se estivesse entediado com minhas polêmicas.

- Eu posso fazer isso... Ai! - exclamo, dando um pulo.

Adil me agarra pelos quadris e, encostado na parede, me repreende - Você vai parar de ser um menino travesso? -

- Como ousa me chamar? .... - Viro a cabeça e pergunto ao ouvir um barulho - O que foi isso? -

Ele olha para mim intrigado e, virando-se para a porta, ouve gritos como eu.

- Espere por mim aqui - ele diz enquanto eu o agarro pelo pulso e murmuro - Leve-me com você -.

- Viviana, fique quieta. Eu já volto - ele me solta e sai do banheiro.

Eu bufo, cruzo os braços e tento ouvir outra coisa... não consigo.

Pouco depois, Adil volta, vira-se e diz - Pule nas minhas costas - O quê?

- O quê? Eu nem penso nisso.

- Viviana, temos que sair daqui imediatamente -

- O que você vai fazer... -

- Estamos sendo atacados, terroristas entraram e estão atirando em todo mundo - explica ela.

Abro bem os olhos e pergunto incrédula: Isso é uma piada? -

- Vamos, não temos tempo a perder.

- Não, espere! Abençoado? -

- Bilel cuidará de Viviana! - ele diz enquanto eu pulo em cima dele e pergunto - E os outros? Quantos? Eu sou de sua... -

- Não, eles não são de Bilel, na verdade eles o querem morto. Temos que nos apressar.

- Como assim, eles o querem morto? -

- Quem veio nos buscar?", ele diz saindo do banheiro enquanto meus olhos se arregalam e Adil entra na cozinha.

Não há ninguém lá dentro... todos fugiram com as coisas que estavam no fogão.

Eu pulo quando ouço mais tiros e Adil me coloca em um balcão, sobe em um frigobar e tenta abrir a pequena janela acima.

Leva algum tempo até que ele finalmente consiga e, no caminho de volta, ele me pega no colo.

Eu me levanto e digo a ele - Eu nunca vou conseguir passar por ali... é muito pequena - Eu deixo você passar - ele diz enquanto eu o escuto.

- Eu deixo você passar - ele diz enquanto ouvimos vozes e percebemos que são eles.

- Merda - Adil sibila, correndo até o fogão e me colocando no chão antes de me abraçar e me proteger.

- Não diga uma palavra", ele sussurra enquanto ouço passos e fecho os olhos.

Estou dentro da cozinha, droga!

Eu os ouço conversando em uma língua estranha até abrirem a geladeira e tirarem um pouco de gelo, talvez um deles esteja machucado.

Os passos se afastam novamente e eu engulo e sussurro - Eles se foram? -

- Espere, eles podem voltar. Fique lá embaixo - diz Adil com cautela.

Esperamos mais alguns minutos e, quando saímos para a rua, Adil me pega de novo no colo.

- Você entende por que temos de passar por ali? -

- Levante-me", digo, enquanto ele me puxa pelo pescoço, estende a mão e me pega pela janelinha.

- Tenha cuidado", diz ele enquanto eu forço meus braços para fora da janela.

- Está escuro lá fora", murmuro enquanto me arrasto para fora, carregando meu corpo para fora.

Sinto as mãos de Adil pressionando minha bunda e depois subindo pelas minhas coxas.

Presto mais atenção em minhas pernas enquanto estico meu braço para abrir espaço e caio no vazio.

Grito ao cair, mas aterrisso em algo macio e cheiroso.... Sinto ao meu redor e percebo que acabei de cair na lixeira.

- Ei! - ouço sussurros.

- Estou aqui! - grito baixinho enquanto ele também se arrasta e se junta a mim no lixo.

- Tire-me daqui antes que eu exploda", grito enquanto solto algumas uvas do meu cabelo.

Adil desce do contêiner e, estendendo a mão, me levanta no ar e me coloca no chão.

- Isso é uma casca de banana? - ele pergunta, apontando para minha cabeça.

Imediatamente, coloco a mão no cabelo, mas não encontro nada - Fofo - murmuro enquanto ele me levanta em seus braços e começa a correr pelo beco.

- Onde estamos... merda! - Eu grito quando ouvimos gritos vindos do andar de cima.

Fomos vistos.

Adil começa a correr mais rápido quando, de repente, ouvimos tiros.

- Droga! - Adil exclama enquanto corremos para fora do beco e encontramos um lago à nossa frente.

- Adil, você não vai pensar em... -

- Não me deixe por nenhuma razão no mundo", diz Adil, abraçando-me com força e pulando no lago.

Afundamos na água e, abrindo bem os olhos, não consigo ver nada... está tudo escuro, onde está o Adil?

Tento mover meus braços e pernas para voltar à superfície, mas sem sucesso, sinto que estou afundando cada vez mais.

Sinto minha cabeça girando e, como um tolo, tento respirar, sugando mais água para dentro do meu corpo. Meus pulmões começam a queimar e percebo que chegou a minha hora.

Penso em meus pais, em minhas irmãs que são minha alma, penso naqueles sapatos idiotas que eu queria e agora não terei a chance de usar, penso em meus poucos amigos, em Aldo, nas risadas com Beni e Ele, em quantas coisas não disse, em quantas coisas não fiz por medo, em Adil.... Em meu coração quando o vi novamente, em nosso primeiro beijo, na ilha, naqueles olhares para o mar, nas palavras que lhe disse na quarta-feira à noite, em seus olhos, em seu sorriso, em como ele partiu meu coração, torturou minha mente e virou minha vida de cabeça para baixo... somente um amor impossível, como o dele, pode ser eterno.

Ponto de vista do ADIL:

Merda... merda... acho que não estou vendo a Viviana em lugar nenhum.

Está completamente escuro e não consigo ver nada embaixo d'água.

- Viviana! - grito voltando à superfície.

- Viviana!!! - Ainda estou gritando a plenos pulmões com meu coração batendo loucamente.

Eu já deveria ter voltado à superfície há muito tempo.

Volto para a água e estico os braços, rezando para poder senti-la.

Sinto apenas água, o pânico começa a tomar conta de mim e, quando volto para a água, grito novamente - Viviana! -

Eu caio na água e mergulho de novo, não vou a lugar nenhum sem Viviana comigo.

Se ela pretende morrer aqui, eu também quero... corpo e alma já pertencem a ela, não preciso mais viver sem ela.

De repente, roço em algo com minha perna e, virando-me repentinamente, estendo minhas mãos para pegar o que sinto.

Sinto-me como um cabelo e, descendo mais, me toco como uma cabeça... Puxo meus ombros e, conseguindo agarrar meus braços, volto à superfície.

- Você está viva? - pergunto tentando sacudi-la... ela mantém os olhos fechados.

Não perco tempo e, indo em direção à margem, levanto Viviana até o chão e, com um salto, chego até ela.

Olho para cima, esperando que não haja ninguém atrás de mim e, felizmente, esse é o caso.

Pego Viviana e a arrasto para dentro do bosque, coloco-a no chão e, montado nela, dou um tapinha em sua bochecha.

- Pequena? - pergunto, vendo que ela não reage.

Verifico seu pulso e fico ainda mais agitado quando não sinto nada? Preciso imediatamente prosseguir com a RCP.

Coloco a base da minha mão no centro de seu peito e, cobrindo-a com a outra mão, começo as compressões torácicas a uma taxa de um minuto por minuto. Espero que o tórax volte à posição normal entre as compressões antes de pressionar novamente o esterno para baixá-lo um centímetro.

- Acorde, por favor, acorde.

Respiro e seguro seu nariz, faço a ressuscitação boca a boca... Nunca pensei que conseguiria chegar perto de seus lábios nessa situação.

- Vamos lá, vamos lá - eu digo, recomeçando a respiração e depois fazendo compressões torácicas novamente.

De repente, Viviana tosse, deixa cair um pouco de água e suspira, eu levanto os olhos para o céu - Graças a Deus - estou tão feliz.