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Capítulo 2

Olho para ela novamente e, ajudando-a a se sentar, murmuro - Devagar, devagar... respire, assim -

- Qual é o problema... - ela tosse duas vezes e pergunta - O que aconteceu? -

- Você me deixou entrar na água, eu lhe disse para não fazer isso...

- O quê?", ele pergunta e, de repente, se vira e pergunta... - ele pergunta e, de repente, se vira e pergunta - Eles? -

- Nós escapamos deles, pode ficar tranquilo.

Eu esfrego suas costas e pergunto suavemente: - Como você está?

- Minha cabeça está girando um pouco... -

- É normal. Descanse um pouco, logo estaremos indo embora.

- Para onde? -

- Para o hotel, encontraremos o pessoal lá.

- O Beni ainda está lá dentro? -

- Não, eles conseguiram escapar - minto.

Ela é uma cabeça quente e eu sei que ela pode voltar e arriscar sua vida... a questão é que eu arriscaria minha vida pela Viviana também, então é melhor mantê-la quieta.

- Como você sabe? -

- Simplesmente sei. Como está seu tornozelo? -

Ela olha para o tornozelo e está prestes a movê-lo, mas imediatamente faz uma careta... - Não está bom - deduzo.

"Que noite de merda", diz ele, encostando as costas em uma árvore e tirando o cabelo do rosto.

- Mas estamos vivos", eu digo.

"Quase", ele suspira, ainda tossindo.

Também ouvimos seu estômago roncar e, sorrindo, pergunto a ele: "Está com fome? -

- Eu diria que sim... -

Eu mexo em meus bolsos e saio com um chocolate que comprei no restaurante.

- Está um pouco úmido, mas vai ser bom - eu digo, entregando-o a ele.

- O que você quer? - ele pergunta, pegando o chocolate.

- Adivinhe.

- Um chocolate - ela diz sorrindo.

Eu sorrio de volta enquanto a observo comer o chocolate e fecho os olhos. Como eu adoro alimentá-la, é tão satisfatório.

- Está melhor? -

- Melhor - ela confirma, balançando a cabeça com ternura.

Ela olha em volta e pergunta um pouco preocupada: "Você acha que estamos seguros? -

- Eles têm problemas maiores para resolver - tento tranquilizá-la.

- Quem sou eu? Por que eles querem o Bilel morto? -

- São os homens de Khalil... ele é um manipulador, um viciado em trabalho, que deu sua vida à organização, é um homem sem misericórdia... a crueldade corre em seu sangue, sempre corre. Já ouvi histórias sobre ele que me dão arrepios.

- E o que você quer do Bilel? -

- O trono é o que todo mundo almeja... há aqueles que fazem isso civilizadamente e aqueles que não fazem, mas nós sabemos o que esperar de Khalil -

- E o que nós temos a ver com tudo isso? -

- Você acha que Khalil poderia se importar com nossas vidas? Ele está mirando no objetivo e não está olhando para ninguém, especialmente para vocês que são cristãos.

- E quanto a você? -

- Não faço parte da organização há muito tempo e o Khalil aproveitou essa oportunidade... -

- Que oportunidade? Não estou entendendo.

- Eu deveria ter sucedido Bilel, dessa forma o herdeiro do trono é descoberto e o voto da assembleia que prefere Khalil conta, mas eles ainda são leais a Bilel... é por isso que Khalil quer eliminar Bilel -

- Mas, ao matar Bilel, ele apenas os colocará contra ele -

- Ele culpará outra pessoa, como sempre fez. Você não conhece Khalil, ele é um estrategista nato.

- Ele não tem nenhum ponto fraco onde você possa contra-atacá-lo? -

- WHO? Khalil? por exemplo? -

- Sua família? -

- Você acha que uma pessoa assim pode amar? -

- Bilel conseguiu... -

- Khalil não é como ele. Bilel estava lá por mim e, para não levantar suspeitas, ele planejava ataques, mas Khalil parece gostar de massacrar pessoas, vê-las implorar, estripá-las, torturá-las, ele sorri quando vê suas mãos cobertas de sangue... a primeira vez que o vi no campo de treinamento, ele me assustou. Ele tem sede de poder, ele sempre quer mais, ele quer ser o número um... Acho que uma pessoa como ele passou por um forte trauma para ser o que é agora.

- Meu Deus... parece um túnel sem fim. Primeiro o Omar, agora o Bilel e você, amanhã o Khalil... Eu não aguento mais.

- Bilel tem um plano contra a organização - confesso, Bilel me fez jurar que não falaria sobre isso.

- Que plano? - ele pergunta imediatamente.

- Não posso lhe dizer, mas posso lhe dizer para ter fé nele... ele resolverá tudo - espero que sim.

- Espero que sim, arriscamos nossas vidas novamente.

- Isso não acontecerá novamente, ninguém nunca mais tocará em você. Não vou permitir isso - digo acariciando sua bochecha.

Ela olha para mim e diz tossindo - É melhor começar a ir embora - eu aceno com a cabeça, não quero ir.

Aceno com a cabeça, não quero forçar as coisas.

- Você vai fazer isso? - pergunto, ajudando-a a se levantar.

- Quase... -

Eu a levanto, sorrio para ela e digo - Parabéns, você ganhou a chance de usar o carrossel do Adil o dia inteiro -

Ela começa a rir quando eu começo a andar e se aconchega em meu ombro.

Chegamos à rua e eu assobio e chamo um carrinho de bebê, felizmente eles também estão funcionando naquele momento... Coloco Viviana gentilmente dentro do carrinho e digo ao motorista o endereço do hotel.

Coloco a mão no joelho de Viviana e lhe pergunto gentilmente - Está tudo bem? -

A cadeira de rodas anda rápido e ela se agarra ao meu braço um pouco assustada, acho que é a primeira vez que ela está em uma cadeira de rodas assim.... Lembro-me de ter gritado com o funcionário da oficina para diminuir a velocidade na primeira vez em que ela entrou em uma dessas. .

Chegamos ao local em poucos minutos e, ao sairmos, entrego a ele uma nota de euro, que ele aceita e sai correndo, temendo que eu perceba que a quantia é maior do que a que realmente lhe devo.

- O hotel está aqui? - Viviana pergunta por cima do meu ombro... ela ainda não consegue colocar os pés no chão.

- Deve ser aqui... apesar de eu nunca ter estado nessa área - murmuro com perplexidade.

- Como você disse que era o nome do hotel? -

- A caixa de música? -

- Não tinha certeza? -

- A secretária de Bilel tinha essa informação.

-Lena- -

- Se ela... -

- Então não sabemos para onde temos que ir e não temos nossos celulares conosco -

- Encontraremos uma maneira -

- Sinto-me como se estivesse vivendo um pesadelo - ela suspira quando entramos nesse lugar e olhamos ao redor.

- É um clube de striptease - Viviana murmura, abraçando-me com mais força.

Isso só pode me agradar.

- Boas-vindas - somos recebidos por uma senhora com uma peruca vermelha e uma grande verruga na bochecha... ela realmente se parece com um homem.

- Vamos - sugiro, enquanto a garota arregala os olhos e pergunta - Você é italiano? -

- Consegue nos entender? - pergunto surpreso.

- É claro que consigo ouvir um sotaque confiante? Será que estou errado? -

- Somos de Palermo.

-Bingo! - ela está feliz... ele.

- Você poderia nos ajudar? - Viviana pergunta enquanto eu olho para o homem com desconfiança.

- Posso ajudá-los em alguma coisa? -

- Há um hotel chamado... O Marillon? -

- Le Méridien, talvez ele quisesse dizer...

- Sim!", exclama Viviana batendo em meu peito.

Eu entendo, querida.

- Você tem um carro ou um táxi disponível? Estamos na rodovia e nenhum carrinho de bebê passa por aqui - pergunto esperançosa.

- Claro, mas com uma condição.

- Que condição? - Viviana pergunta um pouco preocupada, pois está exausta.

- A criança deve pagar pelo serviço.

- Como?

- Como você pode ver, é uma boate para homossexuais e você... você parece muito bem equipado - ela diz, olhando para a minha braguilha.

- Não estamos interessados nesse tipo de coisa, vamos dar um jeito. Vamos, Adil - disse Viviana imediatamente.

- O que vocês, idiotas, entenderam? Tudo o que você precisa é de um desempenho na caçamba e terá o carro.

Nós nos voltamos para a caçamba e engolimos - isso é novo para mim.

- Vamos lá - Viviana repete.

Eu balanço a cabeça... Não quero perder mais tempo, minha prioridade é levar Viviana ao hotel o mais rápido possível para descansar.

- Só uma música - recomendo ao homem.

Ele acena alegremente com a cabeça e repete - Só uma música -.

- O que eu tenho que fazer? - pergunto, ainda sem entender o que ele quer dizer com atuar.

- Fique nu e faça movimentos provocantes, veja - diz ele apontando para uma garota de fio dental que abre as pernas em direção ao poste e dança ao redor dele.

- Vou ficar com minha cueca boxer - digo categoricamente.

- A escolha é sua.

Aceno com a cabeça e pergunto: serei o próximo? -

Ele acena com a cabeça, eu suspiro e vou para o lado do balde.

- Tem certeza de que... -

- O que vai ser - digo, colocando Viviana em um sofá sob a caçamba.

O lugar não parece estar muito cheio, não devo ter problemas.

A garota termina a apresentação e o homem me anuncia para os homens que já estão me devorando com os olhos.

- Boa sorte - Viviana diz enquanto eu beijo sua têmpora e entro no palco.

A luz se apaga até que um holofote cai sobre mim e uma música começa... - Gusto - de Tyga.

Puxo o cabelo para trás e me viro de costas, tiro a camiseta e, quando me viro, ouço muitos assobios e gritos dos malucos.

Sorrio um pouco divertido e, agarrando minha braguilha, começo a me mexer de forma um pouco provocante... os gritos ficam mais altos e até as mulheres batem palmas com entusiasmo.

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