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CAPÍTULO 1 (Continuação)

Eu entrei em pânico quando a porta não se mexeu. Tentei de novo, mas aconteceu a mesma coisa, ela simplesmente não se mexia.

Puta merda!

Virei-me para ver onde estava e me vi em um corredor muito escuro, com um elevador no final dele. Soltei um suspiro de alívio.

Uma saída.

Apertei o botão e ela abril  rapidamente corri para dentro.Fui apertar o vigésimo primeiro botão, mas só encontrei um

botão com o logotipo da Campbell.

Meu rosto se contorceu.

Decidindo que seria melhor ir para lá do que ficar ali sem saída, apertei o botão com o logotipo.Meu coração começou a disparar por algum motivo, e minhas mãos tremiam levemente.

Parecia abafado ali e eu senti como se houvesse a presença de algo poderoso e assustador.

O que diabos havia de errado comigo?

Por que estou com tanto medo?

Que diabos?

O elevador parou e se abriu. Eu saí tão rápido quanto entrei.Talvez eu pudesse respirar aqui e onde era esse lugar?

Eu examinei meus arredores e meu queixo caiu.

Literalmente.

O escritório era gigantesco e de tirar o fôlego. Era polido e sofisticado.

Tudo ali cheirava a dinheiro.

Os assentos de couro branco estavam brilhando e eu não queria tocá-los no caso de estragá-los.

A vista era muito mais incrível aqui.

Eu engasguei quando meus olhos encontraram algumas pinturas

na parede, e eu percebi que eram as pinturas muito famosas.

Custavam um bilhão de libras.

Puta merda.

Havia uma lareira e uma grande TV de tela plana na parede, literalmente, tudo no escritório era branco, até as canetas eram brancas.

Não consegui descrever tudo porque de repente meus olhos ficaram cegos por aquele escritório chique.

Eu ouvi a porta sendo aberta e vários passos. Antes que eu percebesse o que estava acontecendo, eu estava sendo empurrada para o chão com força e senti uma arma na minha cabeça.

Puta merda.

Isso acontece totalmente nos filmes.

Não havia como aquilo ser real. De jeito nenhum eu estaria no chão com uma arma na cabeça como um maldito criminoso.

Tentei levantar minha cabeça, mas ela foi empurrada de volta para baixo.

Eu estremeci e cerrei meus dentes.

- Declare sua razão de estar em um escritório particular antes que eu estoure seus miolos, - ele gritou, pressionando a arma na minha cabeça.

Escritório particular?

Como diabos eu deveria saber que estava fora dos limites?

- Fale! Agora!

Eu tremi de medo.

- Eu... eu me perdi. Eu não sabia que não deveria estar aqui. Sinto muito, por favor, não atire em mim.- implorei, fechando os olhos orando a Deus para não acabar morta sem nenhum dos meus entes queridos perto de mim, e certamente não aqui.

- Sente-se, Gideon, - disse alguém, fazendo-me suspirar de alívio. Eu o senti puxar de volta a arma que ele tinha na parte de trás da minha cabeça.

Fiquei no chão, sem saber se estava dando permissão para me levantar.

Veja, eu valorizo muito minha vida.

- Levante-se.Eu não precisei ouvir duas vezes. Levantando-me do chão, eu lentamente me virei para os homens

parados diante de mim em ternos pretos, segurando armas. Estremeci quando meus olhos encontraram aquele que estava com sua arma apontada para mim.

- Qual o seu nome?

- Lauren Hart. - eu levantei meu queixo, esperando que minha voz soasse mais firme do que para mim. - Eu não queria entrar aqui. Estou aqui para a entrevista e fui empurrada por uma porta. Não pude voltar e a única saída era através de um elevador. Isso me trouxe até aqui. Se você pensou queeu estava aqui para roubar, você se enganou. Obrigando-me a ser corajosa, continuei:

- Por favor, deixe-me ir. Eles se entreolharam e não demorei um minuto para perceber que estavam se comunicando através dos olhos.

Aquele que pensei ser o líder fez um gesto antes que um deles saísse do escritório.

- Então... que tal eu simplesmente sair? - Eu sorri e fiz um movimento para frente antes que minha visão fosse bloqueada.

- Ou não. - Eu dei alguns passos para trás. - Olha, não há razão para eu ficar mais aqui. Já te disse que não roubei nada. Apenas me deixe seguir meu caminho. Eu tenho uma entrevista para ir. Eles simplesmente me ignoraram.

Então...

Eu estremeci.

Imediatamente, o ar mudou.

O frio do escritório me atingiu, fazendo meu coração bater mais rápido no meu peito. Quase pude sentir uma onda de emoção, uma força poderosa tentando provar sua fúria. Agarrei minha bolsa com força, a sensação quase me derrubando. Eu ouvi os passos raivosos antes de localizá-lo.

Eu juro...

Eu parei de respirar.

De pé, sua pose poderosa fez minha respiração ficar presa na garganta.

Ele respirou com dificuldade, seu peito largo e musculoso subindo e descendo como se ele tivesse acabado de correr uma maratona.

Ele estava vestido de preto da cabeça aos pés; Terno preto Armani, camisa e gravata que faziam seus braços poderosos e seu peito parecerem quase vivos, desafiando qualquer um que duvidar de sua ferocidade e gostosura.

Ele era lindo, quase como se tivesse sido ele quem se esculpiu; maçãs do rosto que deixariam qualquer homem e mulher com ciúmes, nariz reto e lábios vermelhos.

E seus olhos, meu deus, seus olhos eram de prata pura. Foram os olhos mais intensos e frios que eu já vi na minha vida.

Ele passou os dedos pelo cabelo escuro, seus olhos prateados quase prontos para encarar qualquer pobre alma estúpida o suficiente para olhar em sua direção.

Seu brilho era quente o suficiente para apagar a existência da

humanidade.

Aquele era Mason Campbell.

O homem mais cruel do país.

Eu engoli em seco.

O homem saiu de seu caminho quando ele entrou. Seus movimentos eram poderosos e confiantes.

Ele não olhou para mim enquanto se sentava atrás de sua mesa e começou a examinar alguns arquivos.

Ninguém disse nada por cinco minutos, e eu estava começando a

ficar cansada e minhas pernas começaram a ficar dormentes.

Ninguém estava me reconhecendo e ninguém estava pronto para me deixar ir ainda.

Mais cinco minutos antes que ele levantasse sua mão grande e forte e me mandasse embora.

Soltei a respiração que estava prendendo e me virei para sair

quando recebi um olhar furioso de Gideon quando seus homens começaram a deixar o escritório. Meu estômago caiu então.

Ele não me dispensou.

Todos eles foram embora e eu estava sozinha em sua presença poderosa.

Tentei agir com naturalidade, mas, droga, estava falhando miseravelmente.

Eu fiquei congelada no meu lugar, mas continuei movendo meus

braços e pernas, apenas para poder parar de ficar tão nervosa.

Eu queria olhar para Mason Campbell, mas tinha medo de ser

transformada em cinzas ou em uma pedra. Nenhum dos dois soou bem.

- Pare de perturbar minha paz, - sua voz suave, mas fria e mortal.

Eu nem sabia que ele sabia que eu ainda estava aqui.

Sem fazer nenhuma tentativa de esconder sua perturbação, Mason Campbell fixou seu olhar mais sombrio em mim, a garota que ousou perturbar sua paz.

- Ou eu farei algo a respeito.

Meu peito ficou tão apertado que mal conseguia respirar. O medo bateu em mim, a imagem de mim mesma deitada fria e morta em um lugar abandonado passou pela minha mente, despertando emoções profundas em mim.

Quase fiz xixi na minha calcinha.

- Sente-se.

Com as pernas trêmulas, rapidamente me sentei em uma das cadeiras à sua frente, decidindo que estaria mais segura se pudesse ficar fora de sua vista. Mas eu não tive escolha.

- Por quê você está aqui? - ele perguntou sem tirar os olhos dos papéis em que estava escrevendo.

Eu queria dar uma olhada, para ver como era sua caligrafia.

Era feia? Era linda?

Descobri que era linda, no entanto.

Eu me mexi na cadeira, desejando falar antes que ele ficasse com

raiva.

Lembro-me muito bem do que diziam sobre Mason Campbell.

As únicas emoções intensas que ele experimentou em sua vida foram a raiva e a escuridão fria de seu próprio coração. Eles disseram que ele tinha uma raiva tão forte que gelava os

ossos das pessoas.

Eu tinha pensado que era uma loucura, que ele não pudesse ser o

que todos dizem sobre ele, mas eu estava começando a pensar o

contrário.

- Eu... eu... eu... eu..., - gaguejei de medo, a frase que pretendia dizer estava encolhida atrás do meu coração.

Mason parou de escrever e de repente olhou para mim.

Os poderosos olhos prateados que colidiram com os meus me fizeram engolir em seco.

Ele continuou a fazer buracos em mim com um olhar decididamente aguçado.

- Cuidado com o que você diz, - disse ele antes de inclinar a cabeça. - Eu... assusto você?

Lambi meus lábios antes de falar.

- Isso é uma pegadinha?

- Eu calmamente perguntei.

Não obtendo resposta alguma, acrescentei:

- S... sim.

Ele ergueu uma sobrancelha perfeita.

- Oh?

- Eu não quero dizer nada de errado que pode resultar na minha morte.

- As pessoas dizem que você é um assassino cruel que tem prazer em matar suas vítimas ou fazê-las desaparecer.

Eu nem percebi o que tinha dito até que me dei conta. Meus olhos se arregalaram e coloquei a mão sobre a boca.

Com a mandíbula apertada, ele passou a mão pelo rosto.

- Você faria bem em lembrar com quem está falando, senhorita.

- ele avisou com seu olhar prateado duro como gelo e sua voz profunda igualmente fria.

- Hart, - eu respondi, minha voz tremendo.

- Lauren Hart. É, claro, Sr. Campbell

- Senhorita Hart, eu não gosto de me repetir. Por quê você está aqui?

- ele empurrou, sua voz mais alta desta vez. Mais alto, e misturado com raiva e impaciência.

- Estou aqui para uma entrevista. Eu não queria estar aqui. Fui empurrada contra uma porta e a única saída foi por um elevador que me trouxe até aqui. Eu sinto muito. Se você fizer a gentileza de me deixar ir, irei embora.

- Eu não sou gentil.

- ele falou como se estivesse enojado com uma palavra que ele não estava familiarizado.

- Claro. Se você tivesse sido gentil o suficiente?

Esticando-se em toda a sua altura, o Sr. Campbell ergueu uma sobrancelha. Um desafio.

- Sem diferença.

Eu estava muito irritada quando encontrei seu olhar aquecido com o meu olhar frio.

- Poderia me deixar ir, por gentileza? Eu não quero incomodá-lo mais.

- Você tem um dicionário, Srta. Hart? - Ele perguntou sem nem piscar.

- Essas são as únicas palavras que você conhece?

-Quando tentei responder, ele me cortou.

- Era uma pergunta retórica.

- Oh.

- De fato, - ele respondeu em um tom que me fez pensar se ele pensava que eu era uma idiota.

- Passe-me seu currículo.

Eu o estudei por um longo e desconfortável momento.

- Quer ver meu currículo?

- Estou falando sua língua, não estou? Passe-me seu currículo.

Eu rapidamente passei meu currículo para ele enquanto ele o estudava.

- Hmm. Você estudou na Knight - obviamente, eu não esperava

que você tirasse boas notas.

- Teve apenas dois empregos. Experiência zero, - falou consigo

mesmo, enunciando cuidadosamente cada palavra. Seu rosto se contorceu em uma estranha mistura de pena e

reprovação.

- Quando você veio para cá, espero que não tivesse esperança de conseguir o emprego. Pelo que estou vendo aqui, você não está qualificada o suficiente para trabalhar na Indústria Campbell, Sra. Hart.

- ele rebateu, cada fibra de seu ser me desafiando a afirmar o contrário.

Eu encontrei seu olhar com um brilho de aço, minha raiva pronta para explodir em mim.

Pressionei meus lábios e esperei que ele não notasse os músculos estremecendo em meu rosto.

- O que? Não vou conseguir o emprego? - Eu perguntei, suas

palavras mergulhando como uma faca habilmente empunhada

direto no meu coração.

Eu sabia quando vim aqui que não tinha chance, mas isso não significava que não estava sofrendo.

Essa era minha única chance de conseguir um emprego perfeito

com um bom salário.

Queria dizer que não deveria ser entrevistada por ele, que foi uma Mary Warner que me ligou para uma entrevista.

Mas fui uma covarde.

- Você vai chorar? - ele perguntou, inclinando a cabeça para o lado.

- Não... eu só...

- Bom. Porque eu odeio mulheres fracas que não são fortes o suficiente para lidar com a verdade. Enxugue suas lágrimas antes de deixar seu DNA aqui.

Eu enrijeci, uma veia na minha testa começando a latejar.

- Obrigado pelo seu tempo, Sr. Campbell Meu coração batia forte de raiva enquanto tentava me levantar e

deixar seu escritório sangrento e sua personalidade horrorosa.

-Mas... você está qualificada para uma coisa. Há uma vaga de emprego que combina com você. Você gostaria de ser minha assistente? Não deixe a palavra chegar à sua cabeça, no entanto.

- Você vai simplesmente fazer minhas tarefas, atender minhas ligações e buscar chá para mim. Seu salário, é claro, não vai ser muito.

Eu dei uma série de respirações longas e profundas até que a tensão em mim começou a diminuir.

- Sr. Campbell se você apenas...

- É pegar ou largar. Há uma fila de pessoas se descabelando para conseguir este trabalho.

Fechando meus olhos, apertei a ponta do meu nariz e reprimi a vontade de jogar minha cabeça para trás e gritar.

- Sim, mas...

Ele desviou o olhar de mim e olhou para os papéis à sua frente.

- Tenha um bom dia, Sra. Hart.

Parte de mim gritava que era um bom trabalho e outra gritava que não merecia ser pisada, mas a outra parte que gritou mais alto venceu.

- Está bem! Eu aceito o trabalho. - Apertando os lábios, engoli a amargura subindo em minha garganta e, em vez disso, olhei para

ele com desdém.

- Sr. Campbell, você está ouvindo? Eu disse que aceito o trabalho. - Meu corpo inteiro vibrando de agitação, eu apertei minhas mãos em punhos brancos sob a mesa enquanto ele me

ignorava.

- Vejo você na segunda-feira às oito horas, - ele me dispensou, sem se preocupar em olhar para mim.

- Muito obrigada! Eu não vou...

Ele interrompeu: - Retire-se.

Que idiota. Eu silenciosamente sai do escritório, minha mente repassando os 20 minutos de conversa que tive com ele, e durante esses minutos, ele nunca disse nada de bom para mim.

Como alguém pode trabalhar para uma pessoa assim?

Lembre-se, Lauren. Você trabalha para ele agora. Oh sim, que pena para mim.

Se eu não estivesse tão desesperada para encontrar um emprego, não teria concordado em trabalhar para ele.

Mesmo que o salário não fosse o que eu queria, eu aceitaria sua oferta.

Eu não ia negar, tinha pensado em não aceitar, mas me lembrei do meu pai e de como isso era importante para ajudá-lo.

Só espero sobreviver trabalhando para Mason Campbell

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