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CAPÍTULO 5

"E foi naquele momento que seu sangue ferveu, então, quando viu o cara segurando seu braço e puxando-a ela olhando-o com pavor nos olhos relutando para que ele não a levasse, não pensou nas consequências e assim resolveu interferir gritando que ela era sua namorada, e conseguiu assustar o cafajeste aproveitador que se afastou imediatamente e mesmo com recheio de ser rejeitado por ela, se atreveu puxar assunto o que deu certo! Tão certo que minutos depois estávamos se amando como se conhecessem a anos, mas logo depois que a fez sua, abraçado-a olhou por cima do seu ombro e viu um grupo de pessoas do outro lado da calçada olhando para os lados parecendo procurar por alguém, maldita hora que falou com ela:

—Você conhece aquelas pessoas? Eles parecem estar procurando alguém.

E quando ela olhou ficou tão feliz que seus olhos brilharam, então, olhando-o falou:

—Sim, é minha prima e os amigos.

Em seguida saiu andando, sem ao menos olhar para trás, deixando-o aliviado, e ao mesmo tempo, triste por aquele momento ter chegado ao fim.

Conforme ela se afastava atravessando a rua às pressas, ele sentiu um vazio em seus braços, um aperto no peito, já prevendo que não iriam se verem mais.

Ficou ali paralisado olhando-a atravessar e se encontra com seus pessoal que assim que a viram correram em sua direção abraçando-a felizes, enquanto ele ao vê-la seguir ao encontro deles, ficou com os olhos enchendo de lágrimas, mas sabia que não era o momento de se aproximar, então, esperou que ela olhasse em sua direção e o chamasse, mas não aconteceu, uma das moças, a abraçou e em seguida saiu levando-a para longe.

O que só lhe restou seguir suas costas com seu olhar fixo e triste vendo-a se afastar cada vez mais.

Mas também se ela olhasse não o enxergaria pois onde estava era escuro, mas ele só foi se dar conta daquilo na noite seguinte quando voltou ao mesmo lugar e parou onde ela estava com seus amigos e olhou na direção que ele havia ficado congelado olhando-a com eles.

Então, desesperado, começou uma busca na internet que até aquele dia não tinha dado em nada.

E exatamente há pouco mais de vinte anos, ela apareceu à sua frente, ela estava tão perto e ao mesmo tempo tão longe, já casada com uma pessoa que parecia ser um bom homem e ainda mais de sucesso.

E ao mesmo tempo descobriu que ela havia mentido sobre seu nome, que não era Paolla, e sim Paula, ele ficou ali no chão falando com si mesmo e chorando:

"Você parece ser feliz com sua família, eu vi o quanto seu marido falava com brilho nos olhos de você!

Ele se recusou a sair para o almoço sem você, isso significa que ele a ama muito! Enquanto eu…eu me tornei um homem solitário pois nunca perdi a esperança de um dia te encontrar. Mas lamento isso ter demorado tanto anos, e agora é tarde demais, por isso preciso ir antes que você acorde, pois assim vai parecer que nunca nos vimos novamente".

Sentado ali no chão com as mãos na cabeça, J.J, enxugou as lágrimas, respirou fundo e decidiu ir embora o quanto antes para assim não colocar sua amada em maus lençóis com os que lhe rodeia, pois a ama tanto que jamais quer vê-la sofrer, passou anos procurando-a sem se comprometer com ninguém, pois temia não fazê-la feliz, já que sempre se pegava pensando na linda Paolla de voz doce e olhos brilhantes com um aroma que nunca saiu de suas narinas, e que mesmo depois de tantos anos ainda usa o mesmo perfume, pois sentiu, ao se aproximar dela enquanto estava caída no chão.

Depois de uma ducha bem quente arrumou sua mala e saiu do hotel deixando um recado para o amigo, J.P na recepção, pedindo desculpas e dizendo, que precisou voltar imediatamente para Buenos Aires.

E assim seguiu para o aeroporto pegando o voo e mais uma vez seguindo seu caminho sem Paula ao seu lado.

Rindo ele falava pra si mesmo:

"Pelo menos agora sei seu verdadeiro nome e onde te encontrar quando quiser te ver mesmo que de longe".

***

Desesperado pensando no filho, Orlando seguiu esperando-o na sala de espera, pois sua secretária lhe ligou avisando que Jackson assim que souber o que havia acontecido com a mãe, correu para o hospital e conhecendo o filho como conhecia, Orlando já sabia que ele não iria arredar o pé do hospital antes de ouvir do próprio médico sobre as condições da mãe, e nem antes de vê-la, mesmo que de longe através de uma janela de vidro, então, resolveu ficar e espera-lo mesmo porque ele precisaria de apoio, já que era sobre sua mãe tudo que estava se passando.

E assim permaneceu ali sentado, enquanto isso lembrou-se de como conheceu sua amada Paula, na faculdade e tudo que fez para se aproximar dela que além de linda era muito querida, e vivia rodeada de amigos que a acompanhava onde quer que fosse, enquanto ele, só a acompanhava com seu olhar de longe com receio de se aproximar, pois mesmo nunca tendo falado uma única palavra com ela, já sentia algo forte por ela, já que desde o primeiro dia que a viu, seu coração acelerou e sua respiração falhou a ponto de cambalear fazendo-o cai sentado na cadeira da lanchonete onde estava quando ela entrou toda sorridente com seus amigos que eram só alegria.

Aquele sorriso brilhante o seduziu logo no primeiro instante e a partir daquele momento, não tinha mais como evitar estar onde ela estava, então logo procurou fazer amizade com um dos rapazes do grupo dela, para que assim ele o apresentasse ao resto do pessoal, e assim também pudesse acompanhá-los onde quer que fossem e ficar perto dela que era o seu verdadeiro objetivo.

E assim aconteceu como ele planejou logo começou a frequentar os mesmos lugares que ela e sua turma iam, até em sua casa para as pequenas reuniões que ela fazia entre os amigos mais íntimos lá estava ele, só não conseguiu ir para o réveillon no Brasil que ela foi com a prima, já que nenhum dos amigos do grupo foram convidados, sua prima já tinha sua turma a qual foi junto com elas.

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