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CAPÍTULO 4

Quando os homens viram Paula caído, levantaram-se e correram em sua direção, ao se aproximar, J.J teve a confirmação do que tinha acabado de ver, a mulher que viu não era uma ilusão de sua mente, e sim a mulher que conheceu no réveillon de 2002. Tenso e ao mesmo tempo nervoso, dela ter desmaiado que pelo visto por reconhecê-lo, se afastou deixando o marido e o amigo, próximo ao corpo de Paula estirado no chão da imensa sala.

Ao se aproximar da mulher desmaiada, Orlando viu que tinha sangue próximo à cabeça dela, o que o fez não mexer na esposa caída, pediu que ligasse imediatamente para a emergência, e ficou ali chamando-a muito nervoso.

— Paula, Paula, acorda meu amor!

Mas a mulher não abriu os olhos e nem se mexeu apavorando-o ainda mais.

Logo os socorristas chegaram e depois dos procedimentos levaram-a para o hospital.

Orlando olhou para o amigo e o homem de pé paralisado na sala próximo ao sofá onde estavam sentados e não precisou falar nada pois ambos falaram ao mesmo tempo:

—Vá com ela — J.P logo completou dizendo:

—Não se preocupe conosco, seguiremos vocês e nós nos encontraremos lá.

Orlando deu ordem a sua secretária Ida, uma mulher de meia idade que estava ao seu lado muito nervosa, para que ela avisasse o filho para que fosse para o hospital assim que pudesse, pois o rapaz estava fora da empresa em um simulado que a empresa proporcionava para complementar os futuros funcionários em seus cargos.

Depois que Orlando seguiu os socorristas para o elevador, J.P e J.J pegaram o outro elevador para pegar um táxi fora do prédio.

Já no hospital assim que chegaram, Paula foi levada para a sala de emergência já com a cabeça enfaixada pois na queda ela bateu na quina do amparador próximo a porta onde caiu.

Se passaram uma hora e nada de notícia, ninguém saia da sala de emergência deixando Orlando ainda mais nervoso do lado de fora que andava de um lado para o outro na sala de espera, junto com os dois homens que haviam chegado logo atrás dele que veio na ambulância com a esposa.

Exatamente uma hora e meia depois quando o doutor Glauber Flaubert veio até a sala segurando um tablet na mão. Assim que Orlando o viu logo se aproximou já perguntando:

—Me fala, doutor Flaubert, como minha esposa está?

—Oi, Orlando, bom, o quadro dela não é bom, mas também não é grave, como você falou ela entrou na sua sala bem, falando e do nada desmaiou, só que na queda ela bateu a cabeça na quina do amparador como está na ficha que os socorristas entregaram! E por ela ser uma mulher alta e ainda de salto a pancada foi forte onde formou um coágulo no cérebro que não a deixou volta, mas agora depois que a tomografia mostrou o dano causado pela pancada, estamos mantendo-a em coma induzido para assim o cérebro poder relaxar e se restaura desinchando e voltando ao normal, mas levará uns dias para então, retirarmos-a do coma induzido fazendo-a acordar, por enquanto é só o que podemos fazer, o demais já foi feito! — Disse o doutor.

—Ok, entendi, mas isso levará quanto tempo doutor?

— Orlando, confesso que ainda não posso te dar essa resposta já que temos que esperar o cérebro dela desinchar sozinho no tempo dele ou melhor, dela mesmo, mas ela é uma mulher forte, então, creio que ela vai reagir e esperamos que não vai demorar, mas por hora só nos resta esperar para que seu organismo reage.

—Eu posso vê-la?

—Sim, coloquei ela na UTI pois lá ela ficará mais assistida! Mas você pode vê-la pela janela de vidro. Mas só você, para não atrapalhar o andamento dos enfermeiros que precisam de espaço para cuidar do bem-estar dos outros pacientes!

Orlando olhou para os dois homens ao seu lado onde, J.P, levou a mão ao seu ombro falando:

—Vá, vá vê-lá, esperamos você aqui!

Uma hora depois J.P se despede do amigo e sai do hospital com J.J pegaram um táxi e seguiram para o hotel, o tempo todo, J.J estava calado. J.P não desconfiou de nada, pois sabia que ele não conhecia seus amigos.

Quando chegaram ao hotel, seguiram direto para seus quartos, ambos exaustos, pois o acontecido os deixou perplexos.

Ao entrar no seu quarto e fechar a porta, J.J levou a mão à boca e permitiu que as lágrimas escorrem por sua face lembrando-se de como procurou aquela moça linda que insistia lembrá-lo daquele curto momento por muito tempo, mesmo tê-los passado só alguns minutos um nos braços do outro ela o marcou tanto que nunca conseguiu esquecê-la, mas suas buscas não o levaram a lugar nenhum, nunca conseguiu encontrar a linda Paola que fez seu réveillon de 2002 ser tão marcante, pois o curto momento que ficaram juntos não falaram sobre si, e sim trocaram beijos e carícias.

Escorregando pela porta já trancada sentou-se no chão lembrando-se da noite que a conheceu, lembrou-se do momento que estava feliz, deslumbrado com os fogos estourando no céu e no momento que olhou para o lado e se deparou com aquela linda moça de olhos brilhantes que roubou toda sua atenção a ponto de não conseguir tirar os olhos dos dela até um grupo de pessoas festejando começarem a pular e gritar se abraçando e logo começou um empurra, empurra, foi quando a perdeu de vista, onde começou a procurá-la preocupado com ela, mas também por querer muito vê-la novamente, perguntar seu nome ou talvez trocar contatos, mas não a encontrou em lugar nenhum na areia, até que saiu andando e de longe se deparou com um grupo de rapazes rodeando uma moça na calçada, e ao se aproximar viu que era a mesma moça que minutos atrás procurava desesperado, mas achando que ela estava com eles se aproximou devagar mas então ouviu quando um deles falou para uns outros ao seu lado que com certeza aquela estrangeira iria conhecê-lo melhor naquela noite.

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