Cap. 4
Alexia já havia desistido de fazer todas aquelas contas de matemática. Era complicado para sua mente, pelo menos agora. Tentava lembrar-se pelo menos um pouco de quando ela ganhou o prêmio como a garota mais inteligente de sua classe, e agora, não conseguia fazer uma simples conta feita por um Nerd –estranho- como ela achava, sentado na sua frente.
— Matemática é horrível. — Reclamou raivosa.
Henry sorriu. Estava olhando para o rosto dela confuso, parecia não conseguir realmente fazer nada. Ele se perguntou para onde tinha ido aquela menina inteligente? Se bem ele lembrava, a primeira vez que reparou nela foi quando ela ergueu o troféu de melhor aluna. Ele se apaixonou rapidamente, e até hoje era louco por ela.
Com um tempo, percebeu ela muda na escola, suas roupas já eram a mesma, e ela só andava com pessoas estranhas. E a primeira vez que a viu com Victor, Henry passou a noite chorando, e a dia escrevendo palavras que queria dizer a ela.
— Matemática, definitivamente, não é para mim. Eu não vou usar essa planta na minha vida, em momento algum.
— Alexia, — ele riu. — É raiz quadrada. — Ele balançou os cabelos quando se debruçou mais na mesa e apontou o lápis no lugar da conta. — Você precisa aprender isso aqui, é muito fácil. Tenta de novo.
Pediu. Falava com calma para não a irritar, não queria que ela ficasse brava no primeiro dia de aula dele, por que assim, talvez ela voltasse no outro dia. Queria ficar perto da menina que ele era apaixonado, da garota que ele amava. Henry brevemente olhou para as contas que fizera para ela, eram fáceis, fáceis até demais. Como ela tinha chegado ao ensino médio mesmo? Ele sorriu de canto e levantou sua vista para analisar seu rosto. Paralisou ali mesmo.
A viu prender a ponta do lápis em seus dentes. As marcas do batom vermelho que usava ficaram ali de recordação. Ele corou desviando o olhar. “Tão linda”. Quando voltou a olhá-la percebeu que agora, ela passava batom nos lábios com um espelho de mão. Ele suspirou cansado. Porque ela não cooperava? Henry se perdeu naquela visão, como um ser humano, poderia amar tanto uma pessoa assim? Alexia era uma pessoa onde a gente não via imperfeição, tudo dela era perfeito.
Seu único defeito era o namorado: Victor. Henry lembrou-se de Victor de repente e, virou o rosto. Como ela podia namorar um homem daquele? Porque ela tinha que namorar aquele homem?
Por quê?
Por quê?
Henry sentiu ódio de si, porque ele não era homem o suficiente, para lutar por amor, para lutar pela pessoa amada? Porque ele era tão covarde assim? Sem perceber, ele amassou as bordas da folha que tinha em mãos, ele queria ser forte, ele ansiava por força. Mas... Não tinha coragem, ele era um covarde.
— A aula acabou? — Ele foi despertado de seus devaneios pela doce e adorada voz de Alexia, ela o olhava com certo desdém, e isso o deixava ainda mais para baixo.
— A-acabou. — Gaguejou, na mesma hora viu Alexia levantar, e sussurrar um “Adeus”.
Porque será que, ele achou aquele Adeus tão duro da parte dela?
Senhor... O que ele estava fazendo? O que ele estava pensando? Que começa a dar aulas e ajudá-la em alguma coisa, ela o notasse e se apaixonaria. Ele precisava de muito mais para isso. E o moreno não tinha esse muito mais.
— O que eu to fazendo?
Henry suspirou e deitou sob a mesa, queria ter força, e coragem para correr até ela, e dizer o quanto a amava, porque não tinha? Por quê? Depois de muito pensar, resolveu levantar-se dali ele não pretendia passar o resto da vida deitado em cima daquela mesa, somente porque não tinha coragem de falar o tinha em mente. Assim que terminou de arrumar suas coisas, ele ajeitou os óculos, e rumou a saída. Seus passos eram lentos. Porém firmes. Encarava seus próprios pés com medo de encarar o olhar de alguém... chegou ao estacionamento da escola onde já não tinha tantos carros assim.
No caminho até seu carro, ele viu uma garota sentada em um banquinho no local, ela lia um livro, estava bastante concentrada. Seus cabelos amarrados em um rabo-de-cavalo bonito estavam caídos sobre seu ombro. Ela estava linda. Seria feio ele interromper sua concentração? Sim seria, mas ela não costumava há ficar tanto tempo assim depois da aula, então o que diabos ela ainda estava fazendo ali? Vencendo a timidez, Henry ajeitou a bolsa de lado, e caminhou em sua direção.
Sua concentração ao ler um dos livros que mais gostava era grande, mas quando sentiu a presença dele, não teve como ler mais alguma coisa, ela levantou sua vista encarando aquele ser por quem era tão apaixonada. E ele estava mesmo vindo falar com ela...?
— Quênia? — Ela o ouviu pronunciar seu nome, seu coração bateu forte, ela se levantou na mesma hora e encarou o moreno a sua frente.
Ele a fitou sorridente, apesar de suas bochechas estarem vermelhas, ele levantou uma mão até atrás da cabeça e sorriu amigavelmente. Quênia não era exatamente amiga dele, mas conversam de vez enquanto, então nada de timidez.
— Você ainda está aqui? — Perguntou ele. Ela sorriu brincando com o livro na mão.
— Eu esperava pela minha irmã, mas até agora ela não apareceu — Dizia meio tristonha, mas não conseguia parar de encarar aquele homem, seu herói, seu amor.
— Hm... Quer uma carona? Eu não tenho pressa de chegar em casa, então, eu posso...
— Sério? — Os olhos da garota tímida brilharam com a empolgação. Henry sorriu.
Ela pegou sua bolsa, colocou seu livro dentro da mesma, e colou-a no ombro. Estava pronta, pronta para ir para casa com seu amor. Quênia estava sorridente, aquilo nunca aconteceu. Há alguns minutos atrás, ela estava a morrer de ódio da irmã. Mas agora, ela estava agradecendo-a por não ir buscá-la naquele dia.
Dentro do carro de Henry, Quênia ia sorridente. O garoto não falava nada, não era acostumado a falar com ninguém, principalmente se esse alguém fosse uma garota, e estivessem somente os dois dentro de um ambiente fechado. Mas Quênia era sua amiga, ou quase isso, não falava muito com ela, mas tinha certeza que no dia que precisava, ela estava lá.
— Então! Algum motivo em especial para sua irmã te esquecer? — Perguntou ele ainda prestando atenção na estrada.
— Talvez ela esteja com o namorado. Ou, ela simplesmente me esqueceu — Quênia sorriu franco abaixando a cabeça. — Eu vivo muito sozinha em casa, então não faz diferença eu estar lá. Ou aqui.
Respondeu tristonha, Henry parou no sinal e, encarou a colega ao seu lado. Ele sabia exatamente como ela se sentia, afinal, ele vivia isso o tempo inteiro. O moreno olhou para a estrada novamente, e viu uma lanchonete. Teve uma ideia na mesma hora.
— Está com fome? — Perguntou sem olhava, mas não demorou muito para encará-la de frente.
— Porque a pergunta? — A timidez invadiu a morena, ela corou imediatamente.
— Calma, só achei que seria divertido comermos. Eu não estou com pressa para chegar em casa, e você...
— Eu aceito, será um prazer. — Animou-se ela.
Henry esperou o sinal abrir e dirigiu até a lanchonete. O lugar era bem aconchegante, com mesas acolchoadas em tons vermelhos. Quando entraram puderam ouvir um pequeno barulho do sino. Avisando a garçonete que chegavam mais clientes.
Henry levou a morena até uma mesa perto das janelas, sentou-se em uma das cadeiras, e viu Quênia fazer o mesmo á sua frente. Fizeram seus pedidos, com um sorriso no rosto, e começaram a conversar.
Em meio a algumas gargalhadas de Quênia, o sino novamente soou naquele estabelecimento, e para a surpresa de ambos, Victor entrou no local. Quênia encarou Henry, que abaixou a cabeça levemente. Tinha medo do olhar feroz que Victor carregava.
Victor estava com certa mulher em seu enlaço. Henry levantou uma sobrancelha não entendo nada. Tinha certeza que aquele cara era namorado da sua amada. E estranhou o fato dele esta com outra e não com ela. No começo, ele até tentou achar que era alguma amiga que Victor estava acompanhando, assim como ele próprio acompanhava Quênia. Só que ao ver Victor beijar a boca vermelha daquela mulher. Seu olhar mudou. Mudou bastante.
— Henry você está bem? — Quênia perguntou nervosa. Nunca vira Henry daquela forma.
E mais uma vez naquela vida, Henry se amaldiçoou por não ter coragem de fazer o que achava certo.
— Estou. — Respondeu no mesmo momento em que seus pedidos chegaram. — Vamos comer.
Henry ouvia Quênia falar de sua vida, mas sua atenção estava totalmente em Victor. Porque ele estava fazendo aquilo? Alexia era uma mulher tão bonita, e completamente apaixonada por ele. Porque ele não enxergava a mulher que ele tinha?
— Filho da mãe... — Sussurrou baixo.
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Na casa de Alexia. Ela tentava, desesperadamente, falar com Victor, andava de um lado para o outro no quarto. Já estava irritada por ele não atender o maldito celular. Achou que ele deveria está no treino ainda, mas quando saiu da sala com Henry, o treino já tinha acabado. Desapontada e com raiva, ela olhou para o celular novamente e procurou entre os contatos o número de Adan, não era particularmente amiga dele, mas o loiro era muito legal, e amigo de Victor, então podia dizer onde esse homem estava.
— Alô? — Uma voz masculina e um pouco irritada falou do outro lado da linha. Alexia suspirou.
— Oi Adan, é a Alexia. — O loiro olhou para frente vendo sua namorada escrever alguma coisa em seus cadernos e levantou do chão.
— Oi, como vai? — Perguntou meio cauteloso, porque Alexia estava falando com ele? — Aconteceu alguma coisa?
— Você sabe me dizer onde o Victor se meteu? Eu não consigo falar com ele. Vocês ainda estão treinando?
Alexia perguntou esperançosa, queria tanto ver seu namorado, ela o amava, não amava? Gostava dele, e naquele momento, queria alguém para conversar.
Do outro lado da linha, Adan gelou o que ele falaria para Alexia? Claro que não poderia entregar o amigo. Victor era uma pessoa traiçoeira, sabia se vingar da forma que quisesse, ele não queria correr esse risco. Respirando fundo, Adan olhou para trás vendo Grace folhear o livro e virou para sua janela novamente.
— Alexia, ele está no treino extra que o capitão organizou com os melhores jogadores. Eu não quis ir e você sabe como ele é. Não se preocupe. — Terminou mordendo a língua. Odiava mentiras, mas não arriscaria nada.
— Ah — Ele a ouviu suspirar, parecia triste. E não era para tanto. — Então é isso, e eu aqui louca ligando para ele. Suponho que depois ele vá ficar bravo comigo. — Resmungou e deitou-se na cama. — Obrigada.
Adan desligou o celular rapidamente, respirou fundo e virou-se novamente, agora, encontrando sua namorada de pé, com os braços cruzados e uma cara nada bonita. Ele riu.
— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou ela se aproximando.
— Não. Christian queria saber se está confirmado nossa reunião nesta semana, queria falar com o Victor, mas disse que ele estava no treino extra.
— Que treino extra? — Ela deu um passo à frente, ele engoliu a seco.
— O treino que o nosso treinador marcou.
— Porque você não está lá? — Ela chegou próximo ao rosto dele, e Adan suspirou calmamente.
Segurou o rosto dela com as mãos e deu-lhe um beijo na testa.
— Eu disse que tinha uma coisa importante para fazer essa tarde, e não poderia ir. — Disse simplesmente ela estreitou os olhos.
— O que?
— Estuda com você, hora. — Ela riu e o abraço.
— Te amo. — Falou e corou ao mesmo tempo.
— Eu também.
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Henry depois de deixar Quênia em casa, ele dirigiu até a sua, estava tão absorvido na idéia de Alexia ser traída que nem seus próprios deveres ele conseguiu fazer. Como Victor poderia trair uma mulher maravilhosa daquela?
Alexia era uma pessoa linda, divertida, um pouco orgulhosa, e também muito mesquinha. Mas era um amor de pessoa. Ela não merecia aquilo. Talvez nem sabia que estava sendo traída. Sim, ele contaria o que tinha visto para ela. Talvez ganhasse alguns pontos com isso, e um sorriso de agradecimento dela.
Henry passou a noite em claro, ele tinha que tomar uma atitude para sua vida, ele precisava acreditar mais nele e começar a fazer o que tinha que ser feito. Na manhã seguinte, o moreno desceu as escadas de sua casa, todo animado, estava alegre, com certeza, ele tinha que contar a Alexia sobre Victor e quem sabe assim... Chegou à escola naquele dia, um pouco mais animado que os outros dias, ele estava certo de que falaria a rosada sobre o que viu. Ajeitando a bolsa em seu corpo, ele fechou a porta de seu carro, e rumou a escola.
— Henry? — Uma voz fina e doce, despertou o moreno de seus pensamentos. Ele olhou para o lado vendo a bela Quênia. Que por sinal estava linda naquela manhã.
Henry corou e desviou o olhar para o chão. A confiança em si mesmo que havia construído a noite inteira tinha se dissipado somente com um sorriso meigo de Quênia.
— Que porcaria de homem eu sou? – Sussurrou somente para si.
— Henry, estava esperando por você – ela sorriu mais, e na mesma hora, abraçou o garoto que corou prendendo o ar.
— E-esta-va me espe-perando? – Gaguejou todo confuso, e ela desfez o abraço.
— Sim. Obrigada por me levar em casa ontem e, como eu disse, minha irmã havia me esquecido. – Disse mais sorridente ainda, Henry tentou dizer algo, mas não conseguiu.
Perguntou-se mentalmente, como ele falaria com a garota por quem era apaixonado se nem uma amiga ele sabia conversa. Sem pensar duas vezes, Quênia segurou seu braço, e puxou para dentro da escola. Henry corou de imediato, porque tudo aquilo parecia estranho para ele? E o que Quênia estava fazendo? Passando pelos corredores ele pode avistar Alexia.
Parou de imediato, ela estava falando com Victor, o mesmo apenas sorria, enquanto ela falava, e falava, e falava, até que ele calou sua boca com um beijo. Ela devolveu aquele beijo toda alegre. Henry bufou, mas não tirou o olho deles.
Como ela conseguia amar aquele homem mau caráter, que a traía descaradamente? Porque ela o amava? Por quê? Henry respirou fundo, vendo-a toda alegre ao lado dele, talvez o amor que ele sentia por ela, nunca iria ser retribuído. Se ela estava feliz com aquele cara, que julgava ser perfeito. Ela poderia ficar. Se aquele cara, trazia a felicidade que Alexia precisava. Ela poderia ficar com ele, e ser feliz com ele. O Nerd não tinha chance alguma.
Por outro lado, Quênia prestava atenção nas expressões que Henry fazia... Claro, era óbvio que assim como todos os meninos daquela escola, Henry era louco por Alexia... Ela revirou os olhos e soltou calmamente o braço de Henry...
— Henry? – Ela o chamou, Henry desviou sua atenção da rosada que agora caminhava de mãos dadas com Victor, para os olhos azuis de Quênia ao seu lado. — Você gosta dela, não é?
Henry abaixou a cabeça novamente, Quênia balançou a sua enquanto a via corar. Henry era um homem incrível, maravilhoso, e muito fofo, ainda por cima, era tão tímido quanto ela. Era perfeito para si. Mas ele amava outra.
— Porque não diz isso a ela? – Quênia falou no fio de voz, ela não queria dizer aquilo, mas queria ver Henry sorrir.
— Acha mesmo que eu tinha chance contra aquela parede? – Perguntou a ela, e ambos sorriram. — Acho que ela está feliz com ele.
— Henry, você é um cara incrível, não precisa de músculos para ganhar o coração de uma mulher. — Disse tímida, corada e desviando o olhar. Henry encarou a menina a sua frente, e na mesma hora percebeu o que aquelas palavras significavam para Quênia.
Ele suspirou tristonho. Apesar de tudo. Ele fazia o mesmo. Henry aproximou-se de Quênia e deu-lhe um abraço, seguido de um beijo em sua cabeça.
— Eu sinto muito. – Sussurrou. Ela sorriu.
— Tudo bem... – Ela desfez o abraço e encarou Henry que sorriu amigavelmente.
— Você precisa dizer isso a ela entendeu? — Disse deixando uma lagrima cair. Aquelas palavras doíam na morena.
— Não preciso não... – Rebateu ele sorriu e, tornou a rodear suas mãos nos ombros da morena e começaram a caminhar. — Ela está feliz com ele, e segundo os livros que leio: Amar e fazer a pessoa que você gosta, feliz. Ela está feliz com ele, porque eu estragaria aquilo?
— Eu digo o mesmo. — Quênia parou no mesmo momento encarando o amigo. — Henry, acha mesmo que ela está feliz sendo traída por aquele idiota? Claro que não, que mulher gosta de ser traída. Todo mundo sabe disso, todo mundo sabe que aquele metido trai a Alexia, pelo visto menos ela e você. — Henry olhava para a mulher assustado. — E tem mais — ela aproximou dele ficando rente ao seu rosto — Você acabou de dizer que quem ama, só quer ver a pessoa amada feliz... eu amo você — Declarou-se — E eu quero ver você feliz.
Sem pensar muito, Quênia encostou seus lábios nos dele. Henry gelou, não sabia exatamente o que fazer. Viu-a fechar os olhos, e continua a emprestar seus lábios nos dele. Logo depois, ela desgrudou-os de, e sorriu meiga.
— Vamos conquistar a sua amada? — Disse animada. Henry continuava paralisado. Quênia revirou os olhos e o puxando. — Vamos.
Alexia estava parada ali ainda admirando o casal sair. Pera, casal? Alexia sorriu “então a garota estupida que vira na biblioteca era namorada dele” — Pensou rindo dos dois.
— O acho muito fofo — Ino sussurrou em seu ouvido?
— Quem? Aquele nerd sem jeito? — Alexia perguntou.
— Claro.
Alexia sorriu com desdém.
— Vocês são loucas... muito loucas. — Sussurrou sorrindo, deixando as amigas para seguir seu caminho até a sala de aula.
Claro que suas amigas estavam loucas, aquele garoto, não fazia seu tipo. Nem tão pouco era bonito. Ela tinha certeza disso. No meio do caminho até a sala, encontrou Adan, e Victor, ambos pareciam discutir sobre algo. Ela revirou os olhos, e resolveu não parar para falar com eles.
Seja lá o que eles estivessem discutindo, isso seria coisa do jogo, e da última vez que a rosada tentou interromper uma dessas conversas, Victor não gostou, e fez questão de demonstrar isso em público. Ela não bancaria a namorada ciumenta de novo.