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CAPÍTULO 06 - TOQUE OUSADOS

— Queremos? — Sussurrei, perdendo-me no momento de luxúria.

— E como queremos... — Ele juntou meus seios, passando a língua no meio, os beijando de forma sensual. Sua boca desceu pelo meu abdômen, brincando com o contorno, beijando suavemente em cima do meu umbigo, arranhando as laterais das minhas costelas, vindo com as mãos para minha barriga em uma carícia deliciosa, era como uma massagem.

Chegando à minha cintura, Patrik passou a língua pelos lábios antes de deslizá-la sobre o tecido da calcinha. Estremeci ao seu toque, apertando o sofá ao sentir seus beijos em minha virilha. Ele mordia de maneira ousada, com a pressão exata, evidenciando sua experiência inegável.

— Sabe esse anseio que sente, com o coração acelerado, o desejo da minha língua a invadir? — O CEO falava entre minhas pernas — São essas sensações que você deve descrever; os leitores anseiam por sentir isso indiretamente, Srta. Lis.

Aproximando a língua de minha entrada, ele afastou a calcinha para o lado, mas meu celular começou a tocar incessantemente. Respirando irritado, Patrik me encarou.

— Não é permitido celulares durante o treinamento, Srta. Lis! — Ele falou irritado.

Levantei-me rapidamente, pegando o celular e vendo no identificador de chamadas: Casa de Repouso. Arregalei os olhos ao atender, enquanto Patrik se preparava para contestar. No entanto, dei alguns passos para trás.

— Sim, perdão, estava em reunião... — Falei timidamente, observando a expressão divertida de meu chefe. — O que houve? Claro, claro, imediatamente!

Desliguei o telefone, encarando Patrik.

— Sr. Patrik, se quiser me demitir, tudo bem, mas tenho que ir agora! — Olhei ansiosa, colocando a saia. Suspirei ao ver minha camisa nova rasgada — Terei que comprar novas.

Olhei ao redor e avistei sua blusa de paletó. Peguei-a e a envolvi em meu corpo, fechando os botões, torcendo para que ninguém me visse.

— Eu, eu prometo que te devolvo limpa. — Estava tremula, fechando os botões e prendendo os cabelos no alto. Peguei minhas coisas, pronta para sair correndo.

— Aonde vai com tanta pressa? — Arqueando as sobrancelhas, Patrik me encarava sério.

— É um assunto particular! — Puxei meu pulso de suas mãos.

— Deixe-me te dar uma carona... — Antes que ele terminasse de falar, saí correndo de sua sala em direção ao meu carro com urgência.

Cheguei o mais rápido que pude; a médica que acompanhava minha avó aguardava-me no hall de entrada, direcionando-me até a sala de refeição, onde minha doce avó estava tendo um surto de memória, lançando tudo em fúria.

— Ei, você fez uma bagunça e tanto aqui, não é mesmo? — Sorri ao me aproximar devagar.

— Helena, ai meu Deus, você veio... Diga a eles que eu não sou louca para estar aqui! — Ela gritou, apontando para os enfermeiros — Eles não podem me manter aqui.

— Vovó, sou eu... Elisabeth, sua Lis! — Aproximei-me dela, segurando suas mãos, ficando frente a frente e mantendo contato; parece que o pouco de lucidez retornou à sua mente.

— Onde está Helena? — Com voz trêmula, ela indagava.

Conduzi-a delicadamente até um assento, sabendo que teria que passar por aquela dor novamente; relembrar era muito difícil.

— Vovó, a senhora não se lembra? — Olhei carinhosa em sua direção, acariciando o dorso de sua mão — Tivemos um acidente de carro no dia em que ela recebeu alta da maternidade; infelizmente, a Helena, minha mãe, e meu pai, Roger, não sobreviveram!

— Não, ai meu Deus! — Ela tampou a boca, deixando as lágrimas lavarem sua face com tamanha dor — E Elisabeth, ela está bem?

— Estou, vovó, eu sobrevivi! — A abracei, acariciando seu rosto cansado do tempo; doía ver o quanto ela se sentia perdida na história.

— Preciso criá-la, honrar a vida que seus pais te deram... Farei o meu melhor, vou amar Elisabeth por nós três! — Eva sorriu determinada — Pobre criança, quanto sofrimento tão jovem... A criarei com muito amor!

— Vovó, sou eu. — Apertei levemente suas mãos, fazendo-a pousar seus olhos inquietos nos meus.

— Ei Lis, minha pequena, você está tão linda. — Ela sorriu gentilmente.

— A senhora me criou muito bem e com muito amor, obrigada por tudo! — Uma lágrima escorreu dos meus olhos, onde ela passava o dedo indicador secando.

— Ah, então foi para cá que você veio! — A voz firme de Patrik me fez girar o corpo assustada.

— O que você faz aqui? — Saltei da cadeira, me aproximando dele — Você me seguiu?

— Eu? Não, mas Greg sim... — Ele apontou com o dedão por cima dos ombros, brincalhão — Eu o acho meio perseguidor às vezes.

O CEO sussurrou divertido, passando por mim e parando em frente à minha avó.

— Você só pode estar brincando! — Falei firme, indo em sua direção — Saia daqui imediatamente, você não tem esse direito!

— Querida, não é assim que se fala com as visitas; seja uma boa menina e vá buscar o chá para este homem charmoso. — Minha avó falou sorridente, enquanto Patrik beijava o dorso de suas mãos sedutor, puxando uma cadeira para sentar-se à sua frente.

— O quê? Não vovó, este homem, ele é... — Antes que pudesse falar, ela me interrompeu.

— Pare de ser mal-educada, não foi esta criação que lhe dei! — Eva falava brava em minha direção antes de virar para ele — Perdoe minha neta; estas crianças de hoje em dia não respeitam os mais velhos!

— Mas vovó! — Tentei contestar.

— Não seja mal-educada, mocinha, respeite sua avó e faça o que ela está ordenando. — O CEO se virou para mim com diversão.

— Você só pode estar de brincadeira! — Gritei irritada.

— Elisabeth Lis, você ficará de castigo! — Minha avó ergueu as sobrancelhas com uma cara zangada.

— Mas... — Suspirei, encarando-o.

— Obedeça, e não atrapalhe os adultos que estão conversando. — Ele sorriu provocativo, fazendo-me ferver em fúria — A propósito, adoro chá de ervas doces; a senhora me acompanha?

Pegando nas mãos da minha avó, ela ficou corada com seu cavalheirismo, assentindo. Revirei os olhos, buscando um enfermeiro para atender ao pedido deles. Quando chegaram os chás, os servi a contragosto, mas não queria causar uma cena e intensificar mais a confusão na cabeça de minha avó, que tinha Alzheimer.

Os dois conversavam sobre tudo; nunca a tinha visto tão leve e sorridente. Senti meu coração ficando leve com a cena que desenrolava diante dos meus olhos. Suspirei.

— Está cansada, querida? — Eva me analisou.

— Eu estou bem, vovó, não se preocupe! — Sorri gentil.

— Pode deixar, Sra. Eva, a levarei para casa para o seu descanso. — Patrik piscou em minha direção, fazendo-me revirar os olhos e bufar.

— Eu não sei o que deu nesta garota para agir assim; ela sempre foi tão educada. — Minha avó observou, comentando com ele.

— Talvez seja falta de uns tapas. — Encarando-me de cima a baixo com malícia, Patrik mordia os lábios, fazendo-me corar com a ideia.

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