Capítulo 15 Provocação
Passaram três dias. Nesses três dias, Vitória não ganhou um único centavo desde que foi transferida para o Departamento de Relações-públicas. Ela olhou para o relógio, 23:07, um horário em que o Clube começou agitando.
O Departamento todo estava quieto. Ela foi a única que estava no salão, enquanto os outros colegas saíram para cumprir suas tarefas. Na verdade, todos do Departamento ganham bastante. As pessoas que veem ao Clube King não são pessoas comuns. As figuras poderosas e empresários ricos são muito generosos.
Embora Vitória estivesse aqui apenas três dias, ela ouviu algumas fofocas. Rafaela, que flertou com Sr. Matheus na escadaria da última vez, ontem se exibiu da generosidade de um rico empresário de Hong Kong que lhe deu 10 mil dólares de gorjeta.
Dez vezes de um mil é metade de 100 mil. Cem vezes de um mil é 1000 mil... Assim ela iria poder atender a exigência daquele homem e ficaria livre.
Vitória balançou a cabeça...Rafaela podia, mas ela não. Benjamin tinha falado:
- Você pode vender seu sorriso, sua história mísera, sua ignorância ou atua como uma palhaça. Mas ela agora nem tem chance para fazer isso.
- Vitória, venha comigo.
Alguém empurrou a porta. Vitória olhou para a voz, é Amanda.
- Amanda.
Ela se levantou de imediato e seguiu Amanda sem perguntar nada.
- Você não quer saber para onde estou levando você? - Amanda perguntou com sobrancelhas levantadas -, Você vai comigo sem perguntar claramente? Você não tem medo de que eu venda você?
Vitória riu:
- Amanda, eu não valho nada.
Amanda, que estava uns passos em frente, se sentiu uma dor de simpatia por essa mulher com sorriso suava, dizendo que não vale nada. Mas ela voltou normal logo e levou Vitória para um vestiário.
Amanda entregou as roupas para Vitória:
- Vai, se veste.
Vitória piscou os olhos. As roupas queimaram suas mãos.
- Amanda, essas...
Amanda avistou Vitória com misericórdia:
- Uh, se veste. Foi ordem de Sr. Benjamin - Amanda apontou para as roupas na mão de Vitória -, Também foi enviado por ele.
Amanda receou que Vitória não obedecesse, e pensou como convencê-la. Porém, a mulher abaixou a cabeça, virou o corpo e trocou as roupas em silêncio.
Depois de Vitória trocar a fantasia de palhaço, Amanda chamou alguém para fazer sua maquiagem. Vitória se sentou diante do espelho quietamente, deixando o maquiador transformar seu rosto em uma palhaça.
Um redondo nariz vermelho. Uma grande boca vermelha com um sorriso exagerado. O rosto que estava tão pintado que era impossível reparar aparência original.
Amanda estava com uma sensação complicada e levou Vitória até o sexto andar.
- Vai lá, entre. Lá dentro, são uns jovens senhores da capital. Eles estão aborrecidos com os espetáculos normais, e vêm para cá para assistir o espetáculo de palhaço - Amanda disse, mas percebeu que falou demais, ela assistiu para Vitória -, Vitória...
A sua frase foi interrompida por Vitória:
- Amanda, tenho que ganhar 1000 mil. Obrigada por me dar essa oportunidade.
Amanda ficou parada fora da sala. Emoções complexas encheram seu coração. Após de um momento, ela levantou a mão, bateu na porta, depois, apresentou Vitória para os clientes. No seu rosto estava sorriso profissional.
- Sr. Benjamin, a palhaça chegou.
Vitória, levantou a cabeça... Benjamin, por que está aqui?! Ela achou que é um grupo de jovens senhores da capital!
Mas Benjamin está! Ele está aqui de propósito! Ele queria vê-la ser humilhada, vê-la estar embaraçada, vê-la sofrer!
- Palhaça, vai, sorria.
No sofá preto incrustado com diamantes, um rapaz se sentou por caso. Ele estava de estilo hip-hop. Usou uma camisa listrada preta e branca, jeans apertado e ao redor do pescoço, um colar prateado brilhante
O rapaz tem cerca de vinte anos, com cabelos pintados de cor de linho, que é um jovem frívolo.
Ele se sentou de um jeito folgado no sofá, e quando viu Vitória entrar, se inclinou para frente de repente, e a corrente também balançou no movimento. O rapaz apontou para si mesmo e sorriu para Vitória:
- Vai lá, palhaça, me mostre um seu sorriso. Olha para cá, isso, se você sorrir bem, eu vou dar você gorjeta.
Uma pilha de notas caiu nos pés de Vitória, conjunto os insultos. Os cílios de Vitória tremeram ligeiramente, de repente, ela olhou para cima e fez uma risada exagerada. Com a pesada maquiagem de palhaço, ela pareceu lisonjeira.
- Não não não. Essa risada não foi aprovada. Mais outra - o rapaz mexeu seu indicador -, Quer dinheiro? Sorria mais.
Vitória pregou as notas. As pílulas ficaram menores. Todos os seus movimentos foram vistos por Benjamin, e resultaram uma sombra nos seus olhos.
De novo, com a cabeça erguida, Vitória piscou os olhos, abriu a sua boca cada vez mais larga, até revelar os dentes brancos. Com os lábios vermelhos grandes exageradamente, o sorriso dela ficou muito engraçado.
- Hahahahaha... Que engraçado, que divertido!
O rapaz riu alto e chamou as outras pessoas ao seu lado:
- Ei! Olhem ela, ela não parece uma idiota?
A maquiagem pesada ocultou o sorriso rígido de Vitória. Manifestaram aplausos e elogios de todos cantos. Os rapazes riram, bateram nas palmas e comentaram:
- Que engraçado! O dinheiro é seu.
Neste momento, Vitória não teve certeza que ela deveria ser feliz ou triste.
- Pode pegar. Eu falei que é seu. Não quer?
- Eu quero... - ela respondeu com tanta vergonha.
- Se você está a fim, se abaixe e o pegue. Assim vai ser seu dinheiro - o rapaz levantou as sobrancelhas e disse com razão.
Benjamin estava escondido na escuridão. Os olhos estavam mais escuros do que a noite. Ele observou tudo isso com indiferença.
Vitória fechou seus olhos. Abaixo da pesada maquiagem de palhaço, seu rosto estava pálido como um papel. Mas e daí? Na escuridão, Vitória riu de si mesma... Dinheiro é uma coisa boa. Ela poderá comprar sua liberdade com ele, não é?
Três anos atrás, ele a mandou para prisão. Desde então, ela não tem mais liberdade.
Três anos depois, ela saiu da prisão, e ele a prendeu outra vez com 1000 mil de dólares... Não, ela tinha um compromisso com aquela moça. Ela teria de realizar o sonho!
Vitória se abaixou para pegar as notas no chão., Quando ia se levantar, a risada burlesca do rapaz veio da cima de sua cabeça:
- Gosta de dinheiro, sim? Falta-me tudo, mas não dinheiro. Hoje, se você me faz feliz, eu tenho muito dinheiro para dar você.
Falando isso, começou a chuva de dinheiro. Abundantes notas caíram de cima. Vitória ficou surpresa, vendo o rapaz pegar e jogar as notas.
O que... estava fazendo?
- Gosta disso? Eu vou dar para você - o garoto falou generosamente -, Não se levanta. Vou dar um minuto. você se ajoelha no chão e caça dinheiro. Tudo que você consegue pegar é seu. Se você puder pegar todas as notas no chão, eu o vou dar para você um bônus extra de um mil.
No canto invisível, as mãos de Vitória tremeram... Não foi por causa de excitação, mas de uma dor profunda na sua alma!
O que faria?
Pegará, ou não?
Pensava que era sorte se poder pegar dinheiro... Mas por que, o seu coração estava tão triste?