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Capítulo 6

20:25 ― Apartamento ― Sala ― EUA ― Nova York.

Sexta-Feira.

Melissa Miller.

― Pelo amor de Deus! Parem de ficarem brigando como idiotas. ― Repreendo os dois pela décima vez.

― Ela que não me empresta a maquiagem. ― Fred protesta.

― Você não me emprestou a sua base naquela vez. ― Revirei os olhos com isso.

― Pessoal, eu já estou arrumada faz vinte minutos e vocês continuam brigando por besteira.

Estou usando o vestido vermelho que a Laura ordenou que eu vestisse. Como eu tenho uma bunda grande, ele fica subindo quando eu começo andar. O vestido não tem alças e nem estou usando sutiã ou algum top, os dois me deixaram bem sexy. ― Agora só faltam eles dois para nós finalmente ir, mas estão brigando feito idiotas.

― Tudo bem, já vou terminar. ― Laura diz ao entregar suas maquiagens para o Fred.

Sento no sofá e fico observando os dois terminarem de se maquiar. Sou do tipo de pessoa que não gosta muito de maquiagem forte, prefiro fazer algo leve, também para não me preocupar com a maquiagem escorrendo pelo meu rosto por suar tanto. Realmente sou do tipo de pessoa que começa a suar muito, eu odeio isso.

― Estamos prontos.

Saio dos meus pensamentos com a voz da Laura.

― Finalmente! ― Digo me levantando do sofá. ― Vamos?

― Sim.

Pegamos nossas bolsas.

― Estão com tudo? ― Pergunto por precaução.

― Estamos, mãe. ― Bufo pelo deboche deles dois.

Saímos do apartamento e a Laura tranca a porta.

― Está com a sua chave reserva, Mel? ― Perguntou à Laura enquanto guardava as chaves na bolsa.

― Estou sim, nem fodendo que eu me esqueceria das chaves novamente.

― Aquilo foi somente uma vez.

O Fred começou a rir ao se lembrar daquele incidente.

Laura mentiu para mim dizendo que estava doente e nem foi trabalhar, eu fiquei preocupada e tive que implorar aquele maldito chefe para sair cedo. O Fred me deu carona e quando chegamos aqui, essa desgraçada tinha saído para transar com o nosso vizinho em um motel próximo, liguei para ela várias vezes e a maldita não me atendeu. Resumindo, eu tive que dormir na casa do Fred.

― Porque caralhos não transou com ele no quarto dele?

Descíamos as escadas lentamente enquanto conversávamos.

― Não queríamos ser descobertos pelas pessoas do prédio. Sabe que tem muitas pessoas fofoqueiras aqui.

― E tem mesmo, já ouvi boatos que pensam que eu seria seu namorado, Mel. ― Fico chocada com isso.

― Eles não perceberam que você é gay? ― Ele deu de ombro.

― Podem achar que eu seja bissexual.

Dou de ombro.

Fomos indo até a garagem e como sempre, me sento no banco traseiro do carro.

― Hoje eu quero dançar até esquecer o meu nome. ― Laura falou toda animada. ― Deveríamos ter comprado alguma bebida para irmos já bebendo. Assim já chegaríamos no brilho.

― Não gostaria de arriscar.

― Você é medrosa demais, Mel. ― Fred diz rindo.

― Isso se chama responsabilidade, querido.

― Sei.

Soltei um suspiro e peguei o espelho na minha bolsa.

― Essa maquiagem ficou boa. ― Admiro meu rosto no espelho.

Eu realmente fiquei bonita.

― Eu sempre tiro onda com as maquiagens, amor. ― Falou Laura toda animada.

― Amostrada.

― Isso se chama talento, amor. ― Piscou para mim.

Ridícula essa menina.

21:00 ― Paradise Garage ― EUA ― Nova York.

― Chegamos piranhas!

Ele está muito animado.

― É isso aí caralho.

Descemos do carro e vimos que não tinha muita gente na fila.

― Isso é bom, vamos indo. ― Falou a Laura e logo em seguida, ela segurou meu pulso e já foi me puxando para a fila.

― Estou muito animada. ― Olho para o Fred que já balançava sua cabeça no ritmo da música do lado de dentro.

― Trouxeram camisinha? ― Questiono.

― Sempre, querida. ― Os dois falam.

Sorri com isso.

Bom, não irei me preocupar, não pegando doenças ou engravidando, para mim está ótimo.

Pagamos a nossa entrada e me animo ao ver que tinha bastante gente.

― Vamos beber!!! ― Laura gritou no meu ouvido, por causa do som.

― Vamos!!!

Agarrei o pulso do Fred e fomos indo até o bar.

― Isso aqui está muito bom!! ― Falou Fred perto do meu ouvido.

― Sim!!

Chegamos no bar e o barman veio até nós.

― O que vão querer?

― Irei querer uma batida de morango, pode colocar bastante vodca. ― Peço já animada.

Ele anota o pedido e olha para o Fred.

― Irei querer uma caipirinha. ― Piscou para o barman.

Esse homem não tem jeito.

― E eu irei querer vodca com limão. ― Falou a Laura sorrindo para o barman.

Coitado do barman, está diante desses predadores.

― Aguardem um pouco.

Olhamos para a pista de dança e vimos que está cheia, vejo também algumas pessoas já se pegando.

― Mal posso esperar para está beijando assim também. ― Fred falou sem tirar os olhos da pista.

― Nem eu, faz bastante tempo que não beijo. ― Encarei a Laura sem acreditar. ― O que foi amiga?

― Semana passada você estava aos beijos com o entregador de pizza. ― Ela corou fazendo eu e o Fred rir.

― Ele era bonitinho.

― Aqui estão suas bebidas. ― O barman colocou na nossa frente.

Até que foi rápido.

― Quem pegar mais homens ganha. ― Laura diz.

Brindamos e viramos a bebida muito rápido, sim, queremos ficar bêbados.

― Isso é gostoso demais. ― Digo ao sentir o gosto.

Começo a balançar a cabeça no ritmo da música. Do nada começou a tocar uma música bem maneira.

― Irei dançar. ― Aviso a eles dois.

― Vai lá gostosa!

Desço do banco e vou indo para a pista de dança, deixo o som da música me guiando. Começo a passar a mão pelo meu corpo e mexo meu quadril sem me importar com as pessoas, rebolo de um jeito provocante e mais uma vez passei as mãos pelos meus seios e dou uma apertada de leve.

Sinto minha pele se arrepiar.

Que sensação é essa?

Talvez seja a bebida. Volto a dançar e sem perceber acabo encostando minhas costas em um peitoral.

O que?

Uma enorme mão agarrou a minha cintura e isso quase me deixou de perna bamba. A respiração ofegante dessa pessoa no meu ouvido tá deixando a minha pele arrepiada.

― Continue dançando.

Puta que pariu!! Que voz rouca é essa caralho? Chegou a deixar minha boceta piscando.

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