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Capítulo 5

19:30 ― Casa dos irmãos Foster ― EUA ― Nova York.

Sexta-Feira.

Christopher Foster.

Descemos do carro ao chegar na nossa casa, os seguranças curvam em respeito para nós. Ignoro e sigo para dentro, a empregada chefe logo se aproxima com um pouco de medo.

― Bem vindos, chefes. Gostariam de jantar agora? ― Acho graça o seu medo.

Aproximo dela e vi que ela se encolheu mais ainda, sem conseguir me conter abro um enorme sorriso.

― Christopher, deixe a empregada em paz. Vai acabar a matando de medo.

― Você está apavorada? ― Ela negou várias vezes com a cabeça. ― Responda.

― N-N-Não.. Senhor. ― Passo a mão em seus cabelos.

― Que bom, porque se você estivesse assustada comigo. ― Me inclino até o seu ouvido. ― Eu teria que a matar por isso.

Seguro a risada ao notar seus olhos lacrimejarem.

Isso é tão divertido.

― Irmão. ― Olho por cima do meu ombro e vejo o sorriso malicioso no Elijah. ― Pare de assustá-la.

― Tudo bem. ― Agarro seu queixo fazendo me encarar. ― Não estou mais com fome.

Ela rapidamente saiu da nossa presença como o diabo fugindo da cruz.

― Vá se arrumar.

Sorri e fui indo para o meu quarto no andar de cima.

Meu nome é Christopher Foster, tenho trinta e oito anos e sou o segundo herdeiro da máfia. Muitos tentaram me matar, porque se eu fosse morto não teria o próximo na liderança. Quando o nosso pai estava vivo, vivíamos sempre na base de treinamento, tínhamos que aprender a suportar a dor e também lidar com venenos. ― Elijah e eu treinamos muito até o nosso corpo não aguentar, hoje estamos cheios de cicatrizes e traumas.

Não confiamos em ninguém a não ser nós mesmos, fomos criados para não ter fraquezas. Muitos achavam que o nosso pai amava a nossa mãe, ele só precisava que ela desse filhos, não ligava para os sentimentos dela. Essa é a vida de quem está na máfia, não amamos ninguém, se um dia sentirmos algo assim, teremos que eliminar esse mal pela raiz.

Nossa família está cheia de traidores e por isso não podemos confiar em ninguém. Eu e o meu irmão acreditamos que o nosso tio foi a causa da morte do nosso pai, já que ele quer nos matar para tomar a nossa máfia.

Ele está muito enganado se acha que vai conseguir nos derrotar, muitos tentaram e falharam. Fomos criados para matar, criados para não ter sentimentos ou hesitar na hora de eliminar alguém. ― Meu irmão é pior do que eu, Elijah não gosta muito de falar de si mesmo, mas quando ele fica irritado não tem ninguém que o acalme.

Todos acharam que o meu querido irmão era fraco, ele eliminou sem pena nenhuma o líder da máfia chinesa. Agora eles nos pertencem, temos informantes em todos os lugares,ninguém pode esconder nada de nós.

Entro no meu quarto já indo em direção ao banheiro, necessito de um banho por esta fedendo a sangue, mas antes de ir tiro a minha arma da cintura colocando na cama. Começo a tirar as minhas roupas e jogando no cesto de roupas sujas, as empregadas sempre sofrem para retirar as manchas de sangue das minhas roupas.

Adentro o box e ligo o chuveiro.

Ah, eu realmente estava precisando disso.

Ensaboo o meu corpo e vejo o sangue seco sair da minha pele.

Às vezes o cheiro de sangue é bom, mas depende da vítima. Lavo meu cabelo e depois enxáguo, tirando o sabão do meu corpo. ― Desligo o chuveiro e inclino para pegar o roupão no cabide, visto e ando até a pia para escovar os meus dentes.

Faz uma semana que eu não faço sexo, tanto trabalho, tantas pessoas para torturar que nem tive chance de me divertir com alguém.

Termino de escovar os dentes e já vou saindo do banheiro. Abro o meu closet e começo a observar as minhas roupas.

― Qual roupa devo ir? ― Pergunto a mim mesmo.

Escolho uma calça social preta, uma camisa também preta, e para completar uma jaqueta de couro preta.

Eu amo a cor preta. Mas eu adoro a cor vermelha escorrendo pelas minhas mãos.

Começo a me vestir tranquilamente, jogo o roupão em cima da poltrona e caminho até a mesa onde tem as minhas coisas. Arrumo meu cabelo deixando-o bem elegante, ponho o relógio e passo perfume no meu pescoço e um pouco na roupa. Vou indo até a casa pegando minha arma e colocando no coldre da minha cintura, temos que ir preparados para tudo.

Pego tudo que é necessário e vou saindo do quarto, desço os degraus e vejo meu irmão no celular.

― Demorou. ― Sorri para ele.

― Sorry. ― Revirou os olhos.

Observo sua roupa.

― Está bonito, irmão. ― Ele riu de leve.

― Sempre estou bonito, irmão.

― Narcisista. ― Ele deu de ombro.

― Pense o que quiser. Agora vamos que estou afim de beber bastante hoje.

Saímos da nossa mansão e o Henry já está nos esperando.

― Iremos para a boate principal. ― Digo e ele acena com a cabeça.

― Sim, chefe.

Entramos no veículo e cruzo as pernas.

― Iremos dividir a garota? ― Pergunto, porque sempre temos o costume de dividir a mesma garota entre nós.

― Como sempre. ― Sorri com isso.

― Coitada dela, vai ter dois monstros insaciáveis por sexo. ― Ele riu pelo nariz.

Mal posso esperar para encontrar a nossa pressa de hoje.

****

21:20 ― Paradise Garage ― EUA ― Nova York.

O Henry abriu a porta do carro para nós e logo descemos.

― Ainda está cedo e vejo que já está bem animado lá dentro. ― Digo ao ouvir as gritarias das pessoas.

― Sim, deve está bem agitado lá dentro. Vamos indo.

Fomos indo para dentro da boate, os seguranças assim que nos viram rapidamente abriram a porta. Vimos que o lugar está bem cheio e muito agitado, tem bastante pessoas dançando e bebendo no bar.

Passamos pelas pessoas e fomos indo até o sofá vermelho que fica de frente para a multidão. Sentamos e logo veio o garçom, percebi o pavor em seus olhos.

― Iremos querer whisky com gelo. ― Digo desviando o olhar dele.

― S-S-Sim, senhor.

Muitos nos conhecem aqui por termos matado o chefe que escolhemos para cuidar desse lugar. Ele foi ganancioso e não cuidou muito bem daqui, então o matamos na frente de todos os funcionários. ― Logo o garçom veio com os nossos copos.

― Aqui, chefes.

Pegamos o copo e bebemos.

― Isso está bom, bom trabalho. ― Elijah o elogia o fazendo suspirar de alívio.

― Obrigado, chefe.

Cruzo as pernas e começo a observar o local, dou dois goles na minha bebida.

― Irmão. ― A voz do meu irmão parecia um pouco ofegante, olhei rapidamente para ele.

― O que foi? ― Pergunto um pouco preocupado.

― Olhe para frente. ― Fico sem entender, mas obedeço.

Senti o ar fugir dos meus pulmões ao ver aquela beleza dançando.

― Puta que pariu!! Que deusa é aquela? ― Pergunto sem conseguir tirar os olhos dela.

Vimos ela rebolando até o chão.

― Porra! ― Escuto meu irmão falar.

Ela se virou e vimos o rosto dela.

― Caralho!! Que mulher linda da porra! ― Digo sentindo o meu amiguinho despertar.

― Ela tem que ser nossa, irmão.

Pela primeira vez eu vejo meu irmão agindo assim. Mas tenho que concordar com ele.

Ela tem que ser nossa.

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