Capítulo 4
19:30 ― Galpão ― Porão ― EUA ― Nova York.
Sexta-Feira.
Elijah Foster.
Observo meu irmão torturando o traidor que ousou nos trair.
― Quem foi a pessoa que você passou as informações!?
Christopher está mais de duas horas torturando esse filho da puta, estou surpreso por ele não ter aberto a boca para falar.
Cruzo as pernas sem tirar os olhos do corpo do Taylor.
― Elijah, ele não quer falar. O que devo fazer? ― Sorri ao ver um grande sorriso maligno em seus lábios.
― Faça o que quiser com ele, irmão.
O vejo caminhar até a mesa de ferramentas, seus olhos chegam a brilhar de malícia ao ver agulhas bem grossas.
― Isso vai servir.
Voltou até o corpo quase morto do Taylor.
― Você ainda não vai morrer, Taylor.
― N-N-Não.... Vai.. Conseguir nada.
Passo a língua nos lábios.
Ele vai falar, Christopher consegue arrancar informações de qualquer um.
― Você deveria ter confessado a duas horas atrás, Taylor. ― Digo chamando a sua atenção. ― Porque mesmo que você não fale nada agora, iremos cuidar dos seus machucados e continuar te torturando até eu me cansar de você. ― Sorri como alguém que não quer nada.
Levantei da cadeira e fui me aproximando dele.
― Essa vai ser sua última chance. ― Seguro seu rosto com força. ― Quem foi a pessoa que você entregou as informações?
Ele cuspiu no meu rosto. Christopher me entregou um lenço e limpo onde ele cuspiu. Olhei para ele com muita raiva, sem pensar duas vezes o agarrei pela nuca e penetrei meu dedo em seu olho esquerdo o fazendo gritar de dor e agonia. Girei meu dedo e isso o fez bradar mais ainda pela tortura.
― Eu continuei tendo paciência com você. ― Puxei meus dedos vendo o estrago que causei em seu olho.
O sangue escorria sem parar.
― Traga a garota. ― Limpo minha mão com o outro lenço.
Thomas trouxe a namorada desse desgraçado.
Christopher começa a rir ao ver o desespero dele.
― Vai confessar quem foi a pessoa que você trocou informações? Ou vamos ter que matar sua linda namorada?
Ando em passos lentos até a garota, tirei do meu paletó um charuto e rapidamente o Thomas acede.
― Continue torturando, irmão. ― Ordeno sem tirar os olhos da garota.
― Com prazer.
Dou um enorme trago no charuto.
― Erga o rosto dela.
Dylan o irmão do Thomas puxou o cabelo dela para trás, isso fez ela erguer a cabeça.
― Sabe porque está aqui? ― Via o medo em seus olhos. ― Seu namorado fez uma merda enorme.
Escutei o grito de dor do Taylor e virei para ver o estrago que meu irmão fez. Seu nariz está com mais de dez agulhas, isso é uma grande tortura. ― Virei para a garota e as cinzas do charuto eu derrubo em seu rosto, ela começa a chorar e isso me satisfaz bastante. Como a sua boca está com a fita, ela não pode gritar.
― P-P-P-P-Por...Favor. ― Implora.
Virei para encará-lo.
― Está pedindo por favor? ― Sorri.
Chutei o rosto da sua namorada o fazendo clamar por piedade.
― P-P-Por favor.... E-E-Eu.... Eu digo. ― Ele começou a tossir.
Andei até ele e fiquei parado na sua frente.
― Diga.
― Me...Me prometa.. Não a machuque. ― Olhei de relance para o Christopher que sorriu.
― Nós prometemos.
Ele olhou para o chão e o seu sangue descia sem parar. Logo ele vai morrer.
― F-F-Foi seu tio.
Soco sua cara com muita raiva.
― Seu desgraçado de merda!!
Christopher se aproximou da garota.
― Bye!
Ele tirou sua arma da cintura e atirou na cabeça dela.
― Não!!!! Seus malditos!!!! V-V-Vocês prometeram!! ― Começou a chorar.
Isso me fez rir.
― Nunca confie em um mafioso! ― Christopher atira na testa dele.
Suspirei.
― Isso cansou demais. ― Dou as costas para o cadáver do Taylor. ― Queime seus corpos.
Ordeno para irmãos Jonas.
― Sim, chefe!
Saímos do porão.
― Parece que ele começou a agir, irmão. ― Christopher falou de repente.
― Ele acha que vai conseguir a máfia americana, esse idiota não faz ideia do que somos capazes de fazer.
Meu nome é Elijah e eu tenho trinta e nove anos, sou herdeiro da máfia americana e se eu morrer, meu irmão se torna o novo líder. Meu pai foi assassinado quando eu tinha vinte anos e o Christopher dezenove, assumi muito cedo a liderança e por causa disso, muitos me achavam incompetente. Confesso que não estava preparado para isso, ainda tinha muito o que aprender, mas infelizmente a vida tirou o nosso pai e tornei-me o chefe da maior organização criminosa dos Estados Unidos.
Tenho muito inimigo pelo o mundo todo, fomos criados para não ter nenhuma fraqueza. Porque isso é algo que nos torna fraco. Jamais teremos uma fraqueza, se alguém ou algo se tornar, temos que eliminar o mais rápido possível. ― O irmão do meu pai quer a máfia americana para si, ele sempre desejou ser o líder, acredito que ele foi a causa da morte do nosso pai.
O desgraçado do nosso tio é o líder da máfia italiana, soube pelos nossos espiões que ele nem cuida direito da sua organização. Não quero atacar ele agora, irei primeiro brincar com a sua santidade, tirar tudo que ele ama, no caso o seu poder.
― O que está pensando? ― Encarei meu irmão que está me observando.
― Como brincar com aquele filho de uma puta. ― Ele riu.
― Estou louco para o torturar.
― Você vai ter sua oportunidade, irmão.
Subimos para o nosso escritório.
― Vamos para a nossa boate, estou afim de foder alguém. ― Diz ao se sentar no sofá.
Sentei na cadeira já pegando meu charuto.
― Pode ser, estou muito estressado. Talvez foder alguém me alivie muito.
― Vamos para casa. Estou faminto depois de ter torturado aquele infeliz por duas horas.
Apago meu charuto e me levanto da cadeira.
― Vamos!
Saímos do nosso escritório e vimos os nossos capangas.
― Estamos indo, qualquer informação sobre o maldito do nosso tio, eu exijo que nos fale!
― Sim, senhor!! Tenham um bom descanso, chefes!! ― Curvaram suas cabeças em sinal de respeito.
― Cuidem de tudo aqui. ― Christopher ordena para os irmãos Jonas.
― Sim, chefe! ― Respondeu o Thomas com respeito.
O Henry é o nosso motorista, entramos no carro e sem perguntar nada, ele deu a partida.
Cruzo as pernas e observo os movimentos do lado de fora da janela.
Mal posso esperar para por as mãos naquele maldito.