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Lucas narrando
Lá fora estava chovendo bastante, e Ana não parava de reclamar e falar o quanto burro eu fui de ter mudado a rota.
Quer saber na moral essa menina já está me tirando do sério.
- E agora e se alguém entra aqui dentro e nos mata - Ela falava andando de um lado para o outro - Vai saber quem é o dono disso aqui, e eu sou muito nova para morrer.
- Chega Ana - Eu falo - Tenta dormir um pouco que amanhã cedo deve passar alguém por essa estrada.
- Dormir ? - Ela abre um sorriso debochado - Sério que você quer que eu durma com essa porta apenas encostada? E se você dorme também? E se alguém entra aqui? Isso tudo e sua culpa - Ela não parava de falar um minuto e eu só sabia um jeito de acabar com isso , seguro o seu braço e ela me encara - Oque você está fazendo? - Eu pucho ela para perto de mim e selo nossos lábios em um beijo,no começo ela não corresponde e tenta se soltar , mas eu agarro ela pela cintura forte com uma mão e a outra nos seus cabelos e no final ela acaba cedendo um beijo.
- Você ta maluco? - Ela diz me dando um tapa no rosto - Quem você acha que é para me agarrar e me beijar desse jeito?
- Você não calava essa sua boca foi o único jeito que achei de você ficar queta - Eu falo passando a mão pelo meu rosto.
- Você nunca mais faz isso - Ela diz cruzando os braços e sentando um pouco distante de mim.
- Você sabe que você fica linda me beijando - Eu falo para ela que me fuzila com o olhar.
- Você é um idiota Lucas - Ela diz e eu começo a rir.
E não é que a patricinha mimada sabia beijar bem, e que beijo. Eu me perderia inteiro bem fácil nela.
Se Henrique imaginar uma coisa dessa ele me mata, saio dos meus pensamentos quando a mesma começa gritar sem parar.
- UMA BARATA - Ela grita e salta por cima de mim.
- Olha eu já entendi que você quer me agarrar então não precisa arrumar desculpa - Falo para ela que envermelha toda de raiva - primeiro esbarrou em mim e caiu e agora salta por cima de mim com medo de uma barata.
- Seu desgraçado - Ela diz saindo do meu colo depois que conserteza sentiu o meu amigo duro , mas não consegui controlar ele não - Você é um tarado Lucas.
- Você quer que eu mate a barata ou não? - Falo levando a atenção dela para o bicho de novo e a barata começa a voar em direção a nos e ela se joga atrás de mim agora.
- Mata mata mata - Ela começa a falar desesperada .
- Pronto sua surtada - Falo para ela deppis de matar a barata - Se eu soubesse que seria ta o bom assim já tinha me perdido outras vezes com você - Falo rindo e a mesma vem para cima de mim me batendo - Calma aí Ana - Digo segurando os seus dois braços.
- Você é um louco Lucas - Falo - Paga de santinho mas não vale nada - Ela diz tentando me chutar mas prenso ela contra a parede.
- Se você não se acalmar eu não te solto - Eu falo para ela que acaba se desarmando aos poucos.
- Me solta por favor - Ela diz e eu a solto e ela abaixa os braços - Você me machucou.
- Foi sem querer - Eu falo - Desculpa.
- Tudo bem - Ela fala se sentando em qualquer coisa que tinha por ali - Só estou com medo, nunca passei por isso.
- Vai ficar tudo bem - Eu falo para ela
- Não conta para ninguem oque rolou aqui e você também não me beija mais - Ela diz e eu assinto.
Mal ela sabe que tudo que eu queria era beijar ela o tempo todo, Depois que eu provei o beijo dela parece que já viciei no primeiro beijo. Balanço a cabeça para afastar esses pensamentos,eu só podia estar louco eu e ela se odiamos.
Ela me encarava o tempo todo e eu a encarava também.
- Meu celular tem rastreador - Ela diz e eu arqueio a sombrancelha - Meu pai já deve estar me procurando .
- Do Jeito que Henrique é ele já deve estar a caminho - Eu falo. - Daqui a pouco ele deve chegar.
Não demorou muito e o cansaço venceu ela, ela acabou adormecendo toda torta encima de algo, Vou para perto dela e pucho ela para deitar nos meus braços,e ela nem percebe que eu mechi nela, me ajeito encostando as costas em algo e fico com ela ali, a mesma que se envolve em meus braços e acaba adormecendo tranquila.
(..)
- Que cena em - Acabo abrindo os olhos com as vozes que tinha ali e dou de cara com Henrique, Diogo, Greco,Tuio, Mané e Clau nos olhando, logo Ana abre os olhos também é quando percebe que estava em meus braços levanta em um pulo e começa a surtar. - Parece até um casal. - Diogo fala fazendo a fúria da doida aumentar.
- Seu desgraçado eu vou te matar - Ela fala para mim mas Greco segura ela. - Eu te odeio. - ela gritava
- Deu Ana - Henrique diz - Vamos conversamos todos em casa.
Greco me joga um olhar e eu nego com a cabeça e ele abre um sorriso de canto.
Entramos todos no carro, e Ana sentou ao lado do Henrique, se ajeitou em seu colo e acabou dormindo.
- Espero que não tenha acontecido nada - Henrique diz
- Não aconteceu nada pai - Eu falo para ele que me olha desconfiado - Ofereci carona para ela, estava trânsito o GPS mandou por outro caminho e a gasolina acabou.
- Espero que seja apenas isso mesmo - Ele diz e eu assinto com a cabeça e desvio o meu olhar lá para fora.Ana narrando
A minha vontade é de matar o Lucas, como eu fui parar em seus braços? Sendo que eu dormi no banco.
Entramos no carro e todos não trocaram nenhuma palavra , mas o clima estava estranho, e nenhum dos três eram burros e deveriam imaginar que algo tinha acontecido ali.
Me ajeito no colo do meu pai e acabo adormecendo com a cabeça em seu peito, eu sempre gostei de dormir no peito do meu pai desde pequena, e ele sempre disse que era assim que a minha mãe dormia também. Acabo sonhando com o beijo de Lucas , aquele momento não saia da minha cabeça.
- A ai que raiva - Dou um pulo no carro e acordo reclamando da vida.
- Oque houve? - Meu pai pergunta
- Eu tive um pesadelo apenas isso - Digo furiosa, eles se encaram mas ficam em silêncio.
Volto a deitar no peito do meu pai, mas acabo ficando acordada.
- Meu deus vocês estão bem - Minha mãe aparece apavorada
- Nós rezamos tanto para que vocês estivessem bem e vivos - Isa diz
- Credo Isa - Lucas fala - Já estavam pensando no pior.
- Também vocês dois somem assim do nada - Greco fala
- A onde vocês estavam? - Isa pergunta
- Esse Palerma do seu irmão seguiu o GPS e se perdeu e ainda deixou faltar gasolina no carro - Eu falo e Lucas fecha a cara.
- Se você não tivesse reclamado o tempo todo só trânsito eu não iria precisar entrar no atalho - Lucas fala
- Agora você quer colocar a culpa em mim? - Eu falo
- CHEGA OS DOIS - Henrique grita fazendo nos encarar - Não quero saber quem é o culpado, o importante é que vocês dois estão bem - Eu bufo - Os dois para dentro, vocês precisam tomar um banho e comer alguma coisa.
Entro para dentro de casa e vou para o meu quarto , tomo um banho e troco de roupa.
- Filha - Minha mãe diz entrando no quarto - Será que podemos conversar?
- Claro mãe - Falo sentando na cama
- Rolou alguma coisa entre você e o Lucas essa noite? - Ela pergunta.
- Não mãe jamais - Eu falo - Imagina só eu e ele juntos, fala sério - Digo para ela que continuava me encarando.
- Você sabe que pode confiar em mim né? - Ela fala
- Eu sei mãe, mas não aconteceu nada - Eu falo e é ela assente - ele estava indo para a loja da Isa, e eu também, me ofereceu carona e eu aceitei, e acabamos se perdendo, a bateria acabou dos dois celulares e acabamos achando aquela casa e passamos a noite lá apenas - Eu falo.
- Seu pai falou que encontraram vocês dois dormindo juntos - Ela fala
- Ele deve ter me abraçado a noite porque eu dormi no banco - Ela faz uma cara de desconfiada - Estou falando a verdade mãe.
- Tá bom então Ana - Ela diz se levantando - Vamos comer alguma coisa vamos.
- Ele me beijou - Eu falo assim que ela se vira de costa, eu não conseguia esconder nada dela, nada mesmo, eu e ela sempre fomos bastante amigas - Mas ele disse que foi só para calar a minha boca - Ela dar um sorriso de canto - E meu pai não pode ficar sabendo e isso também não vai mais acontecer e eu não gostei do beijo, eu odeio ele.
- Acho que você respondeu todas as minhas perguntas - Ela diz - Vamos lá vamos - Eu assinto com a cabeça.
Na mesa estava todo mundo, os cafés da manhã eram bem agitados, quando não era na nossa casa era na casa da Isa ou da tia Marina.
- Ainda bem que vocês tem rastreador no celular -Tia Marina diz me abracando. - Fiquei muito preocupados.
- Estranho os dois sumirem juntos - Junior fala e todos encaram ele - Oque é? Os dois se odeiam e aí do nada somem juntos.
- Cala boca pirralho - Lucas fala para ele
- Eu só sou dois anos mais novo que você - Ele diz para Lucas que fuzilava ele.
- Parou sem discussão na mesa - Camila fala para eles que assentem.
- Bom dia família - Laura diz sentando na mesa - Apareceram as duas margaridas, aposto que deveriam estar em algum motel.
- Sério não dar para ficar aqui - Digo me levantando mas meu pai me olha.
- Senta aí Ana - Ele fala - Esta nervosa porque ? - ele pergunta e eu o encaro - cara feia para mim é fome, então senta aí e come para resolver o seu problema - Bufo.
- Podemos ter uma refeição em paz? - Tio Diogo pergunta e todos ficam em silêncio.
Meus olhos encontram os de Lucas que me olhava, mas logo desvio já que Henrique nos encarava sério, é acabo engolindo um seco.
- Lucas e Ana quero os dois no meu escritório depois que terminarem aqui - Henrique fala se levantando e saindo da mesa.
- Só oque me falta - eu sussurro
-
Boa noite !!
Ana narrando
Levanto da mesa e vou em direção ao escritório do meu pai junto com Lucas.
- Não vamos contar do beijo - Ele sussurra para mim
- Tá com medo é? - Falo para ele
- Não - Ele diz - Só não quero estragar a minha reputação, imagina se ficarem sabendo que eu beijei uma patrícinha que nem você.
- Você está pedindo para morrer seu desgraçado - Eu falo para ele
Bato na porta do escritório e logo ele manda nos dois entrarem.
- Pronto estamos aqui - Falo para ele com cara de tédio.
- Eu não quero mais que isso se repita nunca mais - Ele diz - Se meterem em um lugar que vocês não sabem a onde fica , por mais que o GPS mande - Nós dois assentimos - Se não tivesse rastreados no seu celular estaríamos que nem loucos procurando vocês dois até agora.
- Desculpa pai - Lucas fala - Isso não vai mais acontecer.
- Acho bom mesmo - Ele diz - Principalmente arrombar uma casa, e se fosse o dono chegando e eles atiravam em vocês dois ?
- Calma pai está tudo bem - Eu falo para ele.
(...)
Depois do sermão do seu Henrique eu fui até o meu quarto e acabei adormecendo por algumas horas, quando acordei já era quase 16h.
Me olho no espelho e me pego pensando na aquele beijo.
Flash Black on
- Você sabia que você tão linda me beijando - Ele disse para me provocar.
Flash Black off
Me pego sorrindo lembrando dos seus lábios no meu , tenho que admitir que o beijo dele era maravilhoso. Não tinha ficado com muitos garotos, mas de todos, o beijo dele era o melhor.
Pego meu telefone e tinha uma mensagem de Lavinia.
Lávinia: E aí vocês se pegaram ou não?
Eu: não né menina , você tá louca? Eu pegando o desgraçado do Lucas.
Lavinia: mas bem que você queria né
Eu: Passo a vez amor.
Lavinia: vamos em uma festa hoje?
Eu: sua mãe deixou?
Lavinia: É claro que sim
Eu: Vou ver aqui e te falo.
Lavinia: ok.
Saio procurando pela casa o meu pai ou a minha mãe, e encontro os dois sentados na sacada, meu pai acariciava a barriga dela e sussurrava algumas coisas em seu houvido, e ela sorria para ele, era muito bonito ver os dois juntos, o amor deles eram tão lindo.
- Meu Deus vão para o quarto - eu digo entrando e sentando no meio dos dois que ficaram me encarando - O que é? - coloco a minha cabeça no colo da minha mãe e os meus pés encima do colo do meu pai.
- Folgada menina - Meu pai diz e eu começo a rir, e minha mãe começa a fazer Cafune.
- Eu vou dormir assim - eu falo para ela
- Se dormiu até agora Ana - Ela diz
- Mas eu passei a noite acordada - eu falo e meu pai me encara arqueando a sombrancelha.
- A é passou a noite acordada mesmo - Ele diz irônico.
- Henrique - minha mãe chama a sua atenção.
- Tinha barata na aquele lugar e eu passei a noite toda gritando - Eu falo
- Gritando? - Ele pergunta
- Ana fica queta que você só vai se complicar - Minha mãe diz
- Vocês acham que eu nasci ontem - Ele diz
- Pai não aconteceu nada - eu falo - Você acha que eu iria ter a minha primeira vez com aquele lesado? - Ele me encara e começa a rir e minha mãe me cutuca - mas tô falando a verdade, só na cabeça de vocês para acharem que nos iria se envolver.
- Ana eu já tive a sua idade - meu pai diz - e eu sei muito bem como funciona isso.
- E como você consegue lembrar ainda ? - eu pergunto rindo e fazendo ele me e encarar sério.
- Você está me chamando de velho guria ? - Ele diz - me respeita - Minha mãe começa a rir
- Agora você feriu os sentimentos dele - Minha mãe diz
- vocês duas são iguais - Ele diz e ele começa a fazer cócegas no meu pé.
- Para pai - digo gargalhando alto - Paraaaaa - eu dizia mas ele continuava.
- Deu vocês dois - Minha mãe diz.
Dona Marli entra com uma bandeja de coisas para comer.
- Aqui Ana para você já que você não almoçou - ela diz sorrindo - e para você também Camila.
- Eu já disse que te amo ? - Eu falo para ela que começa dar risada.
- Interesseira - Meu pai resmunga.
- Aprendi com você - Falo para ele que começa a rir. - Quando vamos poder saber se é menina ou menino?
- Daqui um mês ainda - Minha mãe responde
- Aposto que é mais uma menina - Eu falo
- É mais um menino - Ele fala
- É nada pai, e mais uma menina para te deixar bem louco - Eu falo para ele - Para terminar de deixar o senhor com cabelos brancos.
- Hoje você tá me tirando em Ana - Ele fala
- Se for uma menina eu posso entrar no parto com a minha mãe? - Eu pergunto e eles me olham - Por favor.
- Se for menina, se for menino o seu pai entra - Ela responde
- Vai ser menino - Ele fala
- Pai você sabe que eu amo você né? - falo para ele lembrando de pedir para ir na festa que eu já tinha até esquecido.
- Não sei o que é, mas é não - Ele fala
- Nossa que Grosso - Eu digo para ele
- O que você quer ? - ele pergunta e e eu abraço ele e beijo seu rosto e minha mãe começou a rir.
- Deixa eu ir em uma festa com a Lavinia? - fasso zoinho para ele que começa a rir - Aqui no copa cabana , por favor , por favor - Falo fazendo sinal de implorar com as mãos.
- Jesus que menina Interesseira - Ele fala - no máximo 3h em casa Ana - ele fala em eu assinto - Chegou 3:01 a porta vai estar trancada e você vai dormir lá fora.
-2:58 estou em casa - falo para ele que começa a rir - obrigada pai, eu amo você - encho ele de beijos e depois a minha mãe - Também te amo mãe.
Vou sair correndo e amo cabo caindo com tudo no chão, e é eles começam a rir.
- Ana vai devagar menina - Minha mãe grita
- Espero mesmo que seja menino - Meu pai fala e eu começo a rir.