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6

Lucas narrando

Depois que sai do escritório do Henrique eu fui para casa precisava descansar um pouco.

Tomei um banho e deitei pelado mesmo na cama, antes de pegar no sono me pego pensando na surtada.

Acabo que não consigo pregar o olho um segundo e acabo levantando, vou em direção a sala a onde Lavinia tentava convencer Greco de deixar ela sair para uma festa.

- Lucas vai comigo por favor - Ela ficou implorando

- Não estou afim não Lavinia - Falo para ela que bufa. - Estou bastante cansado e amanhã tenho plantão para fazer.

- Por favor pai - ela ainda tentava convencer Greco.

- Deixa ela ir Ricardo - Isa fala para ele - A menina já tem quase 16 anos , ela e a Ana vão saber se cuidar.

- A Ana vai? - Arqueio a sobrancelha interessado na resposta.

- Parece que o Henrique deixou - Isa diz - Camila acabou de falar.

- Sabe estou precisando sair um pouco mesmo - Eu digo - Só estou pensando no trabalho, só no trabalho, preciso me divertir um pouco, conhecer pessoas novas - Greco começa rir.

- Lucas - Isa me repreende - Ela é sua irmã Lucas.

- Ela não é nada minha não - Ele diz

- Meu Deus - Lavinia coloca a mão no rosto. - Ela vai te matar.

- Mata nada - Eu digo - Eu vou levar ela Greco, deixa ela ir.

- 3h quero todos em casa - Ele fala - isso é para você também Lucas.

- Pode deixar vou cuidar dela - Eu falo e ele assente. Lavinia sai da sala toda animada para se arrumar.

Isa senta na minha frente e começa a me encarar e já imaginava que lá iria vir um sermão da aqueles.

- Lucas - ela diz

- Isa - Eu falo

- Lucas se o Henrique descobre que você está de olho em Ana - Ela fala

- Deixa os dois Isa - Greco diz

- Isa eu não estou de olho em ninguém - Eu falo para ela - Eu e Ana nunca iríamos dar certo juntos e eu não iria pegar ela para ser mais uma em uma lista qualquer.

- Pelo menos você não é um cafajeste - Ela diz saindo da sala.

- Fala Lucas, vocês ficaram né? - Greco susurra e eu começo a rir

- Não aconteceu nada - Eu falo - Apenas abracei ela porque estava frio.

Ele apenas assente com a cabeça, e sai para resolver algumas coisas.

O que estava acontecendo eu não podia me interessar por ela, não mesmo. Depois de tantos anos um odiando o outro anos agora eu vou me interessar por ela? Jamais. Ana era muito diferente de mim, ela era uma patricinha mimada e egoísta, e não fazia o meu tipo nem um pouco.

(...)

- Esta pronta Lavinia? - Grito para ela

- Não precisa gritar jumento - Ela diz saindo parecendo o bozo

- Liberaram os palhaços do circo - Jonas diz assim que vê ela descendo.

- E você é um deles né - Lavinia diz mostrando a língua para o mesmo.

- Minha filha para que tanta maquiagem? - Isa pergunta

- Porque se eu passar vergonha ninguém vai me reconhecer sem maquiagem - Ela fala e Greco a encara fazendo uma careta debochada.

- Toma conta da sua irmã Lucas - Greco fala

- Pode deixar vou tomar conta das minhas duas irmãs - Eu falo

- Agora Ana é sua irmã? - Isa diz cruzando o braço.

- Qualquer coisa eu ligo - Falo para eles que assentem - Vamos patati - Chamo Lavinia que vai me chingando até o carro.

Paro na frente da casa de Ana, e ela vem em direção ao carro e claro toda arrumada, ao contrário de Lavinia, ela não tinha mergulhado o rosto dentro de uma panela de maqiiagem, e também ela nem precisava disso, ela era linda de qualquer geito.

- Deixa ela vir na frente - falo para Lavinia.

- Sério isso Lucas ? - Ela pergunta

- Deixo você beber na festa - Eu falo e ela assente.

Ela entra no banco de trás ao lado de Lavinia, saio fora do condomínio e paro o carro.

- Eu não sou uber não - Falo para elas - uma de vocês pode vir para frente. - Olho para Lavinia a fuzilando.

- Vai lá Ana - Lavinia diz quase jogando ela para fora do carro.

- Porque eu? - Ela diz entrando do meu lado.

- Porque sim, fica queta ai - Lavinia diz para ela que revira os olhos. E eu dou um sorriso de leve satisfeito com a situação.

Olho para Ana que me encarava mas logo desvia o olhar.

- Pronto chegamos Patati e patata - Eu falo para elas que fazem cara de tédio.

- O que é imitação do Didi moco - Ana diz saindo do carro .

- Hahahaha - falo debochado para ela.

Ana narrando

Estava achando estranho o fato de Lavinia e eu estar bebendo e Lucas não falar nada, ele até tentou, mas Lavinia falou alguma coisa em seu houvido e ele ficou queto.

Eu e Lavinia começamos a dançar todos os tipos de música que tocava. Eu sempre gostei de dançar desde pequena. Olho para o lado e observo Lucas que não tirava o olho de nós.

- Quanto será que meu pai deve tá pagando para ele ficar de olho em nós? - Falo para Lavinia que começa rir.

- Não sei se estou rindo de nervoso ou de alegria - Ela diz mas não entendo muito o que ela falou, e não dou muita bola para isso.

- Vou no banheiro eu já volto - Falo para Lavinia que assente.

A boate estava cheia, e tinha que passar esbarrando nas pessoas, até que encontro um banheiro em baixo da escada.

- Ei me larga - Falo para o carinha que estava podre de bêbado que me agarrou - Me larga seu nojento - Falo tentando dar uns tapas no cara.

- Calma é só um beijo - O cara diz

- Me solta - Falo dando um chute no meio das suas pernas e logo sinto que alguém pucha ele e mete um soco em sua cara e quando olho era Lucas.

- Você está ferrado seu desgraçado - Lucas fala para o cara metendo mais um soco na sua cara.

- Anda Lucas vamos - Eu digo puchando o mesmo que agarrava o cara pela gola da camiseta - Por favor Lucas vamos embora - Eu digo quase implorando ele me olha,olha para o cara e solta ele com tudo no chão.

- Você teve sorte dessa vez - Ele fala - Da próxima você não vai ter não.

- Vamos Lucas por favor - Digo segurando a sua mão , e ele agarra a mesma. - Cadê a Lavínia?

- Mandei ela de táxi para casa - Ele diz e eu o encaro - um amigo meu levou ela.

- Obrigada - Falo para ele

- Você tem que se cuidar Ana - Ele diz parando na frente do carro - Você é uma menina linda, com um corpão - Eu Arregalo os olhos - A culpa não é sua , mas você chama bastante atenção de qualquer cara e no mundo de hoje você tem que andar sempre se cuidando.

Eu pisco três vezes para entender oque o Lucas estava dizendo,e oque ele estava fazendo, Ele passava a mão pelo meu rosto, Ele parecia bastante inquieto, passava a mão pelos seus cabelos, e eu o observava atentamente.

- Vamos embora Lucas ? - Eu pergunto para ele que assente - Você não acha que é melhor irmos de uber, amanhã você pega o seu carro?

- Estou bem - Ele fala - Eu não bebi, consigo dirigir - Ele diz e eu assinto.

Entramos dentro do carro, e ele liga o som, ele estava indo de vagar de mais e estávamos em silêncio, e do nada ele começa a cantarolar.

- Por que não cola na minha boca esse sorriso?

Assume que eu sou o fim do seu juízo

Cê fala que me ama e na hora desmente

Mas se embaralha toda só de pensar na gente - Ele cantarolava junto com a música, e eu abro um sorriso de canto.

Ele anda até a praia e para o carro ali, eu fico olhando para ele que desce do carro.

- Você vai ficar aí dentro? - Ele diz e eu nego com a cabeça e desço também.

Começamos a caminhar pela praia em silêncio.

- Você poderia andar mais devagar né Lucas - Eu falo para ele - Não sou uma girafa que nem você.

- Nanica - Ele fala - toquinho de marajegui.

- Girafa das pernas compridas - Eu falo para ele que começa a rir- Ei Lucas - Eu chamo ele e ele me olha e eu dou um beijo nele - Quando paramos o beijo ele me olha sem entender nada, e eu também não entendia - Eu estou muito bêbada é isso.

- É você bebeu de mais mesmo - Ele fala andando com o carro quando o sinal abriu. - Eu sei que eu beijo bem

- Oi? - Eu digo para ele - Você é muito convencido.

- Você que me beija e eu que sou convencido - Ele fala

- Eu já disse Lucas que eu estava bêbada - Eu falo para ele

- Tava ? Porque agora não está mais - Ele diz - Eu não sabia que meu beijo tirava o álcool do corpo das pessoas.

- Você me irrita Lucas de mais - Eu falo para ele bufando - Eu quero chegar em casa hoje e não amanhã.

- Mas antes - Ele diz me puchando novamente e me beijando, as suas duas mãos estava no meu pescoço, enquanto eu cedi os seus beijos.

Paramos O beijo e nos encaramos em silêncio, a briga dentro dele deveria ser que nem a briga que estava acontecendo dentro de mim.

(..)

- Lucas assim vamos chegar lá só amanhã de manhã - Falo vendo o velocímetro que estava nem 50km/h.

- Eu preciso andar no limite da velocidade - Ele fala - Ou você quer que eu ganhe uma multa?

- Jura que você está preocupado com isso? - Eu falo para ele

- Ainda tem duas horas para voce chegar em casa - Ele fala

- Lucas me leva para casa agora - Eu falo bufando e ele não diz mais nada.

Ele para com o carro na frente da minha casa e eu desço ele tenta me beijar mas recuo o beijo e desço do carro.

- Agente se vê amanhã? - Ele pergunta e eu o encaro e saio andando negando com a cabeça, e não sei porque um sorriso bobo se abriu no meu rosto.

Entro dentro de casa bem devagar , e levo um susto quando vejo Henrique parado.

- Você não iria sair com a Lavinia e o Lucas ?- Ele pervunta

- Ia , mas ela passou mal durante a festa e foi embora enquanto eu estava no banheiro e não me avisou - Eu falo Pra ele

- E é por esse motivo que Lucas te trouxe para casa Depois da Lavínia chegar ? - Ele pergunta desconfiado

- E teria outro motivo pai? - Eu pergunto olhando para ele seria

- Vai dormir vai Ana - Ele diz - Que já passou da hora de você estar na cama.

- Eu não sou mais criança pai - Eu falo para ele

- Mas você vai continuar sendo sempre a minha bebezinha - Ele diz

-Paie - Eu falo para ele que começa a rir - E você sempre vai ser o meu herói - Digo abraçando ele - Te amo pai.

- Eu também te amo filha - Ele diz me dando um beijo na testa e olho para a escada a onde descia a minha mãe.

- Já chegou filha ? - Ela fala e eu assinto

- Boa noite mãe, te amo - Falo dando um beijo nela

- Boa noite filha - Ela diz

- Pela mor de Deus se forem fazer alguma coisa , tampa a boca da minha mãe pai Que eu quero dormir - Eu grito já lá encima da escada.

- ANA - Minha mãe diz e eu corro para o quarto rindo.Ana narrando

O despertador toca , e olho para o lado e vejo que era 6:00 da manhã, hoje eu tinha prova para entrar na faculdade para fazer. Tinha terminado o ensino médio no ano passado, e agora precisava fazer para ver se iria conseguir entrar ou não.

- Já está pronta ? - Meu pai pergunta assim que tomo o último gole do café.

- Você vai me levar? - Pergunto arqueando a sombrancelha .

- Sim, Tem algum problema ? - Ele fala e eu nego com a cabeça - Então vamos.

Eu sempre tive uma relação muito boa com meu pai, de nós três , eu era a mais apegada com ele, Laura e Davi não eram tão apegados a sentimentos, eu era.

- Me deseja sorte - Falo para o meu pai assim que dou um beijo em seu rosto.

- Boa sorte filha - Ele fala me abraçando.

Encaro a prova na minha frente eu tinha estudado muito para isso, tudo que eu queria era passar, ou tudo oque o meu pai queria . Eu era a irmã mais velha de agora três irmãos , já que tinha mais um vindo por aí, sempre fui dada como exemplo. De nos três eu, LAURA E DAVI, eu era a que tinha a melhor relação com os meus pais, a única que conversavava, que brincava sempre, Que estava ali perto sempre.

Laura era mais queta, mais tímida, e Davi, Davi ele era uma criança ainda, um menino levado que adorava aprontar todas e que deixava minha mãe e meu pai de cabelos em pé,mas ainda assim ele era bastante reservado. Dos três eu sempre fui a mais agitada, A mais bagunçada, a que perde o amigo mas não perde a piada. E era por isso que eu sempre achava que eu tinha que ser a melhor em tudo, o sonho do meu pai era me ver formada, médica, e trabalhando em uma clínica particular, mas será que era isso que eu queria?

Por um ano fugi de todas essas responsabilidade me refugiando em uma coisa que não era certo, até Lucas me jogar tudo na cara,me colocar de volta a realidade e me mostrar que fazendo isso eu não daria orgulho a ninguém.

Mas será que fazendo algo que eu não quero eu iria dar orgulho para alguém? Eu iria ter orgulho de mim mesmo?

- Já terminei a prova - Digo entregando para o professor que assente olhando para a mesma.

(..)

Ando pelo calçadão de copa cabana, pensando na vida, ou pensando nele, como pode depois de anos agora alguém que você odiava não sair da sua cabeça? Parece que de uma hora para outra, Os meus sentimentos mudaram, mas eu sei que eu não queria admitir isso e ele também não.

Durante anos eu e Lucas se odiamos, até empurrar ele de cara em um chiqueiro eu empurrei, ele já quiz me afogar na praia, e eu ameacei jogar ele da janela. E de uma hora para outra, estávamos se beijando, e ele não saia da minha cabeça.

Olho para o lado e vejo uma viatura, estreito os olhos , quando eu reconheço ele vestido de farda, Lucas sempre foi uma pessoa sonhadora, querendo fazer algo honesto na sua vida. Sento e observo ele que cumprimentava a todos na rua e principalmente as crianças.

O seu olhar encontra o meu no meio da multidão e ele sorri acenando para mim, e por um impulso sorrio de volta para ele e balanço a cabeça em sinal de negação.

Ele vem em minha direção junto com mais dois policiais, ele vem conversando com os caras.

- E ai como foi na prova - Ele pervunta para mim e eu ergo a minha sombrancelha para ele - Essa aqui e a filha do pai.

- A sua irmã ? - Um dos cara pergunta

- Não - Respondemos juntos

- Complicado isso - O cara fala - Vamos ali comprar alguma coisa para tomar e já voltamos - Eles falam e Lucas assenti.

- Você não me respondeu se você foi bem na prova - Ele fala

- Devo ter ido estudei para isso - Eu respondo

- Pela primeira vez estamos tendo uma conversa civilizada - Ele fala

- Você vai trabalhar o dia todo? - Eu pergunto

- Só mais algumas horinhas - Ele diz - Depois marquei de sair com a rapaziada.

- Ah sim - Eu falo - Eu preciso ir , foi bom te ver.

- foi bom me ver ? - Ele diz

- Modo de falar Lucas apenas - Eu digo me levantando e saindo de perto dele. - Só quiz ser educada com você,vai que me prenda por desacato.

- E você não iria gostar ? - Ele pergunta

- De que menino? - Eu falo para ele

- De ir ver as suas amigas lá dentro - Ele diz rindo

- fica queto antes que eu esqueça que você está fardado e te meta um tapa na cara - Falo furiosa

- Aí você vai presa - Ele diz - por agredir fisicamente um policial.

- Tchau Lucas - Saio bufando e batendo pé.

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