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Capítulo 05: Primeiro dia de casada:

Com a cabeça cheia, ela abraça uma almofada. Nesse momento seu telefone toca e ao olhar o visor, vê que é Lauro, ela desliga o telefone e coloca de lado. Mas ele insiste na chamada, com raiva e revirando os olhos, Ingrid atende.

“O que foi, hem?”

“Ingrid, onde está? Todos estão preocupados com você. A família esta louca querendo descobrir onde esta.” Lauro fala com uma voz triste.

“Lamento desapontar todos, eu estou bem, não morri.”

“Ingrid! O que está dizendo? Ninguém deseja sua morte, mas faz dias, que não aparece. Desculpe o que aconteceu… Não culpe Sandra, ela também foi uma vítima, eu bebi demais aquela noite, o erro foi meu…”

“Me poupe, Lauro! Sandra uma vítima? E eu, sou o quê? Diga Lauro, o que fui eu nessa palhaçada toda?”

Ingrid e Lauro se conheciam desde do nascimento e quando cresceram um pouco, fizeram um noivado infantil. Ingrid era sua noiva e quando crescessem iriam se casar.

Um silêncio, veio do outro lado da linha do telefone.

“Ingrid… eu…”

Quando ela estava para interromper, ouviu um choro lamentável do outro lado do telefone. Era um choro tão miserável que até ela queria consolar Sandra, confortá-la. Ela ouve a voz da irmã.

“Lauro!... Será que minha irmã não vai me perdoar? É tudo minha culpa!... Peça que ela volte, eu… eu vou embora, mas a convença a voltar…” Falou chorando em desespero.

“Sandra, não se culpe, já disse que a culpa é minha.” Lauro conforta Sandra, com Ingrid ouvindo a conversa.

Sentindo a garganta se fechar, ela desliga o telefone sem falar mais nada.

“Canalhas! O casamento já está arrumado, a família inteira concordaram com isso, Quem Sandra estava tentando enganar?” Fala segurando o telefone com força e sua cabeça tentava arrumar um novo plano. O telefone toca novamente. Era Lauro, mas Ingrid se recusou a atender e desligou para que não tocasse novamente. Ingrid se levanta para arrumar a cama, quando começou a dobrar os lençóis, viu manchas de sangue no lençol. Ela lembra que sua primeira vez, foi com o Demo, sua virgindade ela tinha perdido com ele.

Lauro sempre tentava avançar no namoro, mas ela se negava, queria esperar o casamento. Embora tenham crescidos juntos e até ficaram noivos na infância, o namoro era apenas beijos e abraços. Lauro tentou avançar algumas vezes, mas Ingrid queria esperar pela noite de nupcias. Como resultado de sua vontade, Lauro dormiu com Sandra, suspirando ela senta na cama pensativa. “Talvez se eles tivessem se tornados íntimos antes, Lauro não teria dormido com Sandra e ela não teria se casado com o demo e perdido sua virgindade com ele.”

Pensando nisso, ela reflete um pouco, pensando direito, Dominic quem tirou vantagem dela, ele estava sóbrio e a letra na certidão, não era a dele. Mesmo que seu nome estivesse nela. Um divórcio precipitado, seria mais uma derrota para ela, uma grande perda.

“Jamais! Nunca mais serei derrotada por ninguém.” Fala decidida.

Uma batida na porta, a deixa alerta.

“Quem é?” Pergunta com cautela.

“Senhorita, sou eu, Maria. Não deseja comer algo? Ainda não comeu nada.”

Ingrid está realmente com um pouco de fome. Na noite passada, bebeu sem comer e seu estômago estava vazio. Talvez seja isso, que ela ainda não melhorou e sente desconfortável, a cabeça não estava totalmente boa. Beber sem comer, de estômago vazio, ela não iria melhorar. Correndo até a porta, ela abre com um sorriso.

“Sim, eu estou com fome!” Fala para Maria.

Foi então que saiu do quarto fechando a porta atrás dela. Maria anda na sua frente, indicando o caminho. Foi quando ela reparou o lugar que estava morando. Um corredor imenso com tapetes macios e muitos quadros na parede, apesar de não entender de artes, as molduras ornamentadas com detalhes minuciosos, indicavam que se tratava de obras de arte, os quadros deveriam custar uma fortuna. Maria não vê seu rosto espantado. Enquanto anda, explica para Ingrid.

“A mansão tem seis andares, este é andar do senhor Dominic, com vários quartos. No quinto andar, fica a sala de música, estudo e também uma sala de reuniões, onde às vezes ele precisa trabalhar. No quarto andar, tem um ginásio e um cinema particular, no terceiro andar, ficam os quartos de hóspedes, no segundo andar é onde moramos e no térreo, fica a sala de jantar, sala de estar e a cozinha. Temos dois elevadores, um do senhor e o outro que usamos. Fala entrando com ela no elevador.

“Uau! Isso parece mais um hotel de luxo do que uma mansão, Estando em casa, significa que não precisa ir a lugar nenhum, faltou só uma loja de roupas.” Fala expressando o que pensa.

Maria sorri e olha para ela.

“Tem também uma piscina privada do lado de fora e um pequeno campo de golfe. O senhor Dominic tem um jardim privado, que é considerado o mais sofisticado e de flores raras do país. A senhorita pode visitar quando quiser, tem um jardineiro que lhe mostra todas as flores e esclarece se tiver dúvidas.”

Ingrid torce a boca. Ela nunca se impressionou com luxo ou riqueza, para ela, tudo era muito extravagante, se contendo ela fica calada. Maria, ao saírem do elevador, a leva direto para a sala de refeição. Onde vários empregados estão parados esperando por ela. Ingrid arregala os olhos ao ver tantos pratos na mesa, sendo que só ela vai comer.

“Isso é exagero! Não consigo comer tudo que fizeram! Ou mais alguém vai comer?” Pergunta em choque.

“Senhorita, por favor, sente-se aqui.” Falou puxando a cadeira para ela. Assim que ela se senta, Maria pega o guardanapo para arrumar diate dela.

“Não, não! Eu posso fazer isso sozinha.” Fala nervosa.

Maria assentiu levemente sem forçar nada. Ingrid pega os talheres e todos olham para ela. Ao colocar um pouco de comida no prato, ela se sente mal, depositando os talheres no lugar, fala com Maria.

“Aqui, não tem como pedir para saírem? Não estou acostumada com tantas pessoas me encarando enquanto estou comendo. Tudo isso é demais para mim.” Fala em um tom baixo.

“Claro senhorita.” Maria se volta para os funcionários. “Todos podem sair, vão trabalhar, eu mesma fico com a senhorita.”

A fileira de funcionários, fazem um gesto com a cabeça e saem em fileira, deixando a sala. Eles seguem para a cozinha. Ingrid solta um suspiro de alívio e olha sem graça para Maria.

“Desculpe, não preciso de tudo isso, da próxima vez, pode pedir algo simples, e não precisam ficar a postos, por minha causa.”

“Tudo bem, depois me passa o que gosta, vou pedir para fazerem, agora se alimente, por favor.”

Ingrid, aliviada, começa a comer tranquilamente.

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