Meu amigo, me casou com seu tio misterioso.

No clube, a música ecoava em alto volume, gerando um barulho ensurdecedor. Tanto homens quanto mulheres já estavam imersos no estado de embriaguez, movimentando-se freneticamente na pista sob a influência do álcool, tornando-se cada vez mais desinibidos, e a atmosfera tornava-se carregada.

No meio da agitação, Ingrid continua sua exibição animada e, com um sorriso zombeteiro, lança mais uma provocação ao seu companheiro: "E sabe de uma coisa? Que se danem as convenções sociais! Foda-se o amor de infância. Foda-se meu ex noivo e sua cadela. Não vamos nos prender a padrões chatos e antiquados! Vamos ser o casal mais selvagem e desinibido deste lugar!" Ela ri descontroladamente, misturando-se ao tumulto da festa. Seu companheiro, ainda envolto no clima de celebração, responde com um olhar cúmplice e um gesto de concordância, embarcando na improvável noite que promete.

"Beba logo! Dane-se o amor de infância! Foda-se meu ex-noivo! Quero que todos vão para o inferno, toda escória e, principalmente, o casal cachorro e cadela!" Ingrid vira todo o conteúdo do copo de uma vez.

"É isso aí, para o inferno, todos eles! Doce Ingrid, agora que estamos casados, cuide de você. Ah, não, o certo é, de agora em diante, eu, seu marido, vou cuidar bem de você", fala com a voz embriagada.

Ingrid solta uma gargalhada e coloca a mão no rosto de Lauro, apertando-lhe as bochechas.

“Pedro Monteiro, você disse que se casaria comigo quando eu tinha apenas 8 anos. Sabia que poderia queimar no inferno por contar mentiras? São tantas que perdi a conta.”

Lauro pegou a mão de Ingrid e a sacudiu, afastando-a do rosto.

“Você está bêbada. Eu não sou o Pedro, seu noivo mentiroso. Agora sou seu marido. Acabamos de nos casar, olhe para mim! Sou o Harvard, não esqueça disso. Sou seu marido agora.”

Ingrid esfrega os olhos, confusa e cambaleando.

“O quê? Então, você é meu grande cavaleiro de armadura branca, que salva a donzela em perigo.” Ela quase cai da mesa ao tentar se equilibrar.

“É isso aí, de agora em diante, eu, o grande salvador, sou seu marido, ok? Amanhã! Amanhã, vou te levar para encontrá-los. Ao ficar na frente daquele casal maldito, vamos esfregar a certidão de casamento na cara deles.” Harvard fala levantando o copo, que estava sobre a mesa.

Ingrid, ainda tentando entender, solta uma risada histérica. "Meu herói embriagado! Quem diria? E eu pensando que você era só mais um rosto bonito." Ela balança a cabeça, rindo mais.

Harvard acompanha a risada. "É, agora sou um rosto bonito e um marido. Vamos mostrar para todos que o amor vence, mesmo que tenha um cheirinho de álcool."

Ingrid, grita batendo em compasso, sobre o tampo da mesa, derrubando alguns copos, ela apressada, coloca no lugar dando risada.

Harvard que estava ajudando, sente o telefone vibrar em seu bolso, ao pegar, na tela estava escrito: Tio Dominic.

“Esposa, espere um minuto, eu preciso atender o telefone.” Harvard pega seu celular e bate várias vezes, tentando atender. Até que acerta o ícone verde.

"Ei tio! Meu adorável tio, tenho uma boa notícia para lhe dar! Eu me casei, agora sou um homem casado", fala Paulo com a voz enrolada.

“Paulo Harvard, andou bebendo novamente?” Uma voz masculina, baixa e perigosa, ressoa do outro lado da linha. “Não estou com tempo para seus devaneios. Você roubou meu cartão de seguro pessoal, volte imediatamente e o coloque de volta.”

“Que cartão?” Paulo pergunta atordoado, olhando em volta.

“Você está completamente bêbado! Em que lugar você está?”

“Eu… Que lugar é esse?” A mente de Paulo está uma confusão.

O barman, atento ao casal que já mostrava sinais de ter bebido demais, preocupado com a possibilidade de causarem tumulto no clube, após uma breve hesitação, aproxima-se da mesa e pega o telefone.

“Alô, aqui é o barman. Vou lhe passar o endereço.

“Ouviu isso? Temos um Batman aqui”, comenta, soltando uma risada.

“Deixa de besteira, vamos comemorar. Ei, garçom, traga mais uma rodada, é meu casamento.” Ingrid grita no salão, enquanto Paulo continua a beber animadamente ao seu lado.

Vinte minutos depois, uma frota de carros pretos estacionou na entrada do clube. Os seguranças apressaram-se para abrir as portas, e uma figura alta e imponente desceu, ajustando elegantemente seu terno.

Dominic Harvard, o atual presidente do Grupo & Grupo e também o herdeiro futuro da família Harvard, fez sua entrada. Na cidade, ele é uma figura proeminente, angariando seguidores em todos os lugares. Seu nome figura no topo da lista dos homens mais invejados e desejados pelas mulheres. No cenário empresarial, é impossível encontrar alguém que não conheça seu nome. Aos olhos de muitos, ele é um homem verdadeiramente onipotente.

Seu casaco negro exibia seu corpo escultural, seu rosto sem uma única falha, fazendo as pessoas admirarem sua beleza. O par de olhos de Dominic eram profundos e penetrantes, como se pudessem tirar a alma de quem ele encarava. Ele era uma pessoa por quem qualquer um estaria disposto a fazer tudo que desejasse.

Ao entrar no clube, imediatamente se tornou o centro das atenções. As mulheres no clube, ao vê-lo, prenderam a respiração e sentiram seus hormônios subirem, mas ficaram congeladas no lugar onde estavam; o rosto e o olhar frio de Dominic fizeram com que todos se calassem e só a música continuasse.

O barman que falou com ele prontamente se aproxima, um pouco receoso.

“Senhor, fui eu quem lhe passou o endereço. Vou te levar até o rapaz.”

Dominic caminha em direção à mesa próxima ao bar, ao seu lado uma garota está de costas, bebendo e agitando o corpo, visivelmente embriagada. As sobrancelhas de Dominic se franzem e ele olha para seu guarda-costas.

Dois deles imediatamente avançam e pegam Paulo, que se deixa ser carregado, bêbado e em transe. Ele nem percebe o que está acontecendo no momento.

Ingrid, ao se jogar em cima de Paulo, descobre que ele sumiu e procura imediatamente por ele. Quando se vira, depara com Dominic. Seus olhos estreitados ficam instantaneamente ampliados. Ela balança a cabeça, tentando colocar os pensamentos em ordem.

“Nu… Nunca, viu? Não existe um homem tão lindo assim.” Fala batendo em seu rosto, tentando ficar sóbria. Ela olha novamente e aponta o dedo, fazendo contorno imaginário. “Sobrancelhas escuras e olhos perigosos. É tão, profundo! Mas… parecem não ter fundo, um deslize e pah! Você cai em um vórtice. Acho que essa estátua foi esculpida por um grande mestre da arte, impecável! Fala com a voz desinibida.

Ingrid desce da cadeira, com um copo na mão. “Ei! Você! Fique parado onde está.

Dominic olhou para a mulher embriagada, e seus olhos, normalmente frios, instantaneamente se fixaram na garota que balançava o corpo em sua direção. O rosto dela se refletiu em seus olhos. Onde não havia emoção, surgiu um ligeiro brilho e algumas alterações. Parado, observou a garota cambalear em sua direção, com o copo na mão.

Ingrid se apoia nele, suas pernas fraquejam ao tentar andar, perdendo o equilíbrio.

“Você é a obra mais linda que já fizeram! Que tal dormir comigo por uma noite?” Ingrid fala enquanto o acaricia no rosto com uma mão.

Ela se apoia nele e bebe mais um pouco, voltando depois sua atenção para ele.