Capítulo 02: Dominic Casado.

Os guarda-costas ao lado dele estavam em silêncio, com as mãos nas costas, abaixando a cabeça. Eles nunca viram ninguém tocar no Senhor Dominic, especialmente em seu rosto. Os homens suam frio.

Eles conhecem a natureza do patrão; a garota realmente não tem amor pela vida. Todos percebem a rigidez do chefe, e logo uma grande tempestade vai ocorrer dentro do clube.

O chefe dos guarda-costas faz um gesto para avançar e retirar Ingrid, puxando-a para longe, mas Dominic lhe deu um olhar severo, e ele imediatamente recuou.

Enquanto isso, o barman, observando a situação se desenrolar, decide chamar discretamente mais seguranças para garantir que a ordem seja mantida no clube, prevenindo qualquer potencial tumulto. O ambiente tenso de expectativa paira sobre o local enquanto todos aguardam para ver como a noite vai se desdobrar.

Ingrid, desatenta ao que se passa à sua volta, continua.

“O quê? Você não quer? Vou lhe contar um segredo, Harvard queria dormir comigo esta noite, e eu nem concordei!” Ingrid ri da própria fala. “Harvard, você sabe! Aquele galã, o mesmo por quem todas as mulheres imploram para dormir! Ah, você não entende mesmo, estou falando com uma obra de arte, mas sem problema… Agora ninguém pode mais deitar com ele, pois agora! Ele é meu marido.” Ingrid continua falando.

“Está dizendo que Harvard é seu marido?” O rosto de Dominic se transforma, e sua voz baixa parece vir de uma geleira.

“Sim! Acabamos de nos casar, já temos a certidão. Lamento, deus grego, mas não vamos poder dormir juntos? Agora que sou uma mulher casada? Tudo bem, vou me divorciar amanhã. Paulo é meu melhor amigo, ele é meu favorito… só isso.” Ingrid levanta a cabeça, semicerrando os olhos; suas bochechas estão rosadas, parecendo uma boneca.

Nesse momento, alguns espectadores próximos trocam olhares surpresos, enquanto outros começam a sussurrar sobre a reviravolta inesperada na noite. O clima no clube se torna ainda mais tenso, aguardando para ver como Dominic reagirá a essa revelação.

Vendo que a obra não falava, ela continuou.

“Você não acredita? Vou lhe mostrar a certidão do casamento!” Ela pega a bolsa e começa a procurar, depois desiste e vira sobre a mesa, ela faz uma bagunça na mesa, até se lembrar de procurar no bolso. Vitoriosa, levanta um papel dobrado.

“Achei! Veja, eu não menti.” Fala cambaleando.

Dominic pegou o papel e ficou chocado quando abriu. Na certidão de casamento, estava escrito: Dominic Harvard e Ingrid Belford. Não havia o nome de Paulo, é o nome dele que consta na certidão.

No mesmo momento, Dominic fecha os olhos, xingando seu frívolo sobrinho. Transformou sua melhor amiga, na tia dele. Abrindo os olhos, encara Ingrid.

“Agora acreditou, né?” Ingrid sorri e tomou um gole de vinho e de repente, ficou na ponta dos pés e beijou os lábios de Dominic. Sua pequena boca, pressionou abrindo seus lábios quentes e penetrou a língua molhada de vinho, na boca de Dominic. O gosto do vinho, se espalha, doce e inebriante, o beijo tem a acidez e a doçura de um cálice de vinho.

Dominic passou um braço em volta da cintura dela e deixou que ela se aproximasse dele, para que pudesse aprofundar o beijo.

Mas, rapidamente, Ingrid deixou os lábios dele comum sorriso sedutor, ela passou o dedo em seu rosto até chegar ao em seu queixo.

“Então? Você que pensar melhor? Quer dormir comigo?”

Um sorriso perverso apareceu no rosto de Dominic.

“Você tem muita coragem.”

Ingrid esticou o dedo indicador e balançou em sua frente.

“Isso é viver, sabia? Viver o momento. Já fui tola, as garotas também podem estar abertas para a vida.”

Dominic, gosta do que ouve e a pega no colo, sem importar que fizeram uma cena em público.

“Pegue a bolsa dela, vamos para a mansão.”

Ingrid, apoia a cabeça em seu ombro, ela está, bêbada e confusa. Agarrando seu colarinho, ela fala melosa, ainda sentada em seu colo.

“Já estamos no hotel? Por que não começamos logo? Está esperando o quê?” Ela começa a desabonar sua camisa.

O cheiro do álcool ficou mais forte dentro do carro, Dominic franze a testa e segura a mão de Ingrid, abrindo um pouco a janela.

“Aqui não.” Fala com sua voz rouca e cheia de desejo.

Ingrid olha com o olhar ardente e confusa, Ela não consegue segurar o que sente ao lado do homem. Sua voz sai rouca e sensual.

“Não? Você não está sentindo nada? Hum? Por acaso é impotente?”

Dominic, sobe o vidro que separa os dois da visão do motorista. Segurando firme suas mãos, ele sorri disfarçado. A garota realmente é corajosa. Falando baixo, respondeu.

“Impotente ou não, você vai descobrir. Mas não aqui. Não estamos longe, logo vai descobrir o que deseja.”

“Eu quero saber agora!” Ela tenta, novamente, lhe desabotoar a camisa.

“Seja boazinha. Se comporte até chegarmos em casa.” Dominic, está a beira de perder o pouco de controle que ainda mantém, ele olha para ver se estão chegando.

Ingrid deita em seu ombro e o provoca de todas a maneiras, Dominic quase perdendo o controle, abaixa o vidro só um pouco e fala com a voz rouca.

“Mais rápido.” Dominic disse em voz baixa, mas impaciente.

O motorista pisou fundo no acelerador. Ingrid se agarra a Dominic, ao perder o equilíbrio, ele aproveita e a abraça, sentindo seu corpo quente colado ao dele.

Dentro do carro, o ar condicionado, não consegue apagar o fogo que exala dos corpos se acariciando. Ingrid, mesmo confusa, percebe seu corpo reage às carícias que recebe, Dominic, que sempre teve controle de suas emoções, não se controla, ao toque de Ingrid.

A embriaguez de Ingrid, a deixou desinibida, e a desilusão, entorpeceu sua mente, a levando cometer atitudes que nunca teve. Com o ex noivo, ela não sentia seu corpo ficar aceso e desejando mais contato. Ela continua a provocar Dominic, que respira fundo, tentando manter a sanidade. Ele sabe que ela está embriagada, mas, suas atitudes não lhe deixam escolhas. Ele tenta pensar no sobrinho, para manter a calma, mas a mão de Ingrid, se torna mais atrevida, ao perceber que estão chegando, ele se recompõe e a ajuda, mesmo sem a colaboração dela.