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Capítulo 3

Depois de ouvir as palavras do enfermeiro, Bianca ficou em choque, sem conseguir dizer nada. Bianca apenas observou o enfermeiro se retirar sem dizer mais nenhuma palavra.

Aquela jovem mãe, ficou parada ainda processando tudo o que ouviu, mas ao perceber a ausência do enfermeiro, ela entrou em pânico. Lagrimas começaram a escorrer pelos seus olhos, suas mãos estavam trêmulas. Ela só desejava ver sei filho, uma única vez.

— Mãe eu tenho que ir lá ver o Gabriel, ele precisa de mim!— Bianca falou ainda em lagrimas tentando se levantar.

— Não filha, fica calma e deitada — Sua mãe a segurou com os seus olhos cheios de lagrimas, ao sentir a dor de sua filha naquele momento.

— Mãe ele não está bem! Eu preciso ir lá ficar com ele. — Novamente Bianca tentou se levantar

— Ele vai ficar bem sim filha! — Sua mãe a abraçou forte, interrompendo que ela levanta-se naquele momento.

— Mãe você promete? — Perguntou a filha ao abraçar a sua mãe em lágrimas de desespero.

— Prometo filha! Ele vai ficar bem. Agora você precisa descansar, para estar disposta a lutar por ele e com ele. — Duas mães se olharam naquele momento.

Junto daquele olhar de ternura, lagrimas molharam seus rostos. Mesmo a mãe de Bianca dizendo que tudo ia ficar bem, Bianca sentia o seu coração despedaçado com um vazio enorme. E a sua mãe também porque quando a mesma chegou ao hospital, descobriu que a sua filha estaria sozinha na sala de cirurgia ganhando o bebe. Ao se aproximar da enorme porta, a mesma presenciou o seu neto saindo às presas.

Ao lembrar de que a sua filha na qual ainda estava lá dentro, também nasceu roxa por passar do tempo e ter precisado fazer uma cesaria de emergência. Elisa acreditava que poderia ter acontecido a mesma coisa com Gabriel e que ele poderia ficar bem, assim como Bianca ficou. Mas não, o caso de Gabriel será um pouco mais grave.

As horas foram se passando e Bianca ficava mais angustiada do que antes. Chegou a hora dela tomar seu banho e uma enfermeira veio ajudá-la, esta era amorosa, ao ver o desespero da mãe! Tentou tranquiliza-la dizendo “que o pai havia ido com Gabriel até a cidade vizinha, que lá iriam dar todo o suporte necessário, que o Gabriel necessitaria...”

Bianca se levantou ao sentir o sanguë escorrendo entre as suas pernas, na qual estavam enroladas com lençóis. A mesma conseguiu tomar banho e com a ajuda da sua mãe, Bianca se vestiu ao se sentar em uma poltrona, desejando sair dali imediatamente, ou que o seu marido retornasse, para dizer o que ouve com o filho deles.

Mas ele não retornou. Bianca ficou o tempo necessário no hospital, junto de sua mãe. A mesma recebeu apenas algumas mensagens de kaike dizendo “que o Gabriel estaria bem e que depois eles conversavam”...

Bianca estava decepcionada, mas a preocupação com o seu filho era maior! A mesma nem queria comer, mas com o doutor indo tranquiliza-la dizendo “Que teria ligado no hospital para se informar de como o Gabriel estava, já que a mãe ainda estava ali e muito preocupada”, o pediatra disse “Que o pequeno estaria instável e que a mãe poderia ir visitá-lo assim que tivesse alta” foi o que a deixou mais tranquila, para comer e descansar um pouco, ate chegar o horário de sair dali.

Bianca recebeu alta, após dois longos dias de tortura desejando ver seu filho! Junto da sua mãe a mesma encontrou com kaike na saída do hospital.

— Oi como você está? — Perguntou kaike a abraçando um pouco distante.

— To bem! — Respondeu a mesma o olhando ao respirar fundo.

— Quer ir pra casa dos meus pais? — Perguntou o mesmo ao cumprimentar a mãe de Bianca.

— Não, eu quero ir lá ver o Gabriel! — Disse a mesma o olhando

— Mas é um pouco longe! Você acabou de sair do hospital. Tem que descansar, tem buracos na estrada, vai da socøs no carro. No hospital que o Gabriel está tem visitas todos os dias de manhã por trinta minutos, começando as oito! —Respondeu kaike a observando

— Não me importa! São seis da manhã, da tempo, eu quero ver o Gabriel! — Referiu a mesma ao olhar para a sua mãe e ambas sorriram.

Mãe é mãe! Mesmo com todos falando que Gabriel estaria instável, Bianca não sabia o que isso queria dizer. Ela desejava ver o seu filho com os seus próprios olhos, para ter a certeza de que ele estaria bem, porém mesmo sabendo de que não estava. Já que ele não se encontra com ela naquele momento.

Foram somente kaike e Bianca para Apucarana, o tempo de visita era pouco, então a mãe de Bianca deixou que ela aproveitasse o momento que tinha com seu filho! Sua mãe iria esperar a filha na casa da mesma, ao deixá-la la, Bianca pegou os pacotes de fraudas rn que tinha, ao colocar no carro para levar.

Kaike tentou ir o mais de vagar possível, mas os buracos na estrada são difícil de desviar, até porque você sai de um e cai no outro! Bianca sentia uma leve dor quando o carro caia em algum buraco, mas para ela aquilo não importava, sua alegria era estar indo ver o seu filho.

Ambos chegaram em Apucarana, mesmo com kaike sem ter carteira de motorista e com um carro mais antigo. Ambos não encontraram polícia pelo caminho... Quando kaike foi com a ambulância ele viu que um posto policial ficava dentro da cidade em uma das entradas na qual levava até o hospital, no retorno com o seu pai que tem carteira de motorista, antes de sair da cidade, ambos viram qual seria o melhor lugar para que kaike pudesse passar, que ficasse longe do posto policial. Uma outra entrada.

Kaike seguiu pela mesma ao parar um pouco mais afastado do hospital! Já que a cidade é grande e tem muito movimento. O casal saiu e a ansiedade em Bianca tomava conta a cada passo que ela dava, a mesma olhava em volta porque nunca tinha ido para aquela cidade. Ao se aproximar do hospital, ela viu como ele era enorme e cheio de andares e pequenas janelas!

Tinha vários pais já na espera para ver seus filhos na uti, outros parentes para visitar na pediatria! Ou até as mulheres que estavam para serem internadas para ganhar neném, já que ali seria um hospital infantil. Quando deu o horário a uti foi liberada primeiro, os pais formaram uma fila e foram dando seus nomes na recepção e subindo conforme foram liberados.

Chegou a vês da Bianca a mesma deu sua identidade ao afirmar que seria a mãe do Gabriel, a recepcionista ligou no ramal da uti e a mãe foi liberada, junto do pai que também deu o seu nome! Ela subiu pelo elevador sua primeira vês também! O que causou um frio em sua barriga, junto da ansiedade de ver o seu bebê!

Quando as portas se abriram, Bianca saiu e viu a porta da uti no corredor da pediatria, ela seguiu ao lado do pai e juntos, de mais alguns pais eles pararam ali... Não demorou muito uma enfermeira abriu a porta e sorrindo os cumprimentou e liberou suas passagem.

Bianca fez todo o procedimento que kaike fez na primeira vês, para ela era tudo novo, vários bebês e pais próximos apenas olhando e ela ansiosa para ver o seu. Kaike já sabia onde ele estava! Então a levou.

Bianca foi se aproximando e as suas lagrimas já estavam a molhar o seu rosto! Quando ela viu o Gabriel deitado e imóvel cheio de aparelhos ela apenas colocou a sua mão direita na incubadora e se permitiu chorar, ao olhar os aparelhos fazendo, “Pi! Pi! Pi” a enfermeira que estaria cuidando dele naquele dia, se aproximou ao dizer que o pediatra estaria conversando com outros pais e logo chegaria até eles!

Enquanto isso Bianca olhava o seu filho! Sentindo que o “instável” dos médicos não é o mesmo “bem” dela! Lagrimas molham o seu rosto a todo o momento, um choro de mãe em silêncio, alegria em vê-lo respirando, mas com dor em vê-lo naquele estado. Kaike estava ao seu lado apenas em silêncio.

— Bom dia! Vocês são os pais do Gabriel — Perguntou um homem se aproximando com uma prancheta em mãos.

Kaike apenas afirmou e Bianca continuava a olhar para o pequeno Gabriel, com sua mão ainda sobre aquele objeto que impedia que ela o tocasse.

— Muito prazer! Sou um dos pediatras de plantão hoje Liam Alencar, eu não estava aqui, quando o pequeno chegou, mas hoje já revisei todo o caso dele! — O mesmo cumprimento kaike e sorriu.

Bianca, que estava focada em Gabriel, voltou sua atenção para Liam. Ao enxugar suas lágrimas, percebeu que Liam era um homem alto, de cabelos castanhos e olhos claros, que certamente teria uma barba bem cuidada se não fosse pelo seu trabalho na UTI neonatal.

— Tudo bem, mãe? — cumprimentou Liam, sorrindo como costumava fazer com todos.

— Como está o meu bebê, doutor? — perguntou a mãe ansiosa por notícias sobre seu filho.

O olhar de preocupação nos olhos de Bianca encontrou um eco de compaixão nos olhos de Liam. Em meio àquela atmosfera carregada de emoção, ambos compartilharam um momento silencioso de entendimento mútuo, onde as palavras não eram necessárias para expressar a angústia de Bianca e a esperança nos olhos do pediatra Liam, algo que os uniu naquele instante.

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