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Capítulo 4

Os olhos amendoados fixaram o rosto com barba por fazer. Os dedos moveram o pingente do colar por trinta segundos. Nicole olhou para a mesinha ao lado da cama enquanto lambia os lábios curvos.

— Nicky, você sabe o que está fazendo?

Ela não respondeu, esticou o braço direito e inclinou o corpo de um jeito que os bicos dos seios roçaram contra a pele dele. Esticou-se para alcançar o barbeador e sentou logo que pegou o utensílio.

— Você nunca teve uma enfermeira que cuidasse de você? — Questionou com uma voz calma conforme deslizava as três lâminas no sentido do crescimento dos pelos. — Fica quieto!

As mãos delicadas faziam movimentos leves pelas laterais em direção aos lábios. Nicole se inclinou mais um pouco e suspirou. Engoliu o gemido logo que sentiu o hálito morno da respiração de Alexander contra a auréola dos mamilos castanhos.

— Eu sei o que você está fazendo. — Os olhos azuis se estreitaram em Nicole.

— Que bom! — disfarçou. Passou o barbeador pelo queixo proeminente. — Não se mova, estou quase acabando!

Ela curvou o tronco sobre Alexander enquanto removia os pelos na pele delicada do pescoço.

Mesmo que temesse a inexperiência da esposa, ele parecia gostar daquele cuidado e das carícias, especialmente dos bicos endurecidos que de vez em quando esfregava contra o peitoral.

A visão do corpo dela era agradável aos olhos maliciosos que a cobiçavam. Ele a queria, entretanto, tinha receio de não corresponder às expectativas.

— Nicky, para!

Segurou-lhe as mãos assim que ela se afastou.

— Te machuquei?

— Não! — Fitou os olhos amendoados.

— O que houve?

Nicole curvou-se e exibiu os seios arredondados como se oferecesse aos lábios sedentos. Soltou um gemido baixinho logo que ele pegou um dos mamilos com voracidade. Lambeu-a em volta do bico enquanto o outro seio endureceu aos toques do polegar em atrito com o dedo indicador.

— Espera! — Ela afastou-se com um olhar aturdido.

Esfregou-se ao colo de Alexander e ficou animada quando lhe sentiu tão rijo como uma pedra.

— Há alguns dias fico duro quando observo você dormindo.

— E por que você não contou?

Beijou-lhe o pescoço e contornou os pelos do peitoral a caminho do abdômen.

— Espera, Nicky!

Emaranhou os dedos a mecha da nuca forçando-a a parar.

— Não dá para eu me mexer dentro de você.

Emitiu um gemido rouco quando ela segurou a extensão dura de desejo.

— Você sente isso? — Escorregou a mão para dentro da calça de flanela azul.

— Sinto! — Arfou. — Continue!

Manteve a mão esquerda presa aos fios castanhos conforme ela lambia o triângulo invertido. A ponta do membro latejava com os lábios que o acolheram. Deixou-se levar pela excitação no calor abrasador que o engolia.

Nicole conhecia bem os gemidos roucos que ela arrancava da garganta do esposo. Passou a língua no líquido transparente, lambeu toda a extensão e esfregou os lábios macios.

— Está perfeita! — sussurrou a voz aveludada.

Aquela boca apertada estava completamente quente. Sugava-o de um jeito enlouquecedor e sentia a chama abrasadora naqueles olhos castanhos. Alexander apertou-lhe os cabelos com firmeza, forçando Nicole a se aproximar de seu rosto. Ela estava pronta para se encaixar e estranhou quando ele a puxou.

— Vem aqui!

As mãos estavam presas aos quadris e a conduziu até a altura do rosto dele. A voz barítona grunhiu logo que enfiou o dedo na parte úmida. O polegar massageava o botão rosado, em movimentos circulares. O corpo se contorcia ao movimento das mãos esguias. Tremeu com o calor da boca que passeava em volta da virilha até ao meio das coxas. Ele pousou a língua nas paredes úmidas, estava mais sensível ao toque.

— Eu preciso de você! — Nicole arquejou.

Apoiou as mãos na cabeceira da cama em capitonê bege e se moveu contra a boca dele em um ritmo lento. O alarme do relógio tocou ao lado da enorme cama, não conseguia parar.

Nicole afastou-se do rosto dele. Jogou o corpo para a frente e deixou o quadril comandar a penetração.

— Continua — pediu a voz rouca e sensual.

Mexeu o tronco para trás e lentamente para frente como se fosse deitar sobre ele e ofereceu-lhe os seios firmes.

— Promete que não vai me deixar! — murmurou Alexander.

Ela apoiou o peso do corpo nos antebraços e rebolou com a penetração mais profunda. Montava de frente para ele, o tesão de ficar no comando multiplicava a excitação.

— Sim! — ciciou entre os gemidos.

Não dava para evitar os movimentos do órgão cilíndrico, a carne se conectava a ele com vigor. Era como se houvesse uma descarga de prazer pelo corpo todo. As contrações nos lábios inchados o apertaram. O coração disparou um prazer extremo, uivava com os movimentos da mulher insaciável que se satisfazia com o apogeu.

O corpo todo travou. Abraçou o rosto dela contra o tórax, os batimentos cardíacos, aos poucos, voltavam ao normal. Uma sensação de tranquilidade os dominava.

Nicole saiu de cima dele e pulou da cama assim que ouviu as batidas na porta. Vestiu o roupão preto e avaliou a aparência no espelho da penteadeira. Prendeu o cabelo num coque mal feito e fez um gesto com as mãos para que o esposo escondesse a nudez e abriu a porta.

— Bom dia, Rosa!

— Bom dia!

A governanta observou o visual desgrenhado, contudo, não teceu comentários.

— Os gêmeos e a Marcelly já acordaram e estão esperando por vocês para tomarem o café da manhã. A Jullie ainda está dormindo.

— Obrigada! Nós já vamos descer!

Nicole fechou a porta e caminhou até a cama.

— Pode me ajudar a tomar banho?

Alexander entrelaçou as mãos e beijou os nós dos dedos de Nicole.

— Agora você precisa de mim?

Nicole arqueou as sobrancelhas.

— Sempre! — Tocou-lhe o rosto.

— Só se você se comportar!

— Você é uma boa enfermeira, está contratada! — Abriu um sorriso.

— Eu vou preparar o seu banho.

Ele ajeitou-se sobre a cadeira com a ajuda da esposa, estava mais relaxado por saber que ainda podia senti-la e proporcionar o prazer à mulher que amava.

Copyright © 2.021 por Ana Paula P. Silva.

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