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O destino de Mao-Chang

Anteriormente, no segundo capítulo, o garoto que trabalha no restaurante iria atender uma suposta monja, que mais aparentava uma cosplayer do que outra coisa. Quando iria pegar o seu pedido, imediatamente a loira indagava se ele era Mao-Chang, o que lhe surpreendia o alto nível de dedução. 

- Bem, antes, deixe-me apresentar.- dizia a monja.- Me chamo Lídia. Sou brasileira, mas convivo com os monges há muito tempo. Tenho 17 anos, mas as pessoas sempre diziam que eu tinha uma mentalidade de uma pessoa de 24 anos. Bem, vou lhe contar sobre a Profecia dos Deuses. Esta afirma que você é o escolhido para proteger os monges de sofrerem qualquer categoria de ameaça que venha a prejudicar o equilíbrio entre o bem e o mal.

A loira explicava pacientemente para Mao-Chang e posteriormente para Shiku o que queria dizer a Profecia dos Deuses.

Depois dela lançar os seus argumentos e motivos de se encontrar nesse momento no local de trabalho do garoto, este dizia:

- Bem, não posso tomar decisões sozinho porque eu tenho um responsável que cuida de mim. Mas garanto que terá a resposta mais breve possível.

- Certo. Sem problemas. - dizia Lídia.- Mas terei de pousar em algum lugar. Passei o dia todo procurando por você.

- Pode ficar aqui no restaurante mesmo. Vou falar agora com o meu responsável.- dizia Mao-Chang, que pedia licença e ia para trás do balcão.

Shiku se sentava na mesma mesa que Lídia e ficavam os dois ali em silêncio.

— "Caraca! Ela é linda, "hein"? Loira bonita e com a pele "lisinha"".- pensava Shiku.

— "Esse deve ser o portador do Poder de Buda. Mas ele não aparenta ter um grande poder. Não sinto nada nele."- pensava Lídia.-"Segundo o que os monges me informaram, ele estaria com o protetor, mas até agora não vi grandes coisas. Será que eles se enganaram?"

— ""Tá" um silêncio de funeral aqui, "meu". Será que eu devo "trovar" com ela?"

— "Que bonitas as paredes desse restaurante. São melhores que em relação às paredes do anterior que fui."

- E-então, "tá" um dia bem quente lá na rua, "né", moça?- dizia Shiku, meio nervoso.

Lídia olhava com uma expressão de não entender nada e dizia:

- Está frio na rua.

- Ah! É que eu tenho "fogo no rabo" até em frio "pegado", "sacô a parada"?- o hippie começava a rir.

- Qual seu nome?

- Shiku, moça.

— "Não acredito que ele seja o portador do Poder de Buda. Ele é muito estranho."- pensava a loira, tentando entender o que estava acontecendo naquele momento.- Você pode ser o portador do Poder de Buda e segundo a Profecia, será um grande aliado de Mao-Chang.

- Mesmo? Nossa, que "doido"! Quando começa essa "loucura" toda?

- "Loucura"?!- Lídia parecia não ter gostado o que Shiku disse.

Enquanto isso, Mao-Chang havia explicado tudo para Lú Xian, que parecia não ter a princípio acreditado nisso, mas em seguida, ele disse:

- Aquela monja ainda está lá?

- Sim.- dizia Mao-Chang.

- Vou falar com ela. Venha.

Enquanto Lídia queria bater em Shiku e este tentava fugir dela, onde ambos quase causam um pandemônio no restaurante, Lú Xian avistava a monja e dizia:

- Moça.

- Sim?- A loira ia até ele.

- Mao-Chang me contou tudo. A princípio não acreditei, mas parando para pensar, é realmente verdade isso? De que há um equilíbrio entre o Mundo dos Vivos e o Mundo dos Mortos?

- Sim. Segundo a Profecia dos Deuses, esse garoto estaria destinado a protegê-lo. Irá dominar o elemento gelo, que é raro em nosso povo e também portará uma espada especial, forjada com as chamas dos dragões.

- Sério?- Mao-Chang parecia surpreso.

- Sim. - Lídia saca sua espada e a mostra. Era cor de fogo, tanto no cabo, quanto na lâmina.- Sabe essa espada? Foi forjada com as lágrimas de fênix. Suas chamas na ponta de suas asas ajudaram a forjar esta espada.

- "Manero". Queria uma espada também.- disse Shiku.

- Se Mao-Chang vier conosco, seu amigo também poderá vim, já que ele porta o Poder de Buda.

Liú Xian a princípio não acreditou, mas viu que Lídia falava com segurança de si e também em uma tonalidade convincente. Logo, ele dizia:

- Pode ir, Mao. Leve seu amigo consigo. Deixe que darei conta de tudo aqui.

- Mas Liú? Quer que eu lhe abandone?

- Não vai ser preciso isso.- disse Lídia.- Você poderá ter sua vida normal. Mas só apareça na Terra Monge quando precisarmos de você. No momento, como você estará começando sua jornada, deverá passar uma semana conosco. Isso se seu responsável não se importar.

- Não. Confio em vocês.- disse Liú Xian.- Se for mesmo verdade, podem chamar Mao-Chang quando quiserem. Hoje você está liberado. Deixe que eu tomo conta de tudo aqui.

- Tudo bem. Obrigado, Liú Xian.- disse Mao-Chang, se reverenciando ao amigo da família. Em seguida, se virava para Lídia.- Irei pegar minhas coisas e já volto.

- Claro.- responde a loira.

- Eis a chave de casa. Me devolva depois.

- Sim, Liú.- Mao-Chang pegava a chave e saía com os outros dois.

E assim eles iam para a casa do garoto e do amigo da família dele. Lá, ele pegava algumas coisas.

- Também já volto, moça.- disse Shiku, que saía de onde estavam.

Mao-Chang pegou roupas e outros pertences. A jornada seria longa. Shiku, que já chegara rapidamente, também estava com uma mochila. 

- Você parou em casa?- Indaga Lídia.

- Eu moro em um trailer.- disse Shiku.

- O que é um trailer?

Como os monges viviam perto da natureza, não tinham muitos costumes dos humanos.

Assim que Mao-Chang saía de casa, Lídia dizia:

- Vamos agora para a Terra Monge. Eu irei escoltá-los até lá.

Dito e feito.

Eles caminharam durante duas horas e depois de muito tempo, finalmente chegaram ao destino. Os rapazes estavam cansados, mas Lídia aparentava estar acostumada e não sentira nenhum pouco de cansaço.

- Bem-vindos à Terra Monge.- disse a loira, que apresentava uma bela paisagem do local.

Mao-Chang e Shiku estavam impressionados com a bela vista que estavam mirando. Em seguida, a loira dizia:

- Vamos. Tenho que levá-los até os monges.

- Certo.- diziam os rapazes.

Os outros monges olhavam para eles e todos pareciam ter sentido que eram exatamente seus salvadores. Gritavam elogios por Lídia por ter trago eles até a terra onde vivem.

- Parece que somos heróis aqui.- disse Mao-Chang.

- Sim, vocês são heróis.- disse Lídia.- Mas adianto uma coisa para você, Mao-Chang. Como sendo este o seu destino de proteger os monges, gostaria de ter reconhecimento por algum outro nome?

- Preciso fazer isso?

- Sim. É o ideal, já que é um "estrangeiro" para nós, assim como o seu amigo, mas como você é o herói principal, somente você tem o direito de eleger um nome para si.

O garoto pensava num nome e logo dizia:

- Já sei. Meu nome será... Mega Boy.

E assim, Mao-Chang e Shiku chegam à Terra Monge. Estariam se dirigindo ao Palácio Gautama, onde vivem e governam os Monges Mestres. O que eles irão revelar para os nossos supostos heróis?

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