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Capítulo 1 — A Saída

Cinco anos depois...

Maquini

Um barulho infernal às 6hrs da manhã me despertava, parecendo que eu estava vivendo todos os dias pagando meus pecados. Minha vida mudou completamente depois que eu vim parar nessa droga aqui, meus dias só não são mais tediosos por causa da Kate, que me faz companhia há três anos. Depois daquele dia minha tia nunca me procurou, mas não a culpo por nada do que eu fiz, afinal, eu mereço estar em uma clínica de reabilitação sem poder sair.

— Vamos logo Mack, a gente vai ficar sem jogar hoje. — Kate invade o quarto e eu já estava pronta, mas pensava parada tentando enxergar através de algum pensamento.

Jogamos alguns jogos de cartas sempre que o pessoal permite. Esses dias veio um advogado me procurar para que eu assinasse alguns papéis sobre minha herança. Ao menos quando eu sair daqui não vou precisar da ajuda de ninguém pra sobreviver lá fora, ou não... não faço idéia de como funciona esse lance de herança.

— Então como foi a conversa com a sua mãe? — Perguntei a Kate, que não estava com uma cara das melhores que já teve.

— Foi tranquila. Ela disse que quer conhecer você, disse que eu já estou bem melhor que antes. — Disse desanimada.

— Realmente você está. Diz pra ela que qualquer dia desses a gente se conhece pessoalmente. Quando você sair daqui o que pretende fazer? — Eram tantos sonhos, mas nenhum deles concretizados. Kate é talentosa e esforçada, sem dúvidas vai sair daqui uma outra pessoa.

— Ah... eu quero fazer tudo diferente, Maquini. Vou terminar os estudos e quero trabalhar pra ver o sorriso de orgulho da minha mãe, e você? Vai voltar a morar com seus pais ou vai ficar por aqui mesmo? — Aqui evitamos falar sobre a nossa vida pessoal, nunca disse nada sobre meus pais a ninguém, a falta deles ainda me fere até os dias de hoje.

Kate era alcoólatra e viciada em cocaína. Se internou com 19 anos e, atualmente está com 22, ela é uma boa amiga, aliás, a única que eu tenho. Tomamos nosso café da manhã e fomos fazer os nossos afazeres daqui, hoje o meu dia é de lavar os banheiros. O dia que eu mais detesto na semana.

— Maquini, eu posso falar com você? — Lilian perguntou e eu rapidamente a seguir até sua sala, já que ela é a diretora daqui, não tinha porquê perguntar ou esperar o momento oportuno.

Entrei e pude notar alguns papéis em sua mesa, todos já assinados por ela, uma pilha enorme como se fosse a legalização de algo muito grave.

— Por que me chamou até aqui? Fiz algo errado novamente, vou tomar alguma advertência mais rígida dessa vez? — Perguntei calma, reparando em seus livros na estante.

— Por isso mesmo que está aqui. Porque não há mais nada de errado com você, portanto seu tempo aqui dentro acabou. — Ela virou-se na cadeira e deu um largo sorrisos. — Preciso que assine esses papéis onde estiver marcado X, pode ler todos se quiser. Você ainda ficará aqui até a noite, agora retorne ao que estava fazendo e não dê motivo de conversas às demais.

— O que são exatamente esses papéis? — Eu não sou nenhuma burra, mas quero ouvir de sua boca que estou finalmente liberada para sair daqui, finalmente!

— Sua saída, Maquini. Agora está livre para viver, estou feliz por você! — Ela levanta e anda até mim me dando um abraço, confesso que fiquei muito surpresa com tal gesto mas retribui.

Antes de sair eu não expressei muitos sentimentos, mas por dentro estava gritando de felicidade. Hoje não sou mais aquela garota boba de cinco anos atrás, aprendi muitas coisas e jamais quero voltar aqui algum dia. Guardei os papéis embaixo do colchão da minha cama e fui fazer a minha "tarefinha da escolinha".

Santiago

Há três dias, Danira não aparece em casa, não sei mais onde procurar ela. Limpei armas enquanto estava bebendo uma cerveja, ouvindo uma boa música.

— Olha só quem está em casa a essa hora do dia. — Ouço a doce voz de Danira e em seguida ela fecha a porta, ainda com a mesma roupa que saiu, toda suja e embriagada.

— Onde você estava até essa hora, Danira? Você só pode ter perdido o juízo de vez. Sabe que comeremos riscos aqui, minha irmã.

— Calma, Sant, eu sei me cuidar, tá legal!! Eu só fui esfriar a cabeça um pouco, mas já estou aqui em casa viva e inteira. Pode continuar aí fazendo suas coisas, vou tomar um banho e fazer o nosso almoço. — Ela não esperou resposta, jogou a bolsa em cima da mesa e subiu as escadas correndo.

Há algum tempo me envolvi com a ANC e desde então tenho um grande papel dentro da máfia, porém, não gosto de expor isso, prefiro as coisas sigilosas como elas são. Faço trabalhos para quem me paga maior valor, sabem do meu potencial.

O meu melhor cliente é o Marcone, porém, ele mora em outra cidade atualmente. Hoje meu alvo veste vermelho e usa maquiagem. É filha de um grande filha da puta, traiçoeira como nunca vi igual, espero que ela seja apenas um rostinho bonito.

A comida da Dan é horrível, mas eu sei que ela fez com uma boa vontade enorme e me vejo no direito de omitir, dizendo que está ótima.

Desde que chegamos na França que, Danira começou a desandar. Sempre saindo com uma amiga dela que eu nunca cheguei a conhecer e depois disso foi só de mal a pior. Já não me escuta mais e toda noite quando eu vou dormir ela sai pra usar drogas. Não sou mais o irmão que ela tanto admirava, mas sou a única pessoa que ela tem e eu não tenho a menor intenção de morrer agora.

— Então Sant, sentiu minha falta? — Ela pergunta com a boca cheia e me olhando por baixo.

— Quem bateu em você? — Pergunto ao ver o rosto dela todo machucado. — Essa maquiagem ridícula não vai esconder isso. Quem fez isso com você, Danira? Por que está se maltratando desse jeito? Eu já te disse inúmeras vezes que estou ao seu lado.

— Eu cai, Santiago. Bebi demais e acabei caindo, essa é a verdade. Mas, não se preocupe com isso, eu estou inteira. Agora me fala quem é o alvo de hoje?

— Não fica me perguntando sobre isso, Danira, não é coisa da sua conta. Eu quero apenas que você se cuide e não saia pra ir muito longe. Não quero que se envolva nos meus negócios, só vamos morar aqui por mais alguns meses e depois nós dois vamos para outro lugar. Enquanto isso, tente não se meter em confusão.

— Eu sei disso, só não quero ter meu irmão morto. E não, eu não juro nada, não sou nenhuma santa.

— Tudo bem, agora vamos agilizar que eu tenho hora pra chegar. Quanto a você, eu vou está de olho...

Almoçamos em silêncio e eu só ouvia o barulho dos teclados do celular dela, ela não me olhava mas sorria tentando esconder alguma coisa que haviam lhe enviado. Danira só me esperou dar as costas pra sair novamente. Estamos morando em Estrasburgo e hoje está nevando. Pego o casaco mais grosso e quente que eu eu tenho, uma touca ninja e os outros acessórios na mochila. Estava pronto para o "caça a grana", era tudo ou nada!

Danira

Mania do Sant se preocupa comigo como se eu fosse uma criança, às vezes isso chega a ser insuportável, mesmo já tendo a certeza que eu sei me cuidar muito bem sozinha.

— Oi Dan, aquele convite pra hoje a noite ainda está de pé? — Samuel exibiu seu lindo sorriso genuíno ao me ver.

— Eu mal estou conseguindo ficar de pé quem dirá sair, Samuel. Eu tenho que descansar um pouco, meu corpo não é feito de aço.

Samuel é minha melhor companhia para todas as horas, sem ele eu me vejo perdida nessa cidade tão deprimente e solitária.

— Tudo bem meu amor. Podemos ao menos jantar hoje? Só dois, sem álcool...

— Hoje também não vai dar, meu anjo. Se eu ficar mais uma noite fora de casa eu não duvido nada que meu irmão descubra onde você mora e vá me buscar lá, então, é melhor deixarmos para outro dia, outra noite e outra hora. — Jamais duvidei da capacidade de Santiago.

— Por que você tem medo dele? Ele te ameaça ou algo do tipo? Sei lá, você às vezes fala como se ele fosse um monstro ao invés de seu irmão.

— Não é medo, eu respeito ele, só isso. Somos apenas nós dois no mundo e eu o amo mais que tudo nesse mundo, porém não quero despertar a fúria dele em momento algum.

— Por que não me apresenta a ele? — Já pensei nisso algumas vezes e sei que não daria certo, além de Samuel ser um tremendo medroso e boca aberta às vezes.

— Qualquer dia desses, eu juro. Agora vamos ao shopping comigo que eu preciso comprar algumas coisinhas...

— Ah não, Danira. Vamos lá pra casa aproveitar a tarde comigo, depois a gente vê isso.

— Eu irei, mas antes você irá comigo.

Eu quero mostrar ao Sant que eu me importo com ele, por isso comprei um escapulário de Ouro branco e um relógio pulso de Ouro branco também.

A tarde com o Samuel foi perfeita, assistimos filme a tarde inteira, nada de sexo, foi só amor e carinho. Tudo que eu estava precisando mesmo nesses últimos dias. Às oito eu tinha que estar em casa, quero deixar tudo pronto para quando meu irmão voltar, vai ser uma noite maravilhosa, assim eu espero.

Maquini

Quando tudo já estava brilhando eu pude finalmente tomar um banho. Às seis era hora do jantar, mas eu ainda estava me trocando, saí do banheiro e levei um susto ao ver a Kate sentada na minha cama lendo todos os papéis.

— Droga, o que tá fazendo aqui ainda? — Perguntei puxando da mão dela aqueles documentos.

— Quando iria me dizer Maquini? — Seu olhar frustrado me analisou de cima para baixo e me fez sentir o peso na consciência.

— Eu soube hoje Kate, e como você pode ver eu ainda não tive tempo de ler e muito menos assinar nada. Agora que você já sabe é melhor ir jantar com o pessoal, antes que a Madame entre aqui dando um show.

— Por mim ela pode dar até um baile. O que vai ser de mim sem você aqui, Mack? As outras garotas não simpatizam comigo, eu vou ficar perdida aqui dentro sem você.

— Olha, Kate, eu passei dois anos sem amizade nenhuma aqui dentro, logo mais você sairá também. Além disso, sua mãe sempre vem te ver, não vai ser tão difícil assim. Eu juro que ligo pra cá pra falar com você, eu vou te escrever sempre também. Promete pra mim que você não vai fazer nenhuma merda aqui dentro? — A Kate é sensível demais e já estava chorando.

— Eu prometo! — Nos abraçamos, era meu abraço de despedida, mas ela não sabia disso. Ela saiu e eu pude finalmente me vestir.

Às sete horas eu já havia lido e assinado tudo. Eu agora estava com dinheiro em uma conta que eu nem sabia que existia. Lilian me deu algumas notas em espécie e disse que eu já poderia ir embora. Ela me deu um sobretudo, uma mochila com três pares de roupas e meus documentos. Sair sem dizer nada mais a Kate, estava nevando e fazia muito frio. Não faço a mínima ideia onde eu vou dormir a partir de hoje, segui pela calçada direto e quando fui atravessar a rua pra ir até uma cafeteria que ficava na esquina, quase fui atropelada por um carro que claramente o motorista estava bêbado. Caída no chão no chão com os faróis do carro na minha cara, me deixando cega, mesmo assim pude ver o homem bem alto de cara fechada, parado com a mão na cintura enquanto me olhava, a cara dele não era nada amigável nem a minha era das melhores.

— Vai levanta daí ou o quê? — Me levantei rápido batendo a neve que ficou grudada na minha roupa.

— Desculpas, não vi que o sinal estava aberto. — Eu só queria correr e sair dali, nem lembrava que ainda existia essas coisas de trânsito e afins...

— Agora está fechado. — Ele disse ríspido, me olhando sério. — Você se machucou?

— Não. — Subi na calçada e antes que ele fosse embora resolvi virar para trás e perguntar: — Sabe onde tem algum lugar eu possa dormir por aqui? Algum pensionato ou hotel?

— Além da minha casa? — Ele deu um sorriso maligno e, vendo que eu não achei a menor graça naquilo, voltou a ficar sério. — Segui direto que lá na frente você vai ver, sabe ler pelo menos?

— Eu sei sim. Obrigada por não me matar. — Agradeci e seguir em frente.

Pedi um café e mais na frente comprei cigarros e alguns salgados. Peguei quatro cervejas e quando andei mais um pouco vi que se tratava de um pensionato com três quartos vagos, paguei as despesas de um mês adiantando, já que eu não poderia gastar o dinheiro com mais bobagens. Só posso usufruir do meu cartão depois de um mês, então é tempo o suficiente para que eu consiga um emprego. Dentro do quarto tinha uma cama, um frigobar, uma TV e um banheiro com banheira dentro. Era bem arrumadinho. Liguei a TV e estava passando um filme de romance, assisti todo o filme enquanto bebia e comia, depois disso tomei um banho e fui pra fora fumar um cigarro. Voltei pra cama e fiquei assistindo até adormecer.

Acordei sentindo um cheiro maravilhoso de café e em seguida ouvi alguém bater na porta. Levantei ajeitando os cabelos e cobrindo meus seios.

— Bom dia chérie, ontem eu esqueci de perguntar como se chama, mas vim te avisar que o café já estava servido e... vem tomar com a gente.

— Muito obrigado Dona... — Eu também não sei como ela se chama.

— Me chame de Louis. Te espero na mesa, não demore.

— Obrigada Dona Louis, meu nome é Maquini. Daqui a pouco eu desço.

Louis usa aliança de certo, é casada. Tomei um banho e quando fui descendo as escadas o cheiro forte de cachaça estava todo no meu quarto, nas escadas também, deve ter alguém por aqui que possa me indicar em um trabalho, quem sabe...

— Bom dia. — Disse escondendo minhas mãos. Há muito tempo eu não sentia essa sensação de liberdade e nervosismo ao mesmo tempo.

— Bom dia! - Todos responderam em uníssono e logo em seguida eu sentei para tomar café da manhã.

Santiago

Hoje quase matei uma louca que atravessava a sua como se estivesse no paraíso. Estava quase chegando em casa quando a Karine me ligou dizendo que iria dormir comigo hoje. Danira e ela se odiavam mas, Danira não dizia nada, ela dormia comigo quando eu estava muito tenso ou só querendo foder mesmo.

Cheguei em casa e ouvi as duas discutindo de longe. Tirei a touca e o casaco e coloquei dentro da bolsa, fui entrando devagar.

— Que bagunça é essa aqui? — As duas deram um pulo quando me viram.

— É a sua irmã, Santiago, ela não suporta o fato de que nós dois estamos juntos. Nunca fiz mal a ela e, sinceramente, não entendo toda essa implicação comigo. Eu sou um doce.

— Eu vou subir quando eu descer não quero ouvir nenhuma reclamação, caso contrário você pode ir para casa e você para o quarto, Danira. — Não estava com cabeça para discussão a uma hora dessas, tinha mais com o que me preocupar.

— Eu ainda quebro a sua cara, sua desgraçada. — Após isso, Danira subiu para o quarto e Karine foi para o meu quarto.

Tomei um banho relaxante e fui direto para meu quarto. Ela sabia como me deixar relaxado então o fez. Katine estava nua quando eu entrei e, rapidamente veio até mim tirando minha toalha da cintura e ficando de joelhos, abocanhando todo o meu pau que cabia por completo em sua boca.

— Isso... Chupa gostoso minha puta. — Enrolei os cabelos dela na minha mão enquanto eu soltava alguns gemidos de prazer.

A boca dela fazia massagem no meu pau e nas minhas bolas. Levantei ela ainda segurando em seus cabelos e selei nossos lábios em um beijo cheio de desejo e prazer. Joguei ela na cama e abrir as pernas dela, sem pudor eu me enfiei dentro dela fazendo ela gemer de prazer.

— Sant eu vou... — O grito dela revelava que ela havia gozado.

Fodi com mais força até eu gozar também.

Depois do prazer fomos tomar banho e descemos pra jantar com Danira que, já estava na mesa nos esperando e com uma cara péssima por ter ouvido todos os gritos de Karine, como se não bastasse toda a baixaria ela ainda Esqueceu de fechar a porta, que droga.

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