Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

Capítulo 3

João

Estou em frente ao endereço que a Gabriela me mandou.

Ontem eu realmente acreditei que ela não fosse me ligar, esta quase marcando com alguma outra gata.

Não seria tão linda quanto ela, mas eu teria de levar alguém hoje.

Que bom que vai ser a Gabriela.

- Você está incrivelmente linda! - Digo ao abrir a porta do carro para ela.

Ela está usando um vestido curto vermelho cintilante, extremamente sexy.

Com ela eu me casaria.

- Obrigada, você também está um gato! - Diz sorrindo com esses lábios carnudos em um baton vermelho.

- Sou todo seu, hoje. - Digo animado.

- João, espero mesmo que esteja indo embora, porque depois de hoje não quero vê-lo nunca mais. - Diz séria, olhando para a frente, na avenida.

- Escuta aqui, Gabriela, você por acaso tem coração? - Brinco.

- O que sai combinado não sai caro. - Brinca.

- Você nunca mais vai me ver! Apenas em seus sonhos! - Pisco para ela que sorriu satisfeita.

Mas, não me sinto muito feliz com isso.

Nenhuma mulher me disse isso antes, quem ela pensa que é?

***

Quando estamos no local da festa onde eu tenho que estar, imediatamente eu procuro pelo meu alvo, ele está em uma roda de homens empresários, um bando de velhos ricos.

Puxo Gabriela pelas mãos e me aproximo dele.

- Gustavo? Gustavo Guernsey? - Pergunto em um tom bastante formal.

Ele me olha com desconfiança por alguns segundos, mas em seguida olha para Gabriela e então abre um sorriso.

- Sim, e o senhor, quem é? - Pergunta com um tom de voz que eu reconheço como sendo de um pavão armando as penas.

Puxo assunto com ele e Gabriela faz o mesmo, percebo o quanto ela é inteligente e sociável, até parece que este é o ambiente dela.

- Vou buscar bebidas para nós. - Digo me levantando.

- Suco para mim, por gentileza. - Gabriela diz meio preocupada.

- Suco para mim também. - Gustavo diz claramente para agradá-la.

Puxa saco.

Me encaminho até o bar e peço três sucos. Eu não vou ser o diferentão.

Coloco um comprimido dentro da bebida que darei para o Gustavo e então me encaminho até eles.

- Olá! Senhor! Estou lhe reconhecendo de algum lugar! - Uma senhora entra em meu caminho me fazendo parar.

- Sério? Perdoe-me mas não me lembro da senhora! - Digo tentando reconhecê-la.

- Ah! Não! Eu o confundi com o meu filho! - Ri e se afasta.

Eu hein! Que figura!

Volto ao meu trajeto.

Entrego uma bebida para o Gustavo e outra para a Gabriela.

Se bem que, qual era mesmo a tava com o comprimido?

Droga.

Voltamos a conversar sobre assuntos banais e a preocupação sobre qualquer deles tomou a tava com o comprimido não me deixa por nenhum segundo.

Não posso falhar nessa missão.

Como eu pude me atrapalhar assim?

- Não estou me sentindo muito bem... - Gustavo diz fazendo careta.

Ufa! Foi ele.

- Está tudo bem? - Pergunto me fazendo de preocupado.

- S-sim, nao se preocupem, é a penas má digestivo! Essa minha pança velha! - Gargalha e se levanta da mesa, indo em direção ao banheiro.

Levo meu olhar até a Gabriela e a encontro pálida com um semblante sofredor.

- Está tudo bem? - Pergunto preocupado.

- N-não... - Diz aflita e então desmaia caindo do outro lado da cadeira.

Merda! Eu nem mesmo fui capaz de segurar ela!

- Socorro! - Digo desesperado. - Alguem chame uma ambulância!

Calma!

É apenas um comprimido, ela está dopada, apenas isso.

Como irei explicar isso ao médico?

Depois me preocupo com isso.

***

Quando estamos no hospital eu fico ao seu lado esperando que acorde.

- Gabriela... - Sussurro. - Me perdoe! - Peço acariciando seus cabelos.

E são macios.

Ela abre os olhos lentamente.

- Onde estou? - Pergunta confusa.

- No hospital, você passou mal, foi um acidente, ai você caiu...

- Eu caí? - Pergunta aflita.

- Sim, o médico já aparece com o resultado dos exames, mas fique tranquila que garanto que você está bem. - Sorrio para tranquiliza-lá.

Mas ela está chorando.

- Não! Como está ela? Como ela está? - Pergunta meio confusa.

- Você está bem! Calma! - Digo nervoso por causa desse comportamento dela.

O doutor entra no quarto.

- Doutor! Como ela está? - Gabriela pergunta tentando se levantar, mas eu a mantenho deitada. - Como está minha bebê?

Hã?

- Ainda estamos aguardando os resultados de alguns exames, lamento senhorita Gabriela, mas, aguarde pelo pior, além de ter ingerido uma droga perigosa a senhorita caiu! Se por acaso acredita em Deus, eu sugiro que faça a sua oração! - O doutor diz com um semblante triste e em seguida sai novamente.

- V-você está grávida? Está grávida? - Pergunto completamente surpreso e desesperado.

- Sim! E você! Você! Se minha filha morrer, a culpa é sua! Você me drogou! Seu louco! O que estava pensando em fazer comigo? Se minha filha morrer eu acabo com você! - Diz chorando tentando se levantar mas eu ainda estou tentando mantê-la deitada.

O doutor me falou que ela não pode se levantar.

- Calma! Fique calma! Sua bebê não pode ficar nervosa! - Digo aflito. - Sua louca! Como nao me conta que está grávida? Como você sai com um cara estando grávida? - Pergunto perplexo, com muito medo de que algo aconteça a essa criança, e a culpa vai ser minha.

- Você... Se ela... - Fecha os olhos e apaga.

Eu fico observando sem saber o que fazer.

Onde foi que eu me meti?

Que bagunça eu fiz?

Aproximo meu rosto até a barriga dela e deito meu ouvido para tentar ouvir alguma coisa.

Só ouço o silêncio.

- Ei, garotinha.. Me perdoe? Eu juro que nunca quis te machucar! Se você sobreviver eu prometo cuidar de você! Prometo! - Beijo ela e me levanto esfregando as mãos no rosto.

Inacreditável!

Nossa! Que viagem!

Ainda não acredito.

Como uma coisa dessas acontece comigo? Justo comigo?

Volto até a barriga da Gabriela.

- Não se esqueça! Fique bem! - Digo novamente para a criança.

Eu estou muito nervoso.

Caramba!

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.