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Brenda narrando
— Eu não sou uma traidora, eu sou uma vitima em tudo isso.
— Uma vitima? – ele pergunta – fala sério.
— Se você não fosse o monstro que é, não matasse todos da forma que você mata, nada disso estaria acontecendo.
— Agora quer colocar a culpa em mim? Você matou a nossa filha sua vagabunda, você matou a nossa filha e eu jamais vou te perdoar por isso – ele fala e uma moça começa a descer a escada – você é uma vagabunda – ele aponta a arma para mim.
— Não Carioca – eu falo e ele atira sem pensar duas vezes, eu caio no chão que nem uma luva.
— Carioca – escuto uma voz de mulher – carioca.
— Vai a merda Heloise – ele fala
A minha boca começa sair sangue, e eu tentava falar mas me afogava com o meu próprio sangue, eu tento mexer as minhas mãos, mas sinto chutes por todo o meu corpo e logo tudo fica preto.
A única coisa que passa na minha cabeça era que de alguma forma eu tinha que pedir proteção para Vitoria.
Liberdade ao Carioca, [14/03/2023 15:56]
Carioca narrando
Tinha sido mais uma noite em clara, enquanto Heloise que ainda está no morro comigo dormia que nem uma pedra, eu passo mais uma noite fumando e me drogando na sacada do morro, eu vi o dia amanhecer , tomei um banho bem demorado, carreguei a minha arma e chamei no rádio toods para ver se estava tudo certo.
— Tudo certo por aqui Carioca – eu escuto.
Eu começo a descer as escadas e é quando eu olho para minha frente e eu não consigo acreditar em quem eu estava vendo, o meu sangue ferve naquele mesmo momento, era como se eu tivesse vendo o demônio na minha frente.
— Brenda? Sua filha da puta – eu já falo sacando a arma
— Por favor me escuta por favor, não atira sem me escutar. – cada vez que eu escutava a sua voz, o meu sangue fervia ainda mais.
— Escutar? – eu pergunto olhando para ela com raiva – você é uma traidora.
— Eu não sou uma traidora, eu sou uma vitima em tudo isso. – ela fala nervosa e com as lagrimas já descendo sobre o seu rosto.
— Uma vitima? – eu pergunto olhando para ela – fala sério.
— Se você não fosse o monstro que é, não matasse todos da forma que você mata, nada disso estaria acontecendo. – ela fala e aquilo me sobe ainda mais a raiva e a vontade de matar ela.
Em todos esses meses tudo que me passava na cabeça era como matar ela, como eu iria matar, eu tinha pensado em diversas formas.
— Agora quer colocar a culpa em mim? Você matou a nossa filha sua vagabunda, você matou a nossa filha e eu jamais vou te perdoar por isso – eu falo e vejo que Heloise desce as escadas mas nesse momento nem estou me importando com ela.– você é uma vagabunda – eu aponto a arma para ela sem me importar com todas as torturas que eu tinha pensado em matar ela.
— Não Carioca – ela fala nervosa e eu atiro nela várias vezes sem pensar.
— Carioca – Heloise fala – carioca.
— Vai a merda Heloise – eu falo saindo de dentro da casa.
Matar a Brenda foi me fazer sentir uma sensação maravilhosa, porque tudo que eu queria era isso.
— Que tiros foi esse? – Medeiros pergunta
— Brenda está morta, tira essa vadia da minha sala – eu falo e ele me encara.
— Brenda?
— Brenda está morta, está surdo?
— Não – ele fala
— Então, tira ela da minha casa – eu falo para ele que apenas assente com a cabeça.
Medeiros era meu primo mas ele sabe muito bem quando não estou para poucos amigos, quando o meu sangue ferve e estou pronto para matar um de verdade e se alguém falasse algo, pode ser que não fosse só a Brenda que ia ser morta hoje não.
— Carioca – Jão entra correndo na casa
— O que foi?
— Heloise fugiu.
— Filha da puta – eu falo fechando os olhos.
— Não conseguimos pegar ela.
— Sai daqui – eu grito – sai daqui porra!
Jão sai correndo na mesma hora.