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Brenda narrando
4 meses depois....
Meu pai está me mantendo trancada dentro de um quarto a quatro meses, só que agora eu já tinha conseguido pegar as chaves para abrir ele , eu sei que Carioca vai me matar assim que me ver, mas eu vou contar a ele que nossa filha está viva.
Eu abro a porta com cuidado e fecho ela, o corredor está vazio, eu tinha conseguido pegar a chave durante uma distração de um dos homens do meu pai que foi elvar comida para mim, eu vou passando lentamente pelo corredor até que escuto uma conversa do meu pai com alguém no telefone.
— Sua sobrinha está com o Carioca Marta – ele fala – preciso tirar Heloise de lá. Não interessa, ela precisa ir para as mãos de Kaique o quanto antes.
Tinha alguém com Carioca?
Eu pego a chave de um carro e saio correndo para fora, eu entro dentro do carro e saio dirigindo o mais rápido possível, os guarda tentam me parar e até mesmo atiram contra o carro mas ele era brindado, eu tinha demorado muito para tomar coragme, eu entro na rodovia e coloco no gps do carro o morro da maré, eu sei que iria aparecer para o meu pai a localização, mas eu tinah que chegar pelo menos na entrada do morro e gritar que a Vitoria está viva.
No caminho eu ligo para um amigo meu de infância , por um telefone que tinha encontrado no carro, eu confiava muito nele e sabia o numero dele.
— Tenorio é a Brenda.
— Brenda? – ele pergunta
— Eu preciso de um favor – eu falo
— O que?
— Eu estou indo a maré e eu posso morrer lá.
— Como assim?
— Ou morrer antes – eu olho para ele – se alguma coisa acontecer, eu preciso que você proteja a minha filha.
— Brenda eu não estou entendendo nada, a gente não se fala a meses porque você nunca mais me atendeu e seu celular vive na caixa postal.
— Escuta com atenção – eu respiro fundo – minha filha está nas mãos do Antonio e do Kaique.
— Seu pai – ele fala
— Se algo acontecer comigo, esse recado precisa chegar até o morro da maré – eu olho para ele – eu amo você Tenorio, obrigada por ter sido o melhor amigo que eu poderia ter – eu respondo soluçando e desligo e jogo o celular pela janela.
No caminho eu vou pensando sobre tudo e talvez, se eu entrasse pela entrada eu não conseguiria falar com Carioca, com certeza ele tinha dado a ordem de me matar, eu entro na estrada de chão, pego a arma que tinha no porta luva e subo correndo pelo matagal, eu tinha que chegar antes do meu pai.
Eu precisava pelo menos avisar ele que a Vitoria está viva, apenas isso e que estava nas mãos deles, eu poderia errar com tudo e com todos, mas eu não podia errar com a minha filha.
Eu chego no pé do morro e roubo um moletom em um varal e vou descendo lentamente me escondendo entre os becos, até que eu chego na casa de Carioca, a nossa casa, eu entro e assim que entro, encontro ele descendo as escadas.
— Brenda? Sua filha da puta – ele fala já tirando a arma da cintura.
— Por favor me escuta – eu falo olhando para ele – por favor, não atira sem me escutar.
— Escutar? – ele pergunta me olhando – você é uma traidora.