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Perpetua narrando
3 anos depois...
Tanta coisa aconteceu nesses últimos anos e eu só consigo parar para pensar nisso, quando olho para Vitoria dormindo com seus três anos e meio e Liz recém nascida no berço.
— Kaique vem quando? – Minha tia pergunta.
— Deve vir essa semana – eu falo olhando para ela.
— Você precisa fugir com essas crianças – ela fala – você já descobriu tanta coisa.
— Se ele é perigoso como todas as coisas que descobrimos, ele vai me achar em qualquer outro lugar, a melhor forma tia é eu ficar calada e ele não perceber que eu sei de nada.
— Ele é perigoso e tem inúmeros de inimigos – ela fala – e essa criança que ele trouxe a três anos atrás – ela aponta para Vitoria – vai me dizer se ela não e´problema.
— Vitoria não é problema – eu falo me levantando e encaro ela – Vitoria é minha filha, eu amei e cuidei ela como se fosse minha.
— Quem trouxe foi ele – ela fala – e a gente já sabe quem ele é.
— Esquece esse assunto – eu falo para ela – a gente sabe do que ele é capaz se tudo for verdade, então não vamos medir forças com ninguém, ele vem uma vez a cada tanto tempo aqui, deixa isso quieto.
— Isso está errado, você está colocando a sua vida em risco – ela fala
— Tia, por favor – eu olho para ela – pelo ao contrário estou protegendo a minha vida.
Minha tia sai de dentro de casa nervosa e me xingando muito, a qualquer momento ou qualquer dia Kaique poderia chegar aqui, ele sempre vinha uma vez por mês, ele ainda não tinha conhecido a Liz e eu queria ver a reação dele como seria quando a conhecesse.
Ele sempre me bancou, ainda mais depois que a Vitoria veio para cá, mas comecei a desconfiar dele quando eu vi uma foto dele com uma mulher que dizia que era a esposa dele, Hanna.
Eu abro o dossiê e começo a ler tudo que tinha conseguido, eu tinha usado uma parte do dinheiro que Kaique me manda por mês para contratar um investigador particular, eu escuto o barulho do carro chegando e levo um susto, levantando o colchão do berço e empurrando o dossiê para dentro.
Eu abro a porta dando de cara com Kaique,
— Você veio – eu falo abrindo um pequeno sorriso.
— É claro que eu vim – ele fala se aproximando e me dar um beijo mas eu mal consigo corresponder – você está bem?
— Estou apenas cansada, com uma recém-nascida.
— Onde ela está, quero conhecer Liz.
— No quarto – eu respondo.
Nós vamos até o quarto onde estava as duas dormindo e ele abre um sorriso se aproximando da Liz, ele passa a sua mão lentamente pelo pequeno rostinho dela.
— Ela é linda – ele fala sorrindo e me encara – assim como você é – eu abro um pequeno sorriso – meu maior desejo sempre foi ser pai e você realizou esse sonho.
Eu abro um sorriso para ele.
— Você está com fome?
— Eu quero um café.
— Ok – eu respondo.
Eu vou até a cozinha e vejo que não tinha café.
— Eu esqueci de comprar, vou pegar na minha tia,
— Não demore – ele fala
— Ok.
Eu saio de casa e vou em direção a casa da minha tia que es´ta me olhando.
— Eu preciso de um pouco de café.
— Deixou ele sozinho com as crianças?
— Tia, me de o café por favor, fale baixo.
— Aqui – ela fala – expulsa esse homem daqui.
— Fica quieta tia – eu respondo
— Perpetua – ela fala me encarando
— Tia fala baixo – eu olho para ela – logo ele vai embora, você não fala nada.
— Meu Deus – ela fala.
Eu respiro fundo e volto para casa, eu vou para dentro de casa e faço o café dele e ele aparece na cozinha.
— Estou achando você estranha – ele fala
— Só estou cansada – eu olho para ele – Liz tem 20 dias, não tem sito noites fáceis.
— Eu sei e é por isso que eu tomei uma decisão.
— Qual? – eu pergunto
— Nós vamos embora em algumas horas – ele fala.
— Como? – eu pergunto – quem vai embora?
— Eu, você e as meninas.
— Você está louco? – eu pergunto para ele.
— Não – ele fala – eu quero a minha mulher e a minha filha e minha sobrinha junto comigo – eu engulo seco.
— Mas aqui tem minha tia – eu olho para ele.
— Ela vem depois com nós – ele fala – essa madrugada vamos nós, arruma as coisas das meninas enquanto eu tomo meu café.
Liberdade ao Carioca, [14/03/2023 16:09]
Eu olho para ele totalmente sem resposta, minha mão tremia tudo, e ele me encara.
— Kaique – ele me interrompe.
— Você tem algum motivo para não ir comigo? – ele pergunta
— Claro que não – eu respondo
— Então, arruma as coisas – ele fala e eu assinto com a cabeça.
Capítulo 9
Kaique narrando
Estou chegando na pequena aldeia onde Perpetua mora, quando Antonio me liga,
— Oi – eu falo
— Precisamos agilizar a invasão e a prisão de Carioca.
— Ok – eu falo para ele – eu vou falar com Jv.
— Eu já falei – ele fala – já está tudo certo ele vai atrair o Carioca.
— E quando isso vai acontecer? – eu pergunto
— Em dois meses no máximo – ele fala
— Ok , eu estou chegando na casa de Perpetua.
— Como está Vitoria?
— Está bem – eu respondo
— Minha neta – ele fala – você vai trazer elas para cá?
— Se o que eu imagino tenha acontecido por aqui, sim – eu respondo – eu vou chegar aqui agora.
— Ok.
Eu desligo o telefone e paro o carro, quando estava saindo do carro , Perpetua aparece na porta e eu a encaro vendo que ela está o tanto quanto nervosa, se tem uma coisa que eu aprendi em todos esses anos ao lado de Perpetua, era quando ela estava tranquila ou nervosa.
— Você veio – Ela fala abrindo um pequeno sorriso.
— É claro que eu vim – eu me aproximo dela e dou um beijo nela mas ela mal corresponde ele e eu estreito os meus olhos a encarando – você está bem?
— Estou apenas cansada, com uma recém-nascida.
— Onde ela está, quero conhecer Liz.
— No quarto – ela responde.
Nós vamos até o quarto onde as duas meninas estão dormindo, eu me aproximo de Liz e abro um sorriso vendo o quanto ela era linda e parecida com Perpetua.
— Ela é linda,assim como você é ,meu maior desejo sempre foi ser pai e você realizou esse sonho. – eu olho para ela sorrindo e ela estava toda sem graça.
— Você está com fome? – ela pergunta e eu vejo que tinha a ponta de um envelope embaixo do colchão cama.
— Eu quero um café.
— Ok – ela fala saindo do quarto. - Eu esqueci de comprar, vou pegar na minha tia – ela volta falando.
— Não demore – eu respondo.
— Ok.
Eu sinto quando ela fecha a porta e eu puxo aquele envelope de baixo do colchão e vejo que era um dossiê com todos os meus crimes, eu vou até a sala e coloco o dossiê dentro da minha mochila, bem que eu tinha desconfiado que alguma coisa estava acontecendo, ainda mais quando me disseram que tinha um homem estranho fazendo perguntas sobre mim, eu pensei em todo mundo e até mesmo desconfiei de Perpetua.
Eu sinto quando ela entra dentro do quarto e vai para cozinha, eu saio do quarto e vou encontrar ela para ver a sua reação quando eu falasse a ela que a gente iria embora.
— Estou achando você estranha – eu falo.
— Só estou cansada – ela responde – Liz tem 20 dias, não tem sito noites fáceis.
— Eu sei e é por isso que eu tomei uma decisão. – eu falo
— Qual? – ela pergunta rapidamente querendo a resposta.
— Nós vamos embora em algumas horas – eu respondo e ela me olha nervosa.
— Como? quem vai embora?
— Eu, você e as meninas.
— Você está louco? – ela pergunta.
— Não – eu respondo – eu quero a minha mulher e a minha filha e minha sobrinha junto comigo
— Mas aqui tem minha tia – ela fala.
— Ela vem depois com nós – eu respondo a encarando .– essa madrugada vamos nós, arruma as coisas das meninas enquanto eu tomo meu café.
Kaique – eu a interrompo.
— Você tem algum motivo para não ir comigo? – eu pergunto para ela.
— Claro que não
— Então, arruma as coisas –eu falo e ela apenas assente a cabeça.
Eu mando uma mensagem para um dos meus parceiros dentro da delegacia e ele me responde rapidamente.
‘’ Fique tranquilo, quando chegarem no Rio de Janeiro vai está tudo pronto para a prisão dela.’’
Você realmente achou que iria medir forças comigo Perpetua?