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Capítulo 4:O entrelaçamento das memórias

Na manhã seguinte, a casa girou lentamente, banhada por uma luz dourada filtrando através das cortinas. Clara, que passou uma noite agitada voltando para a cama, levantou -se diante de todos os outros. Ela precisava de um momento para si mesma, para organizar seus pensamentos. Longe da aparência inquisitiva de Emma, a ternura da pedra e, acima de tudo, da intensidade silenciosa de Lucas.

Clara decidiu sair para uma caminhada matinal. A cidade natal, com suas ruas de paralelepípedos e suas casas com persianas coloridas, parecia quase inalterada apesar dos anos. No entanto, toda esquina que ela estava atirando trouxe de volta lembranças que tentou esquecer. A padaria local, onde ela e Emma compraram croissants quentes depois da escola. A antiga livraria, agora fechada, onde Clara passou horas passando por romances de aventura. E, é claro, este café à beira do rio, onde ela se sentou com Lucas em uma tarde pacífica que parecia pertencer a outra vida.

Sentado em um banco de frente para o rio, Clara sentiu a calma da água acalmá -la. Mas uma voz familiar demais interrompeu esse momento de descanso.

- "Você está começando a me evitar de manhã, Clara?» »

Ela se virou para ver Lucas, as mãos nos bolsos, um sorriso quase perceptível nos lábios. Como ele sempre apareceu quando ela estava procurando com precisão para evitá -lo?

-"Não é você que eu evito, Lucas", respondeu ela, sua voz mais afiada do que havia planejado. "Às vezes eu só preciso ficar sozinho.» »

Ele se sentou ao lado dela sem pedir permissão. - "Eu entendo. Mas você não pode se esconder para sempre.» »

Clara suspirou, olhando para longe. - "Não é isso que eu faço.» »

- "Sério? Ele perguntou, seu olhar olhando para o seu.

O silêncio se acalmou, pontuado apenas pelo farfalhar da água. Clara sentiu seu coração bater mais rápido, mas ela se recusou a mostrar. Ela queria manter o controle, não ceder a essa onda de emoções que ameaçavam sobrecarregá -la.

Enquanto isso, em casa, Emma e Pierre estavam preparando uma reunião informal para reunir alguns amigos íntimos antes do grande dia. Pierre, ainda organizou, supervisionou os preparativos com eficiência silenciosa, enquanto Emma cuidou da decoração com seu entusiasmo habitual.

- "Você sabe, Pierre, acho que Clara está um pouco perdida", confidenciou Emma, ajustando um buquê de flores. "Dói -me vê -la assim. Ela sempre foi quem parecia saber para onde estava indo, mas agora ..."

Pierre colocou uma mão reconfortante em seu ombro. -"Talvez esse retorno aqui seja mais difícil para ela do que ela deixa aparecer. Mas é forte. Com um pouco de apoio, ela encontrará o caminho.» »

Emma assentiu, seu olhar se perdendo por um momento à distância. Ela prometeu falar com Clara mais tarde, para lembrá -la de que ela não estava sozinha.

No final do dia, a casa caiu com a chegada dos convidados. Risos e vozes encheram as peças, criando uma atmosfera quente. Clara, embora um pouco relutante no início, acaba se misturando com a multidão, impulsionada pela energia contagiosa de Emma.

Enquanto conversava com um grupo de convidados, sentiu a presença de Lucas não muito longe. Ele não estava tentando se aproximar dela, mas seu olhar parecia estar procurando por ela em todos os movimentos que ela fez. Isso a perturbou mais do que ela queria admitir.

Emma, ainda atenciosa, notou essa dinâmica. Ela pegou Clara pelo braço e a treinou em um canto tranquilo.

- "Clara, o que é essa tensão entre você e Lucas? Você age como estrangeiros, mas há algo, certo?»

Clara sentiu que o calor se levantou nas bochechas. - "Não é nada, Emma. É apenas ... complicado.» »

Emma cruzou os olhos, como se estivesse tentando ler nas entrelinhas. - "Clara, você sabe que pode me dizer tudo. Se Lucas fez alguma coisa ..."

- "Não", respondeu Clara rapidamente. "Não é isso. Só que há muito passado entre nós. E é ... difícil.» »

Emma parecia fazer outras perguntas, mas Pierre os interrompeu a apontar que o jantar estava pronto. Clara entra nessa distração como uma bóia da vida.

No jantar, Clara se viu mais sentada em frente a Lucas, como se o universo conspirassem contra ela. As conversas ao redor da mesa eram leves e cheias de humor, mas Clara teve problemas para relaxar. Sempre que ela olhava para cima, ela encontrava o olhar de Lucas e era de tirar o fôlego.

Emma, fiel ao seu papel como anfitrião, fez o seu melhor para incluir todos em discussões. Ela e Pierre correram anedotas no encontro, desencadeando risadas e sorri entre os convidados.

- "E você, Clara", de repente perguntou a Emma, um sorriso malicioso no rosto. "Conte -nos algo engraçado sobre a nossa juventude.» »

Clara pulou um pouco, pego de surpresa. Ela procurou em sua memória e acabou contando uma história embaraçosa, mas engraçada, sobre uma excursão fracassada que eles fizeram de bicicleta. A história fez todo mundo rir, até Lucas, e por um momento, Clara se sentiu um pouco mais leve.

Mas enquanto a noite estava avançando, ela não pôde deixar de notificar que Lucas parecia mais silencioso, como se ele pensasse profundamente. Quando ela conheceu seu olhar novamente, ele deu um sorriso fraco, mas seus olhos traíram uma certa melancolia.

A noite estava chegando ao fim e os convidados começaram a sair. Clara, emocionalmente exausta, entrou no jardim para pegar um pouco de ar. As estrelas brilhavam no céu, e o ar fresco da noite acalmou sua mente atormentada.

Ela ouviu passos atrás dela e, sem se virar, sabia que era Lucas.

- "Ainda fugindo?" Ele perguntou gentilmente.

Clara fechou os olhos por um momento antes de se virar. - "Não desta vez.» »

Lucas parecia surpreso com sua resposta, mas ele permaneceu em silêncio, esperando que ela falasse.

Clara inspirou profundamente, procurando palavras. Ela não sabia se poderia explicar a ela o que sentia, mas sabia que não podia continuar a ignorá -la.

Ela não respondeu imediatamente. Ela estava consertando um ponto imaginário no horizonte, como se tivesse que encontrar forças para continuar essa conversa que ela havia evitado por tanto tempo. Finalmente, ela virou a cabeça em sua direção, sua expressão que é calma e determinada.

- "Muito bom, Lucas. Se você quiser respostas, você as terá. Mas ouça -me até o fim.» »

Lucas assentiu, seu olhar cheio de apreensão, mas também com esperança. Ele se sentou no banco ao lado dela, deixando uma distância suficiente entre eles para se sentir confortável.

-"Eu saí, Lucas, porque você me quebrou", ela começou, sua voz trêmula, mas firme. "Como você quer saber?" Então, deixe -me dizer a você. »»

Ela inspirou profundamente antes de continuar.

-"Aquele dia ..." A voz dela quebrou um pouco antes de se recuperar. "Naquele dia, você teve que vir comigo e Emma a esta galeria de arte. Ela estava tão animada, você se lembra? Mas no último minuto, você cancelou, dizendo que tinha trabalho.» »

Lucas franziu a testa, tentando se lembrar. Clara continuou, sem dar tempo para responder.

- "Emma ficou decepcionada, mas ela insistiu que nós de qualquer maneira, você e eu devemos nos juntar a nós mais tarde. Mas depois da galeria, fui ao parque para levar um pouco de ar antes de entrar. E foi aí que eu te vi.» »

Lucas abriu a boca para falar, mas Clara levantou a mão para detê -lo.

- "Não, Lucas. Deixe -me terminar. Eu te vi com outra mulher. Você estava ... perto. Muito perto. E então você a beijou.» »

Sua voz enfraqueceu, mas seus olhos permaneceram fixos em Lucas. Ele permaneceu congelado, o choque e a culpa liam em seu rosto.

- "Eu não entendi na época. Eu disse a mim mesma que tinha que estar errado, que não poderia ser você. Mas era você, Lucas. O mesmo homem que me disse que eu era o universo dele, que prometeu que nada e ninguém jamais poderia nos separar.

Lucas passou a mão sobre o rosto, visivelmente perturbado. - "Clara, eu sinto ... me desculpe. Eu não sabia que você viu isso.» »

Clara balançou a cabeça, uma risada amarga escapando de seus lábios. - "Você está arrependido?" Realmente ? É tudo o que você tem a dizer? »»

- "Não, espere. Lucas se endireitou, procurando suas palavras." Sim, aconteceu. E não vou procurar desculpas, porque não há nenhuma. Mas esse beijo ... foi um erro. Um erro horrível. Essa mulher, ela ... ela nunca contou para mim. »»

Clara olhou para ele, seus olhos cheios de raiva e dor. - "Um erro? Um erro, Lucas? Então, por que você estava com ela naquele dia? Por que dar a ele algo que você me prometeu?» »

Lucas parecia responder, mas ele olhou para baixo, incapaz de apoiar seu olhar.

-"Não tenho uma boa resposta", ele sussurrou finalmente. "Eu poderia lhe dizer que estava perdido, que duvidava de que não era o que eu realmente queria. Mas nada disso justifica o que fiz. Sei que machuquei você, Clara. E eu me culpo todos os dias.» »

Clara limpou os punhos, tentando dominar as emoções que se levantaram nela. - "Lucas, não é apenas o beijo. É a traição. Você poderia ter me contado sobre o que sentiu, o que estava errado. Mas você escolheu mentir. E ao fazer isso, você destruiu tudo o que construímos juntos. »»

Lucas parecia estar à beira das lágrimas, mas se forçou a falar. - "Clara, não posso mudar o passado, mesmo que eu quisesse de todo o coração. Mas se você me der uma chance, farei tudo para reparar o que quebrei.» »»

Clara balançou a cabeça, os olhos brilhantes de lágrimas que ela se recusou a deixar fluir. - "Não é tão simples, Lucas. Não sei se posso te perdoar por isso.» »

Lucas assentiu lentamente, respeitando sua resposta. Mas antes que ela pudesse sair, ele acrescentou:

- "Clara, eu sei que não é suficiente, mas sinto muito. Realmente. E não importa o que você decida, quero que você saiba que nunca parei de amar você.» »

Clara levantou -se, incapaz de ficar mais um segundo. Ela caminha em direção à casa, um coração pesado, mas um pouco mais leve do que antes. Ela finalmente compartilhou parte desse fardo que usava há tanto tempo. Mas ela sabia que era apenas o começo e que ainda tinha um longo caminho a percorrer.

Na manhã seguinte, a luz solar gentil banhou a casa, mas Clara ainda não estava pronta para enfrentar o dia. Sentada na beira da janela do quarto, ela observou o jardim, deixando seus pensamentos caírem. Ela falou com Lucas, havia revelado parte da verdade sobre sua partida. Apenas parte, quem o preocupou e essa traição no parque. No entanto, isso não foi suficiente para aliviar o peso que ela tinha em seu coração.

Ela sabia que tinha que conversar com Emma agora. A amizade deles merecia a verdade. Mas como Emma reagiria? Ela nunca sabia o que Clara havia descoberto naquele dia. E Clara optou por fugir, em vez de enfrentar as consequências dessa revelação.

Inspirando profundamente, Clara desceu as escadas. Na cozinha, Emma estava em pleno andamento, cercada por notas, flores e listas sem fim para os últimos preparativos para o casamento. Apesar do fadiga óbvia, seu entusiasmo iluminou a peça.

- "Olá, Clara!" Dormiu bem? Emma perguntou, levantando os olhos para a amiga.

Clara esboçou um sorriso forçado. - "estava bem. Você parece oprimido esta manhã.» »

Emma deu de ombros, seu sorriso brilhante. - "Você sabe, esta é a última linha reta. Quero que tudo seja perfeito. Pierre merece isso.» »

Clara observou sua amiga por um momento, seu coração apertando. Ela não podia continuar escondendo a verdade dela. Não com tudo o que ela sabia.

-"Emma, posso te dizer por um tempo?" Perguntou Clara, sua voz trêmula.

Emma franziu a testa levemente, intrigada, mas ela assentiu. - "Claro. Espere um segundo. Ela colocou suas anotações de lado e se aproximou de Clara. -" O que é? Você parece sério. »»

Clara inspirou profundamente, procurando suas palavras. - "Eu ... há algo que tenho que lhe contar. Por que saí há dez anos.» »

Emma parecia surpresa com essa abertura, mas permaneceu atenta. - "Estou ouvindo você.» »

Clara sentou -se à mesa, Emma tomando seu lugar na frente dela. Por um momento, ela hesitou, mas sabia que não podia voltar agora.

- "Você se lembra do dia em que Lucas nos disse que não poderia vir à galeria de arte porque tinha trabalho?» »

Emma assentiu, um leve sorriso nostálgico nos lábios. - "Sim, eu me lembro. Fiquei decepcionado, mas você me convenceu a ir lá de qualquer maneira.» »

Clara olhou para baixo, as mãos tremendo um pouco. - "Depois da galeria, fui dar um passeio no parque para obter um pouco de ar fresco. E foi aí que eu a vi.» »

Emma dobrou os olhos, confusa. - "Dado quem?" »»

Clara olhou lentamente para a de Emma, seus olhos brilhantes de emoção. - "Lucas. Eu o vi no parque com uma mulher. Eles estavam próximos e ... ele a beijou.» »

O silêncio que se seguiu foi quase ensurdecedor. Emma permaneceu imóvel, seu sorriso gradualmente desaparecendo. Ela piscou, como se estivesse tentando tratar as palavras de Clara.

- "Você viu Lucas ... beijando alguém?" Ela perguntou gentilmente, sua voz tremendo um pouco.

Clara assentiu, incapaz de dizer mais uma palavra. Ela sentiu uma onda de culpa entrando nela, mas sabia que Emma precisava entender.

Emma balançou a cabeça, como se ela se recusasse a acreditar no que acabara de ouvir. - "Por que você não me disse nada na época, Clara? Por que ... por que você manteve isso para você?»

Clara olhou para baixo, incapaz de apoiar o olhar de sua amiga. - "Eu não sabia o que fazer. Você tinha um bom relacionamento com Lucas, e eu não queria destruir isso. Então eu pensei que era melhor sair.» »

Emma permaneceu em silêncio, seus olhos fixos na mesa. Ela parecia perdida em seus pensamentos, como se estivesse tentando reconstruir as peças do quebra -cabeça.

- "E você saiu porque tinha visto isso?" Ela finalmente perguntou à sua voz quase audível.

Clara inspirou profundamente. - "Não apenas. Havia ... outro motivo, mas não estou pronto para falar sobre isso. Ainda não.» »

Emma finalmente olhou para cima, suas feições marcadas por uma dor que Clara nunca quis infligir. - "Eu ... não sei o que dizer. Lucas ..."

Clara entregou sua mão, procurando oferecer um pouco de conforto. - "Sinto muito, Emma. Eu sei que deveria ter dito a você. Mas eu não queria te machucar.» »

Emma inspirou profunda, suas mãos tremendo um pouco. - "Clara, eu ... eu tenho que pensar sobre isso. Tenho que conversar com Lucas.» »

Clara assentiu. - "Eu entendo. Lamento ter escondido isso por tanto tempo.» »

Emma levantou -se lentamente, seus movimentos quase mecânicos. - "Obrigado por me dizer, Clara. Eu ... vou levar um momento para digerir tudo isso.» »

Ela saiu da sala, deixando Clara sozinha à mesa, seu coração pesado de arrependimento. Ela sabia que essa conversa era apenas um primeiro passo, mas esperava que a amizade deles pudesse sobreviver à verdade.

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