Capítulo 5: Máscaras da verdade
A manhã estava macia, mas um véu de incerteza parecia pairar na casa. Conversas do dia anterior haviam deixado traços. Clara, apesar de suas revelações em Emma, ainda se sentia presa em seus pensamentos. Ela sabia que a tempestade que havia desencadeada inevitavelmente causaria reações em cadeia.
Enquanto isso, Lucas e Pierre foram ofuscados para passear pela propriedade. Os dois irmãos compartilharam um relacionamento complexo. Lucas, o ancião, sempre trouxe o peso das expectativas dos pais em seus ombros, enquanto Pierre, mais relaxado e afável, parecia estar navegando com a sombra de seu irmão. Hoje, porém, os papéis foram revertidos: pedra, curiosa e um pouco preocupada, queriam entender o que perturbou Lucas.
- "Você está estranhamente silencioso desde esta manhã", observou Pierre, caminhando ao lado de seu irmão. "E eu sei que não é por causa dos preparativos para o casamento.» »
Lucas deu de ombros levemente, olhando direto na frente dele. - "Nada importante.» »
Pierre sorri suavemente. Ele conhecia muito bem seu irmão para se enganar. - "Lucas, eu não sou Emma ou Clara. Eu sei quando você esconde algo.» »
Lucas parou e suspirou profundamente, passando uma mão sobre o pescoço. - "Vamos apenas dizer isso ... algumas lembranças que eu preferiria esquecer ter voltado para me assombrar.» »
Pierre cruzou os braços, o ar intrigado. -"Tem uma conexão com Clara, certo?» »
Lucas virou a cabeça em direção ao irmão, surpreso. - "Como vai ...?" »»
- "Vamos ver", interrompeu Pierre. "É óbvio. Desde que chegou, você parecia um homem prestes a explodir. Então, o que realmente está acontecendo?» »
Lucas permaneceu em silêncio por um momento, hesitando em revelar tudo. Mas Pierre era seu irmão. Se havia uma pessoa que pudesse entender, era ele.
- "Clara viu algo, anos atrás", começou Lucas. "Algo que não posso apagar. E agora ela o mantém responsável por isso.» »
Pierre franziu a testa. - "O que exatamente?" »»
Lucas olhou para baixo, envergonhado. - "Ela me viu beijando outra mulher.» »
Um silêncio se acalmou, apenas quebrado pela música distante dos pássaros. Pierre, primeiro incrédulo, acaba balançando a cabeça com um toque de exasperação.
- "Lucas, sério?" É por isso que ela saiu? »»
- "Sim", respondeu Lucas, sua voz cheia de arrependimento. "E eu não posso culpar.
Pierre colocou a mão no ombro de seu irmão, procurando as palavras certas. - "Escute, eu não vou te julgar." Mas você precisa entender que não pode fugir de seus erros para sempre. Se você realmente quer piorar a situação com Clara, deve ser honesto com ela. »»
Lucas assentiu lentamente, mas uma sombra passou por cima do rosto. - "Não é só isso, Pierre. Nossos pais nunca realmente aceitaram Clara. Eles pensaram que não era" bom o suficiente "para mim.» »
Pierre beliscou os lábios, visivelmente chateado. - "Ainda essa história?" Eles nunca entenderam que dinheiro e status não definem uma pessoa. »»
Lucas suspirou. - "Eles têm sua visão das coisas. Para eles, Clara foi uma distração, um obstáculo às minhas responsabilidades para os negócios da família.» »
Pierre riu, amargo. - "O negócio da família ... sempre esse maldito negócio. O que você sabe? Às vezes me pergunto se nossos pais percebem como as expectativas deles nos pesam.» »
Os pais de Lucas e Pierre, proprietários de uma das maiores empresas da região, eram figuras influentes, mas distantes. O Império Familiar deles, centrado em outra cidade, moldara suas vidas, mas também impôs pressões consideráveis aos dois irmãos. Emma, apesar de sua curiosidade natural, não sabia tudo sobre essa realidade. Clara, por outro lado, nunca havia sido aceita por essas figuras exigentes.
Pierre retomou, com um olhar sério. - "E Emma?" Ela não sabe nada sobre isso, certo? »»
Lucas balançou a cabeça. - "Não. Para ela, nossos pais são apenas convidados esperados no casamento.» »
- "E Clara?" Perguntou Pierre.
- "Clara sabe que eles não gostaram", admitiu Lucas. "Mas ela não sabe a extensão de suas opiniões.» »
Pedra suspirou profundamente. -"Talvez seja hora de deixar as coisas claras, Lucas. Não apenas com Clara, mas com Emma também. Eles merecem saber.» »
Lucas permaneceu em silêncio, o peso de suas decisões pesando pesadas em seus ombros. Ele sabia que Pierre estava certo, mas a verdade parecia aterrorizante.
Enquanto isso, Emma estava na sala de estar, perdida em seus pensamentos. As letras de Clara estavam em sua mente. Ela não podia ignorar o que havia aprendido, mas não sabia como abordá -la com Lucas. Finalmente, ela se levantou, determinada a obter respostas.
Ela encontrou Lucas no jardim, sentado em um banco, seu olhar fixado no horizonte. Hesitante, ela se aproximou gentilmente.
-"Lucas", disse ela em voz suave.
Ele olhou para ela, surpreso. - "Emma. Você está bem?» »
Ela assentiu, mas sua expressão séria traiu suas verdadeiras emoções. - "Eu tenho que falar com você. Sobre Clara.» »
Lucas se endireitou um pouco, pronto para ouvir. - "Estou ouvindo você.» »
Emma se inspirou profunda antes de fazer sua pergunta. - "Ela disse algo para mim ontem. Ela me disse que viu você beijando outra mulher há dez anos. É verdade?» »
Lucas fechou os olhos por um momento, a culpa visível em seu rosto. - "Sim, isso é verdade. Mas não é o que você pensa, Emma.» »
Emma cruzou os braços, cético. -"Então me explique. Porque, por enquanto, parece muito com uma traição.» »
Lucas passou a mão no rosto, procurando suas palavras. - "Foi ... complicado. Na época, eu estava passando por um período difícil. Fiquei perdido, e essa mulher era ... uma distração. Mas nunca parei de gostar de Clara.» »
Emma permaneceu em silêncio, o olhar penetrante. - "Você estava perdido?" É tudo o que você tem como desculpa? Você percebe o que você fez, Lucas? Você quebrou Clara. E agora você tenta minimizar suas ações. »»
Lucas abaixou a cabeça, incapaz de responder.
Emma continuou, sua voz tremendo um pouco com emoção. - "Clara se escondeu por mim por anos para não me machucar. Ela usava esse fardo sozinho, quando foi você quem estava errado.» »
Emma balançou a cabeça, decepcionada. -"Talvez você não possa. Clara você amou, Lucas. E você a traiu. Não é algo que é facilmente reparado.» »
Lucas permaneceu em silêncio, absorvendo as palavras de sua irmã. Ele sabia que ela estava certa, mas não podia desistir de Clara. Ainda não.
Em outra peça, Pierre observou a cena de longe. Ele sabia que os próximos dias seriam decisivos, não apenas para Lucas e Clara, mas também para sua família. E ele estava pronto para apoiar seu irmão, o que quer que aconteça.
No lugar de Clara
Clara estava sentada sozinha em seu quarto, seu olhar perdido no vazio. A conversa com Emma voltou para ela em um loop, cada palavra ressoando como um eco doloroso. Ela finalmente havia revelado parte da verdade, mas isso não foi suficiente para apaziguar seu coração. Ela se sentiu vulnerável, exposta, como se tivesse aberto uma porta que nunca poderia fechar.
Ela se levantou e caminhou até a janela, observando o jardim abaixo. As memórias de Lucas e essa mulher no parque retornaram a ele, brutal e insistente. Lembrou -se da dor que sentiu naquele dia, uma dor que tentou reprimir por anos. Mas agora tudo voltou à superfície, e ela não sabia como gerenciar essa tempestade interna.
Clara colocou a mão no copo frio, seu olhar se perdendo no horizonte. Ela se perguntou se havia feito a escolha certa quando voltou aqui. Talvez ela devesse ter ficado longe, continuando a fugir. Mas parte dela sabia que ela não podia fugir para sempre. Ela teve que enfrentar seu passado, mesmo que quisesse reviver ferimentos que ela havia tentado esquecer.
Ela pensou em Emma, sua amizade, tudo o que eles haviam compartilhado. Emma era seu pilar, seu apoio, quem a ajudou a passar pelos momentos mais sombrios de sua vida. E agora Clara teve a impressão de trair essa amizade, revelando uma verdade que poderia mudar tudo.
Mas não era apenas Emma. Era Lucas. Clara se perguntou se poderia um dia perdoá -la. Ela se lembrava de suas palavras, suas promessas, tudo o que eles compartilharam. E, no entanto, ele quebrou tudo isso em um instante. Como ela poderia confiar nela novamente? Como ela poderia acreditar em suas desculpas, em seus arrependimentos?
Clara fechou os olhos, deixando uma lágrima correr sobre sua bochecha. Ela sabia que tinha que ser forte, mas se sentia tão frágil. Ela queria seguir em frente, mas não sabia como. E nessa confusão, ela se sentiu perdida, como uma criança procurando seu caminho na escuridão.
Em Lucas
Lucas estava sentado no banco do jardim, os cotovelos encostados nos joelhos, as mãos presas. Ele olhou para o chão, perdeu em seus pensamentos. A conversa com Emma o abalou. Ele sabia que havia cometido um erro, mas ouvindo as palavras de Clara através de Emma reacenderam a dor que tentou ignorar por anos.
Lembrou -se desse dia no parque, desse momento em que deixou suas dúvidas e insegurança assumirem. Esse beijo, essa mulher, tudo isso nunca fez sentido para ele. Foi um erro, uma distração, mas ele sabia que não era nada. Ele traiu Clara e pagou o preço.
Lucas passou a mão sobre o rosto, frustrado. Ele queria reparar as coisas, mas não sabia como. Clara estava tão distante, tão fria, e ele não podia culpá -lo. Ele sabia que havia quebrado algo nela, algo que ele nunca pode ser reconstruído.
Ele pensou em Pierre, seus pais, tudo o que eles esperavam dele. Os negócios da família sempre foram uma fonte de pressão, uma responsabilidade que ele não podia ignorar. E Clara, com sua doçura, sua autenticidade, havia sido um refúgio para ele, uma fuga deste mundo de lição de casa e expectativas. Mas seus pais nunca haviam aceitado Clara. Para eles, ela não era boa o suficiente, não é forte o suficiente, nem rica o suficiente. E Lucas, apesar de seu amor por ela, deixou essas opiniões influenciarem suas ações.
Ele se levantou e caminhou até a cerca do jardim, olhando à distância. Ele sabia que tinha que falar com Clara, explicar a ele, para mostrar que ele era sincero. Mas ele estava com medo. Medo de que ela não acredite, com medo de rejeitá -lo. E, no entanto, ele não podia desistir. Ele teve que tentar, para ela, para eles.
Lucas inspirou profundamente, procurando a força para continuar. Ele sabia que o caminho seria difícil, mas estava pronto para fazer qualquer coisa para recuperar a confiança de Clara. Porque, apesar de tudo, ele o amava. E ele não podia imaginar sua vida sem ela.
