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Capítulo 3:Os ecos do presente

O sol havia subido suavemente, banhando a casa de Emma com uma luz dourada. Clara, incapaz de dormir, já estava sentada no terraço, as pernas dobradas contra o peito e uma xícara de café fumando nas mãos. O perfume do café flutuava no ar pacífico, mas em sua mente, era o caos.

Desde sua chegada, todo momento foi marcado por uma estranha mistura de nostalgia e desconforto. O riso de Emma, tão sincero, parecia dolorosamente contrastante com o peso das memórias que ela usava. E depois havia Lucas. Sempre Lucas.

Emma se juntou a Clara no terraço, seu sorriso brilhante iluminando a sala. Ela usava um vestido leve e sandálias, um contraste que atingiu o ar sério de Clara.

- "Já levantou?" Emma perguntou, tomando seu lugar ao lado dela. "Eu pensei que você ainda dormiria depois de toda essa viagem.» »

Clara assentiu gentilmente, bebendo um gole de café. "Eu não dormi muito bem. Muito em mente.» »

Emma colocou uma mão reconfortante no ombro de Clara. "Eu sei que esse retorno não é fácil para você, mas espero que você acabe se sentindo um pouco em casa aqui. Afinal, era nosso lugar favorito, você se lembra?» »

Clara esboçou um sorriso nostálgico. As memórias de sua adolescência juntos retornaram por ondas, da tarde para explorar a cidade, para compartilhar segredos e sonhos. Emma era sua âncora em um mar de incerteza, e Clara prometeu sempre estar lá para ela. Mas agora ela sentia que estava carregando um fardo que não podia compartilhar.

- "Ainda está na minha casa, de certa forma", sussurrou Clara. “Mas muita coisa mudou.» »

Emma se levantou com energia, atingindo suas mãos. "Vamos lá, pare de gritar preto, Clara!" Hoje é um dia especial. Temos um milhão de coisas para fazer antes do casamento. Estou contando com você. »»

Clara deu de ombros as sobrancelhas, divertida, apesar de si mesma. "Estou aqui, certo? Você pode contar comigo.» »

O resto da manhã era um turbilhão de preparativos. Eles passaram horas escolhendo as flores, finalizando os menus e experimentando amostras de bolo. Clara seguiu Emma em todos os lugares, tentando se concentrar no momento presente, mas cada lugar parecia reviver uma memória. Como esta pastelaria, onde ela e Lucas compartilharam um bolo de chocolate durante o primeiro encontro, ou neste parque onde passaram horas conversando sobre seus sonhos.

Quando eles deixaram uma loja de decoração, Clara sentiu que seu telefone vibrava no bolso. Ela o levou para ver uma mensagem de Lucas: "Temos que falar. Hoje à noite. Não vou sair até que você tenha respondido". Seu coração estava abraçando.

Emma notou a mudança de expressão de Clara. "Está tudo bem?» »

-"Sim, sim, nada importante", ela respondeu rapidamente, colocando o telefone no bolso. Mas suas mãos tremeram um pouco.

À noite, o jantar era uma mistura de risadas e conversas animadas, Emma estando no centro das atenções. Clara, no entanto, sentiu -se fora de sintonia. Ela cuidadosamente evitou atravessar o olhar de Lucas, que estava sentado do outro lado da mesa.

Após a refeição, quando todos começaram a se dispersar, Lucas se levantou e atravessou a sala para Clara. Ela tentou esgueirar -se, mas ele gentilmente colocou a mão no braço.

- "Clara, espere.» »

Ela se virou devagar, seu rosto calmo, mas seus olhos traindo uma tempestade interna. "Lucas, eu disse que não tinha nada a dizer.» »

-"E eu disse a você que não vou deixar sem resposta", ele respondeu firmemente, mas sem raiva. "Venha. Temos que conversar em algum lugar em particular.» »

Ela hesitou, dando uma olhada em Emma, que conversou alegremente com outros convidados. Lucas seguiu seu olhar. "Vai ser rápido.» »

Finalmente, Clara assentiu. Eles saíram em silêncio, afastando -se da casa para encontrar um lugar tranquilo no jardim. As estrelas brilhavam acima de suas cabeças, e o ar fresco da noite parecia mais pesado do que ele deveria.

Lucas se virou para ela. "Por que é tão difícil para você falar, Clara?" Eu sou realmente a única pessoa a culpa pelo que aconteceu? »»

-"Não é uma questão de culpar", respondeu ela, olhando para o olhar. "É apenas ... complicado.» »

Ele suspirou, passando uma mão no cabelo. "Tudo é complicado, Clara. Mas se não fizermos nada, ainda é assim para sempre. É isso que você quer?»

Clara permaneceu em silêncio, o olhar fixado no chão. Ela quis dizer algo, mas as palavras pareciam presas na garganta. Finalmente, ela sussurrou: "Não sei se é sobre falar sobre isso.» »

Lucas deu um passo à frente, mas permaneceu a uma distância respeitosa. "É usado para mim. Porque você sempre conta para mim, Clara.» »

Ela olhou para ele, seu coração batendo furiosamente. Mas antes que ela pudesse responder, o riso da casa interrompeu a troca deles. Clara aproveitou a oportunidade para fugir rapidamente, deixando Lucas sozinha no jardim.

Nos dias que se seguiram, Clara continuou concedendo entre as responsabilidades de seu papel amigável e confrontos persistentes com Lucas. Cada conversa parecia aproximá -los do momento em que tudo foi revelado, mas Clara ainda não estava pronta.

A tensão aumentou em um entalhe durante um passeio organizado por Emma para os convidados. Todos eles se viram fazendo uma viagem de barco, e Clara sentiu que a pressão cresceu quando Lucas encontrou maneiras sutis de se aproximar dela. Sempre que ele falava com ele, seu tom era macio, quase protetor, mas isso só aumentou o peso que ela sentia.

Emma, por sua vez, parecia tocar os laços sem perceber. Ela sempre encontrou razões para aproximar Clara e Lucas, ignorando completamente a história que estava tocando diante de seus olhos.

O sol banhou a paisagem com luz radiante enquanto Emma, sempre transbordando de energia, guiava o grupo em direção ao cais, onde um pequeno barco os esperava. A viagem de barco foi a idéia de Emma, é claro: uma maneira de reunir todos em um cenário encantador e comemorar um pouco antes do grande dia. Clara, apesar de relutante no início, finalmente cedeu sob o entusiasmo incentivo de sua amiga.

- "Você vai adorar, eu prometo a você!" Isso nos lembrará nossos passeios de verão quando éramos adolescentes ", disse Emma, um sorriso radiante pendurado em seus lábios.

Clara estava satisfeita com um sorriso fraco em resposta, sua mente já preocupada. Ela não conseguiu perceber que Lucas também estava presente, vestido de uma maneira descontraída, mas com o mesmo ar confiante que a deixou nervosa. Eles estavam passando uma tarde inteira juntos, confinados ao barco. A perspectiva não era a mais tranquilizadora.

O grupo subiu no barco, Emma e Pierre liderando a acusação, seguidos por amigos e parentes. Clara se colocou estrategicamente nas costas, na esperança de se misturar na decoração. Mas Lucas, fiel ao seu hábito desde o seu retorno, parecia determinado a não facilitar sua tarefa. Ele se sentou não muito longe dela, seu olhar fixando o horizonte, mas Clara sentiu sua presença como uma sombra constante.

O motor do barco ronronou suavemente e eles se afastaram do cais. A brisa da Marinha acariciou seus rostos, trazendo uma lufada de ar fresco que acalmava um pouco a atmosfera tensa. O riso claro de Emma ressoou quando ela brincava com Pierre, e Clara encontrou algum conforto na alegria de sua amiga.

- "Então, Clara, ainda tão silenciosa?" Perguntou Lucas de repente, sua voz suave, mas tingida com um toque de diversão.

Clara virou a cabeça lentamente, tentando esconder seu aborrecimento. - "Eu aproveito a paisagem, isso é tudo.» »

Lucas tem uma sobrancelha, um sorriso enigmático surge em seus lábios. - "Espero que não seja por minha causa que você está tão trancado.» »

Clara suspirou, olhando para longe. - "Você tem certeza, Lucas. Nem sempre é sobre você.» »

A troca deles não escapou Emma, que se aproximou, ignorando deliberadamente a tensão entre os dois. - "Vamos lá, vocês dois!" Aproveite um pouco! Veja como é linda aqui. »»

Emma entregou um copo de suco a Clara e outro em Lucas. Então, com um sorriso cúmplice, ela se afastou para se juntar a Pierre, deixando os dois ex -amantes cara a cara.

Enquanto o barco derivava lentamente no meio do rio, o silêncio entre eles se tornou cada vez mais pesado. Clara tentou se concentrar na beleza da paisagem - água com gás, as árvores cercadas pela costa e o canto dos pássaros que ressoaram no ar.

Mas Lucas parecia ter outros planos.

-"Clara, você realmente não mudou, você sabe", disse ele lentamente, quebrando o silêncio novamente.

Ela deu a ele um olhar surpreso. -"E o que você quer dizer com isso?»

- "Você sempre tenta manter tudo por si mesmo. Como se tudo sozinho iria piorar as coisas. Mas às vezes compartilhar o que você sente pode ajudar.» »

Clara Crisp, os dedos apertando o copo que ela estava segurando. - "Você não me conhece mais, Lucas. Então pare de afirmar que sabe o que é bom para mim.» »

Lucas a observou por um momento, seus olhos tentando desvendar suas defesas. Mas antes que ele pudesse responder, Emma interveio novamente, desta vez com uma proposta para o grupo.

- "E se jogássemos um jogo?" Como nos bons velhos tempos! Eu faço uma pergunta e todos devem responder. »»

Protestos leves e risadas subiram entre os convidados, mas Emma, determinada, insistiu. - "Vamos lá, será divertido.» »

Ela fez a primeira pergunta, um clássico inofensivo: "Se você pudesse estar em qualquer lugar do mundo neste momento, onde estaria?» »»

As respostas fundidas: Paris, as Maldivas, Nova York ... Quando foi a vez de Clara, ela hesitou.

-"Aqui", ela acaba dizendo gentilmente. O olhar surpreso de Lucas Troubla, e ela se apressou em acrescentar: "Não que eu não tenha lugares onde eu prefiro estar, mas aqui está ... pacífico.» »»

O jogo continuou, com perguntas e respostas leves que lançaram risadas calorosas. Mas Clara permaneceu em guarda, ciente de que Lucas, embora divertido com o jogo, olhou para ela com mais frequência do que ela gostaria.

Enquanto o barco se virou para voltar, o sol estava começando a dormir, morrendo no céu de tons de ouro e roxo. Emma, ainda rindo e conversando, parecia perfeitamente em seu lugar, cercado por aqueles que ela amava. Mas para Clara, o dia foi cansativo.

Lucas se aproximou de uma última vez antes de agirem. - "Obrigado por vir hoje. Isso significava muito para Emma. E ... para mim também.» »

Ela olhou para ele, tentando adivinhar suas intenções. Ele não parecia zombar, apenas sincero. Ela assentiu, mas não respondeu.

De volta para casa, Clara, discretamente, levou tanto para encontrar um pouco de solidão. Sentada na beira da janela do quarto, ela olhou para as estrelas. As palavras de Lucas ainda ecoavam em sua mente. Apesar de seus esforços, ele sempre parecia encontrar uma maneira de se infiltrar em seus pensamentos.

Clara suspirou, sentindo o peso do passado pesando sobre ela. Ela sabia que não podia evitar Lucas para sempre. Um dia ou outro, ela teria que enfrentar seus próprios demônios. Mas esse dia ainda não havia chegado.

No dia seguinte à viagem de barco, Clara acordou com uma estranha sensação de calma misturada com um toque de apreensão. Ela ouviu pratos da cozinha e se levantou para chegar ao resto da casa. Após sua chegada, ela encontrou Emma e Pierre em plena discussão animada enquanto preparava o café da manhã.

Emma, vestida com um avental florido, riu quando Pierre desajeitadamente tentou quebrar um ovo sem causar danos. Era uma cena simples, mas reconfortante, e Clara não pôde deixar de sorrir. Vendo Emma tão feliz iluminou o peso que ela usava um pouco.

- "Ah, nosso convidado de honra está finalmente acordado!", Exclamou Emma quando viu Clara entrar na cozinha. "Venha sentar, vamos preparar panquecas para você como nos bons velhos tempos.» »

- "Vejo que você está em ação", respondeu Clara, estabelecendo -se à mesa. "E Pierre, eu não sabia que você era um chefe em ascensão.» »

Pierre riu. - "Chefe? Você ri? Eu sou um desastre itinerante na cozinha, mas Emma insiste que cozinhamos juntos. Aparentemente, faz parte da construção de um casal sólido.» »

Emma deu um leve golpe no ombro, falsamente chateado. - "E funciona, certo?" Olhe para nós, somos uma equipe perfeita! »»

Clara observou suas trocas com uma certa admiração. Havia uma fluidez natural entre eles, uma ligação que apareceu nos menores gestos. Pierre lançou piadas pequenas, Emma retaliou a risada e seu carinho mútuo era palpável. Isso o lembrou como o relacionamento deles evoluiu ao longo dos anos.

Emma e Pierre se conheceram alguns anos depois que Clara deixou a cidade. Emma havia dito a Clara, em suas cartas e ligações, como a história deles havia começado. Pierre, ainda cavalheiro, conquistara o coração de Emma com sua paciência e charme discreto. Juntos, eles haviam superado os desafios e seu amor parecia inabalável hoje.

- "Então, Clara", disse Pierre, segurando um prato cheio de panquecas de ouro. "Emma costuma falar comigo sobre você. Ela diz que você é como uma irmã para ela.» »

Clara sorri lentamente. - "Ela sempre exagera, mas é verdade que estamos próximos. Estou feliz por ela ter encontrado você. Você está bem comparado.» »

Emma Gloussé, depositando um beijo na bochecha de pedra. - "E você, Clara?" Quando vou me divertir interpretando os cientistas para você? »»

Clara corou um pouco, evitando o olhar curioso de Emma. - "Sem precipitação. Estou bem como estou.» »

Mas Emma não incomodou. - "Oh, vamos lá!" Alguém tem que fazer você sorrir. »»

Pierre, sentindo o constrangimento de Clara, interveio com o tato. -"Emma, deixe -a em paz. Ela acabou de voltar. Dê um pouco de descanso.» »

Emma levantou as mãos como um sinal de capitulação. - "Ok, ok. Mas eu mantenho isso em um canto da minha cabeça.» »

Após o café da manhã, Emma treinou Clara em uma caminhada improvisada para discutir os detalhes mais recentes do casamento. Enquanto isso, Pierre ficou em casa para estabelecer formalidades com o fornecedor. Ao andar lado a lado nas ruas de sua cidade natal, Clara sentiu a emoção de Emma a cada palavra.

- "Pierre é incrível, você sabe", disse Emma, olhos brilhantes. “Ele me apóia em tudo o que faço. Mesmo quando estou estressado e insuportável, permanece calmo. Não sei o que fiz para merecer alguém como ele.» »

Clara assentiu com um sorriso sincero. - "É perfeito para você. Você pode ver o quanto ele te ama, mesmo em pequenas coisas.» »

Emma abraçou a mão de Clara, um gesto simples, mas significativo. - "E você, Clara?" Eu realmente espero que você encontre esse tipo de amor também. Você merece alguém que olha para você como uma pedra olha para mim. »»

Clara sentiu uma onda de calor, mas também de tristeza. Ela sabia que Emma queria o melhor para ela, mas o amor parecia ser uma noção distante e complexa para Clara nesta fase de sua vida. Muitas lembranças, muitas lesões.

Enquanto eles continuavam a caminhada, Emma disse a uma anedota de pedra que estoura de rir, uma risada real que ela não teve há muito tempo. Naquele momento, ela lembrou por que veio. Não para Lucas, não para confrontos do passado, mas para Emma. Honrar sua amizade e apoiar sua felicidade.

O dia fluiu rapidamente, pontuado por discussões leves e momentos de cumplicidade entre Emma e Pierre. Clara, embora às vezes perdida em seus pensamentos, encontrou conforto na atmosfera quente que cercava o casal. À noite, quando o grupo se encontrou para o jantar, Clara observou que Emma e Pierre trocaram um cúmplice e um olhar tenro.

Não era apenas uma união de amor, mas também uma parceria forte e equilibrada. Clara não pôde deixar de se perguntar se um dia teria uma conexão com alguém. Mas, por enquanto, ela estava contente em saborear a felicidade de sua amiga.

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