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3. Não lugar como o lar

Anastasiya não entendeu porque Anzhelika não ficou feliz por Merverine estar viva e decidiu se afastar dela, pensando que ela não quisesse mais ser sua amiga nem de Merverine.

— Ela deve estar com medo de nós, porque pensa que somos loucas. Bem… Nós somos, mas ela também é. — Anastasiya disse, deitando-se ao lado de Merverine e abraçando-a.

— Venha comigo, Anastasiya? Tem visita. — Falou Lena séria.

— Quem é? — Disse Anastasiya sentando-se. — Meu tio?

— Não, querida. São seus pais. — Respondeu Lena.

— Merverine pode vir comigo? — Perguntou Anastasiya pegando a mão dela.

— Claro. — Lena sorriu.

Anastasiya puxou Merverine pelo braço e seguiu Lena até uma sala pouco usada, onde seus pais esperavam por ela. Lena deixou-os a sós. Anastasiya colocou Merverine em uma cadeira e sentou-se ao lado dela. Então, encarou seus pais, sorrindo. Feliz por vê-los.

— Puxa! Que legal! Se lembraram que tem uma filha! — Falou Anastasiya.

— Soube que o Yvan andou te visitando nos últimos meses e não negue! — Falou Alan, ele era parecido com o irmão mais velho, mas só fisicamente, porque os dois pensavam de forma muito diferente e não se davam bem.

— E daí? — Anastasiya deu de ombros e colocou as mãos sobre a mesa, entrelaçando os dedos.

— Como? E daí? É por causa da influência dele que você está aqui nesse lugar! Alguns repórteres começam a questionar o que ele tanto faz aqui, quem visita. Demos um duro danado para nos manter afastados de escândalos todos esses anos e desassociar o sobrenome Dubrov de Yvan para agora todos descobrirem que você é sobrinha dele. — Falou Alan.

— Não pode proibir meu tio de me ver. Não tem esse direito! — Falou Anastasiya, brava.

— Ah, tenho! — Falou Alan. — Mas conheço Yvan. Ele não se dá por satisfeito até conseguir o quer, por isso, você vem conosco! Pode arrumar suas coisas! Já falei com o médico. Você volta conosco, hoje mesmo!

— Mas… — Anastasiya não podia ir assim sem se despedir dos outros, e especialmente de seu tio.

— Vai voltar para a casa conosco, querida. Não é maravilhoso? — Audrey apertou a mão dela e sorriu.

— Não! Eu não posso ir assim! E a Merverine? Não posso deixá-la! Ela precisa de mim! — Falou Anastasiya e colocou a mão na cabeça de Merverine.

— Mas ela é só uma… — Disse Alan.

— Uma louca? — Disse Anastasiya o interrompendo. — E o que eu sou para você, pai? — Anastasiya afastou sua mão da de sua mãe, magoada. — Não vou a lugar algum sem a Merverine.

Audrey e Alan se encararam por um momento e Audrey disse a filha:

— Se ela é tão importante para você, faremos o possível para que ela venha conosco. Tá bem?

— Porque os pais dela não se importam mesmo com ela. Fale com eles? Acredito que não negarão esse pedido e a deixarão vir conosco. — Falou Anastasiya.

— Sim, querida. Faremos isso. — Disse Audrey e suspirou.

Lena ajudou Anastasiya a arrumar suas coisas, despediu-se dela e anotou o número de seu celular em um papel e deu a ela, dizendo que se precisasse, poderia ligar sem hesitar.

Anastasiya e Merverine entraram no carro e voltaram para a sua cidade que ficava, não muito longe da capital. Ainda, assim, seus pais continuaram preocupados com ela, e acabaram decidindo mandá-la para uma cidade distante da capital, para que Yvan não a encontrasse. Compraram uma casa lá, mas não poderiam ficar com Anastasiya por causa do trabalho de Alan. Então, Alan ligou para Lena. Conversou com ela e a convenceu a morar com Anastasiya para tomar conta dela – ou melhor, vigiá-la – e mantê-la longe de qualquer possibilidade de contato com o tio. Lena aceitou pelo salário – praticamente o dobro do que ganhava no hospital – e, também, porque, gostava de Anastasiya. Audrey duvidou que Lena pudesse ser suficientemente capaz de tomar conta de Anastasiya, sendo tão jovem, mas Alan disse que Anastasiya se sentia à vontade com ela e confiava nela, portanto, ela seria perfeita.

Anastasiya gostou da nova casa por causa da localização e da vista. Qualquer um reclamaria de morar no meio do nada, numa cidadezinha onde Judas perdeu as botas, mas não Anastasiya. Tudo ali lhe parecia fascinante. Era o bosque, o lago, o parque abandonado que ficava ali perto e tudo o mais.

Seus pais compraram um salão no centro e fizeram uma reforma do gosto de Anastasiya para ela fazer ali sua loja de bonecas. Eles não deveriam alimentar sua obsessão por bonecas, mas naquele momento, para mantê-la distraída e longe de Yvan, atenderiam a qualquer capricho dela.

|Oito meses depois…

Anzhelika finalmente voltara para sua casa, mas não estava feliz. Estava apavorada e muito insegura. Voltar de repente para sua antiga vida, sua antiga casa e seu antigo colégio era assustador e, também, ela não estava pronta para rever Talya ou Abel… Não depois do que eles fizeram com ela. Não os odiava, mas sentia-se traída, especialmente por Talya, em quem ela sempre confiara.

E Daniel? O que pensar dele, então? Ele sempre a defendera desde que os dois eram crianças. Como ele pudera deixar que Talya, Abel e Veronika fizessem aquilo com ela?

Anzhelika trancou-se em seu quarto e deitou-se em posição fetal em sua cama. Ah, era tão chato estar de volta! Certamente, todos a zoariam porque ela estivera no hospício todo esse tempo.

† † †

Como todas as tardes, Lana saiu com Daniel, Abel e Veronika. Os quatro costumavam ir para o antigo parque Di Maureova – que pertencia à família de Abel –, ficar chapados e gravar vídeos sem noção.

Lana e Daniel estavam muito íntimos para o gosto de Abel; de mãos dadas, sussurrando um para o outro o tempo todo e rindo baixinho.

— Vocês dois estão, tipo, ficando? — Perguntou Abel.

— Tá perguntando por quê? — Disse Daniel o encarando.

Abel deu de ombros.

— Hmm… Por nada. Curiosidade. — Respondeu o ruivo.

— Nós somos só amigos. — Disse Lana.

— Sério? Sou seu amigo e você não me trata assim. — Falou Abel, mas logo se arrependeu de ter dito aquilo porque Veronika e Daniel riram.

— Ah, que bonitinho! Ele tem uma queda por você, Lana!— Falou Veronika.

— Claro que não. Para de falar besteira! Ela nem faz meu tipo. — Falou Abel, irritado.

— Oh, que pena! Porque você faz o meu. — Disse Lana.

Abel a encarou e por um momento, quase acreditou, quase…

— Não faço não. Você prefere caras como o Damir. Me admira que o esteja traindo justamente com o Daniel. — Falou Abel.

— Ei, amigo… Também não precisa tirar! — Falou Daniel ofendido.

Lana virou o rosto, nervosa. Abel sempre dizia o que pensava e aquilo a incomodava.

— Foi mal! — Falou Abel a Daniel, e quando percebeu que Lana estava chateada, se desculpou com ela, também. — Desculpa, Lana? Não devia ter dito isso. A vida é sua e você faz o que quiser.

— E também, ninguém é de ninguém. — Falou Veronika e deu um trago em seu cigarro. — Assim é a vida… Você trai ou é traído. Prefiro a primeira opção.

— É… Pior que você tá certa, Nika. Quem não bate, apanha. — Abel pegou o cigarro da mão dela e deu um trago.

— Eu já volto. — Disse Lana, levantando-se.

— Ei, onde você vai? — Perguntou Daniel segurando a mão dela e a encarando.

— Fazer xixi. — Ela respondeu e soltou a mão dele e se afastou.

— Você quer? — Abel ofereceu o cigarro a Daniel.

— Não. Tô de boa. — Respondeu Daniel, esquisito.

— Eu acho que nós deveríamos elevar o nível dos nossos vídeos, velho, porque estão uma droga. Cada vez temos menos curtidas. — Veronika disse a Abel, ignorando Daniel, como costumava fazer algumas vezes. Não o fazia de propósito, mas porque dava atenção a uma pessoa por vez, e agora, sua atenção estava voltada a Abel.

— Eu já tô querendo é parar com essa porra toda. Isso não dá em nada. — Falou Abel.

— Não podemos parar agora ou seremos fracassados. — Falou Veronika.

— Ah, mas fracassados, é o que somos! — Falou Abel rindo e balançou a cabeça.

— Não. Não somos. — Falou Veronika. — O que falta é planejamento e investimento de nossa parte. Se fizermos algo pra valer, bem-feito… Veremos bons resultados.

— Investimento? Quer dizer, grana? É, eu sou montado na grana. Mas de quanto estamos falando? — Falou Abel, interessado.

Daniel aproveitou que os dois não estavam reparando nele, se levantou e foi atrás de Lana, a encontrou mais adiante, parada em frente ao trem fantasma, acendendo um cigarro que não era de maconha. Ele sabia que ela só fumava quando estava nervosa ou ansiosa. Devagar, ele se aproximou dela, que estava de costas para ele, agarrou sua cintura e beijou seu pescoço.

— Daniel? — Ela sussurrou de uma forma que o deixou excitado. Ele a virou para seu lado e a beijou, envolvendo-a com carícias ousadas.

— Você não tem medo do escuro, tem? — Daniel sussurrou no ouvido dela.

Ela recuou e o encarou.

— Na verdade, um pouco. — Ela confessou.

— Mas você confia em mim? — Ele perguntou, acariciando o rosto dela.

Ela fez que sim com a cabeça.

Ele pegou a mão dela e a levou até o trem fantasma. Estava escuro, mas depois que seus olhos se acostumavam à escuridão, ficava mais fácil se mover e enxergar algumas formas.

Daniel a colocou contra a parede e voltou a beijá-la e acariciá-la, com desejo. Ele ergueu a blusa dela e sorriu quando percebeu que ela estava sem sutiã. Apertou seus seios. Ela gemeu. Ele abriu sua calça e meteu suas mãos embaixo da saia dela, puxando sua calcinha. Estava prestes a penetrá-la quando ela puxou o cabelo dele, o empurrou e se afastou com um grito. Ele ficou parado sem entender o que estava acontecendo e ouviu-a chorando. Aproximou-se dela, devagar.

— O que foi? Eu assustei você? Se for isso, desculpe. Juro que não foi minha intenção. — Daniel disse.

— Eu a vi, Daniel! Eu a vi! — Disse Lana.

— Quem? A Nika? — Perguntou ele.

— Não. Não era a Nika. Acho que era… “ela”. Você sabe… — Falou Lana.

Daniel riu.

— Ah, por favor? Não me diga que acredita em fantasmas?! Qual é? Você sabe que isso tudo é lenda, né? — Falou Daniel tocando os ombros dela.

— Lenda, coisa nenhuma! Pelo menos três moças foram assassinadas aqui. — Falou Lana quase gritando.

— Tá… Façamos de conta que fantasmas existam… E daí? Acha que uma dessas coitadas que foram assassinadas aqui nos faria mal? Não mesmo. Relaxe, gatinha? Hum? — Ele deu um selinho nela e passou a mão em sua cabeça. — Deixe que eu cuide de você? Ninguém vai te machucar. Prometo.

Os dois foram para o chão dessa vez sem se importarem se sujariam ou não. Ele a cobriu de beijos e carícias mais uma vez e a penetrou devagar, porque não queria assustá-la. Sabia que ela tinha problemas com sexo e que se sentisse insegura de repente, não iria adiante. Ela o correspondeu… Por um tempo. Daniel era do tipo que só sentia prazer, se desse prazer. Por isso, quando percebeu que ela parou de correspondê-lo, saiu de cima dela. Não tinha porque insistir naquilo. Ela tremia e, por mais divertido que fosse ver alguém com medo, ele não gostava daquilo. Forçar uma garota a fazer aquilo era uma covardia que ele não cometeria.

— Desculpa? — Falou Lana se sentando chorando, enquanto ajeitava sua blusa.

— Não. Tudo bem. — Falou Daniel, calmo e a abraçou. — De boa… Não tem problema.

— De verdade? — Perguntou Lana, surpresa por ele não ficar irritado como qualquer outro garoto em seu lugar provavelmente ficaria.

— Sim. — Daniel beijou a cabeça dela. — Você não é obrigada a nada. Lembre-se sempre disso.

— Obrigada. — Falou Lana.

† † †

— Ei, e o Daniel? — Veronika disse ao perceber que ele não estava mais ali, sentado no gramado ao lado de Abel.

— E você ainda pergunta? — Disse Abel, rindo. — Não é óbvio? Lana e ele estão juntos.

— E o que você acha disso? — Perguntou Veronika.

— Eu não acho nada. — Falou Abel, indiferente.

— Falando no diabo… — Veronika disse.

Abel se virou e viu Lana e Daniel voltando juntos. Lana estava sem graça e não conseguia erguer a cabeça, envergonhada. Daniel parecia calmo como sempre.

— Ui! Olhe eles aí! — Falou Abel rindo.

Lana e Daniel se sentaram. Daniel a abraçou.

— Ai, vem cá, Nika! Nós somos amiguinhos, também. — Falou Abel zoando e abraçou Veronika.

— É, nós somos. — Falou Veronika entrando no jogo dele.

— Seus palhaços! — Daniel revirou os olhos.

Lana se afastou do abraço dele, constrangida.

— Ah! Vocês nem tentam disfarçar… — Falou Abel rindo.

— E parece que isso tá te incomodando, não é?! — Falou Daniel, irritado.

— Relaxa? Eu só tô curtindo com a sua cara! Hum, tá nervosinho, hein? — Falou Abel.

— Parece que hoje, vocês dois trocaram de personalidade porque o Abel tá de boa e o Daniel tá nervoso. — Falou Veronika.

— Eu sabia que te encontraria aqui! — Dmitry apareceu de repente e pegou Lana pelo braço, a puxando.

— Dmitry? — Falou Lana, assustada.

— Qual o seu problema, hein? Por que sempre se comporta como uma vadia? — Gritou Dmitry. — Você devia ter ido direto para a casa quando saiu do colégio!

— Ei, Dmitry? Qual é? Pega leve aí. Ela não tá fazendo nada de errado. — Falou Daniel levantando-se.

— Você não se mete nisso! Ela é minha irmã! — Falou Dmitry.

— Dmitry? Me solte? Tá me machucando. — Falou Lana, chorando.

— Você vem comigo, agora! — Dmitry disse a Lana e saiu, a arrastando.

— Ei, cara? Solta ela! — Gritou Abel, levantando-se e indo atrás deles.

Veronika e Daniel os seguiram.

— Quem você pensa que é? — Dmitry soltou Lana, encarou Abel e o empurrou.

— Tá ficando doido, é?! — Disse Abel e deu um soco em Dmitry. Ele revidou e os dois rolaram no chão, brigando feito cão e gato.

— Faz alguma coisa, Daniel! — Disse Lana nervosa, com medo que os dois se matassem.

Mas Daniel demorou a intervir, indeciso sobre se apartava a briga ou ajudava Abel a dar uma surra em Dmitry.

— Daniel! — Disse Veronika sem saber o que fazer.

Daniel puxou Abel, tirando-o de cima de Dmitry. Veronika correu e entrou na frente de Dmitry quando este quis se aproximar de Abel para continuar a briga.

— Vai embora! — Falou Veronika.

Dmitry se aproximou de Lana e a pegou pelo braço.

— Seu covarde! Se machucar ela, juro por deus que mato você! Me ouviu? — Gritou Abel tentando se livrar de Daniel.

— Se acalma? Desse jeito, só vai piorar as coisas. — Daniel disse a Abel, e quando Lana e Dmitry se afastaram, o soltou.

† † †

Quando chegou em casa, Dmitry soltou Lana e a encarou, esperando que ela se explicasse. Ela não disse nada.

— O que você estava fazendo com aqueles delinquentes? Se drogando? Transando? RESPONDE! — Disse ele, alterado e deu um murro numa mesa ao seu lado.

— Nada. Eu juro. Eles são só meus amigos. — Falou Lana. — Você sabe que o Damir é o meu namorado.

— E nem aquele imbecil você respeita! — Falou Dmitry e revirou os olhos. — Não sabe como estou desapontado com você!

Katya, a caçula dos irmãos, estava na cozinha e, ao ouvir a discussão, se encolheu, assustada.

— O que você quer? Que eu fique trancada nessa casa e enlouqueça como a nossa mãe?! — Falou Lana.

— Meça as suas palavras quando falar da nossa mãe! — Dmitry se aproximou dela, rapidamente.

Ela recuou e bateu as costas na parede. Ele chegou mais perto, encostando seu corpo no dela e a encarando de perto.

— Por que você faz isso comigo? Não percebe que eu só quero o seu bem, irmãzinha? — Ele tocou o rosto dela.

Ela virou a cabeça. Tentou empurrá-lo, mas ele era mais forte.

— Socorro! Katya? Elizaveta? Por favor? — Gritou Lana batendo em Dmitry.

— Cala boca! — Dmitry deu um tapa no rosto dela e a jogou no sofá. Ela levantou-se e saiu correndo em direção à porta. Dmitry foi atrás dela e quando a alcançou, a agarrou pelos cabelos e a empurrou contra a parede, machucando-a.

— Por favor, não? — Implorou Lana.

— Eu não gosto de te machucar, mas você me obriga a isso quando não me obedece. — Falou Dmitry e a virou para o seu lado. — Por que você faz isso? Por que me provoca?

— Desculpa? Eu prometo que vou me comportar. Juro. — Falou Lana.

— Você sempre diz isso, mas não acredito mais. — Falou Dmitry.

— Eu sei, sou uma péssima irmã. Perdoe-me, por favor? — Falou Lana.

— Não faça mais isso. Tá bem? — Falou Dmitry encostando a sua testa na dela, aborrecido. — Não sabe o quanto me importo com você. Não posso permitir que seja como as outras garotas. Você tem de ser perfeita. Entende isso?

— Sim, entendo. — Lana disse, mas não entendia coisa nenhuma. No entanto, diria qualquer coisa para ele deixá-la em paz.

— Eu amo você, sabe disso, né? — Dmitry beijou o rosto dela e a puxou para um abraço apertado.

— Sim, eu sei. — Disse Lana. Aquilo estava longe de ser amor. Ele era doente!

Dmitry recuou, calmo e, um tanto, envergonhado. Nem Lana nem ele se encararam. Katya observava eles com uma faca na mão, pronta para sair em defesa da irmã, caso Dmitry ousasse passar dos limites.

— Pode ir para o seu quarto, se quiser. — Disse Dmitry e não precisou falar duas vezes. Lana saiu correndo.

Katya recuou antes que Dmitry a visse.

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