⋘ CAPÍTULO QUATRO ⋙ Melhor manhã de todas e o pior dia da faculdade.
Klaus D'Angelo.
Acordo enrolado em algo quentinho, abro os olhos e percebo que estou abraçado com o Alex. Nossas pernas estão entrelaçadas uma na outra, minha respiração engatou com isso.
Minha nossa senhora!!!! Eu não queria sair daqui, mais infelizmente tenho que sair.
Me afasto do seu delicioso corpo e sento na cama. Pego meu celular vendo que são sete horas, a faculdade começava de oito horas. — Olho pro Alex que dormia tão lindo, não aguento e acabo tirando uma foto dele.
Vai ser meu papel de parede.
Sorrio com isso e vou indo pro banheiro tomar um banho.
****
Dou um beijo na testa dele e deixo um bilhete pra ele. Saio do quarto e desço as escadas, vou até a cozinha e deixo outro bilhete na porta da geladeira.
Saio da casa dele e tranco a porta e vou até o meu carro, fecho a porta e dou a partida pra faculdade.
Eu não posso acreditar que eu dormir com o Alex, foi o melhor dia da minha vida. Ah, como queria nunca sair daquele abraço.
Sou interrompido com o toque do meu celular, pego ele e coloco no viva-voz.
— Oi, mãe.
— Já está indo pra faculdade?
— Sim.
— Que bom, pensei que ainda estava dormindo.
Sorrio por isso.
— Eu queria estar, mais infelizmente tenho compromisso.
— Bom, então tenha um bom dia, querido.
— Obrigado, mãe.
Ele desliga e continuo dirigindo.
****
Estaciono o carro e desço, solto um suspiro. Eu odeio estar rodeado de tantas pessoas que não seja a minha família. — Caminho em direção ao meu armário, no caminho acabo dando de cara com Leon.
— Ah, bom dia, Klaus. — Ele dá um sorriso.
Ele gosta de mim, mais eu já disse que não tinha o mesmo sentimento. Só que ele não me deixa em paz.
— Bom dia, Leon. — Respondo por educação.
Vou até o meu armário e coloco a minha senha.
— Tudo bem? — Ele ainda está aqui?
— Sim. — Respondo.
Começo a pegar os livros que vão ser usados hoje.
— O que fez de bom ontem?
Caralho, garoto chato.
— Dormir com o meu namorado. — Digo e o deixo pra trás.
Garoto persistente, eu já o rejeitei e ele ainda continua atrás de mim.
Entro na sala e vou até a minha cadeira, quem dera que o Alex fosse meu namorado. Séria um sonho tornando realidade. — Logo o sinal toca e os alunos começam a entrar, em menos de dois minutos a sala já estava cheia.
Logo o professor entra.
— Bom dia, pessoal. — Todos, exceto eu respondem.
— Bom dia, professor.
— Eu andei pensando e resolvi passar um trabalho em dupla, o assunto vai ser sobre recursos humanos. Só que eu quero que você e a sua dupla apresente em o trabalho em inglês.
Todos arregalam os olhos surpreso.
— Mais professor.
Todos começam a protestar.
— Não quero saber, mesmo que seja igual, eu quero apresentar em inglês. Você precisam já estarem preparados pro futuro, vocês tem um mês. Agora irei dizer as duplas.
Ele começa a forma as duplas.
Eu não quero ficar perto de ninguém, eu não sou uma pessoa sociável.
— Alex D'Angelo e Leon Jonas.
Eu não acredito nisso, logo essa peste? Meu Deus, porque o senhor mim odeia?
— Nossa, que sorte. Não é Klaus? — Ele fala todo eufórico.
— Hum. Temos um mês, eu já sei falar inglês, e você? — Questiono tentando controlar a minha raiva.
— Um pouco. — Suspiro. — Mais você pode me ensinar. — Olho pra ele surpreso.
— Não. — Digo sério.
— Então nós dois vai levar menos pontos. Porque, mesmo que você fale perfeitamente, eu sou sua dupla.
Esse idiota está certo.
— Tudo bem, eu posso ensinar a você. — Digo derrotado.
Eu mereço isso.
— Ótimo. Me passa seu número, pra marcamos o dia do ensinamento. — Diz com um sorriso no rosto.
Também sei que ele quer meu número, esse garoto não se toca? Eu não quero ninguém além do Alex.
— Certo. — Entrego meu celular pra ele, fazendo questão de mostrar o papel de parede, que é o meu Alex dormindo.
— Esse é seu namorado? — Pergunta soando seco.
— Sim. Eu dormir na casa dele e aproveitei que ele dormia e tirei essa foto. — Sorrio ao lembrar que acordei abraçado com ele.
Ah, queria nem ter saído do abraço.
— Entendi. Aqui está o meu número. — Ele me devolve o celular e guardo no bolso.
Voltamos a prestar atenção no professor que explicava com séria o trabalho.
****
Assim que as aulas acabam, começo a guardar as minhas coisas.
— Então, quando vamos começar a nossa aula? — Reviro os olhos.
— Irei ver. E é melhor você começar a praticar sozinho também, eu não faço milagres. Só vamos começar a conversar em inglês. — Digo seco.
— Eu sei, mais é melhor sempre praticar com alguém do que sozinho.
— Hum.
Saio da sala sem olhar para trás, vou até o meu armário e guardo os livros. Não quero arriscar e trazer pra casa com o Enzo lá, falando nele.
Ele com certeza vai praticar suas pegadinhas com o Leon, talvez assim ele me deixe em paz.
Olho pro meu lado e vejo o Leon, solto um suspiro.
— Qual é o seu maior medo? — Pergunto como alguém que não quer nada.
— Porque isso do nada? — Questiona confuso.
— Só puxando papo. — Digo indiferente.
— Eu tenho fobia a sapo, morro de medo. Teve uma vez que tinha um sapo dentro de casa, eu desmaiei.
— Hum. — Bom saber. — Irei mandar uma mensagem marcando o dia.
Saio sem esperar sua resposta e vou até o meu carro. Entro e dou a partida pra casa.
****
Entro dentro de casa morrendo de fome, mesmo que tenha comido algo na faculdade.
— Cheguei!!! — Anúncio.
— Bem vindo, querido. — Minha mãe aparece, saindo da cozinha. — Como foi a aula?
— A aula foi de boa, o problema é que tenho um trabalho pra apresentar sobre recursos humanos em inglês.
— Nossa, então você vai arrasar já que sabe inglês. — Aceno.
— Só que o pior de tudo, eu vou fazer dupla com o garoto que gosta de mim, mãe. Eu já recusei ele tantas vezes e ele não larga do meu pé, ver o azar. — Bufo irritado.
— Oh, querido.
— O senhor sabe muito bem quem eu gosto, ele é o único que faz meu coração bater. Se não for ele, não vai ser ninguém. — Ele acena.
— Eu sei, querido.
— E ainda por cima, eu vou ter que aguentar ele por um mês. Ainda vou ter que ensinar ele a falar inglês direito, porque se ele erra, sobra pra mim também.
— Realmente sua situação estar muito complicada.
— Mãe, eu até deixei uma foto do Alex como papel de parede pra ele ver, disse que o Alex era o meu namorado. Mesmo assim, ele não desgruda. — Ele dá um sorriso malicioso.
Já vem.
— Que foto do Alex?
Fico um pouco envergonhado.
— Tirei quando eu acordei, dormimos juntos. Foi a melhor coisa do mundo, ter ele em meus braços. — Fico lembrando da sensação.
— Porque você não conta logo hein?
— Eu só não sei como, mãe.
— Você vai descobrir. Enfim, com fome?
— Muita. — Digo já indo pra cozinha, junto dele. — Falando nisso, cadê os pais e o Enzo?
— Enzo tá dormindo, foi dá um cochilo. Seus pais foram nas empresas deles resolver algo, eles estavam muito irritados. — Faço uma careta.
— Eles bravos é assustador, principalmente o papai Damon.
— Sim, mais já estou acostumado com isso. Nem me assusta mais.
— Sabe, eu lembrei de algo quando era pequeno. — Começo a rir ao lembrar.
— O que?
— Quando eu encontrei o papai Damon na cozinha cheio de sangue, ele ficou tão assustado e sem saber o que fazer. — Ele começa a rir também.
— Damon nunca foi bom com crianças.
Ficamos em silêncio, solto um suspiro e ele coloca o almoço em minha frente, mesmo sendo cinco horas da tarde. Começo a comer sem me importar com nada.
— Mãe? — Chamo sua atenção.
— Sim?
— O que eles pensam sobre eu gostar do Alex?
— Bom, eu não sei, eles nunca falam sobre isso. Mas, eu acho que eles não ligam, porque o Alex é confiável e um bom amigo. Creio eu que se eles não gostassem, nunca deixariam você dormir na casa dele. — Aceno.
Termino de comer.
— Irei tomar um banho e dormir um pouco, estou cansado.
— Vai. — Ele beija minha testa.
Saio da cozinha e pego minha mochila que deixei em cima do sofá e subo. No caminho encontro um Enzo sonolento.
— Já chegou? — Pergunta parando na minha frente.
— Sim. — Pego ele no braço e caminho pro meu quarto.
— Essa é a primeira vez que tu me pega nos braços, o que tu quer? — Pergunta já totalmente despertado.
Coloco ele sentado na minha cama.
— Quero sua ajuda em algo. — Ele cruza os braços e me olha desconfiado.
— Em que?
— Tem um garoto na faculdade que frequento, ele gosta de mim. Mesmo eu o recusando várias e várias vezes.
— E o que eu tenho a ver com isso? — Reviro os olhos.
— Irei chamar ele aqui e quero que você o assuste. — Ele me olha como se eu tivesse criado chifres.
— Tu fumou foi? Eu estou de castigo já e se eu fizer algo assim, pronto. Nunca mais saio de casa na vida.
— Relaxa, assim que você assustar ele, eu irei assumir a culpa. E ainda por cima te dou a metade da minha mesada.
— Hum, agora ficou interessante. — Bufo.
— Mais é um interesseiro mesmo.
— Claro, tu acha mesmo que vou me arriscar sem algo em troca? Tudo bem, eu aceito.
— Ele tem medo de sapos. — Ele dá um sorriso macabro, parecendo todinho o papai Damon.
— Sorte que tenho uns guardado em meu quarto.
— Eu quero que ele me deixe em paz, mais ver se não mata o garoto visse.
— Relaxa, vai depender dele, se ele tiver problema no coração e morrer, não posso fazer nada. — Esse garoto é assustador.
— Tá, irei tomar banho e dormir.
Vou até o banheiro e retiro as roupas, colocando no cesto de roupas sujas.
****
Saio do banheiro com a toalha envolta da minha cintura, reviro os olhos ao ver que ele adormeceu de novo. — Pego um conjunto de pijama cinza e me visto, vou até a cama e subo com cuidado pra não acorda-lo.
Solto um suspiro e puxo ele pro meu braço e logo adormeço com o calor do Enzo em meu corpo.
VOTEM.
COMENTEM.