Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

CAPÍTULO 3= ALINE ME TRAIU

— Tudo bem Mariã, eu também peço desculpas, passei um pouco da conta com você, me perdoa, sei que foi apenas uma brincadeira, é só que não gosto de lembrar isso! — Falou ela com um olhar perdido, pois acreditava seriamente que o que sentia por Cristiano era somente amizade e amor fraternal. E ficou triste por ter perdido o seu melhor amigo, mas acreditava que jamais poderia vê-lo, com outros olhos, senão com olhar de irmã.

Heitor olhava para todos sem entender nada, pois não conhecia a história, Ravi observando a cara de interrogação dele, falou baixinho somente para ele ouvir: —Depois eu te explico!

Ele apenas assentiu, e depois seguiu seus pais para sala, onde ele passou boa parte de sua infância em família. Aquele lugar lhe trazia boas lembranças, ainda mais ao notar que se conservava igual quando ele foi embora dali, ainda lembrava do pranto das suas irmãs, e do olhar triste do seus pais, sempre considerou Diana muito mais sua mãe que sua irmã.

Ao chegar na sala, Mariã pegou na sua mão e falou: — Não sabe como eu fiquei feliz, quando soube que finalmente você havia se livrado das mãos daquela viúva negra, da Aline!

— É mesmo Heitor concordo com a Mariã, ao lado daquela aranha você nunca seria mesmo feliz! —Comentou Luna

— Não posso discordar das suas irmãs! — Concordou Eduardo, sentando-se ao lado dele e oferecendo a ele e a Ravi uísque, enquanto o abraçava novamente.

— Eu e o seu pai, nunca quisemos nos meter em sua vida Lucas, mas sempre achamos que Alice realmente não te amava. — falou também Diana, que sentou de frente com ele enquanto segurava em suas mãos.

— Viu o que eu te falei Heitor, ninguém gostava daquela mulher, você merecia algo muito melhor— comentou também Ravi.

Ele deu uma boa olhada para o seus pais, e viu que Eduardo ainda era um coroa bem apessoado apesar dos cabelos grisalhos, e que Diana continuava uma bela mulher, tanto que seu pai ainda tinha ciúmes dela, ele então falou para todos ali:

— Todos vocês têm razão, pena que eu custei a perceber isso, Aline enganou-me por muito tempo, no entanto, eu descobri a verdadeira face daquela mulher.

— Como assim meu irmão? Pensei que tivesse dito que, deixou ela, apenas porque ela não concordava com o seu desejo, de ir morar na fazenda do Texas? — Perguntou Ravi.

Ele bebeu um pouco do seu uísque, e falou com o olhar perdido: — Aline me enganou, ela tinha um amante e... bem isso é uma coisa que não desejo lembrar-me nunca mais!

Os seus pais, e suas irmãs, ficaram chocados com que ouviram, Ravi, no entanto não ficou nem um pouco, apenas continuou a beber seu uísque enquanto ouvia as suas irmãs falar:

— Eu sabia que aquela aranha não te merecia, ah seu eu pudesse! Arrancava os cabelos daquela mulher! Falou Mariã aborrecida.

— E dessa vez eu também te ajudaria a depenar aquela *songamonga! Falou Luna também.

Heitor riu das suas irmãs, e sabia que as duas eram bem capazes de fazer o que falavam. Afinal ambas eram filhas de Diana, e tinham a personalidade parecida nesse sentido, no entanto falou a elas e a seus pais:

— Não se preocupem, foi melhor assim, e ainda bem que descobri muito antes de nos casarmos, ela nunca me amou, na verdade fui apenas um, marionete nas mãos dela.

— Ah! Meu irmão nem sei o que falar. — falou Diana.

— Tudo bem isso já passou, agora eu voltei para ficar perto de vocês, e francamente, a partir de agora mulher nenhuma, brincará com a minha cara, pois fechei o meu coração para sempre, para esse sentimento bobo que transforma os homens em marionetes e joguetes nas mãos de mulheres interesseiras!

Eduardo, Diana e seus irmãos entreolharam-se, mas nada comentaram, Heitor então fez com que eles mudassem de assunto, e pediu para que todos contassem suas próprias novidades.

Depois todos subiram para dormir, pois teriam trabalho no outro dia, ele queria muito estar bem cedo no Vitória, estava louco para ver o seu Haras novamente. Após todos se recolherem, Diana falou:

— Nossa Eduardo! Você observou isso? — Disse ela mostrando a César a foto do seu avô, com aparentemente a mesma idade de Heitor.

— Sim, Heitor ficou idêntico com seu avô, se antes ele se parecia com ele, agora ele virou uma cópia perfeita!

— É verdade, Heitor virou um belo homem, e espero que um dia meu irmão descubra o verdadeiro amor. E que o mal que essa mulher lhe fez não o faça desistir jamais de encontrar a verdadeira felicidade, assim como nós a encontramos!

— É tudo que desejo para o meu filho, meu amor! Afinal, assim como ele, eu um dia pensei que jamais amaria ninguém, porém Deus, pois em meu caminho você meu amor! Por isso espero muito que meu filho esqueça essa dor que passou, e conheça o verdadeiro amor!

Disse ele pegando nas mãos dela com carinho enquanto subiam as escadas. Ao amanhecer, Heitor pulou da cama, fez a sua higiene pessoal e correu para tomar café.

— Madrugador como sempre, em filho?! Comentou Eduardo ao ver ele no corredor, visto que ele também era madrugador.

— Sim pai! E não imagina como eu estou louco para rever o Vitória!

— Eu imagino sim filho da para ver pelo o seu olhar! Você vai ver, como está ainda mais bonito do que quando saiu daqui, ainda mais com todas as melhorias que foram feitas nos últimos anos!

— Posso imaginar! Sabe me dizer se aquele almofadinha do Ravi já acordou?!

— Almofadinha presente! E doido para deixar um Texano comendo a poeira das patas do meu belo cavalo Ventania!

Falou Ravi que tinha acabado de sair do seu quarto também, Heitor riu e se virando para Eduardo perguntou: — Pai, qual cavalo o senhor me recomendaria para ensinar a esse aprendiz uma bela lição!

— O Tormenta! — disse rindo, ao sair do quarto também, e ouvir a conversa deles no corredor.

— Mãe qual é?! Pensei que você fosse a minha amiga! — Reclamou Ravi, depois saindo do seu as gêmeas também para completar a brincadeira, Luna então completou:

— A mamãe te ama Ravi, mas devemos ser justas com os dois!

— É verdade, e o Tormenta é um cavalo magnífico mesmo Heitor, eu e a mamãe o treinamos, vai ver como ele é perfeito, já ganhou duas taças e para ganhar o Ventania ele é o mais indicado, só precisa de um bom cavaleiro o guiando, e sei que você é o melhor! — Respondeu Mariã sorrindo.

— E eu hein?! — Perguntou Ravi enciumado.

— Você é o segundo melhor, depois de mim!

Brincou Heitor, fazendo todos rirem. Então eles desceram para o café, ele, Eduardo, Ravi e Mariã foram para o Vitória. E Luna pegou o jatinho para São Paulo, tinha o seu próprio apartamento e só viria novamente no final de semana, por isso despediu-se de seus irmãos.

Diana lhe deu tchau para os cinco. E depois seguiu com Fred para as baias, queria ver os novos potros, que haviam nascido recentemente.

Ao chegar no Vitória, Heitor sentiu-se renovado novamente, a felicidade estava estampada no seu rosto, eles quatro passaram a manhã revendo todo o Haras, e disputando corrida numa brincadeira gostosa de irmãos como três crianças, enquanto seu pai se divertia ao vê-los fazer isso.

Ao entardecer, Ravi também despediu-se deles, e seguiu para Goiânia, onde tinha um apartamento que ficava próximo do seu trabalho, porém seu pai já havia lhe dado a sua mansão lá porém estava em reforma, pois Ravi queria deixá-la no seu próprio estilo. Ele trabalhava na empresa do seu pai, e vez por outra viajava para outro país, no lugar dele para fazer negócios, mas diferente de Heitor, ele sempre ficava por pouco tempo.

* Songamonga

Sonso, manhoso, dissimulado. A origem é o termo songamonga, do espanhol falado nas Américas. A palavra é formada por songa, que quer dizer ‘zombaria, gozação’ e por monga, que não significa coisa alguma.

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.