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CAPÍTULO 2= O ENCONTRO

O motorista Francisco sabia que a "peleja" entre ambos, seria a viagem inteira e se divertia, enquanto eles "brigavam" para saber quem era o melhor na montaria, afinal ambos sempre foram assim desde criança e todos os empregados do dr. Eduardo já os conheciam e gostavam dos garotos. A viagem estava calma, pois o trânsito estava fluindo, com tranquilidade.

Quando do nada uma moto atravessou na frente deles, Heitor quase se choca feio com ela, tendo que frear em uma parada brusca, porém a parte traseira da moto encostou na frente do carro fazendo um grande barulho e a desequilibrando momentaneamente, por sorte o piloto foi muito ágil, e habilidoso e conseguiu manter o equilíbrio e não cair.

Heitor notou que era uma bela moto GSX, super moderna, Ravi que era louco por tudo que tinha motor tinha uma daquelas em sua garagem, lembrou ele. Mas ao levantar o olhar ele e notou também que aquela situação tirou a calma do piloto, que o fez baixar o vidro do carro, quando ele baixou, o motoqueiro levantou o visor do capacete, mas quando levantou, Heitor percebeu ser uma mulher, que disparou aborrecida:

— Está maluco?! Você quase me derruba!

Heitor deu uma boa olhada na garota e ficou extasiado diante a beleza dela, ela tinha o rostinho de anjo com os olhos azuis intensos e amendoados. E apesar do capacete, deu para se ver um pouco os fios dos seus cabelos loiros, usava um vestido preto, curto aliás curto demais para alguém tão jovem, ele era de alças finas, com brilhos discretos. E sentada naquela moto, para Heitor foi impossível não observar as suas belas pernas, e o seu traseiro empinado e... que cintura fina! Pensou ele. A moça realmente era uma visão perfeita aos pensamentos impróprios.

Ele então respondeu para ela: — Senhorita, acho que você entendeu errado, foi você quem cortou a minha frente, e ainda amassou o carro do meu irmão, eu é que deveria estar reclamando aqui!

Comentou calmamente Heitor, que lhe sorria de forma debochada, ao observar a forma como a garota abriu e fechou a boquinha, ele riu mais ainda. E observou que ela demonstrou ficar ainda mais aborrecida, e incrédula com as suas palavras, algo dentro dele o impeliu a aborrecê-la ainda mais. Por isso, saindo do carro ao som de várias buzinas atrás dele, ainda acrescentou:

— Acredito que devemos chegar a um acordo senhorita, afinal você deve pagar pelo conserto do carro do meu irmão!

Falou ele sorrindo com malícia, a garota com raiva, franziu o cenho, baixou o visor do capacete, e mostrando o dedo do meio para ele disse:

— Vai sonhando, seu idiota! — Depois, ela acelerou a moto e foi embora, Heitor olhou para Francisco e Ravi que estavam se acabando de rir da reação de espanto dele e disse:

— Mas que garota maluca, e malcriada! Vocês viram isso?! O que está acontecendo com os jovens de hoje em dia?

Foi então que ele percebeu a placa da moto dela no chão, e sorrindo. Juntou-a discretamente, colocando-a no bolso de sua jaqueta, ele não sabia porque mais não desejava mostrar aquilo para Ravi e naquele momento também não sabia o que fazer com a tal placa. Porém, quando ele entrou de volta no carro ouviu seu irmão comentar, para Francisco e ele:

— Também achei meu irmão, mas não vamos negar que a moça era bonita como o demônio! E que belo traseiro, meu pai amado, aquilo é muito tentação para um pobre mortal!

Exclamou ele rindo, e fazendo Francisco rir também, apesar de Heitor está acostumado a ouvir seu irmão comentar coisas como essas com muita frequência, não gostou de ouvir aquilo que ele falou, com respeito aquela mulher, então comentou:

— Menos Ravi! Apesar dela ser uma maluca, devemos respeitar as mulheres, afinal foi isso que sempre aprendemos com Diana e nosso pai, não?

— Tá bom, tá bom irmão! Não está mais aqui quem falou, só estava elogiando, os belos atributos da maluquinha!

Heitor então, ficou pensando a viagem inteira nos olhos azuis da encrenqueira, quando eles chegaram ao jatinho particular, seguiram viagem para Sorocaba, chegando meia noite, ao Estrela, foram recebidos por Fred o Capataz.

Ele ficou no lugar de Paulo quando este se aposentou, ele e Nice compraram sua própria casa, e moram muito próximos dali, Cristiano no entanto morava em Tóquio, pois trabalhava em uma empresa criadora de software modernos para celulares.

Todos sabiam e não era segredo para ninguém que ele foi embora, por conta de sua desilusão com respeito a sua linda vizinha Luna, pois sempre foi muito apaixonado por ela, no entanto nunca foi correspondido. Luna também trabalhava na mesma empresa que ele, mas preferiu ficar na filial do Brasil, pois não desejava ficar longe de seus familiares.

Uma ou duas vezes por semana, ela sai de São Paulo para Sorocaba, pois gostava de estar próximo de seus pais e irmãos, das duas, ela era mais sensível, e também a mais apegada a Heitor, e por coincidência ela estava lá quando ele chegou, ele acordou todo mundo fazendo barulho.

— Pai, Diana! Cheguei! Sou eu o Heitor!

— Seu barulhento! Que matar os coroas do coração?

Falou ravi rindo, Diana e Eduardo, acordaram e desceram as escadas correndo, ao ouvir a voz dele, eles o abraçaram contentes, Diana chorando de felicidade disse: — Quantas saudades, meu irmão! Me dê um abraço aqui!

— Eu também, Diana, não suportaria ficar mais tempo longe de vocês!

— Por que não nos avisou que viria hoje filho? Se tivesse avisado, teria pego você no aeroporto, falou Eduardo.

— Queria fazer uma surpresa pai, só não esperava que meu voo fosse atrasar tanto, por isso só cheguei agora, queria pedir desculpa por isso!

— Ah Heitor! Não importa, o que importa é que essa surpresa foi maravilhosa, meu querido! — Disse Diana o apertando com mais força.

— Menos para mim, que tive que resgatar o safado no aeroporto! — Comentou sorrindo e fazendo drama.

— Que barulheira toda é essa aqui hein? Ninguém dorme mais nessa casa? Falou Mariã com um olho ainda pregado.

— É mesmo gente! tô morrendo de sono e...

Falou Luna, mas se calou ao ver seu irmão ali na sala, sorrindo-lhe de braços abertos, e falando de forma brincalhona:

— Poxa! Mas que bela recepção, são essas suas ingratas? Receber o irmão tão querido, e que vocês dizem amar, desse jeito?!

As duas irmãs se entreolharam, e depois olharam para ele dizendo de forma contente: — Heitor!!! —E depois de dizer isso ambas correram para ele o abraçaram, chorando de felicidade.

— Vem cá vocês duas, suas demoninhas, razão das minhas insônias! Deixa eu olhar para vocês, meu Deus vocês estão lindas!

— Você é muito mais maninho, olha só para você lindo! Aposto que deixou várias texanas, de coração partido! — Brincou Mariã, a mais brincalhona.

— Não tenho esse costume, viu! Eu não me chamo Mariã e muito menos Ravi! — Falou ele rindo.

— Sempre sobra para mim! — Respondeu Ravi levantando as as mãos em sinal de protesto e fazendo todos rirem.

— É verdade Heitor, esses dois são os campeões em destruir corações. — comentou Luna também brincando.

— É até podemos ser, mas não fui eu a causadora de um certo coração partido a última vez. Afinal esse coração saiu daqui totalmente despedaçado e arrasado, tanto que viajou para outro país, só para não continuar sofrendo, enquanto olhava para uma certa “nerd”.

Falou Miriã de forma debochada e maldosa. — O que é Mariã em? Vai começar suas brincadeiras de mau gosto! — Respondeu sua irmã de forma aborrecida.

— Meninas sem discussões, poxa o irmão de vocês volta, depois de tantos anos, e vocês resolvem discutir justo agora? — Repreendeu Eduardo enquanto as encarava com um olhar sério para ambas.

— É verdade meninas, não gosto dessas discussões sem sentido de vocês! — Disse um pouco triste Diana, que vivia tendo que chamar a atenção de ambas, pois elas vez por outra estavam discutindo, ela já havia comentado com Eduardo, que jamais havia visto gêmeas tão parecidas fisicamente, e tão diferentes em personalidade como a ambas.

Tanto que Luna, não morava com eles no Haras, ela diferente de Mariã que adorava viver ali. Luna nunca se acostumou com o estilo de vida deles, na verdade, ela preferia a cidade, e morava em São Paulo, passava a vida pesquisando coisas complexas demais para Diana entender. Elas baixaram a cabeça, então Mariã pediu desculpa: —Desculpa, Luna!

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