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Capítulo 4

— Kim, e Rafa! - Apertou a mão dele.

Ele sustentou o olhar no meu, antes de virar para os amigos.

— Esse é o Pedro, Diego, Camila e a loirinha ali é a Gabi.

— E juntos nós formamos os rebeldes de Garindé. - Pedro falou e deu um sorriso meia lua.

Todos eles eram bonitos e atraentes, Pedro com cabelos cumpridos pretos e bagunçado, pele tão branca que a bochecha chegava a ser vermelha, Diego tinha a pele morena, cabelo baixo e um olho verde de perder o fôlego. Era muito verde. Camila parecia ser a mais tímida, com o cabelo amarrado em um rabo de cavalo alto preto azulado, e olhos tímidos.

— Dãããr! - Todos viraram os olhos em resposta a piada do Pedro.

— O que trouxe vocês aqui? Faculdade, aposto. - Diego perguntou, percebi que Lucas ainda me olhava.

— Sim. Direito e medicina. Vocês fazem? - Kim responde.

— Fala sério? Não sei nem porque existe faculdade aqui. São poucos alunos, muita desistência, principalmente de pessoas de fora. - Gabi explicou.

— Mas todos os professores são altamente capacitados para formar vocês. Eu faço Biomedicina, e são ótimas aulas e a faculdade é a única coisa em perfeito estado nesse lugar.

— Assim eu fico chateado! - Lucas brincou e eu sorri. Ele sorri de volta, fazendo com que a minha bochecha esquente.

— Não é nada pessoal, você sabe. - Ela respondeu.

— E você, não fala? - Lucas me perguntou.

— Nossa! - Os amigos deles fizeram um coral.

— Lá vai ele. - Pedro sussurrou para todos ouvirem.

— Qual é, só perguntando. - Falou na defensiva.

— Primeira dica. - Gabi veio ao meu lado, jogando o braço no meu ombro. Sinto o cheiro de bebida misturada com seu perfume feminino - Ele é um safado.

Depois de algumas garrafas de cerveja já estávamos socializando mais, ficamos conversando com as meninas enquanto vez ou outra os meninos jogavam piadinhas. Era uma turma engraçada e descontraída.

Pedro era irmão mais novo do Lucas, e Diego era o amigo de infância deles. Gabi morava aqui desde pequena e Camila também, todos eles nasceram e nunca saíram dessa cidade, o motivo eles não falaram e fugiram do assunto por diversas vezes, só percebi isso depois das fortes cotoveladas que a Kim me dava quando eles desviavam da resposta.

Fui conferir o horário no meu celular, e vi diversas chamadas perdida da minha mãe. Pedi licença e fui andando para ligar pra ela, se ela sonhasse que eu já estava em bar, ia vir até aqui pessoalmente me buscar, coisa que eu adoraria, mas após perceber Lucas me olhando novamente, não queria tanto.

— Rafaela! Enfiou esse celular no c...

— Calma! - Falei antes que ela terminasse.- Estava no silencioso, e estava conversando com a minha amiga que a propósito é super legal.

— Que saco! Fiquei assustada. Você fala um monte de coisa dessa cidade e de repente some. Mas então, como estão as coisas?

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