Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

O resgate dos seres fantásticos

Durante o dia, Dorg e Winsome aproveitaram o momento com a irmã do rapaz. Eles conversaram, comeram, buscaram se conhecer e não esperaram que Winsome tivesse a vida que tem. Ela e Vults, o amigo dela que é um goblin, se conheceram quando foram banidos de seus reinos. Os motivos foram que descumpriram com as leis que foram impostas nos dois reinos. Vults acabou por destruir uma estátua que foi do deus dos goblins, enquanto Winsome acabou matando por engano a princesa dos centauros. Depois desses incidentes, para não serem punidos, foram banidos. 

Depois disso, eles acabaram se conhecendo enquanto estavam vagando pelas florestas. Vults estava sendo encurralado por três ogros, quando Winsome aparece para usar suas flechas e matá-los. Ela jurou não matar mais, no entanto, teve que quebrar essa regra, se queria que Vults estivesse bem. Eles ficaram amigos em seguida e foi quando depois de alguns meses vagando nos reinos dos humanos, acabaram sendo sequestrados por Seatlin e seus capangas. 

— É uma história de vida interessante. — Disse Molly. — E você pretende ficar aqui em Tarayth? 

Winsome estava na janela comendo. Os centauros eram muito altos, medindo cerca de dois metros de altura. Ela tinha metade do corpo para fora. 

— Se o meu amigo quiser, nós vamos. Por mim tudo bem, até porque o seu irmão é bem legal. — A centauro sorri para o seu novo amigo. 

— Seria legal mesmo. — Molly estava feliz pela nova amizade que os dois fizeram. 

Assim passaram a tarde conversando, mas Dorg não ficou muito tempo, tinha que elaborar o plano de resgate para ajudar Winsome. 

Depois que anoiteceu e Molly foi dormir, por volta das onze horas da noite, Dorg e Winsome estavam prontos para resgatarem os seres mágicos sequestrados. 

— Esse Seatlin é muito forte? — Indaga Dorg. 

— Sim. Ele é um dos magos mais poderosos do Reino dos Magos, mas eu não entendo por que ele decidiu contrabandear seres mágicos. — Responde Winsome. 

Ambos estavam caminhando de uma forma discreta para que nenhum guarda percebesse a presença deles. Dorg tinha falado com Le que tinha que sair de Tarayth para resolver umas pendências em Lordsson, reino onde ele morava. Le conheceu Winsome e ambos se deram muito bem, apesar do cavaleiro não saber como ela entrou em Tarayth. 

Estavam agora na floresta e caminhavam por aí. Estavam procurando por Seatlin e seus capangas. Winsome estava na frente, porque ela sabia onde eles estavam nesse momento. Buscavam ficar no mesmo lugar, o que era um problema para eles. 

Depois de alguns minutos de caminhada, eles encontram um acampamento. Estavam escondidos atrás de algumas árvores, enquanto observavam o acampamento que tinha três barracas, uma fogueira acesa com a carne de um animal morto que estava esquentando, mas pelo visto, eles já degustaram da carne. Ao redor estavam as jaulas e eram cinco seres mágicos. Um minotauro, uma fênix, um dragão, uma fúria e um goblin. 

— Lá está ele. — Winsome aponta para o goblin. 

Ele era pequeno, tinha mais ou menos cinquenta centímetros de altura, usava um suspensório e tinha os pés descalços. Sua pele era verde, os olhos amarelos, as orelhas pontudas e as unhas das mãos e pés compridas, mas não tanto. 

— Aquele é o seu amigo? — Indaga Dorg. 

— Sim. — Responder Winsome. 

A espada de Dorg brilha e ele avança. A centauro fica observando e ele assume a forma de Galord. Ele olha para Winsome e fala:

— Destranque os seres mágicos. Deixe aqueles três comigo. 

— Está bem. — Responde Winsome. 

Galord e a centauro avançavam o que não tardou de chamar atenção dos três que estavam planejando ir para outro reino para vender os seres mágicos. 

— Droga! Eles nos descobriram! — Disse Seatlin, que não teria gostado. — Homens! Peguem aqueles dois! 

— Na verdade, eu quero resolver as contas com vocês. — Disse Galord. 

Seatlin começou a rir e fala:

— Cuidem da centauro. O cavaleiro é meu. 

— Certo. — Respondem os capangas. 

Winsome vai até uma das jaulas e destranca o minotauro. Os dois homens pareciam um pouco assustados, pois se mostrarem uma ameaça, não seriam perdoados pelos seres mágicos. Mas tinham que cumprir com a tarefa, no entanto, o minotauro avança até eles e saem correndo, mas o minotauro para. Só queria deixar eles assustados. 

— Não se preocupe. Eles não vão incomodar. — Disse o minotauro. 

Winsome sorriu para ele e foi destrancar os outros. Conforme ela os liberava, eles faziam cobertura dela para que liberasse o último. Finalmente chegou o momento de liberar Vults. Este, quando foi liberado, pulou nos braços da centauro e abraçou. 

— Minha amiga! Você veio me salvar! — Disse o goblin. 

— Claro que sim. Sempre estarei dando o meu melhor para lhe livrar do pior. — Responde a centauro. 

Era bonita a amizade dos dois. A centauro olha para os seres mágicos e sinaliza para eles saírem. Obedeceram. Ela não tinha medo dos capangas de Seatlin, que ficaram parados que nem bobos onde estavam. Não sabiam mais o que fazer, então, decidiram esperar Seatlin derrotar Galord. 

Na luta entre o mago e o cavaleiro, Seatlin fala:

— Você se acha o maioral, não é mesmo? Mas eu darei um jeito em você rapidinho. 

Galord, que apresentava uma expressão séria, respondia:

— Veremos. 

Seatlin concentra magia em suas mãos e era uma magia de cor azulada. Ele lança na direção de Galord, que rebate com a sua espada. O mago se surpreendeu, pois isso poderia tê-lo desarmado. Decidiu analisar rapidamente a espada de seu adversário e suspeitou tê-la visto em algum lugar. 

Galord parte para cima. Ele era veloz. Seatlin se assusta e usa magia de teletransporte. Ele aparece atrás do cavaleiro e solta um raio nas costas dele. Galord sai rolando no chão e se levanta rapidamente. Pelo visto, o ataque do mago não foi grande coisa para ele. 

— "Esse homem… Será mesmo o que estou pensando?"— Pensa Seatlin. 

Galord usa sua velocidade novamente, mas Seatlin se teleporta e aparece atrás dele, mas antes que fosse fazer qualquer coisa, Galord se vira cortando o ar. Por sorte o mago tinha se esquivado, senão teria perdido a cabeça. 

O cavaleiro tenta atacá-lo novamente. Seus golpes eram velozes. Seatlin teve que usar uma magia de proteção, projetando alguns espelhos à sua frente. No entanto, Galord conseguiu quebrá-los. 

— "Mas não é possível ".— Pensa Seatlin, enquanto estava projetando mais espelhos de magia. — "Como um cavaleiro pode quebrar a magia de um mago? Isso é impossível! Mas será que a espada dele é a responsável por isso? Nunca vi um cavaleiro usar uma espada como aquela ".

Galord aponta a espada para Seatlin e estava com os cabelos quase cobrindo seus olhos. Estava determinado em vencê-lo. Seatlin pelo visto não tinha como derrotá-lo, já que ele conseguia quebrar qualquer tipo de magia. Mesmo que usasse uma magia de manipulação, deduzia que Galord fosse quebrá-la, já que ele se mostra ser superior à magia. 

— Bem, eu desisto. — Disse Seatlin. 

Todos, que estavam presentes, mostraram-se surpresos. Seatlin era conhecido por ser um dos magos mais poderosos do Reino dos Magos e ele simplesmente admitiu a derrota. Como isso era possível? 

— Não tem como eu derrotá-lo, Galord. Então, deixarei você levar a centauro e o goblin com você. — Disse o mago. 

Galord analisou a expressão facial de seu adversário para saber se ele não estava mentindo e de fato não estava. Ele guardou sua espada, cruzou os braços e pronunciou:

— Antes de partir, quero que faça algo por mim. 

— Algo por você? O que seria? 

— Quero que crie um servo para mim. 

Todos ficaram confusos com esse pedido de Galord, mas Seatlin decidiu fazer. Ele usa sua magia para extrair a madeira das árvores e estava dando forma para a mesma. Todos olhavam admirados. Uma aura estava rodeando essa madeira extraída e ganhava uma forma humanóide. O mago também pega um pouco das folhas das árvores e aplica no servo que Galord queria. 

Depois de alguns minutos, ele criou um ser humanoide. Tinha os cabelos e olhos verdes e o corpo era cor de madeira. Estava usando uma roupa também verde, que constava em uma roupa parecida com a de Dorg. 

— Ele vai se chamar Woodcker. Obrigado, Seatlin. — Disse Galord. 

— De nada, eu acho, mas não pense que só porque eu fiz um servo para você que seremos amigos, bem pelo contrário. — Responde Seatlin. — Eu vou descobrir os mistérios dessa sua espada e vou acabar com você. 

Galord não pareceu intimidado, bem pelo contrário. Estava com um ar mais desafiador e se mostrava pronto para o que viesse a acontecer. 

— Pois venha me enfrentar quando quiser. Eu sempre estarei pronto. — Disse o cavaleiro. 

Isso causou um pouco de arrepios em Seatlin. Galord era uma pessoa que intimidava pela aparência. Diferente de Dorg que era meio esguio, o cavaleiro tinha uma estrutura corporal como a de um deus. Lembrava Hércules, o semideus da força ou Thor, o deus do trovão, talvez fosse a mistura dos dois. Os cabelos loiros de Thor e a força descomunal de Hércules, já que ele mostrou ser bem mais forte do que um ser humano comum. Tinha ainda a armadura de um cavaleiro, mas não de um cavaleiro humano e sim de um meio humano. Não é à toa que aquela armadura era familiar para Seatlin, mas não chegou a lembrar da classe de ser mágico que usa tal armadura citada. 

— Bem, eu já vou indo e da próxima vez que eu encontrar um de vocês três, não terei piedade. — Disse Seatlin, que sumiu. 

Já era meia-noite e meia. 

A noite estava estrelada e a lua iluminava o caminho do trio que estava indo para Tarayth. Mal sabiam eles que estavam sendo seguidos por duas pessoas que andavam a cavalo. 

— Bem, Vults, é um prazer conhecê-lo. Meu nome é Dorg Filtson e eu… 

— Você é estranho. Consegue assumir a forma de duas pessoas ao mesmo tempo. — Disse Vults, que estava sentado no lombo de Winsome. 

— Bem, é que… 

— Depois ele explica. Agora temos que voltar para o Reino de Tarayth, antes que alguém dê por falta. — Disse Winsome. 

— Ela tem razão. — Afirma Dorg.

Mais um pouco e chegariam em Tarayth, mas agora vamos focar nos dois homens que os seguiam. Um deles era loiro, pele branca, olhos azuis e usava uma armadura semelhante a de Galord, mas tinha uma coloração dourada. O outro era ruivo, olhos verdes, sardas no rosto e pele branca. Tinha um kit de arco e flecha atrás de si e era um arqueiro, obviamente. 

— Robinson Hooder, finalmente chegamos em Tarayth, não acha? — Indaga o loiro. 

— Sim, senhor Ranges Paladin. É aqui onde vive o novo usuário da Espada Nebulosa. — Responde o arqueiro. 

— Quem diria que depois de anos procurando por aquela espada, finalmente a encontrei. Não imaginaria que estivesse com Oolvayre. Bem, eu soube que os meio humanos envelhecem normalmente, enquanto os semideuses demoram para envelhecer, mas não na mesma velocidade dos deuses. Enfim, vamos logo entrar nesse reino e encontrar uma estadia. Estou cansado da viagem. 

— Senhor Paladin, uma pergunta. Será que o dono da Nebulosa conseguirá enfrentar a Espada Joios? 

— Quem sabe. Vamos ver se ele é bom. — Responde Ranges.

Eles vêem nossos heróis entrando no reino. Tinha apenas um guarda, que era Le. Ranges achou aquilo estranho. Nenhum reino tinha guardas na entrada, por que Tarayth teria? 

Eles avançam até Le e Ranges fala:

— Preciso entrar nesse reino para… Para visitar minha esposa. 

— Qual o nome dela? 

— É… Quinn. 

— O quê? Eu não sabia que ela tinha esposa. 

Ranges e Robinson se olham. 

— Apesar que tinha uma mulher aqui que eu não sabia que era mãe. Bem, podem entrar. 

— Obrigado, senhor. — Ranges simula um sorriso e ele e mais Robinson adentram o reino. 

Logo, Tarayth toda descansa sob a luz do luar e a diversão que as estrelas estavam tendo entre si. 

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.