O cavaleiro, a centauro e o goblin
Dorg, Winsome e Vults tinham um dragão na frente deles, Kovreror. É nesse momento em que os nossos heróis irão ter a primeira luta deles juntos. Poderemos conhecer quais são as habilidades da centauro e do goblin, ao mesmo tempo que exploramos os poderes e habilidades de Galord de uma forma mais profunda.
— Galord, você será o meu adversário. — Disse o dragão, com a sua voz trovejante.
— Está desrespeitando meus amigos. Eles irão lutar ao meu lado. — Responde o cavaleiro.
As pessoas ao redor estavam sendo barradas pelos cavaleiros que cobravam os impostos. Eles não queriam tumulto por conta da luta que teria a seguir. Ameaçaram as pessoas de cobrarem impostos para verem a luta. Para evitar isso, as pessoas decidem obedecê-los
— Parece que não teremos público. — Disse Vults.
— Melhor assim. Alguém poderia se machucar. — Afirma Winsome.
— Concordo com ela. Mas chega de conversa. Vamos dar um fim nisso. — Disse Galord.
Sanilo, o servo da princesa, estava escondido. Acompanhava a luta discretamente dentro de um barril. Não queria ser notado por ninguém e no momento em que os cavaleiros estavam barrando as pessoas, ele imediatamente se escondeu.
O dragão solta uma poderosa chama. Era muito assustador o raio de fogo visto por alguém. Sanilo teria ficado amedrontado quando o raio de fogo ia na direção dos três.
Vults ficava na frente e fazia círculos com as mãos no ar. Uma espécie de magia estava saindo de suas mãos e lançava um raio de energia muito forte, mas não o suficiente para conter uma chama de dragão, mesmo assim, era admirável para um goblin travesso e inexperiente ter tamanha resistência.
— Saiam de perto! — Disse o goblin.
Galord e Winsome obedecem e decidem sair de trás de Vults.
Enquanto continha o ataque de Kovreror, que só aumentava, Vults se teleporta e o raio cria uma cratera. O barril onde estava Sanilo estava rolando, onde ele teve que sair. A sorte é que não tinha nenhum soldado por perto.
Vults aparece perto de Galord e Winsome e ele estava zombando do dragão que tem sua atenção tomada por ele.
— Ferrou-se, lagartixa! Hahahahahaha! — Vults pulava e ficava imitando um macaco.
— Já chegar, Vults. — Winsome põe a mão no rosto como sinal de decepção e em seguida, ela assume a linha de frente.
Pegando seu arco e flecha, Winsome apontava para Kovreror. Enquanto fazia isso, sua flecha piscava em cor de ouro.
— Mas… O que significa isso? — Indaga Galord.
Kovreror olhava admirado para o armamento de Winsome. Parecia conhecê-lo e comenta:
— Então este é o artefato que pertence aos centauros.
— Na verdade, ele é meu por direito. E sim, esta é a Flecha Sagi. — Responde Winsome. — As Flechas Sagi foram criadas pelos antecessores dos centauros, os sagios. Depois que eles foram extintos por vocês, dragões, acabou surgindo uma espécie mais frágil, que é a do centauro.
— Os sagios eram conhecidos por voarem, tinham asas iguais a dos anjos. — Murmura Galord. — É uma pena que eles estejam extintos agora.
Kovreror não pareceu nem um pouco intimidado, pelo contrário. Ficou empolgado, pois estaria enfrentando, não somente Galord, mas também dois outros seres mágicos que mostravam ter seu valor. Vults tinha a arte da magia, enquanto Winsome manuseava um artefato valioso para os centauros.
O dragão abre suas asas e fala:
— Pois vamos ver se você pode contra o meu poderoso bafo.
Ele estava ficando de pé e Vults parecia preocupado.
— Winsome, tome cuidado! — Grita Galord.
No entanto, uma aura dourada tomava conta da centauro e asas imaginárias apareciam nas costas dela. A flecha que estava mirando em um possível ataque de Kovreror estava brilhando de uma forma mais intensa.
— MORTAL FIREBALL! — Uma bola de fogo enorme ia na direção da centauro.
— ANGELICAL ARROW! — Winsome lança a flecha, que ia na direção da bola de fogo gigante.
Com isso, uma poderosa explosão era causada e todo o reino de Tarayth tremia por conta disso.
Oolvayre, que estava vendendo seus produtos, pareceu assustada. Quiin, a possível promessa de amor fiel a Dorg, que estava por perto, comenta:
— Soube que Galord e seus parceiros estão enfrentando um dragão.
A anciã pensa em Dorg. Não imaginava que ele chegaria em um ponto onde teria que enfrentar um dragão. Mas uma pergunta lhe vem à mente. De onde surgiu esse dragão?
Molly, que estava com o Doutor Ricnan Wildsailor, um médico de cabelos e olhos castanhos, mais óculos, também teria sentido o tremor também.
— Minha nossa! Mas o que é isso? — Indaga a irmã de nosso protagonista.
— Realmente, é assustador. — Disse o médico, que estava tão concentrado na sua escrita que acabou levando aquele choque ao tremer tudo.
O misterioso Ranges e Robinson, que estavam em uma estadia, também sentiram o tremor.
— Mas que coisa. — Disse o semideus, que olhava para o céu.
— Terremoto? — Indaga Robinson, que faz a barba.
Na luta, estava tudo bem, com exceção de que havia uma fumaça muito grande ao redor. Era fácil ver onde estava Kovreror, por conta da sombra, mas para o dragão não era tão fácil.
Depois de alguns segundos, a fumaça foi sumindo.
— Você está bem, Winsome? — Indaga Galord.
— Sim. — Responde a centauro, que estava no chão, mas já se levantava.
Kovreror ainda estava de pé e parecia tranquilo. Parecia que ele era tão poderoso que nem mesmo o melhor ataque de Winsome foi capaz de detê-lo.
— Mas que coisa. Como vamos vencer esse monstro? — Indaga Vults.
Kovreror fala:
— Já acabaram?
— Ainda não. Faltou a mim, não lembra? — Indaga Galord, que ficava à frente de seus amigos. — Eu mesmo vou detê-lo.
O dragão começa a rir e responde:
— Acha mesmo que sozinho pode me derrotar?
— Quem sabe? — Galord sorri. — Quero que lance a sua melhor técnica em cima de mim.
— Está blefando! Somente um simples raio de fogo seria o suficiente para derrotá-lo! — Disse Koveror, que lança um raio de fogo muito poderoso.
Winsome e Vults saíram de perto. Foram para o outro lado, mas ambos pareciam preocupados com Galord. Viram que ele foi atingido e uma explosão não muito forte aconteceu.
— Galord! Não! — Grita Winsome, preocupada.
Kovreror ri mais alto ainda e grita:
— Eu derrotei Galord! Eu o derrotei!
— Você é quem pensa! — Responde aquele que teria uma voz familiar para todos.
Kovreror pareceu curioso ao ouvir essa voz e olha para onde tinha atingido Galord. Ficou surpreso com o que viu. Ele estava intacto, a não ser sua armadura que estava suja e sua capa que estava rasgada na ponta. O cavaleiro nem apresentava marcas de sangue, tão pouco hematomas, só tinha sujeira em seu corpo.
— Mas… Não é possível! — Kovreror estava impressionado com o que via. Galord conseguiu resistir ao seu ataque.
— Incrível… — Winsome também estava impressionada.
— Esse brutamontes é osso duro de roer mesmo. — Comenta Vults.
— MORTAL FIREBALL! — Kovreror lança a mesma bola de fogo que teria lançado em Winsome, mas desta vez, Galord não estava fazendo nada, a não ser observar a bola de fogo chegar perto dele.
— Ficou louco! Agora vai receber todos os ataques desse dragão! — Disse Vults.
No entanto, Galord para o ataque com as duas mãos. Não sentia queimar muito, era como se estivesse com as mãos em uma caneca quente para ele.
Galord levanta a bola de fogo e joga para o alto. O ataque de Kovreror subiu tanto que quando chegou ao máximo no céu, uma explosão acontece novamente, desta vez, chamando atenção da princesa.
— Mas… O que é isso? — Indaga Jhessail. — Só espero que o meu servo esteja bem. E que Galord e Ranges também. — Ela aspira ar de preocupação nesse momento. Olhava para o céu, mentalizando todas as orações que conhecia para proteger os dois justiceiros que tinha em Tarayth.
— Mas… Isso é impossível! — Disse Kovreror. — Como pode um humano fazer isso?
— Eu não sou um humano. — Responde Galord, que saca sua espada e a ergue para o alto. — Sou um meio humano.
— O quê? Impossível! Eles foram extintos há muito tempo! Você aparenta ser muito jovem para alguém daquela época!
Galord ignora os ditos de Kovreror e fala:
— Admiro você pela sua força. Muito escutei falar de você e de outros dragões, mas infelizmente, sua vida acaba por aqui. Conheça a minha técnica mais poderosa!
Mas Kovreror não iria se render. Iria reagir a qualquer contra-ataque que viesse.
— JUSTICE… — A lâmina da espada começa a brilhar. — ATTACK!
Galord faz um corte violento no ar, criando uma espécie de corte de luz, indo na direção de Kovreror. O dragão voa para o alto, mas acaba sentindo um corte que lhe teria atravessado no peito e perfurado suas costas.
Galord pulou bem alto para atingi-lo. Sua espada ainda estava com o brilho e a lâmina teria crescido. Ele conseguiu matar Kovreror e antes que ele fosse cair, o cavaleiro o pega pela cauda e rodopia no ar mesmo. Estava a cair, mas ele joga Kovreror com tanta força, que lhe dá um impulso para chegar ao solo. Ele ia cair com tudo, mas Winsome correu para pegá-lo e teria conseguido. Ela consegue pegá-lo e assim, a espada brilha novamente e era Dorg quem assumia o controle de seu corpo.
Mas antes que Galord deixasse o corpo de Dorg, Sanilo tinha saído para contar à princesa que Galord derrotou Kovreror. Foi uma luta e tanto. Os três se uniram para derrotar o dragão, mas no final, Galord conseguiu matá-lo.
Não demorou muito. A notícia e os boatos se espalharam. Em questão de dez minutos, todos estavam sabendo que Galord derrotou um dragão, ao lado de Winsome e Vults. A polêmica se espalhou tão rápido que chegou até mesmo a impressionar nossos heróis.
Até mesmo no castelo se espalhou a notícia. Raigaford ficou irritado e mandou chamar Maguildy.
— Majestade. — Disse o mago, fazendo reverência a ele.
— Você soube do ocorrido, não é mesmo? — Indaga Raigaford, que tinha o seu conselheiro e a sua filha, Jhessail, junto dele.
— Sim, Majestade e confesso que não esperava que Galord fosse derrotar Kovreror. Mas o que me impressionou é que ele não fez isso sozinho, de fato. Tinha a companhia de seus parceiros.
— Isso é o de menos, seu mago estúpido! Temos que tirar Galord e Ranges do nosso caminho, mas parece que quem dará mais trabalho, é Galord. Temos que focar nele primeiro para depois pegarmos Ranges.
— Bem… De acordo, Majestade.
Raigaford olhava para o seu conselheiro e depois para a sua filha.
— Majestade. Antes de mais nada, eu queria lhe fazer um pedido. — Disse Maguildy.
Raigaford volta a olhar para o mago, com uma expressão de zangado.
— Você não está em posição de pedir nada para mim, Maguildy, mas ao mesmo tempo, seria rude de minha parte não reconhecer o esforço que está fazendo em relação a eliminar esse dois. Pois pode pedir o que quiser.
— Certo. Eu queria, Majestade, que me desse uma de suas servas.
— Daka Yi. Fique com ela. Daka Yi é fiel e fará qualquer coisa para agradá-lo. Mas por que quer uma serva?
— Para me ajudar nas minhas pesquisas. Veja, Majestade, eu não sou mais uma criança e preciso de um parceiro ou parceira para me dar suporte, ainda mais que estou pesquisando novos tipos de magia.
— Entendo. — Raigaford parecia pensativo sobre o que Maguildy disse. Aos poucos, foi sumindo sua expressão de zangado e passou a ser de pensativo. — Bem, Daka Yi.
— Majestade.
— Fique agora com Maguildy. Você não me tem mais serventia.
A oriental olha para Jhessail, que tinha uma expressão de preocupação e depois para Maguildy. Ia ao lado dele.
— Pai.
— Sim, filha?
— Posso me retirar? Eu tenho que checar uma coisa.
— Bem, tudo bem. Agora irei discutir negócios com o conselheiro e com o Maguildy. Vai ser chato agora mesmo.
Jhessail sorri para o seu pai e vai até o seu quarto. Sanilo iria chegar em breve e iria diretamente para os seus aposentos.
Chegando no seu quarto, Jhessail estava olhando para a janela. Via algumas pessoas pobres passando pelo castelo. Nem sequer olhavam para a grande construção. Entendia isso. Estavam irritadas com o rei, que mantinha sua ganância de querer ditar regras para o povo. A princesa já não aguentava ver a população ser castigada desse jeito, queria fazer alguma coisa. As pessoas queriam que passasse logo os anos para que ela pudesse assumir o trono. Mas Jhessail não queria que passasse os anos, queria que fosse agora o momento de subir ao trono e poder cuidar das pessoas sem ser às escondidas.
Depois de muito esperar, Sanilo finalmente chega.
— E então? — Indaga Jhessail. — Soube que Galord derrotou aquele dragão.
— Sim, Alteza. E foi incrível. Galord, ele ser um meio humano e…
— Um meio humano? Mas quantos anos ele tem?
— Bem, ele aparenta, ao meu ver, ter quase quarenta anos.
Jhessail fica pensativa sobre isso. Não imaginava que Galord fosse jovem e velho ao mesmo tempo.
Parou de viajar em seus pensamentos. Tratou de agir da maneira que queria. Pegou um bilhete que tinha guardado em uma de suas gavetas da mesa de maquiagem e entrega para Sanilo.
— Quero que entregue para Galord. Sabe onde ele mora? — Indaga a princesa.
— Não senhora.
— Então procure pelos amigos dele. Sabe quem são?
— Sim senhora. Uma centauro e o goblin.
— Perfeito! Entregue para a centauro. Algo me diz que é ela.
— Como? — Sanilo fica confuso.
— Quando eu era uma criança, meu pai, antes de assumir a posse de reinado, disse que realizaria um desejo meu. Disse para ele que queria conhecer os centauros. Sempre fui apaixonada por centauros. Foi quando ele me levou, com toda a segurança que possa imaginar. Encontrei uma centauro ferida, ela era uma adolescente, se não me engano. Pedi para cuidar dela e foi feito isso. Tinha um kit de primeiros socorros comigo e socorri a centauro. Perguntei seu nome e ela se chamava… Winsome. — Ao dizer tal nome, a princesa tinha se esquecido, mas já se lembrou imediatamente. — Se aquela centauro for a Winsome, entregue o bilhete para ela e diga que é uma mensagem da princesa para Galord.
A Princesa Jhessail entrega a carta para Sanilo e ele olha para a mesma, em seguida para a Sua Alteza.
— Certo. Irei fazer o que me ordenou, Alteza.
A princesa sorri para ele, onde o deixa tímido.
— Sei que vai. — Disse a mesma, colocando a mão sobre a cabeça de seu criado. — Boa sorte.
Logo, Sanilo tinha saído novamente e a princesa olhava para a janela, onde encontrava seu criado indo a cavalo ao encontro de Winsome.
Dorg estava em sua casa almoçando, fingindo que nada tinha acontecido. Winsome e Vults estavam passeando um pouco e comentavam entre eles sobre o ocorrido.
E assim, segue a nossa trama.