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Como uma boa garota.

Hoje é o primeiro dia de aula, setembro de 2014.

Advinha só: não sei o que vestir!

Esse foi basicamente o meu tormento de manhã por uma hora inteira. A outra hora foi para me arrumar. Hoje tenho que dar uma ótima impressão, não é mesmo?

Eu fiz a minha mochila com uma Tablet, um lápis óptico e materiais de desenho técnico. A verdade é que estou animada para começar. Esse grau superior parece interessante e vai me ajudar muito com o meu futuro.

Hoje não teremos que vestir uniforme. Que bom, assim minha mãe tem mais tempo para criar vergonha na cara e comprar um para mim.

Por isso vesti uma saia de tecido grosso, com bordados étnicos, e um "crop-top" do mesmo estilo. Arrumei o meu cabelo bem liso, e passei muita maquiagem, mesmo de manhã.

Quando eu estava a ponto de chegar, recebi uma ligação da Elisa.

─ Alô? - respondo.

"Você já está chegando?" ela me pergunta, animadíssima.

─ Estou a uma rua. - Digo, olhando para todos os lados. Vejo como algumas pessoas estão subindo para a mesma direção que eu. Garotas com o cabelo excessivamente repicado, meias rasgadas, piercings, e caras do mesmo estilo.

"Quando chegar para no bar que tem na frente da EA." Diz ela, enquanto alguém dá uma gargalhada do seu lado.

─ Como é o nome?

"Cafetus." Responde Elisa.

─ Estou indo. - Digo.

Ai.

Começo a alisar a minha roupa, tirando os pelos de cachorro que a July deixou na minha meia preta. Em pouco tempo avisto esse bar-cafeteria que tem na frente do colégio.

Vejo Elisa sorrindo do lado de fora, lindíssima, acenando para mim. Do lado dela há um garoto enorme, de quase 1.90cm, com os cabelos azuis, e os olhos azuis. Ele tem a pele muito branca, uns dentes imaculados. Parece de outro planeta de tão lindo. Ele está usando um paletó azul escuro e uma camisa, todo formal.

Me aproximo deles, exibindo um sorriso também. Dou dois beijos na Elisa e puxo uma cadeira para mim. Antes de me sentar, escuto a voz da loira.

─ Malvi, este é o André. Eu conheci ele agora a pouco e o melhor de tudo é que ele vai estudar moda junto comigo. Na minha sala! - ela exclama, empolgadíssima com um sorriso enorme.

Acabo ficando contagiada.

Para quem tem depressão uma pessoa como a Elisa é algo mágico de se ter por perto. Todos os dias eu me sinto abençoada. É como se ela sempre estivesse bêbada. Maravilhosa.

─ Oi! - diz o garoto, acenando para mim, com um grande sorriso. Ele também está rindo do empolgue da Elisa, sutilmente.

─ Oi! - exclamo de volta, e me aproximo para cumprimentá-lo. Nos damos dois beijos. Ele tem cheiro de Johnson's Baby.

Me sento na cadeira ainda sorrindo.

─ Sou Malvina, Lynn... - e antes que eu pudesse dar uma definição para mim mesma, sinto Elisa me abraçando e me agarrando lateralmente contra ela com força.

─...Minha melhor amiga. - Ela completa, sorrindo. Eu me deixo levar como uma onda no mar.

E sigo sorrindo para André, enquanto sinto o amor dela.

─ "Nya". - mio ternamente como resposta para sua frase.

Além de sofrida ainda por cima sou Otaku. Puta que pariu comigo.

─ Hahaha! - Ri André. ─ Que fofas! - ele espreme os lábios numa careta, daquelas que você faz quando está se aguentando para não espremer um poodle fofinho para caralho, lindo de morrer. Logo não consegue se conter e faz uma brincadeira, fingindo que captura o meu nariz entre seu indicador e o dedo do meio, e logo fazendo o mesmo com a Elisa. ─ Nha! - diz André, exagerando a articulação da letra "a" de um jeito muito terno.

Acabo de ficar apaixonada.

Meus olhos começam a brilhar enquanto olho para ele.

Tem algo dentro de mim que diz que ele é maravilhoso. Sinto algo fraternal por ele, bem forte. E é por esse sentimento de encontro que acabo de me apaixonar. O jeito que ele brincou conosco agora a pouco foi com tanta sinceridade nos olhos. Ele realmente gostou da nossa amizade. Não é algo fingido, feito só para tentar ser simpático.

Acabo tocando o pulso dele enquanto sorrio, pregada com Elisa. O agito uma vez.

─ Como você se chama mesmo? - pergunto, suplicante.

É que eu sempre esqueço nomes. Na primeira vez em que sou apresentada a alguém novo, eu só finjo que ouvi, que estava interessada. Quando volto a perguntar, é porque há interesse real.

─ AN. - ele faz uma pausa. ─ DRÉ! - exclama, irônico, e logo cai na gargalhada.

─ Que charmoso! Amei! - rio também, com Elisa, enquanto a olho nos olhos buscando cumplicidade para minha opinião.

─ Ih, amiga... Não empolga não... Não se empolgue não! - A loira começa a me zombar, fazendo vários gestos com as mãos e com os lábios.

─ Que foi?! - rio desentendida.

Vejo Elisa gesticulando com a boca para que André lesse enquanto aponta para mim. Seus lábios diziam: "essa aqui é uma puta".

Olha, que desgraçada.

Agilmente, ela começa a deixar a voz sair da garganta de novo e me diz:

─ O André é gay. Bichona. Bichona louca! - Ela vai enfatizando os insultos cada vez mais, mais e mais exageradamente. Eu e André não conseguimos levar a mal, no entanto. É cômico demais.

─ Ahhh... - parece que ele vai morrer de rir. ─ Aiah. - Ele suspira e sua cara fica séria de repente. - Vai, chega. - Ele exclama, fazendo um gesto de "chega de palhaçada" para nós duas com uma das mãos, enquanto apoia o cotovelo na mesa e nos fita com autoridade. - Já entendi que vocês são duas bad bitches que precisam de um amigo gay. - Ele se penteia de um lado, sensualmente, olhando para cima com desprezo e fazendo alguns bicos. ─ E eu vou ajudar vocês. Hm? - André se gira e pisca um olho. ─ Eu vou deixar vocês entrarem no meu bando. - Ele enfatiza "vocês" e ergue o mindinho com o cotovelo no centro da mesa. ─ Amigas? - ele olha para mim e para Elisa de um jeito desafiante.

─ Claro! - exclamamos nós duas, como siamesas.

Os três rimos juntos.

─ Ui! - André lambe o seu mindinho, e toca um dos seus mamilos enquanto ri.

Meu Deus!

Fico gargalhando.

Ele já é assim no primeiro dia em que nos conhecemos. Quem dirá... Quando os três levarmos um ano... sendo amigos.

Acabo abrindo um sorriso bobo, viajando.

─ Ih, olha... - diz André. - Ela ficou perdida. - Ele ri sacana enquanto fala com Elisa. ─ Deve estar pensando no pau do bofinho. - Segue André, fazendo uma voz sussurrada de ASMR de propósito. Ia começar a gargalhar, mas decidi seguir me fazendo de perdida, apenas para que o show continuasse. ─ Hm, pau. Pau de bofinho jovem. Hm, delícia. Yes, yes. Yes?! Yes! - ele bate na mesa.

Acabamos gargalhando muito alto de novo.

Uma sombra vem e nos tira da nuvem de gargalhadas na que estávamos metidos.

─ Shh! Vocês vão incomodar os outros clientes. - a garçonete repreende, tocando um dos ombros de André.

─ Shh... - começo a imita-la, quando ela vai embora. - Vocês vão incomodar os outros clientes. - Sussurro, sensualmente, de um jeito dominante enquanto seguro a mesa com as duas mãos, com os braços meio abertos.

Meus amigos acabam rindo de novo, e começam a sussurrar mais coisas absurdas, zoando a represália.

Acabamos nos levantando quando o sinal tocou indicando que já deveríamos era estar lá dentro da Escola de Arte.

Onde as pessoas fazem arte, e umas artes.

Fomos caminhando, gargalhando, como se já fossemos amigos de uma vida inteira, para qualquer um que observasse a cena do lado de fora.

Que alegria.

─ O meu armário vai ser o mais fashion, sem dúvidas. - André solta de repente, olhando para frente, como se estivesse pensando alto.

─ Você vai redecorá-lo? - pergunto, com um sorriso ladeado.

─ Obviamente, querida. - Ele revira os olhos. - Obviamente. As coisas do André devem ser sublimes, originais.

Elisa tampa a boca e ri abafado.

Chegamos no meio do corredor. André está agarrando Elisa pelo ombro e os dois estão indo para a esquerda, sem notar que eu parei de andar.

─ Ei, vocês nem se despedem? - repreendo, um pouco alto, segurando minha mochila nas costas.

─ Hm? - os dois se giram juntos, como se houvessem feito um passo de bailão. Foi superexagerado.

─ Eu tenho a minha primeira aula de Desenho Gráfico. Não vou com vocês. - Digo, para André. Logo coloco a mão na frente do rosto da Elisa e aceno. - Hello-ow?! - zombo, a chamando para a terra. Ela não tem desculpas para pensar que eu faço Moda com ela.

─ Eu sei, eu sei! Boa sorte. - Minha amiga agarra as minhas bochechas, uma em cada mão e abre um grande sorriso. Logo me rouba um beijo na ponta do nariz.

─ Desenho Gráfico?! - exclama André. - Rá! - ele burla, e ainda não entendo o porquê. - Você vai estudar com o desastrado do meu irmão. - Ele contrai o canto de um dos lados dos seus lábios, e faz uma expressão similar a de quando você prova um limão.

Sei que é pura zoeira, no entanto.

─ Ui, você tem um irmão? - ergo uma sobrancelha, sorrindo, e sendo maliciosa de um jeito engraçado e descarado.

─ Tenho sim. - diz André, erguendo suas costas e passando uma palma da mão na outra. ─ E sim, é exatamente o que você mais desejava. Ele não é gay. Nada gay. - André ri, bem-humorado. Que menino bobo. ─ E ainda por cima... - ele põe a mão na cintura. ─ Somos gêmeos. - André sorri, sedutor. ─ Claro que eu sou mais engraçado. E mais simpático. Mas bom... Foi isso. Somos tão lindos que Deus dobrou a receita. Armando e André para as fêmeas e para os machos!

Hahaha.

Foi entre muitos risos que nós três nos separamos.

E,

Graças a Elisa e André, foi assim, com um sorriso de ponta a ponta, e de olhos brilhando, que eu entrei para dentro da minha primeira classe do dia, e do ano.

Me sentei numa carteira vazia, no meio da sala.

Muito corada.

"Não conheço ninguém..."

"Todos devem estar me olh..."

─ Mas essa merda não acende! Todos os anos a mesma merda! Todos os anos esses computadores de merda! Isso é uma vergonha! - Diz a professora, nervosíssima, me acordando das minhas paranoias. Ela grita, quase se descabela.

O mais engraçado de tudo, é que tem uns caras bobos bem na minha frente que gargalham bem alto a medida em que ela vai ficando mais e mais louca de raiva.

Minha visão começa a desembaçar.

Começo a prestar atenção neles, realmente, agora.

Tem um garoto assim da minha altura, na minha frente, de cabelo curto e castanho, bem forte. Do lado dele há outro, moreno. Meu Deus. Que filho da puta gostoso. De onde que isso saiu? Quando ele ri aparecem uns dentes de dar inveja na Angelina Jolie. Tem duas pedras azuis vivíssimas nisso que ele chama de olhos. Ele tem umas sobrancelhas pretas, selvagens, arqueadas, que lhe dão um ar maligno. Parece que ele gosta de tudo o que for malfeito.

Sinto como começo a tocar um lado do meu cabelo e fico toda amolecida.

Mais corada que antes.

E quanto mais eu sinto que estou corando, mais vergonha me dá.

Agarro a mesa, tentando me acalmar, olho para baixo e passo uma borracha por alguns desenhos feitos a lápis, para disfarçar.

─ Alguém sabe acender essa porcaria?! - exclama a professora.

─ Vou eu, professora. - Não sem antes rir gostoso dos apuros dela, outra vez; diz o moreno, se levantando.

Vejo como ele se ajoelha no chão em modo cavalheiro e começa a olhar os fios do computador. Ele os estica, olha por baixo, verifica se eles estão juntos. Estou vendo esses braços se movendo dentro do leve afrouxamento da sua camiseta preta.

Está todo mundo olhando para ele.

Abro um sorriso ladeado.

─ Era só a CPU, professora. - diz o moreno após apertar o botão, com cara de tédio. Ele se levanta e volta para o seu lugar enquanto todos dizem "Ah, fala sério!" ou coisas do tipo. A professora está envergonhada. Ele fica rindo após ver a reação dos outros alunos.

─ Enfim... - A mulher tenta se recompor, e vai respirando melhor pouco a pouco. - Vamos começar fazendo uma introdução dessa matéria.

Aos poucos todos vão ficando em silêncio, prestando muita atenção, concentrados.

Ouço um último sussurro:

─ Eu vou te fazer uma introdução.

Olha que malicioso.

A frase saiu desse palhaço que está aí sentado na minha frente. Ele nem está falando com ninguém. Só está zoando.

Decido me concentrar também.

Até o final.

Faltando pouco para acabar ela começou a fazer a chamada. Essa matéria é obrigatória, e as faltas podem causar expulsão, ou obrigar-te a repetir de ano.

Eu fiquei prestando atenção para ouvir o nome dele.

─ Malvina?

─ Presente. - Respondo.

─ Fulano, Ciclano, Beltrano?

─ Presente, presente, presente.

─ Armando? - ela pergunta.

─ Presente. - Responde, Armando, levantando a mão.

Que nome horroroso.

Ainda assim, acabo de sentir cócegas na minha perseguida ouvindo sua voz.

Será que este é o irmão do André?

O irmão hétero do André?

Que delícia.

Acabo de pintar a paisagem que estou fazendo na Tablet, corada, às vezes levantando os olhos e passeando-os por suas costas.

Nossa...

Eu amo esse biquinho que a ponta do cabelo dele faz na nuca.

A aula acabou.

Todo mundo está começando a recolher.

─ Ei... - o cutuco. Minha voz sai tão baixa, que acabo tendo que repetir. Inclusive cutucá-lo de novo. ─ Ei! - exclamo.

Quando ele finalmente me olha, coro inteira.

─ Você é o irmão gêmeo do André, não é? - pergunto, abrindo um sorriso para disfarçar meu nervosismo.

Seus cílios são profundos, intensamente negros.

Tem uma mancha numa das suas bochechas, um arranhão, acho que ele acabou de se coçar agora a pouco.

Isso deixa ele meio doido, mas muito engraçado. E até mesmo sexy.

Começo a rir baixinho.

Vejo ele abrindo um sorriso ladeado. Muito, muito sensual, ao me ver rindo.

─ Sou eu sim. - Ele fica calado, alguns segundos, me olhando com esse sorrisinho. ─ Vocês são amigos? - pergunta Armando, de um jeito calmo.

Fico alguns poucos segundos pensando.

Logo assinto, confiantemente.

─ Oh, sim. Claro que sim. - Sorrio, rindo um pouco mais.

─ Mm. - ele se gira completamente e apoia os dois braços na minha mesa, me olhando com esses olhos enormes que se submergem nesse cabelo preto, nessa pele branca, formando um conjunto muito chamativo.

Excitante, é.

Sexy, o cara...

─ E você é nova aqui, não? É seu primeiro ano, não é? Eu estou repetindo. - Ele faz as primeiras perguntas primeiro com segurança. E logo ri ao confessar que é repetente.

─ Sim, sou. - Respondo, ainda meio vermelha. ─ Ah, mas não se preocupe. É sempre bom ter uma "voz da experiência" por perto. - Digo, amavelmente.

Ele não para de olhar meu rosto.

E pode que eu esteja alucinando, mas percebi o músculo do seu lábio se movendo um pouco mais para cima - o músculo responsável por esse sorriso pícaro.

─ Claro... A "voz da experiência" experimentou, conferiu, contrastou dados... - tenho uma leve impressão de que ele está sendo malicioso, e de que, além disso, se diverte me deixando na dúvida.

Acabo rindo e desviando o olhar momentaneamente.

─ Mhuhm. - Ri Armando, baixinho, um tanto sacana. ─ Escuta... Se precisar de alguma coisa, qualquer coisa mesmo. - Dessa vez sinto que ele fala sério. ─ Pode me perguntar. - Ele toca seu peito. ─ Como eu disse, eu já repeti. Então praticamente já sei tudo o que há que fazer para aprovar. - Afirma, erguendo as sobrancelhas.

─ O quê? - pergunto, docemente.

─ Pois... Puffffff.... - Ele começa a rir. Parece que ia tentar ser sério e não conseguiu. - Dar um beijo grego nos professores. Lamber as botas deles, pagar um bola-gato na diretoria... Essas coisas... - Armando começa a ter uma crise de risos. E fico com vontade de bater nele, enquanto rimos juntos.

─ Agora, sério! - falo, me recompondo.

─ Sério? - ele vai parando de rir aos poucos. Respira controladamente e me olha bem nos olhos, sério. Caralho. Safado. Você está tentando ser sexy? Se não estiver nem sequer tentando, tenho que dizer que você é bem gostoso. ─ Ok, hm. Sério. - Ele diz, com uma voz firme. É um timbre cálido, assertivo. E sério. ─ Você não pode faltar nenhum dia. Trazer os materiais sempre. E, preferivelmente, e mais importante de tudo, fazer com que os professores gostem de você.

─ O que você quer dizer com isso? - pergunto, atenta.

─ Quero dizer que... - ele para de ser tão sério e abre um sorrisinho. ─ Deixa, eu ia dizer uma coisa irrelevante. - Armando sorri, maliciosamente agora.

─ Bom, agora termina de falar. - Insisto, me aproximando.

─ Com essa carinha de anjo que você tem... eu não tenho que te aconselhar a não ser brincalhona durante as aulas, não é? Eu tenho certeza de que você presta atenção, como uma boa garota. - Ele sussurra.

Pisco algumas vezes, enfeitiçada.

Parece haver uma aura de maldade e prazer no que ele está dizendo, e não entendo o porquê.

─ Mm... - Murmuro. - Você acha mesmo que eu sou boa? - ergo uma sobrancelha, ainda corada.

─ Mhuhm. - Ele me olha, com ternura agora. É como se eu fosse algo muito fofo bem na frente dele. - Eu tenho certeza. - Afirma Armando, mediante um sussurro.

* * *

O primeiro mês na Escola de Arte foi tranquilo. Eu e Elisa íamos conhecendo várias pessoas legais e interessantes. Eu sou amiga dos gêmeos, Armando e André.

O Armando sempre me faz rir durante as aulas, e sempre me ajuda quando eu tenho alguma dúvida sobre desenho. Ele é bem talentoso.

O André é o amigo gay que todas sonhamos em ter.

E logo está o Casandro, um cara um tanto sarcástico e desagradável, mas que sempre treme as minhas pernas cada vez que fala comigo. E Luíz, seu melhor amigo, e ex-namorado de Elisa. O Luíz vive no mundo dele. Sempre está escrevendo. Às vezes sinto vontade de conversar com ele devido a esse passatempo que temos em comum, mas me dá muita vergonha.

E também... Há um certo cara que se chama Daniel que, não sei por que, me lembra bastante alguém.

Tentei não transar com várias pessoas esta temporada, mas estou realmente mudando de ideia. Preciso de um pouco de aventura. Fazem uns quinze dias que eu não tenho nenhuma.

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