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CAPÍTULO 03

— Ele é só o filho da Brigite e um imbecil que me tirou da minha festa. Não é meu namorado, nem seu. — Kalita empina o nariz para falar. — Sabe que sua atitude é de mulher mal-amada, né?

Trinco os dentes e a abraço com mais força na intenção de machucá-la, mas ao invés disso, a baixinha metida a gente grande apenas me olha, após ter girado a cabeça lentamente, e encara meu rosto de baixo para cima. Reparo em como seu olhar acompanhado de sua pequena mão passam de forma lenta, tímida e maliciosa pelo meu peito. Kalita gruda seus olhos nos meus e sua mão para no meu ombro. Ela simplesmente se acolhe, aninhando sua linda cabeça ao meu peitoral, vira-se de frente para mim, sobe nos meus pés, segura meu colarinho e volta a me encarar. No mesmo instante sinto um indesejável arrepio na espinha ao ver sua boca tão próxima da minha.

— Precisamos ficar aqui? — ela pergunta manhosa.

A maldita esfrega o rosto no meu peito. O que me faz agarrar sua cintura perfeita com mais força e espalmar minhas mãos nela.

— Precisamos. — contenho minha resposta e desejo.

— Estou com medo, Fred. — sua voz é carregada de inocência.

— Medo do quê? — pergunto em um tom grave e cheio de tesão. Tanto que eu poderia esquecer do mundo apenas para tê-la nesse instante.

— Destes homens. — responde tremendo o queixo.

Filha da puta! Isso aguça ainda mais a luxúria em mim.

Ela volta a falar e eu sinto novamente o maldito arrepio.

— Eles me olham como se eu fosse uma coisa, tipo um x-burguer, e eu não sou.

Dou risada, mas fico sisudo assim que me dou conta de que estou rindo enquanto ela sorri lindamente para mim. Não faça isso, Kalita! Luto, buscando minha blindagem contra sentimentos, e depois a olho.

— Com essa roupa parece algo comestível. — afirmo.

Ela arqueia uma sobrancelha. Porra de mulher! Chega! Não precisa ser atraente em tudo.

— Pede isso. Pede para que a olhem assim ao usar essa porra. — continuo.

— Não fale assim! Não sou comestível. — defende-se com um jeito manhoso de falar e novamente se encolhe no meu peito.

Só saio dos meus desejosos pensamentos quando Magnólia arranca Kalita dos meus braços pelos cabelos.

— Ficou maluca, sua porra?! — esbravejo com raiva ao ver a morena tendo seus lindos cabelos puxados.

Fico fascinado ao ver a linda baixinha mudar sua expressão de delicada e travar suas linhas finas, saltando e chutando o rosto da Magnólia. Reconheço que a garota é rápida. Tanto que quando me dou conta, Eric está como uma biba escandalosa gritando: “Briga! Briga!”

De repente Kalita está sentada em cima da prostituta e com a arma do meu primo na boca.

Magnólia não tem medo e acerta o rosto da morena. Fico impressionado ao ver Kalita cuspir na face da puta ao mesmo tempo em que engatilha a arma.

— Kalita! Solte isso! — ordeno num tom frio.

— Não! — ela nega decidida

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