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CAPÍTULO 05

ALEJANDRO

Os batimentos cardíacos e os pensamentos que se passavam por minha mente, logo se esvaíram assim que a vadia cravou seus dentes afiados em minha pele. A raiva me dominou, meu corpo ficou em chamas e naquele momento, tudo que passou pela minha cabeça foi fazer aquilo que acabei por evitar quando mandei aqueles cães se afastarem do seu corpo indefeso.

Fechei minhas mãos em punho e o golpe foi desferido contra a sua face, mas a desgraçada era tão fraca, que não se sustentou em pé e foi de encontro ao chão. Algo dentro de mim gritava para enviar a maldita direto para o inverno, mas antes, eu iria fazê-la sofrer e até o fim da noite, ela estaria clamando para que eu acabasse com sua vida miserável.

Seus olhos estavam apavorados de medo, mas para uma puta como ela, violar o seu corpo que certamente nem juntando os dedos das mãos ou dos pés, não daria para contar o quanto de homens já deveriam ter se enfiado no meio de suas pernas, isso não seria um obstáculo. Deixei os devaneios de lado e após me livrar das minhas roupas, só demorou alguns segundos para o meu corpo estar sobre o seu.

Não precisei de nenhuma proteção, já que durante o tempo que a ladra esteve desacordada, além de mandar colocar um chip no seu braço, mandei que fosse coletada uma amostra do seu sangue, dessa forma, além de não correr o risco de uma gravidez, teria a confirmação se ela tinha alguma doença que viesse a nos contaminar.

Morando nesse lugar tão afastando, era inevitável não ter além de uma boa farmácia e um consultório, uma boa médica. O casamento de Simone com Joseph trouxe muitos benefícios para nossa organização, sendo uma médica tão conceituada, ela sempre tratou da saúde de todos que moram na fazenda.

Momentos depois...

Passei alguns minutos a observando e logo depois que já estava vestido, caminhei em direção a porta, antes de tomar qualquer decisão, eu precisava descobrir a verdade sobre as dúvidas que estavam me intrigando.

EMMA

Meu corpo tremia e transpirava abundantemente. Uma aflição imensa me assolando a alma, eu sinto como se cada centímetro do meu corpo tivesse sido espancado.

A minha intimidade estava pulsando, como se ele ainda estivesse dentro de mim. Eu sentia uma dor aguda no pé da barriga, e só de pensar no tamanho avantajado, me fez estremecer da cabeça aos pés, parecia até surreal que eu havia aguentado tudo aquilo dentro de mim.

Fechei os meus olhos por alguns segundos, pois eu queria que tudo isso fosse um pesadelo, mas as minhas dores me mostravam que tudo havia acontecido. Respirei profundamente algumas vezes e mesmo com dificuldade, eu me levantei e assim que abaixei a cabeça, meu olhar ficou grudado na marca avermelhada em minha coxa, era a prova de que ele havia violado o meu corpo e roubado a minha inocência.

Com passos vacilantes consegui chegar até o banheiro, segui para dentro do box e ao ligar o chuveiro, entrei debaixo do jato quente, soltando um gemido agonizante. Eu só queria tirar o cheiro daquele homem que estava impregnado em minha pele e acabei por perder a noção do tempo transcorrido, minha pele já estava ardendo de tanto que esfreguei, mas nada apagaria as minhas lembranças.

Deixei as lamentações de lado e peguei a toalha, minutos depois, já vestida, caminhei em direção à cama. Eu precisava dormir e nem que fosse por algumas horas, esquecer-me de tudo.

Inquieta e com os pensamentos a mil, comecei a me remexer e por mais que eu tentasse dormir, o sono não vinha. Depois de alguns minutos que pareciam mais uma eternidade, sinto minhas pálpebras pesarem e meus olhos enfim se fecharem.

Horas depois...

Eu não sei quanto tempo havia se passado, embora a escuridão me puxasse, tinha algo que gritava para que eu saísse do mundo das trevas. Não sei se era um sonho ou realmente havia sussurros ecoando a minha volta. E, quando eles se tornaram mais claros, meus olhos se abriram de imediato.

O pânico tomou conta de mim ao ver a imagem a minha frente e logo em seguida as palavras que preencheram o ambiente fizeram tremores me envolver dos pés a cabeça.

— Agora que o chefe já aproveitou, será a nossa vez.

ALEJANDRO

NÃO SEI O QUE estava acontecendo comigo, saí completamente desorientado pelo corredor. Jamais cogitei que aquela infeliz fosse virgem e muito menos que todo o meu corpo ia vibrar por ter aquela coisinha deliciosa gritando debaixo de mim. Diante dos últimos acontecimentos, ela me seria muito mais útil se continuasse viva, me proporcionando ao mesmo tempo muito prazer na cama, e serviria para deixar meus demônios internos satisfeitos ao ver todo o seu sofrimento.

Mesmo com uma aparência desleixada, ela conseguiria com muita facilidade alguém que a mantivesse, sem precisar estar roubando. No entanto, eu precisava descobrir tudo sobre a vida da maldita, já que ela me servirá até o dia que resolver enviá-la direto para o fogo ardente.

Com passos largos, caminhei em direção ao meu escritório e assim que cheguei ao ambiente, peguei o meu celular e busquei pelo nome de Aurélio, ele certamente em poucos dias descobrirá tudo sobre a vida dela. No primeiro toque a voz grave do homem do outro lado da linha atingiu os meus tímpanos.

— Chefe!

— Preciso que você venha o quanto antes para o povoado.

— Ainda hoje estarei lá.

Minutos depois que já havia passado a ele todas as instruções, eu encerrei a ligação e aproveitei para responder alguns e-mails que estavam pendentes. Porém, a imagem do rosto dela não saía da minha cabeça e um latejar insuportável vindo do volume que ganhava vida dentro da minha calça estava me incomodando e só piorou quando o som dos gritos dela começou a ecoar em minha cabeça, como a mais doce melodia.

Eu precisava de um banho gelado o quanto antes, mas antes tinha algo que precisava fazer. Tinha que deixar claro para os infelizes, que aquele que se atrever a encostar um dedo nela, será enviado direto para o inferno. Deixei o cômodo e depois de algumas passadas encontrei Joseph, parei assim que o som da sua voz ecoou no espaço.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou franzindo cenho.

— Vá reunir todo o pessoal que daqui a pouco darei um aviso.

— Farei isso agora mesmo.

Enquanto ele caminhou para fora do ambiente, fui até o meu quarto. Minutos se passaram, de banho tomado e arrumando, andei em direção a sede onde certamente todos já estavam me aguardando. Antes de chegar ao meu destino, já dava para ouvir os sussurros ecoando no espaço e assim que adentrei o recinto, todos os olhares se voltaram em minha direção, caminhei até onde Joseph estava e os homens pareciam curiosos para saber o motivo da reunião.

Do nada o meu coração acelera seus batimentos e minha respiração fica pesada. Meu olhar foi de encontro à multidão e antes que eu me manifestasse, a voz de Thomas se fez presente.

— Não encontrei Maicon, Dominic e Anderson.

No instante que ouvi as palavras que ecoaram dentro do recinto, senti uma queimação no meu peito e gritos ecoaram no espaço. Naquele momento, um único pensamento tomou conta da minha mente: "Eu vou matar todos eles".

EMMA

O pânico tomou conta de mim ao ver a imagem a minha frente e logo em seguida as palavras que preencheram o ambiente fizeram tremores me envolver dos pés a cabeça.

— Agora que o chefe já aproveitou, será a nossa vez.

Meu coração parecia que ia sair pela minha boca e num pulo me levantei da cama. Os três homens que estavam próximos à porta me olhavam fixamente e em seus olhos cintilava uma expressão maliciosa. Um calafrio fez congelar até os meus ossos e quando ouvi novamente o som da voz de um deles, meu estômago começou a se contorcer e um nó fechou a minha garganta.

— Deita vadia e abre essas pernas.

Por uma fração de segundo fiquei imóvel, minhas pernas ficaram pesadas e os meus pés pareciam que estavam grudados no chão. Mas, quando eles começaram a tirar suas roupas, o pânico me dominou, me causando uma sensação esmagadora de medo e desespero.

De repente comecei a suar frio e meus olhos ameaçavam ficar escuros.

Estava tremendo em espasmódicas convulsões, cortadas por arrepios que faziam bater os meus dentes. No entanto, quando minha visão voltou a clarear, me deparei com aqueles três asquerosos exibindo dentes de ouro em meio aos dentes podres, que até me deixaram atordoada. Eles estavam completamente despidos, com os membros duros como uma rocha e exibindo um sorriso perverso no rosto, tudo que lembrei foi da dor surreal que senti horas atrás e assim que um deles se moveu em minha direção, foi o que faltava para que eu voltasse a realidade e meus membros inferiores responderem aos meus comandos.

Antes que o homem chegasse onde eu estava, por puro reflexo, meu olhar foi de encontro ao criado mudo, me movi em direção ao objeto que estava sobre ele. Com uma das mãos peguei a jarra que estava com água que a dona Simone trouxe junto com o prato de comida e ainda não tinha vindo buscar, com a outra segurei firme o gafo. Meu corpo já havia sido violado contra minha vontade e embora sabendo que não teria chance contra esses três, eu ia morrer lutando. Não pensei duas vezes quando o infeliz que estava próximo de me alcançar e joguei a jarra em direção à cabeça dele.

Ele cambaleou alguns passos para trás, o corpo oscilando com violência. Minhas pernas se moveram numa velocidade que parecia que eu estava correndo entre as videiras, mas antes que eu chegasse até a porta do banheiro, que seria o meu único porto seguro, senti braços fortes de encontro a minha cintura e o poder da sua ereção encostando-se a minha bunda, porém, antes que o homem saísse me puxando, segurei firme o gafo e não perdi tempo. Reunindo toda a minha força, consegui me afastar um pouco e enfiei o objeto em direção ao seu órgão genital, um grito ensurdecedor ecoou no espaço atingindo os meus tímpanos e quando os braços dele aos poucos foi desfazendo o contato, eu respirei aliviada, no entanto, minha alegria só durou alguns segundos, pois logo em seguida senti uma dor cruciante, como se minha pele estivesse queimando.

Quando o punho do atroz foi de encontro as minhas costas, um ruído alto saiu rasgando a minha garganta, ecoando nos quarto cantos do ambiente e antes que eu fosse de encontro ao chão, ele saiu me puxando em direção a cama. Mesmo tomada pela dor, comecei a espernear freneticamente, mas meu coração disparou quando ele me jogou em cima da cama e rugindo como um animal raivoso, subiu em cima de mim.

— Então a vadia gosta de sexo selvagem. Eu vou adorar te domar e já que serei o primeiro, vou fodê-la com força e sem piedade.

Seu hálito tresandava a álcool. Suas mãos começaram a percorrer o meu corpo, apertando os meus seios, sua boca logo encontrou a curvatura do meu pescoço e se eu não fizesse nada, suas palavras se tornariam realidade. Ele estava mordendo e chupando meu pescoço, fazendo gemidos de dor escapar pela minha boca, enquanto esfregava seu pênis imundo contra o meu corpo.

Respirei fundo e movi minha boca em direção a sua orelha, o homem tentou se afastar, mas trinquei os meus dentes para não largar, gritos e mais gritos saíram da sua boca e num movimento brusco, ele se afastou deixando um pedaço da sua orelha em minha boca. Porém, em meio à dor, suas feições mudaram, parecia o próprio demônio em minha frente e o golpe foi certeiro em minha face, fazendo o pedaço de carne ser jogado a distância e o gosto metálico invadir a minha boca. Suas mãos diabólicas foram de encontro a minha roupa e minha única reação foi gritar para que ele parasse.

— Não! Não! Nãoooo...

As lágrimas começaram a descer pelo meu rosto, quando ele já havia rasgado a minha blusa e foi fazer o mesmo com o meu short, os outros dois homens se levantaram e eu sabia que tudo estava perdido, já que não tinha mais forças para lutar. Assim que ele levou a mão de encontro à peça, um barulho alto ressoou no espaço e o corpo do homem caiu sobre mim, me esmagando. Desorientada e com a visão embaçada pelas lágrimas, eu achei que estava tendo um delírio, mas era ele, o próprio demônio em forma humana, parado próximo a porta com suas feições diabólicas e suas orbitas avermelhadas, como se estivessem em chamas.

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