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Capítulo 9

- Júlia, estou vendo como acostumá-la, não quero que ela confunda as coisas e acabe sofrendo, ela é muito pequena - digo.

- Eles gostam da Helen, acho que você faria eles sofrerem também, tirando a menina de lá, ainda bem que eles só ficaram lá na segunda, terça e quarta, mas foi o suficiente para criar um vínculo - diz ele.

- Você tem razão, eles são apegados a elas, só tenho medo de que ela se machuque em algum momento - eu digo

- Isso é normal, mas eu acho que eles nunca vão tratá-la mal, veja o Lucas, ele é filho do meu genro e eu o trato como se fosse meu neto, eu amo aquela criança, cuido dele como se fosse do meu sangue, com a Julinha é a mesma coisa, então não há com o que se preocupar - ele diz

- A senhora é sempre ótima em dar conselhos, não é, mamãe? - Eu digo e ela ri

- Vamos, vamos descer, antes que a Júlia apareça com cara de besta, porque ela disse que estava com fome - minha mãe diz e eu rio.

Levantei-me, peguei meu celular e saímos do quarto.

Entramos na sala de jantar e lá estava meu pai com as meninas.

- Pai, boa noite - eu disse abraçando-o.

- Boa noite, Lele - ele disse

- Do que elas estavam falando? Que elas estavam muito animadas - diz minha mãe

- Sobre a viagem, estou ansiosa para ver a Mel - diz Clara se referindo ao cavalo.

- Ótimo meme, não é, vovô? - diz Júlia enquanto eu a sento na cadeira.

- Sim - diz meu pai sorrindo para a neta.

Eu coloco a comida da Júlia e depois coloco a minha.

Depois do jantar, levo Júlia para escovar os dentes e colocar o pijama.

- Fale com a vovó, veja a mamãe - diz Júlia pulando na cama.

- Dona Vera deve estar ocupada agora Julinha, amanhã você fala com ela", eu digo.

- Áudio mamãe, por favor - diz ela olhando para mim com uma cara que me enternece o coração.

- Ok, vamos mandar um áudio - eu digo pegando meu celular e ela pula de volta na cama.

Coloco a Sra. Vera em contato e sento na cama, Júlia senta ao meu lado e aperta para gravar o áudio.

- Oi vovó, estou com saudades de você comendo bolo de chocolate hoje, vovó", diz Júlia.

- Não diga que ele comeu Ju, se ele disser: "Comi bolo de chocolate hoje", eu digo.

- Eu a comi com beijos, vovó - ele diz

- Boa noite - eu digo

- Boa noite, eu amo a vovó - ela diz e eu paro de gravar o áudio e ela olha para mim com um sorriso enorme.

- Agora vamos dormir - eu digo a ela e ela se deita na cama.

Deitei com a Júlia, contando sua história, até ela dormir, ajeitei seu cobertor e liguei o abajur, antes de sair do quarto, dei um beijo em seu rosto e saí.

Entrei no quarto da Clara e ela estava rindo olhando o celular.

- O que está fazendo? - Eu pergunto

- Assistindo a mamãe - ela diz olhando para mim

- Por favor, não durma até tarde, eu vou dormir, amanhã não sei que horas vou chegar do trabalho, então você vai passar o dia com a vovó - eu disse a ela

- Vamos amanhã com a vovó Vera e o vovô Antônio? - ela pergunta.

Clara ainda não sabia que Pedro estava prestes a chegar, preferi não avisá-la antes.

- Não, talvez ele chegue ou já tenha chegado hoje, não quero que ele saiba de nada antes de falar comigo - eu digo.

- Está tudo bem - ela diz com um sorriso fraco.

- Vou dormir, não durma muito tarde", eu digo.

- Só vou terminar de assistir e dormir, amanhã vou terminar de arrumar meus jogos, para jogar lá com o Lucas - ele diz

- Certo, eu te amo meu girassol - eu digo

- Eu também te amo, minha rosa - Ele diz rindo e eu rio.

Dou um beijo na Clara e vou para o meu quarto...

helen

Tomei um banho, coloquei meu pijama e deitei na cama, pegando meu celular.

Tinha algumas mensagens da Tati, então fui dar uma olhada.

Tati: Oi amiga, como você está? Só quero te avisar que o Pedro voltou, ele chegou hoje à tarde e também quero te avisar que ele está indo para a fazenda, só quero te avisar para não se assustar, entrar em choque, para você se preparar.

Tati: Mande um beijo para minhas meninas, estou com saudades, vamos passear amanhã de manhã?

Então ele está mesmo de volta!

Sinto meu coração apertar, mas ao mesmo tempo me sinto aliviada, não sei exatamente como explicar a sensação que senti.

Respirei fundo e pensei por alguns minutos, até que me lembrei de responder à Tati.

Helen: Oi amigo, como vai? Achei que ele também estava indo, não se preocupe. Quanto ao nosso passeio de amanhã, está marcado, nos vemos no mesmo horário de sempre.

Desliguei o celular e fui dormir.

Levantei cedo, tomei banho e me arrumei para sair para passear com a Tati.

- Bom dia pai - digo quando entro na cozinha e encontro meu pai colocando café na xícara.

- Bom dia Le, você vai dar uma volta? - ele pergunta

- Vou sim, com a Tati - respondo

- E as meninas, ainda estão dormindo? - ele pergunta

- Sim, hoje não tem aula, então vão dormir mais tarde - respondo

- Você já fez as malas? - Ele pergunta

- Agora, só vou terminar a da Júlia hoje, quando chegar do trabalho, mas rápido - eu digo.

Conversei mais um pouco com meu pai e depois saí.

Tati já estava me esperando, em frente à minha casa.

- Desculpe a demora, como você está - pergunto abraçando-a.

- Estou bem e você? Estou aqui - ela diz

- Estou bem, estou morrendo de sono, mas vou tentar dormir o máximo possível hoje, para poder dirigir amanhã cedo - digo enquanto caminhamos.

- Acho que vou com você, tem algum problema? - Ela pergunta

- Não, eu adoraria ter mais companhia - eu digo

- Quero sentir falta das minhas meninas e viajar com você é ótimo, vamos ficar fofocando o caminho todo - ela diz e eu rio.

- Sim e vou precisar de ajuda, quando a Júlia viaja, meu Deus, ela sempre pede alguma coisa nova, a Clara dorme a viagem toda e eu fico dando voltas e voltas para atender os pedidos da Júlia - eu digo

- A Clara é minha cópia mesmo quando ela viaja, meu Deus - ela diz e eu dou risada.

Caminhamos quase uma hora, conversamos muito e rimos, essa semana caminhamos todos os dias e estou adorando, pois além de conversar com a Tati, estou tentando manter meu corpo em forma.

Depois da caminhada, me despedi da Tati e fui para casa me arrumar.

Cheguei ao trabalho e fui direto para minha sala.

Tive algumas reuniões, adiantei alguns trabalhos, pois ficaria fora por alguns dias.

Apesar de ser filha do dono, não me considero a "dona", trabalho como todo mundo aqui, me considero e peço para ser considerada uma pessoa normal aqui.

Terminei o trabalho no final da tarde e finalmente pude ir embora.

Arrumei tudo no meu quarto, peguei minhas coisas e fui para o elevador.

Entrei em meu carro e respirei fundo, finalmente alguns dias de folga.

Liguei o som e saí dirigindo.

Fui à padaria, comprei o lanche preferido das meninas, aproveitei para ir à farmácia comprar algumas coisas para mim e acabei comprando algumas para as meninas também.

Estacionei o carro na garagem de casa e fui buscar as coisas que comprei.

- Mamãe - ouço o grito da Júlia e a vejo correndo em minha direção.

- Mi amor mami te extrañé - eu disse, colocando as sacolas de volta no carro e me abaixando para dar um beijo na minha bebê.

- Sinto sua falta mamãe, o que você fez? - ela pergunta

- Comprei lanche para você e para a Clarinha, menina curiosa - digo, pegando as sacolas novamente.

- Lanche - ela diz animada

- Vamos lá, você está descalça na rua Júlia, sua avó viu? - pergunto freando o carro.

- Sim - ela diz pulando para cima e para baixo...

pedro

- Temos mesmo que ir procurar seus pais? - Melissa pergunta pela milésima vez.

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