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Capítulo 8

helen

- Sim, vamos para casa? - Eu pergunto

- Vamos - diz Júlia, dando um pulo.

Coloquei Júlia no banco do carro, enquanto Clara sentou-se no banco do passageiro.

Dirigimos para casa ouvindo as histórias da Júlia sobre a escola e rindo com a Clara.

Quando chegamos, Clara foi para seu quarto e eu a segui.

- Filha - eu disse ao entrar no quarto da Clara.

- Olá - ela diz enquanto coloca sua mochila na cadeira ao lado da mesa de estudos.

- Hoje de manhã eu fui passear com a Tati - digo e ela me olha com um olhar surpreso e esperançoso - Hoje você vai almoçar com seus avós e sua tia, eu falei com eles - digo diretamente e ela me dá um sorriso enorme.

- Você jura? - ela pergunta me abraçando

- Sim, eles estão esperando por você - eu digo

- Estou tão feliz - ela diz com uma voz chorosa.

Eu a abraço e fico em silêncio, apenas ouvindo-a chorar de felicidade.

- Vai, vai tomar um banho, se arrumar, eu vou dar um banho na Júlia e te levo lá - digo a ela.

- Meu pai vai estar lá? - Ela pergunta

- Ainda não meu amor, ele não está lá - eu digo e ela me dá um sorriso fraco.

- Mas meus avós e minha tia estão", diz ela.

- Sim, eles estão ansiosos para conhecê-lo - eu digo

- Vou tomar um banho - ela diz correndo para o banheiro.

Enquanto Clara se arrumava, dei banho na Júlia e a vesti para ficar em casa.

- Estou pronta, mamãe - disse Clara entrando no quarto de Júlia.

- Vou só pegar meu celular e vamos embora, me espera lá embaixo com sua irmã - eu digo

- Claro - disse ela pegando a mão de Júlia.

As duas desceram as escadas e eu fui para o meu quarto procurar meu celular, mandei uma mensagem para a Tati avisando que ia levar a Clara e ela logo viu.

Quando desci as escadas, encontrei Clara e Júlia sentadas no sofá.

- Onde está sua avó? - perguntei

- A tia Lu disse que a vovó saiu, foi almoçar com uma amiga - disse Clara.

- Júlia, você pode ficar um pouco com a tia Lu? - Eu pergunto

- Eu quero ir mamãe - disse ela pegando a mão de Clara.

- Ok, vamos, vamos deixar sua irmã lá e voltar para almoçar - eu digo e as duas se levantam.

Saímos de casa e pude notar como Clara estava ansiosa, ela se parecia comigo, quando estava ansiosa mordia os lábios na tentativa de se acalmar.

- Acalme-se, seja você mesma - disse-lhe pegando sua mão e ela sorriu.

Paramos em frente à casa dos pais do Pedro e a Clara me olhou com um sorriso, toquei a campainha e ficamos esperando, até que a Tati abriu a porta.

Assim que ela abriu, olhou para a Clara com os olhos cheios de lágrimas e a abraçou.

- Você é tão linda, estou tão feliz - disse Tati, ainda abraçando Clara - Estou tão feliz por ser sua tia - disse Tati rompendo o abraço e olhando para Clara, que também estava chorando.

- Eu também estou muito feliz, tia - diz Clara enxugando as lágrimas.

- Venha, seus avós querem te ver - diz Tati abrindo mais a porta e Clara entra com ela, eu entro logo atrás da mão de Júlia e fecho a porta.

Dona Vera e Sr. Antônio abraçaram Clara, os dois juntos e os três choraram, choraram enquanto se abraçavam.

Eu sabia o quanto minha filha estava feliz e sabia que aquelas lágrimas eram de felicidade, ela estava realizando um dos maiores sonhos de sua vida.

- Você é a imagem viva do seu pai, muito linda - diz o Sr. Antônio dando um beijo na testa da Clara.

- Obrigada, vovô - diz Clara sorrindo para ele

- Me chame sempre de avô, por favor - diz ele abraçando minha filha.

- Eu também quero ser chamada de vovó - diz Dona Vera.

- Tudo bem, vovó e vovô - diz Clara sorrindo....

helen

- Como eu não percebi antes, o nariz é exatamente igual ao meu e o sorriso, igual ao do Pedro - diz Dona Vera segurando o rosto de Clara - Minha neta é muito linda - diz ela dando um beijo no rosto de Clara - Parabéns Hellen, você é maravilhosa, muito obrigada por me proporcionar esse momento, você não imagina como estou feliz, obrigada - diz Dona Vera me abraçando

- Eu que agradeço - digo sorrindo enquanto a abraço - Bom, vou deixar vocês aproveitarem um pouco, para se conhecerem melhor - digo enquanto me separo do abraço de Vera.

- Você não quer ficar para o almoço? - pergunta a Sra. Vera

- Não obrigada, quero que você aproveite o momento - digo olhando para Julia - Vamos, filha? - Eu digo

- Fica com a Clara - diz ela correndo para abraçar a irmã.

- Júlia, a Clara vai chegar em casa daqui a pouco, então você pode ficar com ela", eu digo.

- Deixe ela aqui Hellen, é bom você descansar um pouco - diz Tati.

- Pode deixar, elas vão ficar bem cuidadas - diz Dona Vera

- Deixa, mamãe - diz Clara

- Está tudo bem, mas se precisar de alguma coisa, por favor, me ligue - peço que me ligue

- Não se preocupe - diz Tati.

Me despedi das meninas e saí, entrei em casa, almocei e subi, quando entrei no quarto chamei a Gabriela, para contar tudo o que havia acontecido.

Minha irmã me ouviu atentamente por meio de uma videochamada, enquanto trabalhava fazia algumas caretas assustadoras, o que me fez rir no meio da videochamada.

Quando desliguei a chamada, tomei um banho e fiquei deitado observando, é tão estranho estar sem as meninas.

Finalmente chegou a hora de buscá-las, então desci e fui em direção à casa dos pais do Peter.

- Ele já chegou em casa? - pergunta Tati com um olhar triste no rosto.

- Sim, já estou com saudades das minhas meninas - digo entrando.

- Estou quase sequestrando minhas sobrinhas - ela diz rindo e eu rio.

- Mamãe - Júlia entra gritando na sala.

- Olá, meu amor, estamos indo para casa? - eu pergunto

- Vovó, mamãe, bolo de chocolate - ela diz

- Minha mãe fez bolo de chocolate para elas - diz Tati

- Sim, a vovó fez um bolo delicioso, mamãe - diz Júlia.

- Vovô? - Eu pergunto olhando para a Júlia e a Tati.

- Ela começou a chamar minha mãe de vovó e meu pai de vovô, eles adoraram, tem algum problema? - pergunta Tati um pouco preocupada

- Não - digo com um leve sorriso.

Na verdade, tenho medo de que a Júlia se confunda e pense que a família paterna da Clara também é a dela.

- Vamos, a Clara está brincando com meu pai - disse ela.

A Júlia correu na frente e eu a segui de perto com a Tati.

Clarinha estava sentada em uma poltrona, segurando cartas e rindo, enquanto brincava com seu Antônio, ela tinha um brilho tão lindo nos olhos que dava para ver o quanto ela estava feliz.

- Oi mamãe - disse ela olhando para mim com um sorriso.

- Oi, meu amor, você já terminou? Vim buscá-la, ainda tenho dever de casa para fazer", eu digo.

- Eu me esqueci disso, mas estamos terminando, não é vovô? - Ele diz e Antonio acena com a cabeça, balançando a cabeça.

- Hellen, que tarde maravilhosa eu tive com essas meninas", diz Dona Vera enquanto segura Júlia.

- Isso é ótimo, fico feliz que você tenha gostado da companhia delas", eu digo sorrindo.

- Adorei, estou apaixonado pelas minhas netas, ganhei duas netas de uma vez, tem coisa melhor que isso? - ele diz, dando um beijo na bochecha de Julia.

- Vovó, mais bolo de chocolate - diz Julia.

- Não, senhorita, você vai jantar daqui a pouco - eu disse a ela

- Podemos vir aqui amanhã? - pergunta Clara

- Se não for incômodo e se seus avós e sua tia estiverem em casa, sim - eu digo

- Eu estarei lá e não haverá nenhum problema - diz Dona Vânia.

- Eu também vou, amanhã a gente pode ir para a piscina - diz Tati.

- Tia piscina - diz Júlia batendo palmas.

- Júlia adora a piscina - digo sorrindo para minha pequena.

Conversei mais um pouco com a equipe, depois nos despedimos e fui para casa com as crianças.

Quando chegamos em casa, Clara foi contar tudo para meus pais, ela estava muito feliz, não parava de falar dos avós, da Tati, estava feliz e isso alegrou meu coração também.

helena

- Você vai descer para jantar? - pergunta minha mãe, batendo na porta do meu quarto, que estava aberta.

- Já vou, só vou dobrar essas roupas aqui e depois arrumar minha mala - digo.

- Ainda vou arrumar a minha - diz ela

- Eu arrumei a da Júlia quando cheguei do trabalho, ajudei a Clara com a dela e vim preparar a minha, amanhã não sei quando chego - eu digo

- Hoje eu falei com a Vera, ela me disse que o Pedro chegaria hoje à noite, provavelmente ele vai partir para essa viagem - diz ela sentada na minha cama.

- Ei, mãe, não quero nem pensar nisso, estou tentando me preparar psicologicamente para falar com ele", eu digo.

- E agora mais do que nunca você vai ter que conversar, o Clara já está acostumado com a família dele, ele vai estranhar essa aproximação, então é melhor ele saber a história real por você, do que saber por outra pessoa - ela diz.

- Eu sei, ela adora ficar lá, ter duas avós, dois avôs, duas tias - digo sorrindo ao lembrar do sorriso da minha menina.

- E a Júlia também - diz minha mãe.

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