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08

9 de fevereiro 15h09 48º registro

Que saco! Com tanta história, esqueci completamente do diário. Não sei, acho que minha mente está começando a pagar por todo o estresse acumulado. Quando escrevia ontem, com Lúculo no colo, ouvi um barulho na parte de baixo deste estranho refúgio. Desci com o coração na boca, empunhando a pistola, mas, por mais que tenha procurado, não encontrei nada. Alarme falso. Ou sinal de que a tensão e a fadiga estão começando a me vencer, o que não é nada bom. Ou que estou começando a ter alucinações auditivas por causa da "fadiga de combate", o que é ainda pior. Enfim... Como ia dizendo, quando estava com o carro na boca da rua, a situação não era para comemorar. Pela rua que vinha do centro podia ver centenas desses seres avançando, com esse estranho jeito de caminhar, enganosamente lento, mas realmente rápido, ocupando toda a rua. Era a visão mais horrível que alguém possa imaginar.

Meu Deus, centenas de cadáveres, com ferimentos e amputações, banhados em sangue, pálidos e com essa horrível expressão no rosto avançando para meu carro, com sede de sangue e querendo me pegar. Maldição. Um cadáver andante é um conceito tão terrível que ninguém pode entender se não vir um pessoalmente, mas a imagem de centenas deles tentando pegar você pode deixar até o mais equilibrado de cabelo em pé.

A situação não era melhor do outro lado. Vinham menos, não resta dúvida, mas ainda assim eram muitos, o suficiente para ser impossível passar entre eles sem sofrer um acidente. E, se eu não morresse ao bater, essas coisas se encarregariam de acabar o serviço. Só me restava uma saída: a pista distrital.

A área onde fica minha rua foi urbanizada há relativamente pouco tempo. Ainda restam alguns estreitos caminhos rurais que serpeiam entre as antigas chácaras que pouco a pouco vão se transformando em ruas e edifícios ou em sobrados geminados, como o meu. Justamente um desses caminhos se abria à minha frente. Não via nenhuma dessas coisas por ali, de modo que era minha opção.

Com uma acelerada, peguei o caminho, caindo em um enorme buraco que havia na entrada. Pelo retrovisor, vi essa multidão de coisas confluindo e começando a me seguir. Com terror, compreendi que o barulho do motor só faria atrair dúzias desses bichos por onde passasse.

Minha única alternativa era circular rápido o suficiente para que não pudessem me pegar e perdessem meu rastro. Fácil em tese. Terrivelmente difícil na prática.

Aquele caminho não era exatamente uma estrada. A largura era suficiente para um veículo só, e, às vezes, o solo firme simplesmente se transformava em um leito de pedras e enormes buracos na terra. E, o pior, eu não sabia aonde podia me levar. Se fosse um beco sem saída, eu estaria em um sério problema. Eu rodava em baixa velocidade, uns vinte quilômetros por hora, e em muitas ocasiões precisava parar para manobrar, para evitar um buraco, de modo que essas coisas não me perderam de vista em nenhum momento. Lúculo miava lastimoso dentro da gaiola a cada solavanco do carro.

Ele estava aterrorizado, entendo; eu me sentia do mesmo modo. Enquanto segurava fortemente o volante, o carro continuava avançando entre violentos chacoalhões. Houve um momento em que ouvi um terrível estalo em algum lugar, no motor ou na direção, não sei, mas não me pareceu nada bom. Ao chegar a um ponto especialmente estreito, passei a alta velocidade e deixei os dois retrovisores e parte do pára-choque traseiro enganchados entre dois muros de pedra. Que se foda. Precisava sair dali a qualquer preço.

Um instante depois, e sem saber como, desemboquei em uma estrada distrital mais larga. Parei o carro com uma freada em meio a uma nuvem de pó. Não havia nada à vista, aparentemente, nem vivo, nem morto. Ao longe, repousando perto do rio Lérez, podia ver a cidade de Pontevedra, silenciosa, imutável... morta. Só umas colunas de fumaça se elevavam em alguns lugares, fruto de rescaldos. Assombrado, vi extensas cicatrizes pretas, onde ruas inteiras haviam ardido até o cimento.

Imagino que, quando a eletricidade acabou, alguns transformadores e pequenas subestações foram para o caralho. Isso deve ter provocado incêndios. E não havia ninguém para combatê-los.

Só se ouvia o ronronar do meu motor. Sacudindo a cabeça, e enquanto a nuvem de pó baixava, ajeitei a gaiola de Lúculo no banco do passageiro, enquanto sussurrava algumas palavras para tranquilizá-lo.

Nesse momento, não tinha tempo para acariciá-lo. Ele teria de aguentar um pouco. Precisava decidir aonde ir. Subitamente, percebi.

Já sabia onde estava. Era a maldita estrada secundária que eu havia tentado utilizar quase um mês antes para sair da cidade. A mesma onde uma patrulha me havia impedido prosseguir. Bem, era improvável que tornasse a encontrar uma patrulha. E, se por acaso encontrasse, eu cobriria todos os integrantes de beijos se pusessem a mim e a Lúculo sob sua proteção. Eu estava havia muito tempo desempenhando o papel de Cavaleiro Solitário.

Rodei dois quilômetros pela estrada deserta sem ver absolutamente ninguém. Nem uma alma além de duas figuras ensanguentadas e cambaleantes que divisei a certa distância, na beira de um campo de milho.

Havia um pequeno rio entre eles e a rua, de modo que não puderam me seguir, mas é apenas questão de tempo até que apareçam mais dessas coisas. Finalmente, passei pelo ponto onde o controle esteve instalado. Só uns blocos de cimento recordavam a presença das tropas ali. Possivelmente os haviam deixado cortando a estrada, mas alguém, mais tarde, os afastou para deixar a passagem livre. Ainda se podem ver as marcas dos blocos de cimento arrastados pela estrada. Não sei quem os tirou dali, como o fez e para onde ia ou iam. Como tantas coisas.

Segui durante vários quilômetros, cada vez mais preocupado. Não tardaria a chegar à ligação com a estrada geral. E isso implicaria mais casas. E mais carros, possivelmente atravessados de qualquer maneira na rua. E mais dessas coisas, muito mais. Essa estrada secundária atravessava uma área especialmente desocupada do cinturão da cidade, mas era uma exceção. O resto está densamente povoado, de modo que deve haver milhares de cadáveres. Além do mais, eu não podia me esquecer da enorme multidão que ia me seguindo. Muitos se perderiam por outros caminhos ou parariam, mas não tinha a menor dúvida de que vários chegariam até esse ponto.

Além disso, estava anoitecendo. A noite é muito escura, principalmente em um entorno urbano sem iluminação elétrica. Escura como o fundo de um poço. Nessas condições, seguir seria suicídio. Precisava encontrar onde me refugiar, e rápido. Quando já havia perdido a esperança de encontrar algo, subitamente vi. Era perfeito. Sobre uma pequena colina, no meio de um campo coberto de altos e espessos arbustos, podia-se adivinhar um telhadinho laranja. Suspirei de alívio. Eu as conheço bem. São as subestações de bombeamento do gasoduto que atravessa a Galícia de norte a sul para abastecer as principais cidades. Poderia servir.

Com um suave giro de volante, peguei o caminho que subia a colina. A medida que me aproximava, a estrada se tornava mais estreita, comida pelas plantas nas laterais. Quase dei de cara com a cerca alta, de tela metálica. Só se via a entrada na cerca, o resto do perímetro estava absolutamente coberto por uma camada de pelo menos quinze metros de densa vegetação. Não se pode chegar à cerca sem abrir caminho por entre essa selva a golpe de facão, coisa que duvido que esses monstros possam fazer. De modo que só se chega aqui pela trilha, e nem sequer se pode vê-la muito bem. Seria maravilhoso para passar a noite.

Felizmente, o portão da cerca tinha um simples trinco, e não um cadeado. Enrolado nele havia duas voltas de arame, para que se mantivesse fechado. Era um trinco bastante vagabundo, mas complicado o bastante para deter qualquer um que não fosse humano.

Após atravessar o portão e tornar a fechá-lo atrás de mim, cheguei à casinha. E pequena, muito pequena, apenas um quarto, mas é sólida e não tem janelas. Tinha uma porta metálica trancada, mas consegui forçá-la após alguns minutos de luta com a pequena alavanca que carrego no porta-malas.

O interior era escuro e empoeirado, só iluminado pelo feixe de luz proveniente de uma clarabóia no teto e pela luz que entrava pela porta. No meio do aposento viam-se alguns canos, manómetros e contadores. Essa subestação tinha como finalidade a limpeza de ar da tubulação. Não sei se há gás neles ou não, mas, evidentemente, não pretendo descobrir. Não vou mexer nessas coisas por nada neste mundo. Só o que me faltava era me encher de gás ou voar pelos ares.

Instalei-me confortavelmente lá dentro e dormi por quase doze horas direto. Foi a primeira vez em semanas que pude descansar sem ouvir o permanente barulho daquelas coisas. Foi fantástico. Estou aqui desde então e tenho a sensação de que poderia ficar aqui para sempre. Mas não é nada confortável. Além do mais, a água está acabando, resta pouco mais de meio litro. E estou começando a ficar com sede. É evidente que não posso permanecer aqui por mais tempo. Mas pude pensar. E já sei qual será meu próximo movimento.

10 de fevereiro 12h11 49º registro

Antes de tudo isto começar, eu era um sujeito cético a respeito do destino. Achava que os sinais, os presságios eram apenas fruto de fábulas e bobagens de velho. Agora, esta manhã, enquanto olhava pensativo para as chaves do barco de Miguel, não tive tanta certeza. Talvez fosse um sinal o fato de ele insistir tanto na ideia do barco. Afinal de contas, sinais divinos não são nenhum absurdo quando todo o mundo foi para o inferno em questão de semanas, em uma versão desapiedada do Apocalipse.

Eu estava no telhado da subestação, deixando-me acariciar pelos raios do sol matutino. Nesses últimos dias, a temperatura subiu um pouco, mas, por outro lado, o céu foi se encapotando, de modo que qualquer momento é bom para sentir a luz solar. Depois de tantos dias de horror e clausura, é muito bem-vindo.

Tenho um plano. E esse plano passa por fazer exatamente o que disse a Miguel que era impossível fazer, ou seja, entrar na cidade e chegar até a marina na Avenida Orillamar. Pegar o barco dele ali e rumar para um lugar que acho que ainda deve ser seguro, e onde, se não estiver enganado, deve haver eletricidade, água, comida e gente. O paraíso, neste momento.

Pontevedra fica no fundo da enseada de mesmo nome. Nessa enseada, que no ponto mais largo pode ter uns poucos quilômetros de margem a margem, existe uma ilha, a ilha de Tambo. Essa ilha foi, ao longo dos séculos, um povoado celta, um oratório suevo, um mosteiro medieval, um leprosário e, há muitos anos, um paiol militar pertencente à base naval de Marin. O paiol está vazio há muitos anos (acho que desde os anos 1970) e a ilha é um parque natural agora. É um dos poucos pedaços de terreno virgem em uma área tão densamente povoada como é a enseada de Pontevedra. Esse era meu destino.

Acho, e acredito que não sem razão, que quando tudo começou a ir para o caralho mais gente deve ter tido a ideia de se refugiar ali. Na ilha há edifícios militares, barracões e armazéns. Só se pode chegar de barco até ali, e é cercada por fortes correntezas. Além disso, acho que os militares devem ter assumido o controle do lugar. Em tese, deve ser o ponto mais seguro em quilômetros ao redor. É perfeito.

Eu só tinha o "pequeno" problema de arranjar um barco para chegar até lá sem ficar no meio do caminho. E isso não seria fácil. Eu tinha uma ideia que, embora um pouco arriscada, poderia funcionar. Em um canto da empoeirada subestação havia dois grandes barris de plástico azul com tampa, parecidos com os que se usam em expedições de montanhismo para levar o equipamento. Pelas etiquetas, era de supor que em algum momento tivessem contido produtos químicos, mas estavam vazios.

Com um pouco de trabalho consegui colocá-los dentro do Astra, abaixando o banco de trás. A seguir, peguei a mochila e a gaiola do gato e as coloquei como pude dentro do carro. Abandonei a munição da espingarda porque havia perdido a Zabala não sei em que momento, possivelmente ao entrar no carro, em minha rua. De modo que meu armamento tornou a se reduzir a quatro virotes de aço e uma Glock com trinta balas, após a salada de tiros que dediquei inutilmente aos monstros da minha rua.

Ao girar a chave no contato, o motor fez um barulho impressionante, altíssimo. Sem dúvida, o percurso que fiz outro dia por aquele caminho de cabras para fugir da minha rua deve ter danificado alguma coisa. Senti meu sangue fugir para os pés. Se o carro não funcionasse, estaria morto. Andando, não chegaria muito longe quando me aproximasse de uma área mais habitada. Comecei a girar furiosamente a chave, enquanto praguejava. Oh, Jesus, faça o motor funcionar, anda, anda, vamos, vamos, vamos, VAMOS!

Com uma explosão sufocada, o motor pegou. Com um grito de alegria, engatei a primeira e comecei a rodar pela rua principal, deixando aquele estranho refúgio que havia me acolhido durante quase dois dias. Ao chegar à estrada distrital, virei em direção à geral. Sabia que, quando chegasse ali, as coisas tornariam a se complicar logo, mas tinha esperança de não precisar rodar mais de dois quilômetros até chegar ao meu destino.

O caminho foi complicado, muito complicado. Ao divisar o cruzamento da estrada geral, apoiei a Glock, já engatilhada, no banco do passageiro e pisei no acelerador. Velocidade seria fundamental. Cantando pneus, virei no cruzamento e peguei a direção norte. A rua estava deserta, mas só aparentemente, porque vi vários desses seres saindo de umas casas próximas, alertados pelo barulho do motor. Com um rugido, acelerei, afastando-me deles. Tinha de fazer apenas dois quilômetros. Apenas dois malditos quilômetros. Mas, depois de cem metros, encontrei o primeiro problema. Um acidente - dois carros batidos de frente - ocupava quase toda a rua. Manchas de sangue cercavam a cena, mas não se via nenhum corpo. Só me restava uma estreita passagem pelo acostamento esquerdo. Manobrando com cautela, para não ficar enroscado, enfiei o veículo na estreita passagem. De súbito, um golpe brusco soou na janela do passageiro.

Duas mãos, seguidas de um corpo uivante saído não sei de onde, batiam insistentemente na janela, com as palmas abertas, enquanto a boca do dono gemia sem parar. Meu coração quase saiu pela boca.

Tremendo de medo, consegui deixar essa coisa para trás, enquanto pensava em meu movimento seguinte. Mais um quilômetro. Vi vários carros abandonados na rua ou batidos. Alguns tinham restos de sangue, outros pareciam ter sido abandonados ali por seus donos em um momento de pânico ou loucura, não sei. Mais dessas coisas por todos os lados. Nem um único ser vivo à vista. Quinhentos metros para o desvio. Já estava quase chegando. Trezentos metros. Duzentos.

De repente, não sei de onde, surgiram duas dessas coisas no meio da rua, uma mulher e um homem. Distraído, não tive tempo de desviar e os atropelei. O corpo do homem bateu no pára-choque e caiu no pára-brisa, arrebentando-o. Brequei de repente, quando parei de enxergar através do vidro completamente estilhaçado. O homem rodou na frente do carro com a inércia da freada. Quanto à mulher, acho que passei por cima dela.

O carro morreu por causa do impacto. Tentei ligá-lo de novo, mas o motor estava mudo e o painel era uma constelação de luzes vermelhas. Não havia nada a fazer. Estava morto. E curioso, mas o que me veio à cabeça nesse momento foi o absurdo pensamento de que já não precisava mais trocar o óleo.

Saí do carro. Estava a apenas cem metros do meu destino, quase podia vê-lo. Coloquei a mochila nas costas e peguei a gaiola do gato. Olhando para todos os lados, abri o porta-malas para arrastar os dois barris. Os cem metros que faltavam eram descida, de modo que os barris fariam o caminho sozinhos, rolando. Mandei-os ladeira abaixo com um pontapé. A seguir, comecei a andar. O homem estava se levantando nesse momento, com um aspecto ainda mais horrível após o atropelamento. Era velho, de uns sessenta anos. Sem hesitar, e antes que se aproximasse muito, ergui a Glock e abri fogo a menos de três metros. A primeira bala atravessou o esterno, apesar de eu ter apontado para a cabeça. Só com um segundo tiro, quase à queima-roupa, acertei-o na cara. É um espetáculo que vai me perseguir pelo resto dos meus dias. Não quero nem lembrar. Depois que o corpo caiu, voltei-me para ver a mulher. Continuava deitada no chão. Talvez tenha quebrado a espinha dorsal dela, não sei, mas não pretendia ficar para descobrir.

Desci a ladeira quase tropeçando e finalmente cheguei aos barris, ao meu destino: o atracadouro fluvial do Lérez. Estava vazio, mas eu já contava com isso. Só no verão há serviço de aluguel de barcos, mas não era isso o que eu estava procurando. A partir desse ponto, e correnteza abaixo, o rio corre por toda a cidade até desembocar na enseada, bem onde fica a marina, e minha salvação. Só precisava me jogar na água e me deixar levar pela correnteza até chegar ao barco de Miguel. Aquelas coisas não poderiam me pegar na água e eu poderia atravessar a cidade sem risco.

Rapidamente, coloquei a mochila e a pistola em um dos barris e o fechei. No outro coloquei a gaiola de Lúculo, que ainda miava desconsoladamente. Ultimamente, sua vida estava tendo muitas emoções, e acho que ele estava começando a se encher. Com um dos virotes furei a tampa desse barril. Entraria um pouco de água, mas pelo menos o gato poderia respirar. Amarrei os dois barris com uma corda. Arrastando-os, fui até a beira. A água tinha um aspecto escuro, pouco amistoso.

Os barris já quase haviam chegado até mim. Inspirando profundamente, joguei-me na água, arrastando-os. Uma sensação congelante quase me fez gritar ao mergulhar nas frias águas do Lérez. Diabos, é fevereiro, e nessa época devia estar uns quatro graus. Felizmente, estava usando a roupa de mergulho. Ainda assim, a sensação térmica era impressionante.

A correnteza começou a me arrastar lentamente rio abaixo, enquanto aquelas coisas me contemplavam, impotentes, do atracadouro. Duas delas caíram na água, mas não as vi flutuar. Imagino que tenham afundado ou que foram arrastadas pela correnteza. Enfim, perto de mim não estavam.

Estou com dor no punho de escrever; além disso, Lúculo está pedindo comida insistentemente. Tanto ele quanto eu estamos ainda nos recuperando da experiência e nos acostumando à nossa nova "casa", o Corinto, uma verdadeira beleza de barco, que caiu do céu. Depois continuo.

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