Capítulo II - Alejandro
Sai de casa indo abrir a oficina antes que voltasse a puxar assunto com Magie sobre o que ela estava passando, eu sabia que ela não estava dormindo direito, escutava seus pezinhos pela casa de madrugada e às vezes os gritos assustados dela despertando de algum pesadelo.
Não tinha ideia de como tinha sido a vida dela naquela casa, e já que ela não falava nada eu só conseguia imaginar que teria sido igual ou pior do que a de Sophie. As duas mulheres sofreram nas mãos daquele maldito, mas como Sophie disse no outro dia, Magie era a esposa que tinha que se deitar com ele e sorrir mesmo depois de ser agredida e humilhada.
Talvez seja por isso que eu sinto uma necessidade de cuidar dela, garantir que tenha tudo o que precisa, que esteja confortável, assim como gostaria que alguém fizesse com minha irmã.
Mas foda-se, eu não a vejo como uma irmã nem aqui nem na china, a mulher faz meu corpo entrar em combustão com só uma olhada e nesses dois meses que ela está em casa perdi a conta de quantas ereções eu tive só em olhar pra ela.
Eu com certeza estava ficando maluco, mas quem podia me culpar a mulher era linda e sexy, mesmo quando estava fazendo algo sem sentido. Assistir ela comer ou fazer os bolos é quase com assistir um pornô, e o único motivo para eu não tentar nada é por ela ser quem é.
Uma ex riquinha, mimada e cheia de si. A última coisa que eu quero na minha vida agora é outra Gabriela.
— E lá vem a gostosa. — Luke murmurou me tirando dos meus pensamentos e levando meus olhos para Magie.
Ela atravessou a rua com uma cesta na mão e usando um maldito vestido que não deixava muito para imaginação, o vestido branco rodado se balançava com o vento mostrando ainda mais das coxas dela a cada passo que ela dava, as alças fininhas davam sustentação ao belo par de seios que eu sabia que ela tinha, mesmo que não os tivesse visto.
— O que tem aí? — Luke perguntou quando ela chegou na nossa calçada e eu só queria que ele calasse a boca e a deixasse ir.
— Bolo de limão com cobertura.
Ela ergueu a toalha mostrando a ele os bolos e eu semicerrei meus olhos, porra ela sabia fazer bolos, eu tinha experimentado cada um deles, minha mãe tinha ensinado muito bem, mas eu gostava de dizer o contrário e deixar que ela ficasse com essa duvida.
Afinal era assim que estávamos convivendo nessas semanas, os dois trocando farpas, fingindo que não olhamos o corpo um do outro com verdadeira fome. Mas era tudo o que podíamos fazer já que os dois estavam cercados de fantasmas.
— Caramba! Isso aqui está dos deuses. Foi você que fez gata? — Luke voltou a falar me fazendo revirar os olhos.
Ele tinha que flertar com toda a mulher que entrava ali, mesmo que não saísse com uma há muito tempo.
— Luke, cale a boca e vai trabalhar! — gritei querendo por um fim no papo furado. — Nós dois sabemos que minha mãe que fez esse bolo, você está cansado de comer os bolos dela e já conhece bem. — provoquei antes que ela se fosse.
Magie apenas me lançou um olhar feroz antes de sair de lá pisando duro.
— Com a bunda balançando assim certeza que ela vai vender cada pedaço. — Luke soltou enquanto a encarava assim como eu. Bufei acertando um tapa na nuca dele. — Estou falando dos bolos cara. Não que eu negaria se ela quisesse vender algo mais.
— Pare de falar dela assim seu merda! — grunhi prestes a socá-lo por isso. — Só pare ou vai ter que engolir seus dentes. — ouvir ele se atirar para cima dela já era irritante, agora aturar que ele fale dela desse jeito não ia acontecer. — Fique aqui e cuide de tudo.
Sai o deixando na oficina e indo atrás da loira, Luke falou muita merda, mas em uma coisa ele estava certo aquele vestido ia atrair muita atenção e definitivamente Magie não estava acostumada com bairros como aquele.
A segui de longe, garantindo que ela não perceberia onde eu estava a última coisa que queria era ela ficando irritada por estar sendo seguida por mim.
Ela foi passou em todos os lugares oferecendo as pessoas, mesmo quando recebia um não ou olhares de bastardos ela continuou sorrindo como se estivesse alheia a tudo, mesmo que eu soubesse que era apenas uma máscara.
Magie andou mais do que eu esperaria daquela Barbie mimada, realmente me surpreendeu a vontade de trabalhar dela. Mas isso acabou levando ela muito longe, para uma parte mais perigosa do bairro e como eu temia dois babacas se aproximaram dela.
Comecei a correr na direção dela assim que um deles agarrou seu braço e o outro passou a mão na sua bunda. Eu ia arrancar a mão do desgraçado por tocar nela!
Rosnei chegando perto e voei acertando um soco na cara do merdinha que tinha passado a mão nela, cheguei a ouvir o barulho de algo se quebrando, mas estava mais importando com o outro que ainda mantinha as mão nela.
— Acho que a moça disse que era pra dar licença pra ela! — rosnei me virando para o outro babaca.
— Quem você pensa que é pra falar assim? Arrume sua própria... — não deixei que ele terminasse a frase que com certeza acabaria com um insulto.
Acertei dois socos na cara do palhaço antes que ele caísse no chão, mas não me dei por satisfeito, subi em cima do pedaço de merda colocando para fora toda a minha frustração dos últimos dias, toda a raiva por ver a Barbie assustada quando foi cercada, explodi com fúria.
— Alejandro! Já chega! — ouvi a voz doce dela atrás de mim e me virei para vê-la já com a cesta de volta nas mãos e me encarando com os olhos arregalados. — Cuidado! — Magie gritou mas foi tarde de mais, antes que eu conseguisse me virar o infeliz acertou um soco na altura do meu olho.
Minha visão ficou confusa e embaçada por um instante e eu acertei um último soco no merdinha antes de me levantar. O outro que ainda tinha as mãos no nariz cheio de sangue se levantou tentando chegar perto, mas Magie passou na minha frente dando um chute certeiro no meio das bolas dele.
— É isso Barbie, agora vamos!
Ela se virou me olhando com uma expressão de pura raiva antes de começar a marchar de volta pra casa.
— Não me chame de Barbie idiota! — ela grunhiu andando na minha frente e eu deixei, porque mesmo tonto do soco eu conseguia ver perfeitamente o balanço da bunda dela naquele vestidinho.
— O idiota aqui levou um soco por você. — cutuquei sabendo que isso ia irritá-la ainda mais.
— Porque é lento, se tivesse acabado com ele e saído de lá nada disso teria acontecido!
— Mal agradecida é isso o que você é. — resmunguei louco para dar umas palmadas nela por ter sempre uma resposta pra tudo.
Mas o simples pensamento de ter Magie com a bunda pra cima, a pele branca marcada pela palma da minha mãe e ela gemendo, trouxe minha ereção a vida.
Merda! Eu tinha que me controlar e parar de ter esses pensamentos sobre ela. Mas não adiantou, até chegar em casa eu fui focado no balançar dos quadris dela.
— Vai continuar me seguindo, seu maluco? Aqui não tem nenhum perigo. — eu entrei em casa atrás dela, precisando resolver a situação apertada que tinha se tornado as minhas calças.
— O único perigo aqui é você! — exclamei passando direto por ela e subindo para o segundo andar.
Entrei no meu quarto não me importando em fechar a porta e fui direto para o banheiro, ali sim eu fechei a porta enquanto arrancava minha calça e cueca, deixando minha ereção saltar livre antes de me enfiar de baixo do chuveiro.
Porra eu estava parecendo a merda de um adolescente com tesão vendo uma garota bonita. Mas eu não pude evitar, já estava com minha mão subindo e descendo em meu pau.
Não precisei nem pensar nela pois minha mente já tinha criado todo o cenário, Magie contra aquela parede, a água entre os nossos corpos enquanto eu deslizava para dentro dela devagar, assistindo os olhos se arregalarem enquanto ela me recebia, os lábios se abrindo e gemendo cada vez mais alto.
Meu corpo todo parecia estar em combustão com a fantasia que minha mente havia criado, eu quase podia sentir suas pernas em volta de mim e seu corpo sacudindo a cada arremetida dentro dela. A boceta quente e molhada me apertando, me sugando enquanto ela pedia por mais.
Soltei um gemido aumentando a velocidade da minha mão enquanto os seios dela se sacudiam bem diante do meu rosto na minha fantasia, os bicos rosados a centímetros da minha boca. Quase podia sentir as unhas afiadas se afundando em minha carne, os gemidos tomando todo o banheiro enquanto ela me apertava ainda mais em sua boceta, mostrando o quanto estava perto de gozar.
— Magie! — gemi o nome da diaba quando o rosto dela tomou meus pensamentos, as bochechas vermelhas com a excitação, os olhos verdes perdidos em prazer quando nós dois gozavamos junto. — Caramba Barbie!
Joguei a cabeça para trás deixando que minha respiração voltasse ao normal antes de tomar um banho de verdade.
Sai de lá procurando por uma roupa para voltar a trabalhar, mas quando passei em direção ao guarda roupa uma coisa me chamou a atenção, minha cama estava com os lençóis todos bagunçados, coisa que não estava minutos atrás quando eu entrei no banheiro.
Olhei em volta procurando qualquer pessoa, mas uma luz se acendeu na minha mente quando me aproximei da cama e senti o perfume dela impregnado nos meus lençóis.
— Barbie, Barbie. O que você estava fazendo aqui na minha cama?