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Capítulo 2

ISABEL

Deus, o que eu fiz de errado para merecer isso? Não, sério, por quê? Porque sou masoquista, por isso, e teimoso, e orgulhoso, e porque sei que quando chegar em casa, mesmo que eu esteja uma bagunça e tenham que me levantar com uma colher, ainda estarei orgulhoso de mim mesmo por tentar. Mesmo quando minha irmã me diz que sou louco e obcecado.

-Caleb, por favor, pare.- Grito para ele sem falar, liberando o último ar que tenho nos pulmões. Eu não aguento mais. Já posso ver a luz branca no fim do túnel, minha tataravó estendendo a mão para me levar à felicidade eterna com ela. Não se preocupe, vovó, estarei aí assim que recuperar o fôlego.

- Athletic Belle nem consegue chegar em casa? Vamos, mexa sua bunda antes que ela fique mole.-

-Se minha bunda tem que ficar mole para sobreviver, então que fique mole.- Respondo sem fôlego, entre uma respiração e outra, com as mãos nos joelhos. Não sou exatamente o melhor exemplo de feminilidade no momento. Os pulmões queimam e as pernas doem, droga.

-Você realmente quer desistir? Conceda-me a vitória? Admita que você nunca poderá ter minha resistência? -

-Cale-se.-

Caleb coloca as mãos na boca. –Atenção, atenção a todos.- Ele começa a gritar fazendo uma dúzia de garotos girar ao nosso redor. –Isabelle Grant é meio idiota.-

"Cale a boca Caleb", exclamei, rindo dos rostos dos transeuntes. Nessa hora o parque está cheio de corredores, tenho certeza que não posso ficar mais vermelho que isso, mas se não estivesse cansado ficaria vermelho.

-E você não pode trabalhar duro por mais de uma hora. Eu me pergunto se ele tem essa resistência mesmo sob…-

-Caleb!- Eu corro em direção ao meu amigo na tentativa de fazê-lo parar. Ele me pega e começa a me carregar nos braços, enquanto eu chuto e bato em suas costas musculosas. Claro que ele não ouve nada. –Deixe-me descer.- Soltei um pequeno grito. Faz cócegas na minha barriga e eu rio como uma garotinha. -Eu me rendo, eu me rendo. “Chega!” Caleb me faz voltar ao chão e eu começo a rir. Dou-lhe um leve golpe no braço. -Idiota.-

-Entediado.-

-Hostil.-

-Masoquísta.-

-É verdade!- Concordo sem parar de rir. Pego seu braço e apoio minha cabeça em seu ombro. –Vamos para casa, estou exausto.-

-Quer que eu te carregue nos braços?- Sinto-me atraído pela ideia, mas nunca poderia aceitar e dar desta forma.

-Ainda consigo me levantar, não se preocupe.- respondo apertando mais seu braço. Quando decidi aceitar seu desafio ontem de manhã? "Eu tenho mais fôlego do que você." Eu o provoquei quando o tirei do supermercado sem fôlego. "Sério? Então por que você não vem correndo comigo amanhã?" Ele me desafiou. E só Deus sabe o quanto não aguento os desafios. "VERDADEIRO!" Eu respondi com convicção. Mas quem ele estava tentando enganar? Eu corro, faço kickbox, danço e ando de bicicleta, mas ainda não enfrentei um ex-corredor de atletismo e atual running back do time de futebol americano.

Entre risas y bromas llegamos a mi departamento justo afuera del campus y ya por los ruidos que escucho en el pasillo deduzco que en la casa están Malissa, Brooke y Alex, quien a pesar de no ser mi compañero de cuarto parece estar en nuestra casa todo o tempo. o tempo. Eles estão definitivamente discutindo. Eu sei. Eu ouço. Abro a porta e uma cena agora muito familiar se abre diante de mim. Malissa, segurando uma colher de pau e um livro de receitas, grita com Alex, que enquanto isso busca a ajuda de Brooke, que como sempre o ignora, como se não fosse seu namorado, e o deixa entregue à ira de minha amiga. . "Boa noite", digo quando entro em casa. Para não sujar a cabeça com a louça. Caleb entra atrás de mim e fecha a porta atrás dele. Eu o ouço suspirar enquanto observa a cena, assim como fiz há pouco.

-Ah, felizmente você chegou, Belle.- Malissa exclama toda feliz. Ele corre em minha direção, agitando a colher e apontando-a para baixo do meu nariz. –Por favor, diga também a esta criança que ela tem casa própria e geladeira própria e portanto, se quiser comer aqui, terá que pagar parte da compra.-

Olho para Alex com reprovação. Ele sabe perfeitamente que se tocar na comida de Malissa ela vai acabar gritando com ele, mas ele sempre faz isso. –O que você comeu dessa vez?-pergunto entediado.

-Mas nada...- ele responde, tentando se divertir.

Lissa o interrompe. -Ele comeu meu chocolate. Agora me diga Bella, como posso fazer morangos com cobertura de chocolate se não tem chocolate? - ele grita. Ouço Caleb rindo atrás de mim, rindo, enquanto fico aqui como um estado-tampão entre dois países em guerra. Faço uma nota mental para fazê-lo pagar por isso mais tarde. Ou imediatamente.

“Simples”, exclamo, quando me ocorre a ideia perfeita. –Caleb ainda queria correr novamente. Você pode ir ao supermercado e comprar não só o chocolate que precisa, mas também o sorvete, aquele de caramelo com crocante por cima que eu gosto tanto, e uma lata de chantilly. - Digo olhando para minha melhor amiga e dando para ele um daqueles sorrisos, com dentes e olhos piscando, aos quais sei que ele não consegue resistir. Ele me encara, mas então, resignado, pega o dinheiro que Alex coloca na frente dele no balcão e sai de casa. Deixo meus amigos discutindo e me tranco no banheiro para tomar um bom banho frio.

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