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Capítulo 04

乡William Bentley

Quanto mais aproximava-se o dia da minha viagem para aquele lugar, onde nunca gostaria de retornar, mas nervoso ficava. Charlotte não teve um dia sequer que não me provocasse. Eu tinha caído em seus encantos depois de anos, contudo, não deixaria que acontecesse outra vez. Me senti usado por ela, que no dia seguinte após nos amarmos esfregou o outro na minha cara, estou falando do nosso Diretor do telejornal. O que sentia por ela não sei se poderia ser considerado paixão, pois estava mais para algo doentio e obsessivo. Então, por que não parava de atormentá-la? Porque ela precisava pagar pelos anos em que me fez sofrer!

Depois de saber do acidente do meu irmão fui visitar a casa que morei durante anos. Andrew esteve no hospital e não soube por ser um irmão ruim. Como eu ia adivinhar que as ligações do nosso pai eram pra dar aquela notícia? Sendo que todas as vezes em que o coroa telefonava era pra brigar? Pensei que ele quisesse caçar confusão, por isso não atende suas ligações. A nova esposa do nosso pai foi quem estava em casa quando fui visitar meu irmãozinho. Ornella merecia um marido melhor por ser bondosa, infelizmente ela era burra demais pra dar um pé na bunda dele.

Meu irmãozinho ficou feliz com minha visita, apesar de não sermos tão próximos. Aproveitei a visita para dar um passeio pela casa, ela continuava igualzinha. A foto grande emoldurada na sala de estar permanecia do mesmo jeitinho que lembrava. Era uma foto da nossa família, de quando éramos uma. Não havia nenhuma foto de Ornella pela casa, ainda assim, ela mantinha o casamento de merda com ele, que não sabia ser um pai para os filhos.

No final de semana precisei comparecer em mais eventos chatos junto com o lacaio do David. Para me divertir um pouco coloquei um remedinho em sua água para deixá-lo calminho. E quem disse que ele ficou? Saímos em revistas de fofocas como dois drogados! Eu não usava drogas, apenas tinha bebido demais, e David estava dopado do remedinho que lhe dei. Saímos de um dos eventos parecendo dois malucos, até quebramos uma janela de um carro de um estranho.

Não sei ao certo como chegamos no meu apartamento, acordamos no dia seguinte na mesma cama. Dá pra acreditar? Foi assustador virar pro lado e encontrar David! Eu vomitei a camisa que ele usava, o fedor foi tanto que precisei sair correndo pra não vomitar novamente nele. Depois disso, não tocamos no assunto, e era melhor assim.

Domingo de manhã aproveitei para responder alguns comentários de uma das minhas redes sociais. A maioria era elogios e outros bem ofensivos.

"Além de alcoólatra se acha o dono do mundo! Por que não se mata logo? Faz esse favor ao mundo!"

Não gostava de ser chamado de alcoólatra, eu não era, somente gostava de curtir uma boa bebida. Resolvi responder o tal comentário.

"Invejoso, diz isso porque não tem dinheiro! Meu dinheiro está te incomodando? Vai se ferrar!"

Após respondê-lo, larguei o telefone na mesinha de centro. Todos aqueles comentários despertaram sede, então, peguei uma das minhas garrafas de uísque. O que foi? Cada um mata a sede como quer!

— Não sou alcoólatra. Eles têm inveja de tudo que tenho. — resmunguei, despejando o líquido alcoólico na taça.

Era pra ser um dia monótono, no entanto, a campainha tocou. Quem poderia ser às dez da manhã? Me questionei. David não era, até porque ele nunca tocava a campainha, simplesmente adentrava sem aviso. Fui atender a porta com a taça na mão. Minha visita indesejada passou por mim à força sem ser convidada. A mulher de pele alva e cabelos tão negros como a noite, usava um daqueles vestidos justos ao corpo, bem provocante. Seu nome era Lara Agostini, casada com um grande empresário do ramo imobiliário.

— Por que tem me ignorado? Eu te vi semana passada, e você fingiu que não tinha me visto! William, você sabe que preciso de você!

Esquivei-me dela que tentou me roubar um beijo. Ela era uma daquelas mulheres que grudavam igual chiclete. Eu não queria saber de sua vida conjugal, muito menos queria ser seu amante.

— Lara, não tenho interesse em ser seu amante! É verdade que antes te ouvi e tudo mais, contudo, era porque queria transar com você. Transamos e não quero repetir outra vez!

Canalha eu? Ela que era piranha, casada e me querendo! Eu nunca mais seria um submisso de uma mulher.

— Você não vale nada mesmo! Quer saber? Agora quem não te quer sou eu! — esbravejou, saindo do meu apartamento.

Continuei a saborear meu uísque como se nada tivesse acontecido. Ali, analisando meus pensamentos, voltei a pensar novamente em fazer vasectomia. Por quê? Pra evitar que alguma mulher tentasse me dar o golpe da barriga. Filhos pra quê? Jamais casaria, ter filhos estava fora de questão!

— Crianças são prejuízo do início ao fim. — murmurei, certo do que dizia.

Eu não queria brincar de casinha, e fingir ter uma vida feliz com uma esposa e um monte de pirralhos. Andrew poderia ter os pirralhos, e eu seria o tio charmoso que curtia a terceira idade viajando pelo mundo. Era aquele meu objetivo, viajar o mundo depois de vencer na carreira profissional. Nunca mais, mulher nenhuma mastigaria meu coração outra vez, nunca mais!

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