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Capítulo 7

Meu coração ficou incerto e cheio de dúvidas quando os vi caminhando em nossa direção. Cristhian nem se atreveu a trocar olhares conosco. Sua mão agora pairava sobre a cintura da garota.

Seu vestido dourado atraiu mais atenção do que as luzes do jardim.

- Boa noite senhor - cumprimentou o motorista.

- Boa noite Ed. - Era como se eu não estivesse lá. A mulher de cabelos castanhos olhou para mim por um breve segundo com desdém.

- Trouxe Diana como você me pediu.

- Ah... Diana... Não demore muito, Ana precisa de você na festa – ela disse naturalmente.

Muito confuso e com um forte aperto no peito causado pela presença de Cristhian e seu tratamento incomum, não demorei a responder.

- Eu cuido de você - eu estava prestes a sair quando Cristhian avisou.

- Antes de servir os convidados, vista o uniforme.

Saí em direção a casa sem olhar para Cristhian.

Não entendi a atitude dele. Sempre foi assim. Eu nunca entendi isso.

Na porta de casa respirei fundo, tentando não me deixar levar pelas minhas fraquezas.

Ou melhor, por Cristhian.

O homem que eu nunca deveria ter desejado.

Um sem vergonha...

Toquei a campainha da casa, ainda ouvindo o som alto que se ouvia lá dentro.

- Boa noite - ele abriu a porta com um sorriso.

- Augusto!? - foi uma surpresa ver.

E me sinto super importante em receber o convite do Cristhian.

Claro! Eu sou sua empregada.

- Entre Diana – ele sorriu – vou te mostrar onde você estará.

A casa ficou ainda mais bonita por dentro.

Vi um longo corredor coberto de luzes coloridas que levava até onde eu pensava que ficava o quarto.

Mas Augusto não seguiu esse caminho.

De lá fomos para uma área onde ele abriu uma porta de vidro e logo estávamos novamente fora de casa.

Passamos por um gramado verde e muito bem cuidado.

Logo estávamos diante de uma porta.

- É um pouco longe de casa mas aqui você pode ter sua privacidade - comentou Augusto - abriu a porta com chave e depois me entregou - fique a vontade. Se precisar, me ligue. A senhora certamente precisa de você, mas não há necessidade de pressa. Ela não sabe que já chegou.

- Obrigado

Andando pela sala achei muito aconchegante.

Uma grande cama de casal no centro e um pequeno banheiro no quarto.

Ao entrar em outro cômodo encontrei a cozinha.

Nosso

Estava tudo decorado...

Vestido com meu uniforme, tive que me preparar mentalmente para procurar Ana.

Entrei na casa, desta vez seguindo pelo corredor.

Cheguei na sala principal e encontrei várias pessoas com bebidas nas mãos.

Tímido e com alguns olhares curiosos sobre mim, peguei Ana com o olhar.

Ela era tão linda...

Menos discreta dessa vez, Ana usou um vestido vermelho curto e os cabelos soltos.

- Boa noite senhora

- Olá Diana - esperava receber ordens e arrogância de Ana. Mas não foi isso que aconteceu - que bom que você chegou. Você poderia trazer algumas guloseimas para os convidados.

- Está tudo bem senhora

Voltei para a cozinha onde encontrei Augusto.

- A noite toda – comentou enquanto enxugava as mãos.

- Quem são essas pessoas?

Ele se aproximou e me ajudou a pegar a comida.

- Alguns amigos dos tempos de escola dos patrões.

- Aquela mulher que namorou o Cristhian também é apenas amiga deles? - perguntei desconfiado enquanto cortava algumas azeitonas.

- A senhora que namorou o “Sr.” Cristhian não é apenas amiga, mas também ex-namorada do patrão.

- Mas a vida dos patrões é algo que não nos diz respeito - concluiu.

- Sim, claro.

Peguei duas bandejas e fui em direção à sala.

Quando cheguei à mesa de centro, tomei consciência de todos os convidados quando senti alguém passar os braços em volta da minha cintura.

- Chegou a garota mais linda da festa - me virei reconhecendo aquela voz suave.

- Olá Alex.

- Quer ajuda?

- Não. Ana não vai gostar.

- Ela não precisa gostar de nada – sorriu e pegou uma bandeja para si e foi embora servindo as amigas.

Finalmente depois de servir a todos. Observei Ana ver Alex com uma bandeja e se aproximar para pegá-la.

- Obrigada – fui até a cozinha e a loira me acompanhou.

-O que Cristhian queria naquele dia?

Olhei para ele por longos segundos enquanto caminhávamos pelo corredor.

- Me vendo aqui, o que você acha que eu queria?

Chegando na cozinha, fui até a pia enquanto Alex abria a geladeira.

Ele tomou uma bebida e sentou-se em um balcão.

-Cristhian já flertou com você? - Ele perguntou, me deixando surpreso.

- Alex, o Sr. Cristhian é casado – respondi sendo óbvio.

-E o que te faz pensar que por Cristhian ser casado ele parou de flertar com mulheres?

Afetado pelas palavras de Alex, tive medo de me denunciar.

-Diana, senhor. . - Ele parou quando viu Alex - Quer alguma coisa? - a loira perguntou

- Vim falar com Diana - ele se levantou - te espero na sala - passou por Augusto

- O que você disse? - perguntei para não sofrer mais perguntas.

- O Sr. Cristhian chegou e é bom que você o receba.

- E o que você quer? - perguntei, fingindo estar desinteressado quando na verdade era super diletante.

- Ainda não sei. Mas ele exigiu ser cuidado por você.

Já no corredor do segundo andar da casa, ele caminhou rapidamente em direção à porta onde Augusto disse que Cristhian estaria.

Dei três pancadas tímidas por medo e incerteza do que estava fazendo.

Com todas as minhas forças eu queria ver Cristhian.

Por mais estúpido que fosse ou parecesse, eu esperava que a noite com aquela ex-namorada não tivesse sido tão boa.

"Entre", ele perguntou com uma voz magoada.

Girei a maçaneta, meu coração disparado.

Minha visão logo avançou para Cristhian sentado em uma poltrona.

Com o peito completamente nu. Expor.

Sua boxer o fazia parecer incrivelmente majestoso.

Ele tinha um cigarro nas mãos e mal olhou para mim.

Fiquei ali bem na frente dele, a três passos dele, tentando não olhar para suas pernas grossas e bem torneadas. Entre eles destaca-se o seu volume muito sugestivo, realçado por um grande V que vai em direção à virilha.

- O que você quer?

- Por que aquele idiota do Alex ainda está esperando por você?

- Esperando por mim? Alex não está aí... – ele apontou para uma grande janela lateral coberta por uma cortina acinzentada.

Me aproximei e olhei pelo vidro procurando pela loira.

- Ele não está aí, senhor - eu estava novamente a três passos de Cristhian, que tinha a mesma postura, alfa, eminente.

- O carro dele é – Cristhian ergueu os olhos, me observando como intrometido, tirânico. Ele pareceu me despir completamente na hora.

- Ele deve estar esperando por você... ou conversando com Dona Ana.

“Ana foi para a cama”, disse ele.

Ele parecia querer me confrontar.

- Bem... você está me questionando? Não sei o que seu convidado quer. Você quer que eu vá falar com ele?

- Acho que liguei para você me ver, Diana... Não quero o incômodo de encontrar você e Alex juntos na minha casa.

- Juntos?... O que você quer dizer com juntos?

Cristhian deu um sorriso depravado, cheio de zombaria, tardiamente, antes de colocar o charuto de volta nos lábios.

- Acho que você nem é uma garota virgem e inocente.

- Estes são assuntos que não lhe dizem respeito

Meus olhos agora percorreram a sala com a intenção de não manter contato visual com Cristhian.

Uma batida vinda de uma porta interna chamou nossa atenção, fazendo Cristhian recostar-se na cadeira.

Parecia se posicionar

Era como se ele estivesse esperando ansiosamente por um show.

Alguns segundos depois, a mulher com quem Cristhian havia saído de casa antes apareceu seminua.

- O que ela está fazendo aqui? - a mulher perguntou com desprezo

Seu corpo esbelto e atraente estava perfeitamente modelado e realçado pela lingerie vermelha que ela usava.

- Diga a ele Diana, por que você veio?

Cristhian adorou aquela cena embaraçosa pela qual ele estava me fazendo passar.

- Estou aqui para atendê-la, senhorita - respondi baixinho "como Ele gostaria".

A mulher sorriu convencida.

- Quero um bom champanhe - perguntou ele, presunçoso.

- Traga dois copos - pediu ela de forma imponente e mandona.

Maldito sorriso que não desaparecia!

- DE ACORDO. - Virei as costas para ele numa tentativa fracassada de fuga quando ouvi Cristhian.

- Diana, por favor, não demore.

Aceitei sob pressão e fugi com um cachorro encurralado.

Cheguei na cozinha surpreso e aparentemente chocado.

- Como você está, Diana?

- Olha, eu... eu não vou voltar para aquele quarto, não vou fazer isso! - gritei com as mãos trêmulas e assustada com o poder que Cristhian tinha de me fazer sentir mal.

- Se você não estiver se sentindo bem, posso fazer isso por você. Vá para o seu quarto e descanse – recomendou.

- Augusto eu... eu só preciso ir, preciso da minha casa, não estou bem e depois vou resolver isso com a dona Ana. Sirva-me senhor Dalvin.

Augusto assentiu prestativo e surpreso.

Saí correndo de casa em direção à pequena cabana ainda instável.

Guardei minhas coisas e lágrimas começaram a brotar em meus olhos. Fechei a casa indo em direção a entrada da mansão, caminhei apressado e com Cristhian pairando em minha mente.

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