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Capítulo 8

O que eu estava pensando ao me envolver com meu chefe? "

Quase fora da casa grande ouvi alguém me chamando.

-Diana! - vi o loiro caminhando em minha direção apressadamente.

Atormentada, tentei desfazer seu sorriso quando ele se aproximou.

- Vou embora Alex, não tenho tempo para explicar. "Eu só quero ir embora."

- Ei. Calma. Tudo bem. Eu posso pegar? - Ele sugeriu

Sem objeção, aceitei o convite de Alex.

- Estás melhor? - perguntei quando o vi colocar o carro na estrada. Há algum tempo, Alex mal conseguia manter sua postura pesada.

- Não se preocupe, tentei comer alguns doces.

- Doce? - sorriso

- Sim, docinho - ele retribuiu a risada, olhando para mim por alguns segundos e voltou a focar sua atenção na estrada.

O silêncio se tornou nosso amigo. Alex tentou abrir as janelas do carro confortável e luxuoso. Cheirava a rosas.

O vento logo percorreu todo o interior ecoando em nossos ouvidos.

A noite estava linda!

- Você vai me contar por que decidiu ir embora assim de repente? - você me tirou da minha utopia com sua pergunta

- Deveria?

“Acho que sim”, ele respondeu resolutamente.

Levei um tempo para pensar em uma resposta persuasiva.

- Tenho minhas crises existenciais."

Alex sorriu.

Silêncio...

- Você sentiu a brisa esta noite?

Olhei para ele confuso com as sobrancelhas levemente levantadas.

Ele saiu do caminho e seguiu o caminho oposto.

Logo a areia enorme e fina fez o carro deslizar como um ovo flutuante.

As águas turvas, serenas e agitadas eram o centro daquele espaço.

Estávamos em uma praia.

Comecei a sorrir como uma criança boba.

Alex parou o carro e desceu, fechando a porta e correndo em direção às ondas que insistiam em voltar para a praia.

- Que louco! - Olhei para ele com os olhos fixos em seus cabelos que balançavam pela luz e pelo vento dançante.

Logo as águas enervadas batiam em seus pés... Batendo em suas costas.

- Você vai ver? - gritar

Tirei as sandálias e pulei do carro.

Meus pés logo tocaram a areia fofa. Meu coração foi aquecido por uma satisfação avassaladora.

Cheguei até Alex, pulando em seus braços, aberta, pronta para me receber.

Caímos nas ondas frias e agitadas.

Nossas risadas ecoaram pela praia.

Alex me puxou, me segurando pela cintura, me mantendo protegida. Foi incrível, não pude falar nada, mas meu coração disse tudo.

Ficamos deitados na areia, exaustos, olhando para o céu, ofegantes.

- Você já ouviu a história das estrelas?

Alex estava pronto para ouvir com um braço apoiando a cabeça e os olhos fixos em mim.

- Dizem que somos filhos deles, concebidos por algum motivo. Quando morremos somos apanhados novamente e podemos até ser um deles. Tudo depende das suas ações aqui na terra.

- Uau! - Alex zombou.

- Você gosta de mim?

- Demais - ele sorriu

- Acabei de inventar.

A loira surpresa riu.

Levantei-me e tentei tirar a roupa molhada.

Ela estava vestindo lingerie azul.

Os olhos de Alex vibraram!

Ele não se preocupou em esconder seu desejo, aspiração...

- Venha - corri contra as ondas selvagens.

Alex me seguiu dessa vez sem camisa e com as calças abaixadas.

Seu corpo era magnífico e esguio.

Logo nos olhamos com intensidade e avidez.

A água batia em nossos corpos, já muito próximos.

Foi uma melodia perfeita.

Alex tocou minha cintura, me puxando para ele.

Ousado e ousado ele tomou meus lábios em um beijo cheio de ganância.

Seus lábios molhados estavam frios e ficaram deliciosos, caí de puro deleite ao sentir o corpo da loira tocar o meu.

Embalei meu corpo com o de Alex, entrelaçando minhas pernas em seus quadris. Senti seu membro roçar em mim de forma inibida.

Entre suspiros senti as mãos de Alex me tocarem com mais intensidade e rigor.

De repente, minhas costas tocaram a areia erosiva.

Alex me beijou com sede, me cobrindo com seu corpo.

Mesmo entre meus quadris o beijo parou

- Posso fazer-te uma pergunta? - seus olhos brilhavam fogo e desejo

- Dizer

- A quem pertencem seus pensamentos?

Confuso com sua pergunta, demonstrei confusão e distanciamento do assunto.

A loira se afastou rapidamente, me deixando vazia. Veja os barcos completamente.

Afastou-se mais do que alguns centímetros, continuando a chutar a areia da praia, inquieto, desnorteado.

-Alex?! - não respondeu

Droga, droga"

Numa luta interna, me culpei por não conseguir dizer o que sentia. Eu me odiei por não pensar em algo plausível sobre meus sentimentos.

Em efeito. Naquela época, a quem eles pertenciam?

Depois de longos minutos, Alex apareceu na beira das ondas, caminhando em direção a onde eu estava novamente.

Ele sentou ao meu lado olhando para o mar.

- Não quero cobrar nada de você. Eu não faço parte da sua vida.

- Alex, não quero parecer confuso. Você é e foi muito gentil comigo; de repente você me interrompeu.

- Eu não faço parte da sua vida. Eu quero que você me deixe, deixe-me fazer parte disso! - explicou ele - deixe-me lutar por você Diana.

Foi a primeira vez que ouvi essas palavras. Alex tinha um charme especial, era educado e puro sem perceber.

A única resposta que pude dar foi um sorriso largo e cheio de alegria.

A loira permaneceu em silêncio e olhou para o céu.

Só então percebi que estava olhando para as estrelas.

- O que aconteceu? - questionei olhando para o céu, voltando-me para a loira.

- Acho que descobri minha missão na terra... - sorrimos

Narrando Cristhian:

Ele estava completamente absorvido por Lana, por quem não sentia mais nenhum sentimento. Motivado pelos meus desejos, deixo-me levar pela minha ganância.

Era estúpido e inepto pensar que algum dia ele sentiria tanto desejo e sede por uma mulher como sentia por Diana.

Senti desejo com sua boca linda em mim, ela chupou com precisão e só quando ouvi seus gemidos é que percebi que ela não estava ali.

Ela ainda não era minha.

"Eu não tinha isso"

Ouvimos a porta tocar, batidas leves.

"Ah, aquela empregada" – Lana reclamou e tentou levantar minha caixa, se jogando na cama.

- Entre, por favor - Ele parecia um menino de dez anos, ansioso, esperando para ver a namoradinha.

- Boa noite senhor, vim ver o que você deseja. Diana não estava se sentindo bem e eu recomendei que ela fosse descansar...

- O que ela tinha? - Levantei-me vestindo o roupão em sinal explícito de angústia.

- Não sei senhor - explicou Augusto confuso - um pouco desconfortável.

Comecei a procurar minhas roupas. Senti o olhar de Lana pesando sobre mim. Mas ignorei quaisquer ideias que pudesse ter tido sobre o meu desespero e saudade da donzela.

- E ele já foi para a cabana? - perguntei, vestindo as calças.

- Ela se foi. Você decidiu ir para casa, senhor...

Estava muito frio e era certo que um deles poderia pegar um forte resfriado. Alex fechou as janelas e dirigiu em silêncio com um sorriso reprimido no rosto.

A magnitude de sua carranca era fascinante.

Dizem que quando você se apaixona pela alma de alguém, a maneira como você a vê muda...

- Pensando bem, Diana? - ele percebeu que eu estava olhando para ele

Corei de vergonha, olhando para fora do carro.

Ao me situar, percebi que estávamos perto de casa quando Alex tomou novamente o caminho oposto.

- Esse não é o caminho para minha casa.

- Não - confirmou ele com segurança - É meu.

- Espero que não se importe, ainda preciso consertar algumas coisas, não comprei os móveis, vou fazer deste meu escritório particular. - argumentou a loira ao entrar no requintado e enorme apartamento - E bom, não é uma casa, é uma mansão...

A sala estava completamente vazia, apenas duas poltronas preenchiam o espaço. Uma mesinha no canto estava coberta de papéis espalhados pelo chão branco. Alex correu para tentar organizar a mesa, guardava alguns papéis como se quisesse se esconder ou simplesmente se proteger de algo muito importante.

Para onde quer que você olhasse, tudo estava limpo, levemente acinzentado e branco.

A cozinha estava impecável. Fazia fronteira com a sala, tornando-a mais suntuosa.

Presumi que Alex tivesse acabado de se mudar, já que havia muitas caixas perto da porta da frente.

Parecia um apartamento planejado, isso ficou evidente quando lembrei que era aspirante a arquiteto.

- Você quer alguma coisa? - ele perguntou um pouco inquieto - Você pode tomar um banho enquanto eu preparo algo quente para beber - ele sugeriu

Fui ao banheiro e fiquei fascinada com todos os detalhes.

Trabalhei em uma mansão, sabia valorizar isso. Mas aquele lugar tinha um gênio diferente.

As gotas quentes de água escorriam deliciosamente pelo meu corpo.

Pela primeira vez me senti no lugar exato, em completa harmonia.

Eu não estava em casa nem no trabalho.

Eu estava onde eu realmente queria estar.

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